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16/10/2015

NUNC COEPI o que pode ver em 16 de Out

Publicações em Out 16

São Josemaria – Textos

AMA (Reflectindo - Aprender a dizer não)

AMA - Comentários ao Evangelho Lc 12 1-7, São Josemaria - Leitura espiritual (Temas actuais do cristianismo)

Jesus Cristo e a Igreja


Agenda Sexta-Feira

Pequena agenda do cristão


Sexta-Feira




(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Cristo e a Igreja – 84

A novidade em Cristo

…/18

Deus – explicava São Josemaria –, que é a formosura, a grandeza, a sabedoria, anuncia-nos que somos seus, que fomos escolhidos como objecto do seu amor infinito. Faz falta uma vida recta de fé para não desvirtuar esta maravilha, que a Providencia divina põe nas nossas mãos. Fé como a dos Reis Magos: a convicção de que nem o deserto, nem as tempestades, nem a tranquilidade dos oásis nos impedirão de chegar à meta da Belém eterna: a vida definitiva com Deus [i].

(cont)

(p. o'callaghan, CRISTO, 5 de Diciembre de 2008, trad. ama)



[i] É Cristo que pasa, n. 32.

Que a tua vida não seja uma vida estéril

S. Josemaria proclamou que a santidade está ao alcance de todo o cristão. Publicamos alguns textos nos que fala dessa chamada divina à qual ele respondeu.
Que a tua vida não seja uma vida estéril. – Sê útil. – Deixa rasto. – Ilumina, com o resplendor da tua fé e do teu amor.

Apaga, com a tua vida de apóstolo, o rasto viscoso e sujo que deixaram os semeadores impuros do ódio. – E incendeia todos os caminhos da Terra com o fogo de Cristo que levas no coração. (Caminho, 1)

Todos os que aqui estamos fazemos parte da família de Cristo, porque Ele mesmo nos escolheu antes da criação do mundo, por amor, para sermos santos e imaculados diante dele, o qual nos predestinou para sermos seus filhos adoptivos por meio de Jesus Cristo para sua glória, por sua livre vontade. Esta escolha gratuita de que Nosso Senhor nos fez objecto, marca-nos um fim bem determinado: a santidade pessoal, como S. Paulo nos repete insistentemente: haec est voluntas Dei: sanctificatio vestra, esta é a vontade de Deus: a vossa santificação. Portanto, não nos esqueçamos: estamos no redil do Mestre, para alcançar esse fim. (Amigos de Deus, 2)

A meta que proponho – ou melhor, a que Deus indica a todos – não é uma miragem ou um ideal inatingível: podia contar-vos tantos exemplos concretos de mulheres e de homens correntes, como vocês e como eu, que encontraram Jesus que passa quasi in occulto pelas encruzilhadas aparentemente mais vulgares e decidiram segui-lo, abraçando com amor a cruz de cada dia. Nesta época de desmoronamento geral, de concessões e de desânimos, ou de libertinagem e de anarquia, parece-me ainda mais actual aquela convicção simples e profunda que, no princípio da minha actividade sacerdotal e sempre, me consumiu em desejos de comunicar à humanidade inteira: estas crises mundiais são crises de santos. (Amigos de Deus, 4)

Estamos decididos a procurar que a nossa vida sirva de modelo e de ensinamento aos nossos irmãos, aos nossos iguais, os homens? Estamos decididos a ser outros Cristos? Não basta dizê-lo com a boca. Tu – pergunto-o a cada um de vós e pergunto-o a mim mesmo – tu, que por seres cristão estás chamado a ser outro Cristo, mereces que se repita de ti que vieste facere et docere, fazer tudo como um filho de Deus, atento à vontade de seu Pai, para que deste modo possas levar todas as almas a participar das coisas boas, nobres, divinas e humanas, da Redenção? Estás a viver a vida de Cristo na tua vida de cada dia no meio do mundo?

Fazer as obras de Deus não é um bonito jogo de palavras, mas um convite a gastar-se por Amor. Temos de morrer para nós mesmos a fim de renascermos para uma vida nova. Porque assim obedeceu Jesus, até à morte de Cruz, mortem autem crucis. Propter quod et Deus exaltavit illum. Por isso Deus O exaltou. Se obedecermos à vontade de Deus, a Cruz será também Ressurreição, exaltação. Cumprir-se-á em nós, passo a passo, a vida de Cristo; poder-se-á afirmar que vivemos procurando ser bons filhos de Deus, que passamos fazendo o bem, apesar da nossa fraqueza e dos nossos erros pessoais, por mais numerosos que sejam. (Cristo que passa, 21)

Asseguro-vos, meus filhos, que, quando um cristão realiza com amor a mais intranscendente das acções diárias, ela transborda da transcendência de Deus. Por isso vos tenho repetido, com insistente martelar, que a vocação cristã consiste em fazer poesia heróica da prosa de cada dia. Na linha do horizonte, meus filhos, parecem unir-se o céu e a terra. Mas não; onde se juntam deveras é nos vossos corações, quando viveis santamente a vida de cada dia... (Temas actuais do cristianismo, 116)


