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25/10/2015

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São Josemaria – Textos

AMA - Comentários ao Evangelho Mc 10 46-52, São Josemaria - Leitura espiritual (Temas actuais do cristianismo)

Islamismo, Religião


Agenda Domingo

Qual é a ideologia mais perigosa do mundo?

Resultado de imagem para islamismoQual é a diferença entre a religião islâmica e a ideologia islamita?

Na primeira metade do século XX, a resposta era o fascismo. Implantado na Itália, na Alemanha nazista e no Japão imperialista, essa ideologia matou 50 milhões de pessoas.

Na segunda metade do século XX, a resposta era o comunismo, que, dominando uma vasta porção do planeta, incluindo a União Soviética, a China, o Leste europeu e vários países da África e da América Latina, matou pelo menos 100 milhões de pessoas.

Hoje, a mais perigosa ideologia existente no mundo é o islamismo.

ATENÇÃO: a ideologia islamita não equivale à religião islâmica ou muçulmana como tal. O islamismo é uma forma radical e violenta do islão.

Assim como o fascismo e o comunismo, o islamismo é:

Totalitário por natureza (quer controlar tudo e todos);
Expansionista (quer crescer e submeter o máximo possível de pessoas ao seu controle);
Extremamente violento (disposto a matar quem quer que se oponha a ele).

O islamismo opõe-se à liberdade:

De pensamento e de expressão;
De iniciativa, empreendedorismo e mercado;
De religião – ou de não praticar religião alguma;
De reunião e de associação;
De imprensa.

O islamismo opõe-se aos direitos humanos e não hesita em destruí-los nos lugares em que se implanta.

O islamismo rejeita o princípio da total separação entre a religião e o Estado. Na sua visão, um governo só é legítimo se estiver sujeito às leis religiosas, que, no caso, são as da sharia.

A sharia, ou lei islâmica, baseia-se nos ensinamentos do Corão (o livro sagrado islâmico) e da Suna (a compilação das palavras e actos atribuídos a Maomé). Na interpretação islamita da sharia, entre outras coisas:

Toda a pessoa nascida muçulmana deve permanecer muçulmana: caso se converta a outra religião, deve ser executada;
Adúlteros devem ser apedrejados até a morte;
Quem insulta o islão ou Maomé deve ser açoitado severamente ou executado;
A poligamia masculina é aceite, assim como o casamento infantil.
Essa interpretação islamita da sharia é posta em prática, entre outros países, no Irão, no Sudão, na Arábia Saudita e em partes da Nigéria, do Iraque, do Paquistão, do Afeganistão e da Síria.

O islamismo quer, no entanto, que o mundo inteiro seja submetido à sharia e considera que qualquer um que se oponha ao seu expansionismo é “o inimigo” e deve ser destruído. Isto não vale apenas para o Ocidente, mas também para os próprios muçulmanos que não querem aderir ao islamismo. De facto, o islamismo já matou mais muçulmanos do que membros de qualquer outra religião – inclusive do cristianismo, cujos seguidores são perseguidos, presos, torturados e assassinados nas áreas sob controlo islamita.

QUANTOS ISLAMISTAS HÁ NO MUNDO?

É uma pergunta complexa, porque, ao falarmos de “islamismo”, não estamos falando de uma pertença oficial a uma religião determinada, mas sim de uma mentalidade abraçada ou não por segmentos da religião muçulmana.

O instituto norte-americano de pesquisas Pew apresentou em 2013 alguns dados que podem dar ideia da quantidade de islamitas que há no mundo com base em seu apoio a princípios radicais da sharia:

Apoio ao apedrejamento de adúlteros até a morte:

86% dos muçulmanos do Paquistão
80% dos muçulmanos do Egito
65% dos muçulmanos da Jordânia

Apoio à pena de morte para muçulmanos que se convertem a outra religião:

79% dos muçulmanos do Afeganistão
62% dos muçulmanos da Palestina
58% dos muçulmanos da Malásia (considerados moderados)

