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06/11/2015

NUNC COEPI o que pode ver em 06 de Nov

Publicações em Nov 06

São Josemaria - Textos

P Rodriguez - Fé y vida de Fe, Temas para meditar – Tibieza

AT - Salmos – 6

AMA - Comentários ao Evangelho Lc 16 1-8, São Josemaria - Leitura espiritual (Temas actuais do cristianismo)

Assunção Cristas


Agenda Sexta-Feira

Assunção Cristas, testemunho cristão

Resultado de imagem para assunção cristas“Faz parte de ser católica aceitar outros caminhos” e, por isso, quando se colocou a Assunção Cristas a proposta de seguir o caminho da política, a agora ministra fez o que costuma fazer na vida: procurar em Jesus Cristo o exemplo e a fonte de discernimento. E não teve medo das más companhias. “Inspirei-me em Jesus que nunca teve medo de se meter com gente pouco recomendável”, afirmou a ministra da Agricultura na segunda sessão das Conversa sobre Deus, na Capela do Rato, em Lisboa.


A conversa, moderada por Maria João Avillez, começou pela infância da dirigente do CDS, quando “a fé foi transmitida na ternura dos afectos familiares”. Um tempo em que a avó assumiu um papel de transmissora de fé e de tradição, em que o que valia era o Menino Jesus e o Pai Natal só foi aceite como “ajudante”, e a mãe teve sempre como que um papel de alerta de consciência, com o “hábito de chamar a atenção para a responsabilidade na aplicação dos talentos” e para a prática da caridade.

Depois, no Colégio do Bom Sucesso, Assunção Cristas foi evoluindo para a imagem de “um Deus amigo, acolhedor, que perdoa todos os nossos pecados”.

“Ao longo do tempo e da vida, fui tendo uma relação diferente com as três pessoas da Santíssima Trindade”, afirmou a ministra, assumindo que “foi o Espírito Santo o que chegou mais tarde”, já na adolescência e muito por influência de um professora de Físico-química.

Para Assunção Cristas, Jesus é “um companheiro de vida, um exemplo e um filtro de acção” e o Espírito Santo é “um companheiro mais íntimo” a quem pede “muita sabedoria, iluminação e discernimento”, a quem recorre sempre que fala em público para que lhe dê as palavras que cheguem ao coração de quem a ouve. “Deus é o Pai, aquele que desejo, aquele que está à nossa espera e um dia vou poder aninhar-me no colo d’Ele. Deus alimenta-nos num desejo de chegar a Ele”, continuou a ministra, que não se imagina sem fé.

Fé como “caminho de felicidade e alegria"

Claro que tem dúvidas, assumiu Assunção Cristas perante o auditório, que claro se questiona se tudo isto não passa de uma ilusão. Não importa, responde: “Se nada disto for verdade, eu sou muito feliz assim.”

Por isso, e porque acredita e experimenta que “a fé é, de facto, um caminho de felicidade e de alegria”, o que mais pede para a sua família é a fé.

Uma fé assim entendida e vivida interfere nas opções do dia-a-dia e nos dias de grandes opções. Foi assim quando se colocou a hipótese de entrar para a política, os convites para integrar o CDS, ser deputada e ser ministra.

“Nós trilhamos uns caminhos, a vida traz outros e faz parte de ser católica aceitar outros caminhos”, afirmou Assunção Cristas, que, antes de entrar para a política, apostava na sua carreira académica e no exercício de advocacia. Tem saudades do silêncio e do tempo para estudar, investigar, aprofundar conhecimentos, mas também assume que se sente “muito feliz” na política (e “pode acontecer fazer política a vida toda”).

Não se assustou com os riscos de mau nome e más companhias de quem se mete na política porque Jesus também sempre fez questão de se misturar com todos. E também não se condiciona com os efeitos que a dedicação à política podem ter no tempo para o marido e os quatro filhos.


“Sinto que estas horas gastas em prol de todos são mais facilmente justificáveis do que se estivesse a trabalhar só para mim ou para a minha família”, afirmou Assunção Cristas, a mulher, mãe e ministra para quem “o que é indesligável é a nossa relação com Deus”.

Antigo testamento / Salmos

Salmo 6



1 Senhor, não me castigues na tua ira nem me disciplines no teu furor.

2 Misericórdia, Senhor, pois vou desfalecendo! Cura-me, Senhor, pois os meus ossos tremem:

3 Todo o meu ser estremece. Até quando, Senhor, até quando?

4 Volta-te, Senhor, e livra-me; salva-me por causa do teu amor leal.

5 Quem morreu não se lembra de ti. Entre os mortos, quem te louvará?

6 Estou exausto de tanto gemer. De tanto chorar inundo de noite a minha cama; de lágrimas encharco o meu leito.

7 Os meus olhos se consomem de tristeza; fraquejam por causa de todos os meus adversários.

8 Afastem-se de mim todos vocês que praticam o mal, porque o Senhor ouviu o meu choro.

9 O Senhor ouviu a minha súplica; o Senhor aceitou a minha oração.


10 Serão humilhados e aterrorizados todos os meus inimigos; frustrados, recuarão de repente.

Pequena agenda do cristão



Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Santo, sem oração?

