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22/01/2016

NUNC COEPI – Índice de publicações em Jan 22

nunc coepi – Índice de publicações em Jan 22

São Josemaria – Textos

AMA (Reflectindo - Perdido e encontrado)

AMA - Comentários ao Evangelho Mc 3 13-19, Leit Espiritual (Vida cristã), P Pellitero

Doutrina (Sacramentais)

AT - Salmos – 81

JMA (Sobre o Perdão)


Agenda Sexta-Feira

Evangelho, comentário, L. espiritual

Tempo Comum
Semana II

Evangelho: Mc 3, 13-19

13 Tendo subido a um monte, chamou a Si os que quis, e aproximaram-se d'Ele. 14 Escolheu doze para que andassem com Ele e para os enviar a pregar, 15 com poder de expulsar os demónios: 16 Simão, a quem pôs o nome de Pedro; 17 Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”; 18 e André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o Cananeu, 19 e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou

Comentário:

A partir deste momento Jesus Cristo tem um núcleo coeso de doze homens que O acompanharão permanentemente. Foi sem dúvida uma escolha cujo critério não nos compete apreciar porque, como expressamente diz o Evangelista: «chamou a Si os que quis» e não devemos questionar ou sequer tentar entender a Vontade Suprema do Senhor.

Podemos, isso sim, constatar os “resultados” dessa escolha: a Igreja de Jesus Cristo foi construída e constituída para sempre sobre os ombros destes homens que não se pouparam a trabalhos, privações e dificuldades de toda a ordem, quase todos dando a própria vida cimentando com o seu sangue generoso essa Igreja que herdámos como Mãe, guia, refúgio e caminho seguro para a nossa salvação.

(ama, comentário sobre Mc 3, 13-19, Malta, 2015.01.23)


Leitura espiritual



Vida Cristã

O matrimónio: uma vocação e um caminho divino

Deram a volta ao mundo umas palavras do Papa Francisco, no encontro com as famílias que teve lugar em Manila:

“Não é possível uma família sem sonhar. Quando numa família se perde a capacidade de sonhar, de amar, essa energia de sonhar perde-se, por isso lhes recomendo que à noite, quando façam o exame de consciência, também se façam esta pergunta: hoje sonhei com o futuro dos meus filhos, hoje sonhei com o amor do meu esposo ou esposa, sonhei com a história dos meus avós?” [i].


Sonhar


Esta capacidade de sonhar tem a ver com a “ilusão” – no sentido castelhano do termo – que pomos nos nossos horizontes e esperanças, sobretudo na relação com as pessoas, ou seja, os bens ou êxitos que lhes desejamos, as esperanças que temos a seu respeito.
A capacidade de sonhar equivale à capacidade de projectar o sentido da nossa vida naqueles que amamos.
Por isso é, efectivamente, algo representativo de cada família.

Desde muito cedo, S. Josemaria contribuiu para recordar, no quadro dos ensinamentos da Igreja, que o matrimónio – gérmen da família – é, no pleno sentido da palavra, uma chamada específica à santidade dentro da comum vocação cristã: um caminho vocacional, diferente mas complementar ao do celibato – seja sacerdotal ou laical – ou para a vida religiosa.

“O amor, que conduz ao matrimónio e à família, pode também ser um caminho divino, vocacional, maravilhoso, via para uma completa dedicação ao nosso Deus” [ii].

Por outro lado, esta chamada de Deus no matrimónio não significa de modo algum diminuir os requisitos que supõe seguir Jesus.
Pois, se “tudo contribui para o bem dos que amam a Deus” [iii], os esposos cristãos encontram na vida matrimonial e familiar a matéria da sua santificação pessoal, quer dizer, da sua pessoal identificação com Jesus Cristo: sacrifícios e alegrias, gozos e renúncias, o trabalho no lar e fora dele, são os elementos com que, à luz da fé, constroem o edifício da Igreja.

Sonhar, para um cristão, com a esposa ou com o esposo, é olhá-lo com os olhos de Deus.
É contemplar, prolongado no tempo, a realização do projecto que o Senhor tem pensado e quer, para cada um, e para os dois na sua concreta relação matrimonial.
É desejar que esses planos divinos se façam realidade na família, nos filhos – se Deus os manda – nos avós e nos amigos que a providência vá colocando para os acompanhar na viagem da vida.
É, afinal, ver cada um o outro como o seu particular caminho para o Céu.


O segredo da família


Com efeito, Cristo fez do matrimónio um caminho divino de santidade, para encontrar Deus no meio das ocupações diárias, da família e do trabalho, para situar a amizade, as alegrias e as penas – porque não há cristianismo sem Cruz – e as mil pequenas coisas do lar ao nível eterno do amor.
Eis o segredo do matrimónio e da família.
Assim se antecipa a contemplação e o gozo do céu, onde encontraremos a felicidade completa e definitiva.