Levando em conta que há cerca de 1,5 bilião de muçulmanos no planeta, se 10% deles forem favoráveis à aplicação de tais princípios extremistas, poderemos estimar em assombrosos 150 milhões o número de islamitas “teóricos”. Deste número, é preciso calcular quantos estarão dispostos a apoiar o islamismo não apenas com palavra, mas também com acções violentas, o que, na prática, significa concordar com o terrorismo perpetrado por grupos como o Estado Islâmico, a Al-Qaeda, o Talibã, o Hamas, o Hezbollah, o Boko Haram, o Al-Shabaab… Imaginemos que 2% dos 150 milhões de islamitas “de palavra” sejam islamitas “de facto”: teremos assim 3 milhões de pessoas – ou seja, 3 milhões de terroristas potenciais.

O PERIGO DA GENERALIZAÇÃO RADICAL

Diante deste panorama preocupante, é crucial não cairmos nós próprios no radicalismo de generalizar, esquecendo que uma coisa é a ideologia islamita e outra coisa é a religião muçulmana.

Grande parte dos muçulmanos comuns conviveu pacificamente com os cristãos e com outras minorias religiosas durante séculos e séculos em países como Síria, Líbano, Turquia, Jordânia, Malásia, Nigéria, Tunísia, Egipto, Marrocos, e, antes da ascensão de extremistas ao poder, até em países tidos hoje por extremamente intolerantes, como o Irão, o Afeganistão e o Iraque. No Egipto, a população foi às ruas massivamente, há poucos meses, para rejeitar a sharia que a Irmandade Muçulmana queria implantar no país: e derrubaram do poder a própria Irmandade Muçulmana. A Turquia é um país de maioria muçulmana, mas de orientação laica e costumes cada vez mais “ocidentalizados”. A comunidade persa da diáspora pós-Revolução Iraniana de 1979, também muçulmana, forma hoje uma elite cosmopolita, culta, tolerante e aberta, principalmente nos Estados Unidos. Há, portanto, grandes diferenças entre os muçulmanos comuns e os grupos radicalizados pela ideologia islamita.

Ao longo da história, todas as gerações tiveram de lidar com algum tipo de fundamentalismo que atentava contra os seus direitos. E as pessoas livres sempre conseguiram derrotar as tiranias dos totalitarismos.

Nós, não muçulmanos ou muçulmanos, temos hoje o desafio conjunto de derrotar o totalitarismo da ideologia islamita.

E o primeiro passo é entendermos de que se trata, com objectividade e sem generalizações… extremistas.

Fonte ALETEIA

(revisão da versão portuguesa por ama)


Pequena agenda do cristão

DOMINGO




(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé.

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?


Não nos deve sobrar o tempo. Nem um segundo.

Consolaste-te com a ideia de que a vida é gastar-se, é queimá-la no serviço de Deus. Assim, gastando-nos integralmente por Ele, virá a libertação da morte, que nos dará a posse da Vida. (Sulco, 883)

Não nos deve sobrar o tempo. Nem um segundo. E não exagero! Trabalho há sempre. O mundo é grande e são milhões as almas que não ouviram ainda falar claramente da doutrina de Cristo. Dirijo-me a cada um de vós. Se te sobra tempo, medita um pouco: é muito possível que vivas no meio da tibieza, ou que, sobrenaturalmente, sejas um paralítico. Não te mexes, estás parado, estéril, sem realizar todo o bem que deverias comunicar aos que se encontram a teu lado, no teu ambiente, no teu trabalho, na tua família.

Pensemos na nossa vida com valentia. Por que é que às vezes não conseguimos os minutos de que precisamos para terminar amorosamente o trabalho que nos diz respeito e que é o meio da nossa santificação? Por que descuidamos as obrigações familiares? Por que é que se nos mete a precipitação no momento de rezar ou de assistir ao Santo Sacrifício da Missa? Por que nos faltará a serenidade e a calma para cumprir os deveres do nosso estado e nos entretemos sem qualquer pressa nos caprichos pessoais? Podeis responder-me: são coisas pequenas. Sim, com efeito, mas essas coisas pequenas são o azeite, o nosso azeite, que mantém viva a chama e acesa a luz. (Amigos de Deus, 41–42)