Se não procuras a intimidade com Cristo na oração e no Pão, como podes dá-Lo a conhecer? (Caminho, 105)

Escreveste-me e compreendo-te: "Faço todos os dias o meu 'bocadinho' de oração. Se não fosse isso!...". (Caminho, 106)

Santo, sem oração?
Se não procuras a intimidade com Cristo na oração e no Pão, como podes dá-Lo a conhecer? (Caminho, 105)

Escreveste-me e compreendo-te: "Faço todos os dias o meu 'bocadinho' de oração. Se não fosse isso!...". (Caminho, 106)

Santo, sem oração?!... – Não acredito nessa santidade. (Caminho, 107)

Dir-te-ei, plagiando a frase de um autor estrangeiro, que a tua vida de apóstolo vale o que valer a tua oração. (Caminho, 108)

Desejo que o teu comportamento seja como o de Pedro e o de João: que leves à tua oração, para falar com Jesus, as necessidades dos teus amigos, dos teus colegas... e que depois, com o teu exemplo, possas dizer-lhes "Respice in nos!" – Olhai para mim! (Forja, 36)

O Evangelista S. Lucas conta que Jesus estava a orar... Como seria a oração de Jesus!

Contempla devagar esta realidade: os discípulos têm intimidade com Jesus e, nessas conversas, Nosso Senhor ensina-lhes – também com as obras – como hão-de rezar, e o grande portento da misericórdia divina: que somos filhos de Deus e que podemos dirigir-nos a Ele, como um filho fala com o Pai. (Forja, 71)

Ao acometer cada jornada para trabalhar junto de Cristo e atender tantas almas que o procuram, convence-te de que não há mais do que um caminho: recorrer a Nosso Senhor.

Somente na oração e com a oração aprendemos a servir os outros! (Forja, 72)

Temas para meditar - 533

Tibieza



Só a tibieza de tantos milhares, milhões de cristãos, explica que possamos oferecer ao mundo o espectáculo de uma cristandade que consente que no se próprio seio se propague todo o tipo de heresias e barbaridades.

A tibieza tira a força e a fortaleza da fé e é amiga, no pessoal e no colectivo, dos compromissos e dos caminhos cómodos. i


i (p. rodríguezFe y vida de fe, pg, 142, trad ama)


Evangelho, comentário, L. espiritual


Tempo comum XXXI Semana

São Nuno de Santa Maria

Evangelho: Lc 16, 1-8

1 Disse também a Seus discípulos: «Um homem rico tinha um feitor, que foi acusado diante dele de ter dissipado os seus bens. 2 Chamou-o, e disse-lhe: Que é isto que eu oiço dizer de ti? Dá conta da tua administração; não mais poderás ser meu feitor. 3 Então o feitor disse consigo: Que farei, visto que o meu senhor me tira a administração? Cavar não posso, de mendigar tenho vergonha. 4 Já sei o que hei-de fazer, para que, quando for removido da administração, haja quem me receba em sua casa. 5 E, chamando cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor? 6 Ele respondeu: Cem medidas de azeite. Então disse-lhe: Toma o teu recibo, senta-te e escreve depressa cinquenta. 7 Depois disse a outro: Tu quanto deves? Ele respondeu: Cem medidas de trigo. Disse-lhe o feitor: Toma o teu recibo e escreve oitenta. 8 E o senhor louvou o feitor desonesto, por ter procedido sagazmente. Porque os filhos deste mundo são mais hábeis no trato com os seus semelhantes que os filhos da luz».

Comentário:

Esta é uma daquelas Parábolas de Jesus que tem ser interpretada com o espírito são e sem preconceitos, com o olhar puro e limpo de quem pretende, de facto, entender o que o Mestre quer ensinar.
Normalmente, depois de considerar a Parábola chega-se à conclusão que o que Jesus pretende é dar-nos a entender a importância de preparar cuidadosamente o futuro enquanto dispomos de tempo para isso.
Esperar pelo último momento é uma atitude de “alto risco” pois pode acontecer que nesse “último momento” não disponhamos da possibilidade de o fazer.
Preparar-se para o inevitável – a morte – deve ser uma preocupação de agora, de hoje, sem adiamentos nem hesitações.

O que está em causa – como na Parábola – é que quem nos receber depois da morte seja Aquele que nos convém, o nosso Pai, Deus.

