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23/11/2015

NUNC COEPI o que pode ver em 23 de Nov

Publicações em Nov 23

São Josemaria – Textos

AMA (Reflectindo - Aprender a dizer não)

AMA - Comentários ao Evangelho Lc 21 1-4, Leit. Espiritual (Resumos da Fé cristã - Tema 33)

Doutrina - Dom de línguas

AT - Salmos – 23


Agenda Segunda-Feira

Antigo testamento / Salmos

Salmo 23




1 O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.
2 Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.
3 Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
4 Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
5 Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.

6 Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

Evangelho, comentário, L. espiritual



Tempo comum XXXIV Semana


Evangelho: Lc 21, 1-4

1 Levantando Jesus os olhos, viu vários ricos que lançavam as suas oferendas na caixa das esmolas. 2 Viu também uma viúva pobrezinha, que lançava duas pequenas moedas, 3 e disse: «Na verdade vos digo que esta pobre viúva lançou mais que todos os outros. 4 Porque todos esses fizeram a Deus oferta do que lhes sobrava; ela, porém, deu da sua própria indigência tudo o que tinha para viver»

Comentário:

O problema da esmola reside principalmente na atitude.

Problema porque, de facto, é fundamental um espírito que além de solidário seja realmente desprendido e generoso.

Dar do que se possui em abundância é um dever, partilhar o que nos faz falta é generosidade em elevado grau.

(ama, comentário sobre LC 21 1-4 2014.11.24)


Leitura espiritual



Resumos da Vida Cristã

TEMA 33. O quarto mandamento do Decálogo: honrar pai e mãe

…/2

Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim[i]» [ii], [iii].

A vocação divina de um filho para realizar uma peculiar missão apostólica, supõe uma dádiva de Deus para a família.

Os pais hão-de aprender a respeitar o mistério do chamamento, embora possa acontecer que não o entendam. A abertura às possibilidades que abre a transcendência e o respeito pela liberdade fortalecem-se na oração.

Assim, evita-se a excessiva protecção ou o controlo indevido dos filhos: um modo possessivo de actuar que não ajuda o crescimento humano e espiritual.

5. Deveres com os que governam a Igreja

Os cristãos devem possuir «um verdadeiro espírito filial em relação à Igreja» [iv].

Este espírito há-de manifestar-se com quem governa a Igreja.

(cont)


Os fiéis «devem abraçar prontamente, com obediência cristã, todas as coisas que os sagrados pastores, representantes de Cristo, determinarem na sua qualidade de mestres e guias na Igreja, a exemplo de Cristo, o qual com a Sua obediência, levada até à morte, abriu para todos o feliz caminho da liberdade dos filhos de Deus.

Nem deixem de encomendar ao Senhor nas suas orações os seus prelados, já que eles olham pelas nossas almas, como devendo dar contas delas, a fim de que o façam com alegria e não gemendo [v]» [vi].

Antes de mais, este espírito filial mostra-se na adesão fiel e união ao Papa, cabeça visível da Igreja e Vigário de Cristo na Terra, e aos bispos em comunhão com a Santa Sé.

«O teu maior amor, a tua maior estima, a tua mais profunda veneração, a tua obediência mais rendida, o teu maior afecto há-de ser também para o Vice-Cristo na terra, para o Papa.

Os católicos têm de pensar que, depois de Deus e da nossa Mãe a Virgem Santíssima, na hierarquia do amor e da autoridade, vem o Santo Padre» [vii].


6. Deveres para com a autoridade civil

«O quarto mandamento da Lei de Deus manda que honremos também todos aqueles que, para nosso bem, receberam de Deus alguma autoridade na sociedade.

E esclarece os deveres dos que exercem essa autoridade, bem como os daqueles que dela beneficiam» [viii], [ix].

Entre estes últimos destacam-se:

a) Respeitar as leis justas e cumprir os legítimos mandatos da autoridade [x];

b) Exercer os direitos e cumprir os deveres de cidadania;

c) Intervir responsavelmente na vida social e política.

«A determinação dos regimes políticos, tal como a designação dos seus dirigentes, devem ser deixados à livre vontade dos cidadãos» [xi].

A responsabilidade pelo bem comum exige moralmente o exercício do direito ao voto [xii].

Não é lícito apoiar quem propõe programas de organização social contrários à doutrina cristã, logo, contrários ao bem comum e à verdadeira dignidade do homem.

«O cidadão é obrigado, em consciência, a não seguir as prescrições das autoridades civis, quando tais prescrições forem contrárias às exigências de ordem moral, aos direitos fundamentais das pessoas ou aos ensinamentos do Evangelho.
A recusa de obediência às autoridades civis, quando as suas exigências forem contrárias às da recta consciência, tem a sua justificação na distinção entre o serviço de Deus e o serviço da comunidade política.
Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus[xiii].

“Deve obedecer-se antes a Deus que aos homens” [xiv]» [xv].


7. Deveres das autoridades civis

O exercício da autoridade há-de facilitar o exercício da liberdade e da responsabilidade de todos. Os governantes devem velar para que não se favoreça o interesse individual de alguns em detrimento do bem comum [xvi].