No quadro desse “caminho divino” de amor matrimonial, S. Josemaria falava do significado cristão, profundo e belo, da relação conjugal:

“Noutros sacramentos a matéria é o pão, é o vinho, é a água… Aqui são os vossos corpos. (…). Vejo o leito conjugal como um altar; está ali a matéria do sacramento” [iv].

A expressão altar não deixa de ser surpreendente e ao, mesmo tempo, é consequência lógica de uma leitura profunda do matrimónio, que tem na una caro [v] – a união completa dos corpos humanos, criados à imagem e semelhança de Deus – o seu núcleo.


"VEJO O LEITO CONJUGAL COMO UM ALTAR; ESTÁ ALI A MATÉRIA DO SACRAMENTO[vi]


Nesta perspectiva se entende que os esposos cristãos expressem, na linguagem da corporalidade, o próprio do sacramento do matrimónio: com a sua entrega mútua, louvam a Deus e dão-Lhe glória, anunciam e actualizam o amor entre Cristo e a Igreja, secundando a obra do Espírito Santo nos seus corações.
E daí vem, para os esposos, para a sua família e para o mundo, uma corrente de graça, de força e de vida divina que tudo rejuvenesce.

Isto requer uma preparação e uma formação contínua, uma luta positiva e constante:
“Os símbolos fortes do corpo têm as chaves da alma: não podemos tratar os laços da carne com ligeireza, sem abrir uma ferida duradoura no espírito” [vii].

O vínculo que surge a partir do consentimento matrimonial fica selado e é enriquecido pelas relações íntimas entre os esposos.
A graça de Deus que receberam desde o Baptismo, encontra um novo canal que não se justapõe ao amor humano, antes o assume.
O sacramento do matrimónio não supõe um acrescento externo ao matrimónio natural; a graça sacramental específica informa os cônjuges a partir de dentro e ajuda-os a viver a sua relação com exclusividade, fidelidade e fecundidade:

“É importante que os esposos adquiram o sentido claro da dignidade da sua vocação, que saibam que foram chamados por Deus a chegar ao amor divino também através do amor humano; que foram eleitos, desde a eternidade, para cooperar com o poder criador de Deus na procriação e depois na educação dos filhos; que o Senhor lhes pede que façam, do seu lar e da sua vida familiar inteira, um testemunho de todas as virtudes cristãs” [viii].

Os filhos são sempre o melhor “investimento”, e a família a “empresa” mais sólida, a maior e a mais fascinante aventura.

Todos contribuem com o seu papel, mas a novela resultante é muito mais interessante do que a soma das histórias singulares, porque Deus actua e faz maravilhas.

Daí a importância de saber compreender – os esposos entre si e os filhos – de aprender a pedir desculpa, de amar – como ensinava S. Josemaria – todos os defeitos mútuos, sempre que não sejam ofensa a Deus [ix].

“E, na vida dos cônjuges, quantas dificuldades se resolvem, se conservarmos um espaço para o sonho, se nos detivermos a pensar no cônjuge e sonharmos com a bondade, com as coisas boas que tem. Por isso, é muito importante recuperar o amor através do sonho de cada dia. Nunca deixeis de ser namorados!” [x].

Parafraseando o Papa, poder-se-ia acrescentar: que os esposos nunca deixem de se sentar para compartilhar e recordar os momentos belos e as dificuldades que atravessaram juntos, para considerar as circunstâncias que provocaram êxitos ou fracassos, ou para recobrar um pouco de alento, ou para que os dois pensem na educação dos filhos.


Fundamento do futuro da humanidade


A vida matrimonial e familiar não é instalar-se numa existência segura e cómoda, mas antes dedicar-se um ao outro e dedicar generosamente tempo aos restantes membros da família, começando pela educação dos filhos – o que inclui facilitar a aprendizagem das virtudes e a iniciação na vida cristã – para abrir-se continuamente aos amigos, a outras famílias e, especialmente, aos mais necessitados. Deste modo, mediante a coerência da fé vivida em família, se comunica a boa nova – o Evangelho – de que Cristo continua presente e nos convida a segui-lo.


CADA FILHO É, ANTES DE MAIS, UM FILHO DE DEUS ÚNICO E IRREPETÍVEL COM QUE DEUS SONHOU PRIMEIRO.


Jesus revela-se aos filhos através do pai e da mãe, pois para ambos, cada filho é, antes de tudo, um filho de Deus, único e irrepetível, com quem Deus foi o primeiro a sonhar.
Por isso, João Paulo II podia afirmar que “o futuro da humanidade se constrói na família” [xi].


As famílias que não puderam ter filhos


E qual o sentido que devem dar ao seu matrimónio os esposos cristãos que não tenham descendência?

