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10/08/2015

NUNC COEPI o que pode ver em 10 Ago

O que pode ver em NUNC COEPI em Ago 10

São Josemaria – Textos

AMA - Reflectindo - A beleza do perdão

Bento XVI - Pensamentos espirituais

AMA - Comentários ao Evangelho Jo 12 24-26, Amigos de Deus (S. Josemaria), São Josemaria Escrivá

Aborto, Defesa da vida


Agenda Segunda-Feira

Reflectindo - 101

A beleza do perdão

…/3

É de suma importância o exame prévio feito com simples objectividade até porque algumas vezes nos esquecermos dos pecados de omissão, isto é, o que deveríamos ter feito e não fizemos, ou seja as faltas de cumprimento do dever.

E não nos fiquemos por generalidades mas sim dizer concretamente: ’não fiz isto, não fiz aquilo' que era minha obrigação fazer.

Ao demónio não lhe interessa nada que nos confessemos e usará de todas as artimanhas da vasta panóplia de que dispõe para nos levar a desistir da Confissão Sacramental.

Uma das mais comuns talvez seja o respeito humano de não nos confessarmos com o Sacerdote habitual. Tal ocorre  principalmente quando temos uma falta que nos envergonha  particularmente.

Não ceder a esta tentação acrescenta aos méritos da Confissão o  vencimento próprio, a humilhação, a simplicidade, o domínio do orgulho.

(cont)


(ama, reflexões, 2015.04.19)

Evangelho, comentário, L. Espiritual


Tempo comum XIX Semana


Evangelho: Jo 12, 24-26

24 Em verdade, em verdade vos digo que, se o grão de trigo que cai na terra não morrer, 25 fica infecundo; mas, se morrer, produz muito fruto. Quem ama a sua vida, perdê-la-á e quem aborrece a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna. 26 Se alguém Me quer servir, siga-Me e, onde Eu estou, estará ali também o que Me serve. Se alguém Me servir, Meu Pai o honrará.

Comentário:

Parece muito lógico – como sempre, diria – a recomendação de Cristo. De facto, como servir alguém que não se segue, que, de alguma forma está distante ou é alheio ao nosso dia-a-dia?
Servo e amo são duas pessoas que têm, forçosamente, conviver, dar-se, ter uma intimidade bastante grande.
Como o servo saberia o que o seu senhor deseja que faça em determinado momento?
E o senhor, como poderá esperar que o servo esteja atento e satisfaça os seus desejos?

Pois… convivendo intimamente. Servir Cristo é, no fundo e ao cabo, conviver com Ele, ter uma intimidade tal que não necessite nem de palavras nem de ordens específicas para fazer, o que, sabemos com segurança, será do seu agrado.

(ama, comentário sobre Jo 12, 24-26, Carvide, 2013.08.10)



Leitura espiritual




São Josemaria Escrivá

Amigos de Deus

274
        
Todas as festas de Nossa Senhora são grandes, porque constituem ocasiões que a Igreja nos oferece para demonstrar com factos o nosso amor a Santa Maria.
Mas se tivesse de escolher entre essas festividades, preferiria a de hoje: a Maternidade divina da Santíssima Virgem.

Esta celebração leva-nos a considerar alguns dos mistérios centrais da nossa fé, fazendo-nos meditar na Encarnação do Verbo, obra das três pessoas da Santíssima Trindade.
Maria, Filha de Deus Pai, pela Encarnação do Senhor no seu seio imaculado é Esposa de Deus Espírito Santo e Mãe de Deus Filho.

Quando a Virgem, livremente, respondeu sim aos desígnios que o Criador lhe revelou, o Verbo divino assumiu a natureza humana - a alma racional e o corpo formado no seio puríssimo de Maria.
A natureza divina e a humana uniam-se numa única Pessoa: Jesus Cristo, verdadeiro Deus e, desde então, verdadeiro Homem; eterno Unigénito do Pai e, a partir daquele momento, como Homem, filho verdadeiro de Maria. Por isso, Nossa Senhora é Mãe do Verbo encarnado, da segunda Pessoa da Santíssima Trindade, que uniu a si para sempre - sem confusão - a natureza humana.
Podemos dizer bem alto à Virgem Santa, como o melhor louvor, estas palavras que exprimem a sua mais alta dignidade: Mãe de Deus.

275
         
Fé do povo cristão

Sempre foi esta a doutrina certa da fé.
Contra os que a negaram, o Concílio de Éfeso proclamou que se alguém não confessa que o Emanuel é verdadeiramente Deus e que, por isso, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, visto que gerou segundo a carne o Verbo de Deus encarnado, seja anátema.

A história conservou-nos testemunhos da alegria dos cristãos perante estas decisões claras, nítidas, que reafirmavam aquilo em que todos já acreditavam: Todo o povo da cidade de Éfeso, desde as primeiras horas da manhã até à noite, permaneceu ansioso à espera da resolução... Quando se soube que o autor das blasfémias tinha sido deposto, todos a uma voz começaram a glorificar a Deus e a aclamar o Sínodo, porque tinha caído o inimigo da fé. Logo que saímos da igreja fomos acompanhados com archotes a nossas casas. Era de noite: toda a cidade estava alegre e iluminada.

