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12/08/2015

NUNC COEPI o que pode ver em 12 Ago

O que pode ver em NUNC COEPI em Ago 12

São Josemaria – Textos

Stº. Agostinho, Tratado sobre o Evangelho de S. João (Stº Agostinho)

AMA - Comentários ao Evangelho Mt 18 15-20, Amigos de Deus (S. Josemaria), São Josemaria Escrivá

Aborto, Defesa da vida


Agenda Quarta-Feira

Defesa da vida

Questões sobre o aborto

É válido argumentar que “ninguém aborta por gosto”?

À primeira vista, o argumento parece ter certa lógica. Mas há várias objeções a essa lógica.
Os defensores da legalização do aborto afirmam que nenhuma mulher faz ou fará um aborto de ânimo leve.

À primeira vista, o argumento parece ter certa lógica.
Praticar o aborto do próprio filho não é o mesmo que injectar heroína. Apesar de a droga arruinar a saúde do consumidor, é preciso reconhecer que um aborto não se situa no mesmo plano: por melhor que seja um Centro de Saúde, nenhuma mulher recorre ao aborto por gosto.
Por isso, ninguém deve insinuar que a legalidade incentiva ao aborto por motivos banais. Serão sempre casos de “absoluta necessidade”.

Não tenho receio em concordar que ninguém, com um mínimo de estabilidade mental, recorre a uma cirurgia, do tipo que for, por gosto.

Porém, levanto três objecções ao argumento:

A mesma sequência de raciocínio - quando se despenaliza uma acção que por si mesma é desagradável não se prevê um aumento considerável de acções desse tipo - poderia então ser aplicada a outros casos.
Pensemos no atropelamento.
Se houvesse uma lei a despenalizar os automobilistas que atropelassem pessoas, não é previsível que a maioria dos condutores se dedicasse a passar com o carro por cima dos transeuntes: ninguém ocasionaria com gosto lesões a terceiros (e consequentes amolgadelas no carro...).
Significa, então, que a lei sobra?
Há até casos de homicídios involuntários por atropelamento com penas que não são nada leves.
Não seria de declarar a inocência dos condutores, visto que não atropelaram ninguém de ânimo leve e já lhes basta a tortura da própria consciência?
E, mesmo em caso de homicídios voluntários, exceptuando, porventura, a participação em organizações terroristas ou mafiosas, quem mata não o faz levianamente: pesou os prós e os contras e concluiu que o assassinato era a melhor maneira de resolver a questão (leiam-se os romances de Agatha Christie, tão instrutivos nesta matéria quanto a motivações).
Será de restringir a penalização do homicídio a casos manifestamente compulsivos ou repetitivos?


(cont)

Evangelho, comentário, L. Espiritual


Tempo comum XIX Semana


Evangelho: Mt 18, 15-20

15 «Se teu irmão pecar contra ti, vai e corrige-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganhaste o teu irmão. 16 Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que pela palavra de duas ou três testemunhas se decida toda a questão. 17 Se não as ouvir, di-lo à Igreja. Se não ouvir a Igreja considera-o como um gentio e um publicano. 18 «Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado no céu; e tudo o que desligardes sobre a terra, será desligado no céu. 19 «Ainda vos digo que, se dois de vós se unirem entre si sobre a terra a pedir qualquer coisa, esta lhes será concedida por Meu Pai que está nos céus. 20 Porque onde se acham dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles».

Comentário:

Pode parecer estranho que alguém com hábitos de oração diária se sinta por vezes como que física ou mentalmente incapacitado de rezar.
Talvez possamos comparar esta situação com aquela em que desejamos estar sozinhos sem ver nem falar com ninguém.
Não devemos nem alarmar-nos nem estranhar.
Bastará pedir ajuda e com simplicidade dizer-lhe: ajuda-me, Senhor!