A esta pergunta, S. Josemaria respondia que, antes de mais, deveriam pedir a Deus que os abençoe com filhos, se for essa a Sua Vontade, como abençoou os Patriarcas do Antigo Testamento; e depois que recorram a um bom médico.

“Se apesar de tudo, o Senhor não lhes dá filhos, não hão-de ver nisso nenhuma frustração: hão-de estar contentes, descobrindo nesse mesmo facto a Vontade de Deus para eles. Muitas vezes o Senhor não concede filhos porque pede mais. Pede que se tenha o mesmo esforço e a mesma delicada entrega, ajudando o próximo, sem a alegria humana de ter tido filhos: não há, pois, motivo para se sentirem fracassados nem para dar lugar à tristeza”.

E acrescentava:
"Se os esposos têm vida interior, compreenderão que Deus os urge, impulsionando-os a fazer da sua vida um serviço cristão generoso, um apostolado diverso do que realizariam nos seus filhos, mas igualmente maravilhoso. Que olhem à sua volta e descobrirão de imediato pessoas que necessitam de ajuda, caridade e carinho. Além disso, há muitos trabalhos apostólicos em que podem trabalhar. E se sabem pôr o coração nessa tarefa, se sabem dar-se generosamente aos outros, esquecendo-se de si próprios, terão uma fecundidade esplêndida, uma paternidade espiritual que encherá a sua alma de verdadeira paz" [xii].

Em todo caso, S. Josemaria gostava de se referir às famílias dos primeiros cristãos:

“Aquelas famílias que viveram de Cristo e que O deram a conhecer. Pequenas comunidades cristãs, que foram como centros de irradiação da mensagem evangélica. Lares iguais aos outros lares daqueles tempos, mas animados de um espírito novo, que contagiava quem os conhecia e os tratava. Isso foram os primeiros cristãos, e isso temos que ser os cristãos de hoje: semeadores de paz e de alegria, da paz e da alegria que Jesus nos trouxe” [xiii].

r. pellitero

(Revisão da versão portuguesa por ama)




[i] Papa Francisco, Discurso no Encontro com as famílias, Manila, Filipinas, 16-01-2015.
[ii] Cfr. S. Josemaria, Homilia “Amar o mundo apaixonadamente”, em Temas actuais do cristianismo, n. 121; cfr. “O matrimónio, vocação cristã”, em Amigos de Deus.
[iii] Ro 8, 28.
[iv] S. Josemaria, Apontamentos tomados de uma reunião familiar (1967), recolhido em Diccionario de San Josemaria, Burgos 2013, p. 490.
[v] Cf. Gn 2, 24; Mc 10, 8.
[vi] s. josemaria
[vii] Papa Francisco, Audiência geral, 27-05-2015.
[viii] S. Josemaria, Temas actuais do cristianismo, n. 93.
[ix] Cf. S. Josemaria, Apontamentos tomados de uma reunião familiar, 7-VII-1974.
[x] Papa Francisco, Discurso no Encontro com as famílias, Manila, Filipinas, 16-01-2015.
[xi] S. João Paulo II, Familiaris consortio, n. 86.
[xii] S. Josemaria, Temas actuais do cristianismo, n. 96.
[xiii] S. Josemaria, Cristo que passa, n. 30.

SOBRE O PERDÃO – 10

2 – O perdão e Deus

…/4

Voltemos ao perdão para percebermos então, como é imprescindível para um católico o Sacramento da Reconciliação, para que, na sua vida do dia-a-dia, possa perdoar e pedir perdão, das ofensas contra si cometidas e das ofensas que ele próprio comete contra os outros.

Obviamente, como disse no início, o perdão, o acto de perdoar, não é um “exclusivo”, permitam-me a expressão, dos cristãos, das pessoas religiosas, mas de todo o homem em geral.
Mas aqueles que acreditam no Deus Uno e Trino, se têm uma responsabilidade acrescida quanto ao amor e por isso mesmo, ao perdoar e ao pedir perdão, têm também o benefício da graça de Deus, que lhes dá forças para perdoar, pedir perdão e, sem dúvida importantíssimo, reconciliar a memória, purificando-a dos sentimentos negativos do rancor, do ressentimento, da vingança, obtendo assim para si e para os outros a paz de espírito que dá sentido e consolo à vida.