Assim escreve S. Cirilo e não posso negar que, mesmo passados dezasseis séculos, aquela reacção de piedade me impressiona profundamente.

Queira Deus Nosso Senhor que esta mesma fé arda nos nossos corações e que se erga dos nossos lábios um cântico de acção de graças, porque a Trindade Santíssima, ao escolher Maria para Mãe de Cristo, homem como nós, pôs cada um de nós sob o seu manto maternal.
É Mãe de Deus e nossa Mãe.

276
         
A Maternidade divina de Maria é a raiz de todas as perfeições e privilégios que a adornam.
Por esse título, foi concebida imaculada e está cheia de graça, é sempre virgem, subiu ao céu em corpo e alma, foi coroada Rainha de toda a criação, acima dos anjos e dos santos.
Mais que Ela, só Deus.
A Santíssima Virgem, por ser Mãe de Deus, possui uma dignidade, de certo modo infinita, do bem infinito que é Deus.
Não há perigo de exageros.
Nunca aprofundaremos bastante este mistério inefável; nunca poderemos agradecer suficientemente à Nossa Mãe a familiaridade que nos deu com a Santíssima Trindade.

Éramos pecadores e inimigos de Deus.
A Redenção não só nos livra do pecado e reconcilia com o Senhor; mas converte-nos em filhos, entrega-nos uma Mãe, a mesma que gerou o verbo, segundo a Humanidade.
Pode haver maior prodigalidade, maior excesso de amor?
Deus ansiava redimir-nos, dispunha de muitas possibilidades para executar a sua Santíssima Vontade, segundo a sua infinita sabedoria. Escolheu uma que dissipa todas as dúvidas possíveis sobre a nossa salvação e glorificação.
Como o primeiro Adão não nasceu de homem e de mulher, mas foi plasmado em terra, assim também o último Adão, que havia de curar a ferida do primeiro, tomou um corpo formado no seio de uma virgem para ser, segundo a carne, igual à carne dos que pecaram.

277
        
Mãe do amor formoso

Ego quasi vitis fructificavi...; como a videira deitei formosos ramos e as minhas flores deram saborosos e ricos frutos.
Assim lemos na Epístola. Que esse aroma de suavidade que é a devoção à nossa Mãe abunde na nossa alma e na alma de todos os cristãos e nos leve à confiança mais completa em quem vela sempre por nós.

Eu sou a Mãe do amor formoso, do temor, da ciência e da santa esperança, lições que hoje nos recorda Santa Maria.
Lição de amor formoso, de vida limpa, de um coração sensível e apaixonado, para que aprendamos a ser fiéis ao serviço da Igreja. Este não é um amor qualquer; é o Amor.
Aqui não há traições, nem cálculos, nem esquecimentos.
Um amor formoso, porque tem como princípio e como fim o Deus três vezes Santo, que é toda a Beleza e toda a Bondade e toda a Grandeza.

Mas também se fala de temor.
Não concebo outro temor senão o de nos afastarmos do Amor.
Porque Deus Nosso Senhor não nos quer abatidos, timoratos ou com uma entrega anódina.
Precisa de que sejamos audazes, valentes, delicados.
O temor, que o texto sagrado nos recorda, traz-nos à lembrança aquela outra queixa da Escritura: procurei o amado da minha alma; procurei-o e não o encontrei.

Isto pode acontecer, se o homem não compreendeu, até ao fundo, o que significa amar a Deus.
Sucede então que o coração se deixa arrastar por coisas que não conduzem ao Senhor.
E, por consequência, perdemo-lo de vista.
Outras vezes será talvez o Senhor quem se esconde; ele sabe porquê.
Anima-nos assim a procurá-lo com maior ardor e, quando o descobrimos, exclamamos cheios de júbilo; encontrei-o e já não o deixarei.

278
         
O Evangelho da Santa Missa recordou-nos aquela cena comovente de Jesus que fica em Jerusalém ensinando no templo.
Maria e José perguntaram por ele a parentes e conhecidos.
E, como não o encontrassem, voltaram a Jerusalém à sua procura.
A Mãe de Deus, que procurou com afã o seu Filho, perdido sem sua culpa e que sentiu a maior alegria ao encontrá-lo, ajudar-nos-á a voltar atrás, a rectificar o que for preciso, quando, pelas nossas leviandades ou pecados, não consigamos descobrir Cristo.
Teremos assim a alegria de o abraçar de novo, para lhe dizer que nunca mais o perderemos.

Maria é Mãe da ciência, porque com Ela se aprende a lição que mais importa: que nada vale a pena se não estamos junto do Senhor, que de nada servem todas as maravilhas da terra, todas as ambições satisfeitas, se no nosso peito não arde a chama de amor vivo, a luz da santa esperança, que é uma antecipação do amor interminável, na nossa Pátria definitiva.