Evangelho, comentário, L. espiritual


Tempo comum XXX Semana


Evangelho: Mc 10, 46-52

46 Chegaram a Jericó. Ao sair Jesus de Jericó, com os Seus discípulos e grande multidão, Bartimeu, mendigo cego, filho de Timeu, estava sentado junto ao caminho. 47 Quando ouviu dizer que era Jesus Nazareno, começou a gritar: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim!». 48 Muitos repreendiam-no para que se calasse. Mas ele cada vez gritava mais forte: «Filho de David, tem piedade de mim!».49 Jesus, parando, disse: «Chamai-o». Chamaram o cego, dizendo-lhe: «Tem confiança, levanta-te, Ele chama-te». 50 Ele, lançando fora a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus. 51 Tomando Jesus a palavra, disse-lhe: «Que queres que te faça?». O cego respondeu: «Rabboni, que eu veja!». 52 Então Jesus disse-lhe: «Vai, a tua fé te salvou». No mesmo instante recuperou a vista, e seguia-O no caminho.

Comentário:

Não tenho qualquer receio de Te pedir seja o que for porque sei que esperas uma resposta minha à Tua pergunta: ‘que queres que te faça!’

Esperas uma resposta sincera e honesta e não Te preocupa se o que peço é desajustado ou inconveniente porque bem sabes que peço como quem sou: um pobre homem que precisa de tudo. 

(ama, comentário sobre MC 10 46-52, 2015.05.28)


Leitura espiritual

São Josemaria Escrivá




Temas actuais do cristianismo

68
                  
pergunta:

Talvez possa pensar-se que, até agora, o Opus Dei se viu favorecido pelo entusiasmo dos primeiros sócios, embora sejam já vários milhares.
Existe alguma medida que garanta a continuidade da Obra, contra o risco, conatural a todas as instituições, de um possível arrefecimento do fervor e do impulso iniciais?

resposta:

A Obra não se baseia no entusiasmo, mas na fé.
Os anos do princípio - longos anos - foram muito duros, e só se viam dificuldades.
O Opus Dei foi avante, pela graça divina e pela oração e pelo sacrifício dos primeiros, sem meios humanos.
Só havia juventude, bom humor e o desejo de fazer a vontade de Deus.

Desde o princípio, a arma do Opus Dei foi sempre a oração, a vida entregue, a renúncia silenciosa a tudo o que é egoísmo, para servir as almas.
Como lhe dizia antes, ao Opus Dei vem-se receber um espírito que leva precisamente a dar tudo, enquanto se continua trabalhando profissionalmente por amor a Deus e às criaturas por Ele.

A garantia de que não se dê um arrefecimento é que os meus filhos nunca percam este espírito.
Sei que as obras humanas se desgastam com o tempo; mas isto não acontece com as obras divinas, a não ser que os homens as rebaixem.
Só quando se perde o impulso divino é que vem a corrupção, a decadência.
No nosso caso, vê-se claramente a Providência do Senhor, que, em tão pouco tempo - quarenta anos - faz que seja recebida e praticada esta específica vocação divina entre cidadãos correntes iguais aos outros, de tão diversas nações.

O fim do Opus Dei, repito uma vez mais, é a santidade de cada um dos seus sócios, homens e mulheres, que continuam no lugar que ocupavam no mundo.
Se alguém não vem ao Opus Dei para ser santo, apesar de todos os pesares - quer dizer, apesar das misérias próprias, dos erros pessoais - ir-se-á embora imediatamente.
Penso que a santidade atrai a santidade, e peço a Deus que no Opus Dei nunca falte essa convicção profunda, esta vida de fé.
Como vê, não confiamos exclusivamente em garantias humanas ou jurídicas.
As obras que Deus inspira movem-se ao ritmo da graça.
A minha única receita é esta: ser santos, querer ser santos, com santidade pessoal.

69
                  
pergunta:

Por que é que e que há sacerdotes numa instituição acentuadamente laical, como o Opus Dei?
Todos os membros do Opus Dei podem chegar a ser sacerdotes, ou só aqueles que são escolhidos pelos directores?

resposta:

A vocação para o Opus Dei pode recebê-la qualquer pessoa, que queira santificar-se no próprio estado: seja solteiro, casado ou viúvo; seja leigo ou clérigo.