(ama, comentário sobre Mt 18 15-20, Carvide, 2014.08.13)


Leitura espiritual



São Josemaria Escrivá

Amigos de Deus

289
         
Nossa Mãe

Os filhos, especialmente quando são ainda pequenos, costumam pensar no que hão-de fazer por eles os seus pais, esquecendo-se das suas obrigações de piedade filial.
Nós, os filhos, somos geralmente muito interesseiros, embora esta nossa conduta - já o fizemos notar - não pareça incomodar muito as mães, porque têm suficiente amor nos seus corações e querem com o melhor carinho: aquele que se dá sem esperar correspondência.

Assim acontece também com Santa Maria.
Mas hoje, na festa da sua Maternidade divina, temos de nos esforçar por fazer uma reflexão mais profunda.
Hão-de doer-nos, se as encontrarmos, as nossas faltas de delicadeza com esta boa Mãe.
Pergunto-vos e pergunto-me a mim mesmo: como a honramos?

Voltemos mais uma vez à experiência de cada dia, ao modo de tratar com as nossas mães na terra.
Acima de tudo, que desejam dos seus filhos, que são carne da sua carne e sangue do seu sangue?
O seu maior desejo é tê-los perto.
Quando os filhos crescem e não é possível continuarem a seu lado, aguardam com impaciência as suas notícias, emocionam-se com tudo o que lhes acontece, desde uma ligeira doença até aos acontecimentos mais importantes.

290
        
Olhai: para a nossa Mãe, Santa Maria, jamais deixamos de ser pequenos, porque Ela nos abre o caminho até ao Reino dos Céus, que será dado aos que se tornam meninos.
De Nossa Senhora nunca nos devemos afastar.
Como a honraremos?
Tendo intimidade com Ela, falando com Ela, manifestando-lhe o nosso carinho, ponderando no nosso coração os episódios da sua vida na terra, contando-lhes as nossas lutas, os nossos êxitos e os nossos fracassos.

Descobriremos assim, como se as recitássemos pela primeira vez, o sentido das orações marianas, que sempre se rezaram na Igreja.
O que são a Ave-Maria e o Angelus, senão louvores calorosos à Maternidade divina?
E no Santo Rosário - essa maravilhosa devoção, que nunca me cansarei de aconselhar a todos os cristãos - passam pela nossa cabeça e pelo nosso coração os mistérios da conduta admirável de Maria, que são os próprios mistérios fundamentais da fé.

291
        
O ano litúrgico aparece engalanado de festas em honra de Santa Maria.
O fundamento deste culto é a Maternidade divina de Nossa Senhora, origem da plenitude dos dons naturais e da graça com que a Santíssima Trindade a adornou.
Demonstraria escassa formação cristã - e muito pouco amor de filho - quem temesse que o culto da Santíssima Virgem pudesse diminuir a adoração que se deve a Deus.
A Nossa Mãe, modelo de humildade, cantou: chamar-me-ão bem-aventurada todas as gerações, porque fez em mim grandes coisas aquele que é Todo-poderoso, cujo nome é santo e cuja misericórdia se estende de geração em geração, a todos os que o temem.

Nas festas de Nossa Senhora não regateemos as demonstrações de carinho; elevemos com mais frequência o coração pedindo-lhe aquilo de que necessitamos, agradecendo-lhe a sua solicitude maternal e constante, encomendando-lhe as pessoas que estimamos.
Mas, se pretendemos comportar-nos como filhos, todos os dias serão ocasiões propícias de amor a Maria, como o são para os que se querem deveras.

292
        
Talvez agora algum de vós possa pensar que o dia ordinário, o habitual ir e vir da nossa vida, não se presta muito a manter o coração numa criatura tão pura como Nossa Senhora.
Convidar-vos-ia a reflectir um pouco.
Que procuramos sempre, mesmo sem especial atenção, em tudo o que fazemos?
Quando nos move o amor de Deus e trabalhamos com rectidão de intenção, procuramos o que é bom, o que é limpo, o que dá paz à consciência e felicidade à alma.
Também cometemos muitos erros?
Sim, mas precisamente reconhecer esses erros é descobrir com maior clareza que a nossa meta é esta: uma felicidade que não passe, profunda, serena, humana e sobrenatural.