Evangelho, comentário, L. espiritual


Tempo comum XXVIII Semana


Evangelho: Lc 12, 1-7

1 Tendo-se juntado à volta de Jesus milhares e milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou Ele a dizer aos Seus discípulos: «Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. 2 Nada há oculto que não venha a descobrir-se e nada há escondido que não venha a saber-se. 3 Por isso as coisas que dissestes nas trevas serão ouvidas às claras, e o que falastes ao ouvido no quarto será apregoado sobre os telhados. 4 «A vós, pois, Meus amigos, digo-vos: não tenhais medo daqueles que matam o corpo e depois nada mais podem fazer. 5 Eu vou mostrar-vos a quem haveis de temer; temei Aquele que, depois de matar, tem poder de lançar no inferno; sim, Eu vos digo, temei Este. 6 Não se vendem cinco passarinhos por dois asses?; contudo nem um só deles está em esquecimento diante de Deus . 7 Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais pois; vós valeis mais que muitos passarinhos.

Comentário:

O cristão sabe muito bem, porque a sua Fé assim lho ensina, que Deus Nosso Senhor vê e ouve absolutamente tudo e, mais, os próprios pensamentos que possamos ter são do Seu conhecimento imediato.

Em vez de assustar-nos esta realidade devemos é fazer e pensar, desejar e ansiar por fazer o que Deus quer em cada momento.
Talvez não seja fácil mas é seguramente muito mais conveniente.

(ama, comentário sobre Lc 12, 1-7, 2014.10.17)


Leitura espiritual


São Josemaria Escrivá




Temas actuais do cristianismo



41
                  
pergunta:

Qual é a situação actual do desenvolvimento da Obra em França?

Resposta:

Como lhe dizia, o governo da Obra em cada país é autónomo.
A melhor informação sobre o trabalho do Opus Dei em França, pode obtê-la perguntando-o aos directores da Obra nesse país.

Entre as actividades que o Opus Dei realiza corporativamente e pelas quais responde como tal, há residências de estudantes - como a Résidence lnternationale de Rouvray, em Paris; a Résidence Universitaire de L'Ile-Verte, em Grenoble -, centros de reuniões e convívios - como o Centre de Rencontre de Couvrelles, no departamento de L'Aisne - etc.
Mas recordo-lhe que as obras corporativas são o que menos importa; o trabalho principal do Opus Dei é o testemunho pessoal, directo, que os seus sócios dão no ambiente do seu trabalho.
E para isso a enumeração não serve.
Não pense no fantasma do segredo.
Não!
As aves que sulcam o céu não são segredo e a ninguém passa pela cabeça contá-las.

42
                  
pergunta:

Qual é a situação actual da Obra no resto do Mundo, especialmente no mundo anglo-saxónico?

resposta:

O Opus Dei encontra-se tão à vontade na Inglaterra como no Quénia, na Nigéria, como no Japão, nos Estados Unidos como na Áustria, na Irlanda como no México ou na Argentina: em cada lugar é o mesmo fenómeno teológico e pastoral, enraizado nas almas do país.
Não se baseia numa cultura determinada nem numa época concreta da História.
No mundo anglo-saxónico, o Opus Dei tem, graças à ajuda de Deus e à colaboração de grande número de pessoas, obras apostólicas de diversas espécies: Netherhall House, em Londres, que presta especial atenção aos estudantes afro-asiáticos; Hudson Center, em Montreal, para a formação humana e intelectual de raparigas; Nairana Cultural Center, que se dirige aos estudantes de Sydney...
Nos Estados Unidos, onde o Opus Dei começou a trabalhar em 1949, podem mencionar-se: Midtown, centro para operários num bairro do coração de Chicago; Stonecrest Community Center, em Washington, destinado à formação de mulheres que carecem de preparação profissional; Trimount House, residência universitária, em Boston, etc. Uma advertência: a influência da Obra, na medida em que exista em cada caso, será sempre espiritual e de carácter religioso, nunca temporal.

43
                  
pergunta:

Fontes diversas pretendem que uma inimizade profunda oporia a maior parte das ordens religiosas, e singularmente a Companhia de Jesus, ao Opus Dei.
Estes boatos têm algum fundamento ou fazem parte desses mitos que o público alimenta quando não conhece bem algum assunto?

resposta:

Embora não sejamos religiosos nem nos pareçamos com os religiosos - nem há autoridade no Mundo que nos possa obrigar a sê-lo - no Opus Dei veneramos e amamos o estado religioso.
Todos os dias rezo para que todos os veneráveis religiosos continuem a oferecer à Igreja frutos de virtudes, de obras apostólicas e de santidade.
Os boatos de que se falou são... boatos.
O Opus Dei teve sempre a admiração e a simpatia de inúmeras ordens e congregações, particularmente dos religiosos e das religiosas de clausura, que rezam por nós, nos escrevem com frequência e dão a conhecer a nossa Obra de mil e uma maneiras, porque se dão conta da nossa vida de contemplação no meio dos afazeres da rua.
O secretário geral do Opus Dei, Dr. Alvaro del Portillo, conhecia e estimava o anterior Geral da Companhia de Jesus.
O actual Geral, o Padre Arrupe, conheço-o eu e estimo-o, e ele a mim. As incompreensões, se as houvesse, demonstrariam pouco espírito cristão, porque a nossa fé é de unidade, não de rivalidade e divisões.