(ama, comentário sobre Lc 16, 1-8, 2010.10.11)


Leitura espiritual


São Josemaria Escrivá

Temas actuais do cristianismo ([i])

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Os que seguiram Jesus Cristo comigo, pobre pecador, são: uma percentagem de sacerdotes que exerciam antes uma profissão ou tinham uma ocupação laical; um grande número de sacerdotes seculares de muitas dioceses do mundo - que confirmam assim a obediência e amor aos seus Bispos respectivos, e a eficácia do seu trabalho diocesano, com os braços sempre abertos em cruz para que todas as almas caibam nos seus corações, e que estão como eu, em plena rua, no mundo, e o amam; e a grande multidão, formada por homens e mulheres de diversas nações, de diversas línguas, de diversas raças, que vivem do seu trabalho profissional, casados na sua maior parte, solteiros muitos outros, que participam com os seus concidadãos na grave tarefa de tornar mais humana e mais justa a sociedade temporal, na nobre lide das ocupações diárias, com responsabilidade pessoal - repito -, alcançando e sofrendo, ombro a ombro com os outros homens, êxitos e fracassos, procurando cumprir os seus deveres e exercer os seus direitos sociais e cívicos. E tudo isto, com naturalidade, como qualquer cristão consciente, sem mentalidade de selectos, fundidos na massa dos seus colegas, enquanto procuram detectar a luz divina que reverbera nas realidades mais vulgares.

Também as obras promovidas pelo Opus Dei, como associação, têm essas características eminentemente seculares: não são obras eclesiásticas. Não gozam de nenhuma representação oficial da Hierarquia da Igreja. São obras de promoção humana, cultural, social, realizadas por cidadãos que procuram iluminá-las com a luz do Evangelho e aquecê-las com o amor de Cristo. Ficareis esclarecidos com um dado: o Opus Dei não tem nem terá jamais, por exemplo, a missão de dirigir Seminários diocesanos, onde os Bispos, instituídos pelo Espírito Santo [Ac 20, 28], preparam os seus futuros sacerdotes.

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O Opus Dei fomenta, pelo contrário, centros de formação operária e de formação agrícola, de ensino básico, secundário e universitário, e tantas outras e tão variadas actividades em todo o mundo, porque os seus anseios apostólicos - escrevi há muitos anos - são um mar sem limites.

Mas, por que me hei-de alongar nesta matéria, se a vossa própria presença é mais eloquente do que um prolongado discurso? Vós, Amigos da Universidade de Navarra, sois parte de um povo que sabe estar comprometido no progresso da sociedade a que pertence. O vosso alento cordial, a vossa oração, o vosso sacrifício e a vossa contribuição material não seguem os caminhos de um confessionalismo católico; ao prestardes a vossa cooperação, sois o perfeito testemunho de uma recta consciência civil, preocupada pelo bem comum temporal; testemunhais que uma Universidade pode nascer das energias do povo e ser sustentada pelo povo.

Quero agradecer uma vez mais nesta ocasião, a colaboração que prestam à nossa Universidade a minha nobilíssima cidade de Pamplona, a grande e forte região navarra; os Amigos procedentes de toda a geografia espanhola e - com particular emoção o digo - os não espanhóis e até os não católicos e não cristãos que compreenderam, e assim o demonstram com factos, a intenção e o espírito deste empreendimento.

A todos eles se deve que esta Universidade seja um foco, cada vez mais vivo, de liberdade cívica, de preparação intelectual, de emulação profissional, e um estímulo para o ensino universitário. O vosso generoso sacrifício serve de base a um trabalho universal que procura o incremento das ciências humanas, a promoção social, a pedagogia da fé.

O que acabo de dizer foi visto com clareza pelo povo navarro, que também reconhece na sua Universidade um factor de promoção económica para a região e, especialmente, de promoção social, que permitiu a tantos dos seus filhos o acesso às profissões intelectuais que, de outro modo, seria difícil e, em certos casos, impossível. A compreensão do papel que a Universidade havia de ter na sua vida motivou certamente o apoio que Navarra lhe dispensou desde o começo; apoio que, sem dúvida, será cada vez mais amplo e entusiasta.

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Continuo a manter a esperança - porque corresponde a um critério justo e à realidade vigente em tantos países - de que chegará o momento em que o Estado espanhol contribuirá, por seu lado, para aliviar os encargos de um empreendimento que não tem em vista nenhum proveito privado e que, pelo contrário, totalmente consagrado ao serviço da sociedade, procura trabalhar com eficácia para a prosperidade presente e futura da nação.

E agora, meus filhos e minhas filhas, permiti que me detenha noutro aspecto - particularmente querido - da vida comum. Refiro-me ao amor humano, ao amor casto entre um homem e uma mulher, ao noivado, ao matrimónio. Devo dizer uma vez mais que esse amor humano santo não é algo de permitido, de tolerado, à margem das verdadeiras actividades do espírito, como poderiam insinuar os falsos espiritualismos a que antes aludia. Há quarenta anos que venho pregando exactamente o contrário, através da palavra e da escrita, e os que não compreendiam já o vão entendendo.