Existe uma criatura que conseguiu nesta terra essa felicidade, porque é a obra-prima de Deus: a Nossa Mãe Santíssima, Maria.
Ela vive e protege-nos; está junto do Pai e do Filho e do Espírito Santo, em corpo e alma.
É Aquela mesma que nasceu na Palestina, que se entregou ao Senhor desde menina, que recebeu a anunciação do Arcanjo Gabriel, que deu à luz o Nosso Salvador, que esteve junto d'Ele ao pé da Cruz.

N'Ela se tornam realidade todos os ideais, mas não devemos concluir daí que a sua sublimidade e grandeza no-la apresentem inacessível e distante.
É a cheia de graça, a suma de todas as perfeições; e é Mãe.
Com o seu poder diante de Deus conseguirá o que lhe pedirmos; como Mãe, quer conceder-no-lo.
E, também como Mãe, entende e compreende as nossas fraquezas, anima-nos, desculpa-nos, facilita o caminho, tem sempre o remédio preparado, mesmo quando parece que já nada é possível.

293
         
Quanto cresceriam em nós as virtudes sobrenaturais se conseguíssemos verdadeira devoção a Maria, que é Nossa Mãe!
Não nos importemos de lhe repetir durante todo o dia - com o coração, sem necessidade de palavras - pequenas orações, jaculatórias.
A devoção cristã reuniu muitos desses elogios carinhosos na Ladainha que acompanha o Santo Rosário.
Mas cada um de nós tem a liberdade de os aumentar, dirigindo-lhe novos louvores, dizendo-lhe o que - por um santo pudor que Ela entende e aprova - não nos atreveríamos a pronunciar em voz alta.

Aconselho-te - para terminar - que faças, se o não fizeste ainda, a tua experiência particular do amor materno de Maria.
Não basta saber que Ela é Mãe, considerá-la deste modo, falar assim d'Ela.
É tua Mãe e tu és seu filho; quer-te como se fosses o seu único filho neste mundo.
Trata-a de acordo com isso: conta-lhe tudo o que te acontece, honra-a, ama-a.
Ninguém o fará por ti, tão bem como tu, se tu não o fizeres.

Asseguro-te que, se empreenderes este caminho, encontrarás imediatamente todo o amor de Cristo; e ver-te-ás metido na vida inefável de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
Conseguirás forças para cumprir bem a Vontade de Deus, encher-te-ás de desejos de servir todos os homens.
Serás o cristão que às vezes sonhas ser: cheio de obras de caridade e de justiça, alegre e forte, compreensivo com os outros e exigente contigo mesmo.

Este e não outro é o carácter da nossa fé.
Recorramos a Santa Maria, que Ela nos acompanhará com um passo firme e constante.

294
         
Sentimo-nos tocados, com o coração a bater com mais força, quando ouvimos com toda a atenção este brado de S. Paulo: esta é a vontade de Deus: a vossa santificação.
Hoje, mais uma vez o repito a mim mesmo e também o recordo a cada um e à Humanidade inteira: esta é a vontade de Deus, que sejamos santos.

Para pacificar as almas com uma paz autêntica, para transformar a Terra, para procurar Deus Nosso Senhor no mundo e através das coisas do mundo, é indispensável a santidade pessoal.
Nas minhas conversas com gente de tantos países e dos ambientes sociais mais diversos, perguntam-me com frequência: - Que diz aos casados?
E aos que trabalhamos no campo?
E às viúvas?
E aos jovens?