Por isso ao Opus Dei associam-se também sacerdotes diocesanos, que continuam a ser diocesanos como antes, porquanto a Obra ajuda-os a tender para a perfeição cristã própria do seu estado, mediante a santificação do seu trabalho normal, que é precisamente o ministério sacerdotal ao serviço do seu bispo, da sua diocese e de toda a Igreja.
Também no caso deles a vinculação ao Opus Dei não modifica em nada a sua condição: continuam plenamente dedicados às tarefas que lhes confia o respectivo Ordinário e aos outros apostolados e actividades que devem realizar, sem que nunca a Obra interfira nessas actividades; e santificam-se praticando o mais perfeitamente possível as virtudes próprias de um sacerdote.

Além desses sacerdotes, que se incorporam ao Opus Dei depois de terem recebido ordens sacras, há na Obra outros sacerdotes seculares que recebem o sacramento da Ordem depois de pertencerem ao Opus Dei, ao qual, portanto, se vincularam quando eram leigos, cristãos correntes.
Trata-se de número muito restrito em comparação com o total de sócios - não chegam a dois por cento - e dedicam-se a servir os fins apostólicos do Opus Dei com o ministério sacerdotal, renunciando mais ou menos, segundo os casos, ao exercício da profissão civil que tinham.
São, com efeito, membros de profissões liberais ou trabalhadores, chamados ao sacerdócio depois de terem adquirido uma habilitação profissional e de terem trabalhado durante anos na sua ocupação própria: médico, engenheiro, mecânico, camponês, professor, jornalista, etc.
Fazem, além disso, com a máxima profundidade e sem pressas, o estudo das disciplinas eclesiásticas até obterem o doutoramento.
E isso sem perder a mentalidade característica do ambiente da sua profissão civil; de modo que, quando recebem as sagradas ordens, são médicos-sacerdotes, advogados-sacerdotes, operários-sacerdotes, etc.

A sua presença é necessária para o apostolado do Opus Dei.
Este apostolado realizam-no fundamentalmente os leigos, como já disse.
Cada sócio procura ser apóstolo no seu próprio ambiente de trabalho, aproximando as almas de Cristo mediante o exemplo e a palavra, isto é, através do diálogo.
Mas, no apostolado, ao conduzir as almas pelos caminhos da vida cristã, chega-se ao muro sacramental.
A função santificadora do leigo tem necessidade da função santificadora do sacerdote, que administra o sacramento da penitência, celebra a Eucaristia e proclama a Palavra de Deus em nome da Igreja.
E, como o apostolado do Opus Dei pressupõe uma espiritualidade específica, é necessário que o sacerdote dê também um testemunho vivo desse espírito peculiar.

Além desse serviço aos outros sócios da Obra, esses sacerdotes podem prestar, e de facto prestam, um serviço a muitas outras almas.
O zelo sacerdotal, que informa as suas vidas, deve levá-los a não permitir que ninguém passe ao seu lado sem receber algum reflexo da luz de Cristo.
Mais ainda, o espírito do Opus Dei, que nada sabe de grupitos nem de distinções, impele-os a sentirem-se íntima e eficazmente unidos aos seus irmãos, os outros sacerdotes seculares; sentem-se e são de facto sacerdotes diocesanos em todas as dioceses em que trabalham e às quais procuram servir com empenho e eficácia.

Quero fazer notar, porque é uma realidade muito importante, que esses sócios leigos do Opus Dei que recebem a ordenação sacerdotal, não mudam de vocação.
Quando abraçam o sacerdócio, respondendo livremente ao convite dos directores da Obra, não o fazem com a ideia de que assim se unem mais a Deus ou tendem mais eficazmente para a santidade: sabem perfeitamente que a vocação laical é plena e completa em si mesma, que a sua dedicação a Deus no Opus Dei era desde o primeiro momento um caminho claro para alcançar a perfeição cristã.
A ordenação sacerdotal não é, por isso, de modo algum, uma espécie de coroamento da vocação para o Opus Dei: é uma chamada que se faz a alguns, para servir de um modo novo os outros.
Por outro lado, na Obra não há duas espécies de sócios, os clérigos e os leigos; todos são e se sentem iguais e todos vivem o mesmo espírito: a santificação no seu próprio estado. [i]