44
                  
pergunta:

Qual é a posição da Obra acerca da declaração conciliar em favor da liberdade religiosa, e de modo especial acerca da sua aplicação em Espanha, onde o “projecto Castiella” continua suspenso?
E que dizer desse famoso “integrismo” atribuído alguma vez ao Opus Dei?

resposta:

lntegrismo?
O Opus Dei não está à direita, nem à esquerda, nem ao centro.
Pessoalmente, como sacerdote, procuro estar com Cristo, que na Cruz estendeu os dois braços, e não apenas um deles.
Tomo com liberdade, de cada grupo, aquilo que me convence, e que me torna o coração e os braços acolhedores para com toda a gente. Por sua vez, cada um dos sócios da Obra é libérrimo de fazer as opções que quiser, no âmbito da fé cristã.

Quanto à liberdade religiosa, o Opus Dei, desde a sua fundação, nunca fez discriminações: trabalha e convive com todos, porque vê, em cada um, uma alma que é preciso respeitar e amar.
Não são meras palavras: a nossa Obra foi a primeira organização católica a admitir, com autorização da Santa Sé, como Cooperadores os não católicos, sejam ou não cristãos.
Defendi sempre a liberdade das consciências.
Não compreendo a violência: não me parece apta para convencer nem para vencer.
O erro supera-se com a oração, com a graça de Deus, com o estudo; nunca com a força, sempre com a caridade.
Compreenderá que, sendo este o espírito que temos vivido desde o princípio, só me podem ter causado alegria os ensinamentos que o Concílio promulgou sobre este tema.
Acerca do projecto concreto a que se refere, não é questão da minha competência, mas da hierarquia da Igreja em Espanha e dos católicos desse país, aplicando ao caso concreto o espírito do Concílio.

45
                  
pergunta:

Alguns leitores de Caminho manifestam estranheza perante a afirmação contida no ponto 28 desse livro: “O matrimónio é para os soldados e não para o estado-maior de Cristo”.
Poderá ver-se nisto uma apreciação pejorativa do matrimónio, oposta ao desejo da Obra de inserir-se nas realidades vivas do mundo moderno?

resposta:

Aconselho-o a ler o número anterior de Caminho, onde se diz que o matrimónio é uma vocação divina.
Não era nada frequente ouvir afirmações como essa à roda de 1935. Tirar as conclusões de que fala é não entender as minhas palavras. Com essa metáfora quis recolher o que sempre ensinou a Igreja acerca da excelência e valor sobrenatural do celibato apostólico, e recordar ao mesmo tempo a todos os cristãos que, com palavras de São Paulo, devem sentir-se milites Christi, soldados de Cristo, membros desse Povo de Deus que realiza na Terra uma luta divina de compreensão, de santidade e de paz.
Há em todo o Mundo muitos milhares de casais que pertencem ao Opus Dei, ou que vivem de acordo com o seu espírito, sabendo bem que um soldado pode ser condecorado na mesma batalha em que o general fugiu vergonhosamente.

46             

pergunta:

Em 1946, fixou residência em Roma.
Dos Pontífices que conheceu, que traços se destacam nas suas recordações?

resposta:

Para mim, depois da Santíssima Trindade e de nossa Mãe a Virgem, vem logo o Papa, na hierarquia do amor.
Não posso esquecer que foi S.S. Pio XIl quem aprovou o Opus Dei, quando este caminho de espiritualidade parecia a alguns uma heresia; mas também não esqueço que as primeiras palavras de carinho e afecto que recebi em Roma, em 1946, disse-mas o então Mons. Montini.
Tenho também muito presente o encanto afável e paternal de João XXIII, de todas as vezes que tive ocasião de o visitar.
Uma vez disse-lhe: “Todos, católicos ou não, têm encontrado na nossa Obra um lugar acolhedor: não tive de aprender o ecumenismo com Vossa Santidade ...”.
E o Santo Padre João sorriu emocionado.
Que quer que lhe diga?
Todos os Romanos Pontífices têm tido compreensão e carinho para com o Opus Dei.

Entrevista realizada por Jacques-Guillemé-Brûlon, publicada em Le Figaro (Paris) em 16 de Maio de 1966.

(cont)



Reflectindo - 120

Aprender a dizer não


…/5

O que disse que sim, que iria trabalhar conforme o Pai lhe ordenara mas de facto não foi configura exactamente essas pessoas que não sabem dizer não.

Estamos a falar de pessoas que desejam ficar "bem" perante os outros, a sociedade e o "sim" sai como que automaticamente sem quase pestanejar.

São, ou pretendem ser, pessoas simpáticas mas, efectivamente, não passam disso e, de certeza, não são gente em quem se possa confiar.


(cont)