(cont)

(joaquim mexia alves, Conferência sobre o perdão na Vigararia da Marinha Grande)

Antigo testamento / Salmos


Salmo 81







1 Cantem de alegria a Deus, nossa força; aclamem o Deus de Jacob!
2 Comecem o louvor, façam ressoar o tamborim, toquem a lira e a harpa melodiosa.
3 Toquem a trombeta na lua nova e no dia de lua cheia, dia da nossa festa; porque este é um decreto para Israel, uma ordenança do Deus de Jacob, que ele estabeleceu como estatuto para José, quando atacou o Egito. Ali ouvimos uma língua que não conhecíamos.
4 Ele diz: "Tirei o peso dos seus ombros; suas mãos ficaram livres dos cestos de cargas.
5 Na sua aflição vocês clamaram e eu os livrei, do esconderijo dos trovões lhes respondi; eu os pus à prova nas águas de Meribá.
6 "Ouça, meu povo, as minhas advertências; se tão somente você me escutasse, ó Israel!
7 Não tenha deus estrangeiro no seu meio; não se incline perante nenhum deus estranho.
8 Eu sou o Senhor, o seu Deus, que o tirei da terra do Egito. Abra a sua boca, e eu o alimentarei.
9 "Mas o meu povo não quis ouvir-me; Israel não quis obedecer-me.
10 Por isso os entreguei ao seu coração obstinado, para seguirem os seus próprios planos.
11 "Se o meu povo apenas me ouvisse, se Israel seguisse os meus caminhos, com rapidez eu subjugaria os seus inimigos e voltaria a minha mão contra os seus adversários!
12 Os que odeiam o Senhor se renderiam diante dele e receberiam um castigo perpétuo.

13 Mas eu sustentaria Israel com o melhor trigo, e com o mel da rocha eu o satisfaria".

Pequena agenda do cristão


Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Doutrina - 32

Sacramentais


O que é um “sacramental”?

…/5

Os Sacramentais produzem o seu efeito, no dizer teológico, Ex opere operantis (pela acção daquele que opera), isto é, depende da boa disposição dos que os operam.
Assim, para que haja um frutuoso efeito das graças dos Sacramentais, são necessárias a nossa plena consciência e boa disposição ao recebê-los (o amor, a fé, o respeito e reverência, a recta intenção, o espírito de adoração, o comprometimento interno…).

Os sacramentais preparam-nos para receber e cooperar com as graças que Deus nos concede.
São, por si mesmos, – como o próprio nome indica, – actos fugazes e transitórios e, não permanentes, como no caso dos Sacramentos.


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama

Há-de urgir-te a caridade de Cristo

Tens necessidade de vida interior e de formação doutrinal. Exige-te! – Tu, cavalheiro cristão, mulher cristã, tens de ser sal da terra e luz do mundo, porque estás obrigado a dar exemplo com um santo descaramento. Há-de urgir-te a caridade de Cristo e, ao sentires-te e saberes-te outro Cristo a partir do momento em que lhe disseste que o seguias, não te separarás dos teus semelhantes – os teus parentes, os teus amigos, os teus colegas –, da mesma maneira que o sal não se separa do alimento que condimenta. A tua vida interior e a tua formação abrangem a piedade e o critério que deve ter um filho de Deus, para temperar tudo com a sua presença activa. Pede ao Senhor para seres sempre esse bom condimento na vida dos outros. (Forja, 450)

Um cristão não pode reduzir-se aos seus problemas pessoais, pois tem de viver face à Igreja universal, pensando na salvação de todas as almas.

Deste modo, até aquelas facetas que poderiam considerar-se mais íntimas e privadas – a preocupação pelo progresso interior – não são, na realidade, individuais, visto que a santificação forma uma só coisa com o apostolado. Havemos de esforçar-nos, na nossa vida interior e no desenvolvimento das virtudes cristãs, pensando no bem de toda a Igreja, dado que não poderíamos fazer o bem e dar a conhecer Cristo, se na nossa vida não se desse um esforço sincero por realizar os ensinamentos do Evangelho.

Impregnadas deste espírito, as nossas orações, ainda que comecem por temas e propósitos aparentemente pessoais, acabam sempre por ir ter ao serviço dos outros. E, se caminharmos pela mão da Virgem Santíssima, Ela fará com que nos sintamos irmãos de todos os homens, porque todos somos Filhos desse Deus de que Ela é filha, esposa e mãe.


Os problemas dos outros devem ser os nossos problemas. A fraternidade cristã deve estar bem no fundo da nossa alma, de tal modo que nenhuma pessoa nos seja indiferente. Maria, Mãe de Jesus, que O criou, O educou e O acompanhou durante a sua vida terrena e agora está junto d'Ele nos Céus, ajudar-nos-á a reconhecer Jesus em quem passa ao nosso lado, tornado presente para nós nas necessidades dos nossos irmãos, os homens. (Cristo que passa, 145)

Reflectindo - 149

Perdido e encontrado - 3


Descanso. 

Tento acalmar-me.

Saio do meu “altar” de sofrimento e vou dar uns passos no jardim de minha casa.

Em breve o “aperto” passa, o nó desata-se e entretido em não sei quê que há sempre para fazer, esqueço-me de tudo e já não choro mais.

(cont)

(ama - reflexões)