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pergunta:

Tem falado com frequência do trabalho. Poderia dizer que lugar ocupa o trabalho profissional na espiritualidade do Opus Dei?

resposta:

A vocação para o Opus Dei não altera nem modifica de modo algum a condição, o estado de vida, de quem a recebe.
E como a condição humana é o trabalho, a vocação sobrenatural para a santidade e para o apostolado, segundo o espírito do Opus Dei, confirma a vocação humana para o trabalho.
A imensa maioria dos sócios da Obra são leigos, cristãos correntes: a sua condição é a de quem tem uma profissão, um ofício, uma ocupação, com frequência absorvente, com a qual ganha a vida, mantém a família, contribui para o bem comum, desenvolve a sua personalidade.

A vocação para o Opus Dei vem confirmar tudo isso, até ao ponto de que um dos sinais essenciais dessa vocação é precisamente viver no mundo e realizar aí um trabalho - contando, volto a dizer, com as próprias imperfeições pessoais - da maneira mais perfeita possível, tanto do ponto de vista humano, como do ponto de vista sobrenatural.
Quer dizer, um trabalho que contribua eficazmente para a edificação da cidade terrena - e que seja, por isso, feito com competência e com espírito de servir - e para a consagração do mundo, e que, portanto, seja santificador e santificado.

Os que querem viver com perfeição a sua fé e praticar o apostolado segundo o espírito do Opus Dei, devem santificar-se com a profissão, santificar a profissão e santificar os outros com a profissão.
Vivendo assim, sem se distinguirem dos outros cidadãos iguais a eles, que com eles trabalham, esforçam-se por se identificar com Cristo, imitando os seus trinta anos de trabalho na oficina de Nazaré.

Porque essa tarefa habitual é, não só o âmbito em que se devem santificar, como também a própria matéria da sua santidade: no meio das incidências do dia-a-dia descobrem a mão de Deus, e encontram estímulo para a sua vida de oração.
A própria actividade profissional põe-nos em contacto com outras pessoas - parentes, amigos, colegas - e com os grandes problemas que afectam a sua sociedade ou o mundo inteiro e oferece-lhes assim a ocasião de viverem a entrega ao serviço dos outros, que é essencial aos cristãos.
Assim, devem esforçar-se por dar um verdadeiro e autêntico testemunho de Cristo, para que todos aprendam a conhecer e a amar o Senhor, a descobrir que a vida normal no mundo, o trabalho de todos os dias, pode ser um encontro com Deus.

Entrevista realizada por Enrico Zuppi e António Fugardi, publicada em L'Osservatore della Domenica (Cidade do Vaticano) nos dias 19 e 26 de Maio e 2 de Junho de 1968

(cont)






[i] Mons. Escrivá de Balaguer fala nesta resposta de dois modos pelos quais os sacerdotes seculares podem pertencer ao Opus Dei:

a)         os sacerdotes que provêm dos membros leigos do Opus Dei, que são chamados às Ordens Sagradas pelo Prelado e que se incardinam na Prelatura, constituindo o seu presbitério. Dedicam-se fundamentalmente, ainda que não exclusivamente, à assistência pastoral dos fiéis incorporados no Opus Dei e, com estes, levam a cabo o apostolado específico de difundir, em todos os ambientes da sociedade, uma profunda tomada de consciência do chamamento universal à santidade e ao apostolado (Cfr. Apresentação);

b)         os sacerdotes seculares já incardinados numa diocese podem também participar da vida espiritual do Opus Dei, como assinala Mons. Escrivá de Balaguer no início desta resposta. Para isso, podem associar-se à Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, que está intrinsecamente unida à Prelatura e da qual é Presidente Geral o Prelado do Opus Dei, Cfr. o texto da Apresentação, pág. 11 onde se dá uma explicação sucinta desta Associação Sacerdotal, em termos jurídicos precisos que Mons. Escrivá de Balaguer ainda não podia utilizar ao conceder esta entrevista.