Respondo sistematicamente que tenho uma só panela.
E costumo fazer notar que Jesus Cristo Nosso Senhor pregou a Boa Nova para todos, sem qualquer distinção.
Uma só panela e um único alimento: o meu alimento é fazer a vontade d'Aquele que me enviou e dar cumprimento à sua obra.
Chama cada um à santidade, pede amor a cada um: jovens e velhos, solteiros e casados, sãos e doentes, cultos e ignorantes, trabalhem onde quer que trabalhem, estejam onde quer que estejam.
Há um único modo de crescer na familiaridade e na confiança com Deus: a intimidade da oração, falar com Ele, manifestar-Lhe - de coração a coração - o nosso afecto.

295         
Falar com Deus

Invocar-me-eis e Eu vos ouvirei.
E invocamo-lo conversando, dirigindo-nos a Ele. Por isso temos de pôr em prática a exortação do Apóstolo: sine intermissione orate; rezai sempre, aconteça o que acontecer. Não apenas de coração, mas com todo o coração.

Talvez pensemos que a vida nem sempre é suportável, que não faltam dissabores, nem mágoas, nem tristezas.
Responderei também com S. Paulo que nem a morte nem a vida, nem anjos, nem principados, nem virtudes; nem o presente, nem o futuro, nem a força, nem o que há de mais alto, nem de mais profundo, nem nenhuma outra criatura poderá jamais separar-nos do amor de Deus, que se fundamenta em Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Nada nos pode afastar da caridade de Deus, do Amor, da relação constante com o nosso Pai.

Mas recomendar esta união contínua com Deus não será apresentar um ideal tão sublime, que se torna impraticável à maioria dos cristãos? Na verdade a meta é alta, mas não impraticável.
O caminho que conduz à santidade é o caminho da oração; e a oração deve enraizar-se a pouco e pouco na alma, como a pequena semente que se tornará mais tarde árvore frondosa.

(cont)




Quis experimentar a fadiga e o cansaço

Não sabes se será fraqueza física ou uma espécie de cansaço interior que se apoderou de ti, ou as duas coisas ao mesmo tempo... Lutas sem luta, sem o empenho de uma autêntica melhoria positiva, para pegar a alegria e o amor de Cristo às almas. Quero lembrar-te as palavras claras do Espírito Santo: só será coroado quem tiver lutado "legitime" – deveras! –, apesar dos pesares. (Sulco, 163)

A alegria, o optimismo sobrenatural e humano, são compatíveis com o cansaço físico, com a dor, com as lágrimas – porque temos coração –, com as dificuldades na nossa vida interior ou na tarefa apostólica.

Ele, "perfectus Deus, perfectus homo", perfeito Deus e perfeito homem, que tinha toda a felicidade do Céu, quis experimentar a fadiga e o cansaço, o pranto e a dor..., para que percebermos que para ser sobrenaturais temos de ser muito humanos. (Forja, 290)


Sempre que nos cansemos – no trabalho, no estudo, na tarefa apostólica – sempre que no horizonte haja trevas, então é preciso olhar Cristo: Jesus bom, Jesus cansado, Jesus faminto e sedento. Como te fazes compreender bem, Senhor! Como te fazes amar! Mostras-te igual a nós em tudo, excepto no pecado, para que sintamos que contigo poderemos vencer as nossas más inclinações e as nossas culpas. Efectivamente, não têm importância o cansaço, a fome, a sede, as lágrimas... Cristo cansou-se, passou fome, teve sede, chorou. O que importa é a luta – uma luta amável, porque o Senhor permanece sempre a nosso lado – para cumprir a vontade do Pai que está nos céus. (Amigos de Deus, 201)

Pequena agenda do cristão



Quarta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Temas para meditar - 484

Apostolado



Conheceis o que cada um de vós tem que fazer em sua casa, com o amigo, com o vizinho, com o seu dependente, com o superior, com o inferior.
Conheceis também de que modo Deus dá a ocasião, de que maneira abre a porta com a sua palavra.
Não queirais, pois, viver tranquilos até os ganhardes para Cristo, porque vós fostes ganhos por Cristo.


(Stº agostinho, Tratado sobre o Evangelho de S. João, 10, 9)