279
        
Em mim encontra-se toda a graça de doutrina e de verdade, em mim toda a esperança de vida e de virtude.
Com quanta sabedoria pôs a Igreja estas palavras na boca da nossa Mãe, para que nós, os cristãos, não as esqueçamos.
Ela é a segurança, o Amor que nunca nos abandona, o abrigo constantemente aberto, a mão que acaricia e consola sempre.

Um antigo Padre da Igreja escreve que devemos procurar conservar na nossa mente e na nossa memória um resumo ordenado da vida da Mãe de Deus.
Tereis folheado muitas vezes prontuários de Medicina, de Matemática ou de outras matérias.
Aí se enumeram, para casos de necessidade urgente, os remédios imediatos, as medidas que se devem adoptar, com o fim de não nos perdermos nessas ciências.

280
         
Meditemos frequentemente tudo quanto temos ouvido sobre a nossa Mãe numa oração sossegada e tranquila.
E, como resultado, ir-se-á gravando na nossa alma uma espécie de compêndio, para recorrermos a Ela sem vacilar, especialmente quando não tivermos outro apoio.
Não será isto interesse pessoal da nossa parte?
Certamente que o é.
Mas, porventura, não sabem as mães que os filhos são geralmente um pouco interesseiros e que com frequência se dirigem a elas como último remédio?
Sabem-no e não se importam.
Por isso são mães e o seu amor desinteressado percebe - no nosso aparente egoísmo - o nosso afecto filial, a nossa confiança inabalável.

Não pretendo - nem para mim, nem para vós - que a nossa devoção a Santa Maria se limite a estas invocações prementes.
Acho, no entanto, que não deve humilhar-nos que nos aconteça isso alguma vez.
As mães não contabilizam os pormenores de carinho que os seus filhos lhes demonstram, não pesam nem medem com critérios mesquinhos.
Uma pequena demonstração de amor, saboreiam-na como se fosse mel e acabam por conceder muito mais do que receberam.
Se assim fazem as mães boas da terra, imaginai o que poderemos esperar da nossa Mãe, Santa Maria!

(cont)



Defesa da vida

Questões sobre o aborto

2: “Crianças não queridas”?

…/3

Não sem uma boa dose de humor e senso comum, Chesterton sintetizava essa visão do controlo da natalidade proposto como meio de conquista social: “É como dizer que a decapitação é um avanço na tecnologia dos dentistas”.

Enfim, a teoria malthusiana, tão incensada em determinados setores, parece ser assim uma história mal contada.
No fundo, Malthus nunca esteve realmente preocupado pelos pobres, mas sim pelos ricos: os pobres eram apenas um problema para os ricos.
Nada mais.
Não é que o preocupasse a infelicidade dos possíveis novos pobres; preocupava-o, isso sim, a felicidade que eles retirariam aos ricos.

Igualmente mal contada é a aparente preocupação pelos que vão nascer e crescer fatalmente infelizes.
Será realmente uma hipotética infelicidade futura da criança por nascer a causa para ela ser eliminada?
A causa para o aborto não será antes a presente infelicidade da mãe ou do pai pela criança não prevista e que vai trazer-lhes novos trabalhos?

Mas mesmo que se tratasse de um diagnóstico provável – nunca totalmente certo – não significa que o tratamento proposto como inevitável (o aborto) seja razoável.


(cont)

S. Pedro e S. Paulo, apóstolos

Ânimo! Tu... podes. – Vês o que fez a graça de Deus com aquele Pedro dorminhoco negador e cobarde...; com aquele Paulo perseguidor, odiento e pertinaz? (Caminho, 483)

Pedro diz-Lhe: "Senhor, Tu lavares-me os pés, a mim?!". Responde Jesus: "O que Eu faço, não o compreendes agora; entendê-lo-ás depois". Insiste Pedro: "Tu nunca me lavarás os pés!". Replicou Jesus: "Se Eu não te lavar, não terás parte coMigo". Simão Pedro rende-se: "Senhor, não só os pés, mas também as mãos e a cabeça!".

Ao chamamento a uma entrega total, completa, sem vacilações, muitas vezes opomos uma falsa modéstia como a de Pedro... Oxalá fôssemos também homens de coração, como o Apóstolo! Pedro não admite que ninguém ame Jesus mais do que ele. Esse amor leva-o a reagir assim: – Aqui estou! Lava-me as mãos, a cabeça, os pés! Purifica-me de todo, que eu quero entregar-me a Ti sem reservas! (Sulco, 266)


"Pesa sobre mim a solicitude por todas as igrejas", escrevia S. Paulo; e este suspiro do Apóstolo recorda a todos os cristãos – também a ti! – a responsabilidade de pôr aos pés da Esposa de Jesus Cristo, da Igreja Santa, o que somos e o que podemos, amando-a muito fielmente, mesmo à custa da bens, da honra e da vida. (Forja, 584)

Pequena agenda do cristão


SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Bento VXI – Pensamentos espirituais 63

As pequenas coisas



A verdadeira alegria esconde-se por vezes atrás das pequenas coisas e obtém-se cumprindo diariamente os deveres com espírito de serviço.


Discurso aos peregrinos reunidos por ocasião da canonização de cinco novos santos.


(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)