O amor que conduz ao matrimónio e à família pode ser também um caminho divino, vocacional, maravilhoso, meio para uma completa dedicação ao nosso Deus. Realizai as coisas com perfeição, tenho-vos recordado, ponde amor nas pequenas actividades da jornada, descobri - insisto - esse quê divino que se oculta nos pormenores: toda esta doutrina encontra um lugar especial no espaço vital em que o amor humano se enquadra.

Já o sabeis muito bem, professores, alunos e todos os que dedicais o vosso trabalho à Universidade de Navarra: pus os vossos amores sob a protecção de Santa Maria, Mãe do Amor Formoso. E aí tendes a ermida que construímos com devoção no campus universitário, para recolher as vossas orações e a oblação desse amor maravilhoso e limpo que Ela abençoa.

Não sabíeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que recebestes de Deus, e que não vos pertenceis? [I Cor 6, 19]. Quantas vezes, diante da imagem da Virgem Santa, da Mãe do Amor Formoso, respondereis com uma alegre afirmação à pergunta do Apóstolo: sabemos, sim, e queremos vivê-lo com a tua ajuda poderosa, ó Virgem Mãe de Deus!

A oração contemplativa surgirá em vós sempre que meditardes nesta realidade impressionante: uma coisa tão material como o meu corpo foi escolhida pelo Espírito Santo para estabelecer a Sua morada...; já não me pertenço...; o meu corpo e a minha alma - o meu ser inteiro - são de Deus... E essa oração será rica em resultados práticos, derivados da grande consequência que o próprio Apóstolo apresenta: glorificai a Deus no vosso corpo [I Cor 6, 20].

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Por outro lado, não podeis desconhecer que só entre os que compreendem e valorizam em toda a sua profundidade o que acabamos de considerar acerca do amor humano, pode surgir aquela outra compreensão inefável de que Jesus falou [Cfr Mt 19, 11], que é um puro dom de Deus e que conduz a entregar o corpo e a alma a Nosso Senhor, a oferecer-Lhe o coração indiviso, sem a mediação do amor terreno.

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Tenho de terminar, meus filhos. Disse-vos ao começar que a minha palavra gostaria de vos anunciar alguma coisa da grandeza e da misericórdia de Deus. Julgo tê-lo cumprido, ao falar-vos de viver santamente a vida corrente: porque uma vida santa no meio da realidade secular - sem ruído, com simplicidade, com veracidade - não será porventura hoje a mais consoladora manifestação das magnalia Dei [Edes 18, 5], dessas portentosas misericórdias que Deus sempre realizou, e não deixa de realizar para salvar o mundo?

Peço-vos agora com o salmista que vos unais à minha oração e ao meu louvor: magnificate Dominum mecum, et extollamus nomen eius simul [Ps. XXXIII, 4]; louvai comigo o Senhor e exaltemos todos juntos o Seu nome. Ou seja, meus filhos: vivamos de Fé.

Tomemos o escudo da Fé, o elmo da salvação e a espada do espírito que é a Palavra de Deus. Assim nos anima o Apóstolo S. Paulo na Epístola aos de Éfeso [Ef 6, 11 e ss] que há momentos se proclamava liturgicamente.

Fé, virtude de que os cristãos tanto necessitamos, especialmente neste ano da Fé promulgado pelo nosso amadíssimo Santo Padre o Papa Paulo VI, pois, faltando a Fé, falta o próprio fundamento da santificação da vida corrente.

Fé viva nestes momentos, porque nos aproximamos do mysterium fidei [I Tim 3, 9], da Sagrada Eucaristia; porque vamos participar nesta Páscoa do Senhor, que resume e realiza as misericórdias de Deus para com os homens.

Fé, meus filhos, para confessar que, dentro de instantes, sobre esta ara, se vai renovar a obra da nossa Redenção [Secreta do IX Domingo depois de Pentecostes]. Fé, para saborear o Credo e sentir, em torno deste altar e nesta Assembleia, a presença de Cristo que faz de nós cor unum et anima una [Act 4, 32], um só coração e uma só alma; e nos converte em família, em Igreja una, santa, católica, apostólica e romana, que para nós é o mesmo que universal.

Fé, finalmente, filhas e filhos queridíssimos, para demonstrarmos ao mundo que tudo isto não são cerimónias e palavras, mas uma realidade divina, ao apresentarmos aos homens o testemunho de uma vida corrente santificada, em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e de Santa Maria.





[i] Homilia pronunciada no campus da Universidade de Navarra, em 8 de Outubro de 1967.