«Os poderes políticos são obrigados a respeitar os direitos fundamentais da pessoa humana.
Administrarão a justiça como humanidade, respeitando o direito de cada qual, nomeadamente das famílias e dos deserdados.
Os direitos políticos inerentes à cidadania (…) não podem ser suspensos pelos poderes públicos sem motivo legítimo e proporcionado» [xvii].

antonio porras

Bibliografia básica Catecismo da Igreja Católica, 2196-2257.

Conselho Pontifício Justiça e Paz, Compêndio da Doutrina Social da Igreja, Ed. Principia, Lisboa 2005, n. 209-214; 221-254; 377-383; 393-411.




[i] Mt 10, 37
[ii] Catecismo, 2232
[iii] «E, ao consolar-nos com a alegria de encontrar Jesus - três dias de ausência! - disputando com os Mestres de Israel (Lc II, 46), ficará bem gravada, na tua alma e na minha, a obrigação de deixarmos os de nossa casa, para servir o Pai Celestial» (S. Josemaria, Santo Rosário , 5º mistério gozoso).
[iv] Catecismo, 2040
[v] cf. Heb 13,17
[vi] Concílio Vaticano II, Const. Lumen Gentium, 37.
[vii] S. Josemaria, Forja, 135.
[viii] Catecismo, 2234
[ix] Cf. Conselho Pontifício Justiça e Paz, Compêndio da Doutrina Social da Igreja, Ed. Principia, Lisboa 2005, nn.377-383; 393-398; 410-411.
[x] cf. 1 Pe 2,13
[xi] Concílio Vaticano II, Const. Gaudium et Spes, 74. Cf. Catecismo, 1901.
[xii] cf. Catecismo, 2240
[xiii] Mt 22, 21
[xiv] Act 5, 29
[xv] Catecismo, 2242
[xvi] Cf. João Paulo II, Enc. Centesimus annus, 1-V-91, 25. Cf. Catecismo, 2236.
[xvii] Catecismo, 2237

Estou com Ele no tempo da adversidade

Ainda que tudo se vá abaixo e se acabe; ainda que os acontecimentos se sucedam ao contrário do previsto, com tremenda adversidade; nada se ganha perturbando-se. Além disso, recorda a oração confiante do profeta: "O Senhor é o nosso Juiz; o Senhor é o nosso Legislador; o Senhor é o nosso Rei; Ele é quem nos há-de salvar". Reza-a devotamente, todos os dias, para acomodar a tua conduta aos desígnios da Providência, que nos governa para nosso bem. (Forja, 855)


E quando a tentação do desânimo, dos contrastes, da luta, da tribulação, de uma nova noite da alma nos ataca – violenta –, o salmista põe-nos nos lábios e na inteligência aquelas palavras: estou com Ele no tempo da adversidade. Jesus, perante a Tua Cruz, que vale a minha; perante as Tuas feridas, os meus arranhões? Perante o Teu Amor imenso, puro e infinito, que vale o minúsculo fardo que Tu colocaste sobre os meus ombros? E os vossos corações e o meu enchem-se de uma santa avidez, confessando-Lhe – com obras – que morremos de Amor.

Nasce uma sede de Deus, uma ânsia de compreender as Suas lágrimas; de ver o Seu sorriso, o Seu rosto... Julgo que o melhor modo de o exprimir é voltar a repetir, com a Escritura: como o veado deseja a fonte das águas, assim a minha alma te anela, ó meu Deus! E a alma avança, metida em Deus, endeusada: o cristão tornou-se um viajante sedento, que abre a boca às águas da fonte.

Com esta entrega, o zelo apostólico ateia-se, aumenta dia-a-dia – pegando esta ânsia aos outros – porque o bem é difusivo. Não é possível que a nossa pobre natureza, tão perto de Deus, não arda em desejos de semear no mundo inteiro a alegria e a paz, de regar tudo com as águas redentoras que brotam do lado aberto de Cristo, de começar e acabar todas as tarefas por Amor.

Falava antes de dores, de sofrimentos, de lágrimas. E não me contradigo se afirmo que, para um discípulo que procura amorosamente o Mestre, é muito diferente o sabor das tristezas, das penas, das aflições: desaparecem imediatamente, quando aceitamos deveras a Vontade de Deus, quando cumprimos com gosto os Seus desígnios, como filhos fiéis, ainda que os nervos pareçam rebentar e o suplício pareça insuportável. (Amigos de Deus, nn. 310–311)


Reflectindo - 131

Aprender a dizer não


…/2

Alguns até afirmam que prestar auxílio a quem o solicita  - principalmente quando se trata de auxílio monetário - é correr um risco de perder um amigo!

Claro que implicitamente se entende que tem receio que o amigo não lhe devolva o emprestado.

Mas esta "posição" é de uma incongruência enorme porque ou se é amigo total e incondicionalmente ou não se é de todo.


(cont)

Pequena agenda do cristão


SeGUNDa-Feira

  
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Doutrina - 4

O que significa falar em línguas?

…/3


A Igreja Católica entende que falar em língua significa falar uma linguagem humana previamente desconhecida pelo locutor.
No primeiro Pentecostes cristão esta verdade foi claramente ilustrada.

E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem’ [i].

Os apóstolos falaram uma linguagem previamente desconhecida para eles.

‘Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua. E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?' [ii].
Isto é uma clara evidência bíblica que falar em línguas não é do modo balbuciante pentecostal.

(cont)



[i] Act 2, 3-4
[ii] Act 2, 6.8