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22/07/2015

Pequena agenda do cristão



Quarta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



NUNC COEPI o que pode ver em 22 Jul

O que pode ver em NUNC COEPI em Jul 22

São Josemaria – Textos

E. Boylan, El amor supremo (E. Boylan), Oração

AMA - Comentários ao Evangelho Jo 20 1 11-18,Amigos de Deus (S. Josemaria), São Josemaria Escrivá

Aborto, Defesa da vida

Suma Teológica - Tratado da Vida de Cristo - Quest 31- Art 4,São Tomás de Aquino


Agenda Quarta-Feira

Apenas porque te amo

APENAS PORQUE TE AMO


Duas palavras apenas,
para Te dizer,
Senhor:
amo-Te,
com todo o meu ser!

Era para Te pedir,
para Te suplicar,
para interceder,
mas fico-me apenas
pelo amor.

Se Tu me amas,
(e sei que amas),
se eu Te tento amar,
no meu nada,
em tudo o que sou,
e tenho,
então,
nada me há-de faltar!

Por isso,
Senhor,
apenas e só:
amo-Te,
e dou-Te graças
pelo Teu amor.

Joaquim Mexia Alves, Monte Real, 23 de Julho de 2015


Defesa da vida

“Um milagre? Não sei, mas Deus ajudou-me muitíssimo”

…/2


A mãe: "Pedi a S. Josemaria"

A mãe, que não deixa de agradecer aos médicos e destacar a sua "humanidade", quer que isto sirva para dar "esperança" às famílias com o mesmo problema:
"Muitas vezes os pais decidem abortar precipitadamente sem saber o que sucede aos filhos e pode haver uma vida boa de levar e com qualidade".

Maria José espera que o caso da sua filha "abra caminho, porque a cirurgia avança" e sirva para que "as taxas de aborto diminuam".

"Rezou-se muito e eu pedi a São Josemaria Escrivá de Balaguer, fundador do Opus Dei", disse. 

A menina sairá do hospital dentro de duas ou três semanas.


(cont)

Tratado da vida de Cristo 20

Questão 31: Da concepção do Salvador quanto à matéria de que o Seu corpo foi concebido

Art. 4 — Se a matéria do corpo de Cristo devia ser tomada de uma mulher.

O quarto discute-se assim. — Parece que a matéria do corpo de Cristo não devia ter sido tomada de nenhuma mulher.

1. — Pois, o sexo masculino é mais nobre que o feminino. Ora, convinha sobretudo que Cristo assumisse o que a natureza humana tem de mais perfeito. Logo, parece que não devia assumir a carne, nascendo de uma mulher, mas antes assumir a carne de um homem, assim como Eva foi formada da costela de Adão.

2. Demais. — Todo o concebido de mulher ficou-lhe algum tempo incluído no ventre. Ora, a Deus, que enche o céu e a terra, não lhe convinha o ter sido encerrado no ventre materno. Logo, parece que não devia ser concebido de nenhuma mulher.

3. Demais. — Os concebidos de mulher contraem de algum modo uma impureza. Donde o dizer a Escritura: Acaso pode justificar-se o homem comparado com Deus? Ou aparecer puro o que nasceu de mulher? Ora, em Cristo não devia haver nenhuma impureza, pois, ele é a sabedoria de Deus, da qual diz a Escritura: Nada manchado cabe nela. Logo, parece que não devia tomar a carne, de uma mulher.

Mas, em contrário, o Apóstolo: Enviou Deus a seu filho, feito de mulher.

Embora o Filho pudesse assumir a carne humana, de qualquer matéria que quisesse, convenientíssimo era contudo que recebesse a carne, de uma mulher. - Primeiro, porque assim nobilitou toda a natureza humana. Donde o dizer Agostinho: O perdão concedido à humanidade devia manifestar-se em ambos os sexos. O sexo masculino, sendo o mais nobre, o Cristo devia tomar-lhe a natureza; e, pois que nascia de uma mulher, poder-se-ia concluir consequentemente, que também o sexo feminino participava do perdão. - Segundo, porque vinha reforçar a verdade da Encarnação. Por isso diz Ambrósio: Descobrirás em Cristo muitas coisas conformes à natureza e muitas outras superiores a ela. Assim, era sujeitar-se à condição da natureza existir no ventre, isto é de um corpo feminino; mas, o que é superior à natureza, é uma virgem tê-lo concebido e gerado. Para acreditares que era Deus o introdutor dessa novidade na natureza e que era homem quem ia, segundo a natureza, nascer do homem. E Agostinho diz: Se o Deus Todo-poderoso tivesse criado um homem, formando-o sem recorrer ao ventre materno e apresentando-o repentinamente aos olhos humanos, não teria confirmado o sentimento do erro? E que de nenhum modo assumiu verdadeiramente a natureza humana? E ele, que produz tudo de maneira maravilhosa, teria destruído o que fez com misericórdia? Ao contrário, mediador entre Deus e o homem, reunindo na unidade da sua pessoa uma e outra natureza, quis sublimar o habitual pelo insólito e temperar o insólito pelo habitual. - Terceiro, porque desse modo, completa as diversas maneiras por que foi produzido o homem. Pois, primeiro, o homem foi produzido do limo da terra, sem homem e sem mulher; depois, Eva foi produzida do homem, sem mulher; e enfim, os outros homens foram produzidos do homem e da mulher. E esse como quarto modo foi deixado como o próprio de Cristo, para que fosse produzido da mulher, sem o homem.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Por o sexo masculino ser mais nobre que o feminino, é que Cristo assumiu a natureza humana, nesse sexo. Mas para que não ficasse desprezado o sexo feminino, foi congruente que assumisse a carne, de uma mulher. Donde o dizer Agostinho: Não queirais desprezar-vos uns aos outros, homens, pois o Filho de Deus quis ser homem. Não vos desprezeis a vós mesmas, mulheres, pois, o Filho de Deus nasceu de uma mulher.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Respondendo a essa objecção, Agostinho diz: Sem dúvida a fé católica crê que Cristo, Filho de Deus, nasceu de uma virgem, segundo a carne; mas de nenhum modo nos ensina que o Filho de Deus tivesse ficado encerrado no ventre de uma mulher, de sorte que não mais existisse fora dele e que tivesse abandonado o governo do céu e da terra, como que separado do seu Pai. Sois vós, ó Maniqueus, quem de nenhum modo compreende tais coisas, com um coração incapaz de conceber senão imagens corpóreas. E em outro lugar: Tal o sentimento de homens incapazes de pensar senão na matéria, a qual não pode estar toda em toda parte, por ter necessariamente o seu ser dividido em partes inumeráveis, ocupando cada uma um ponto diferente. Ora, a natureza da nossa alma é muito diferente da natureza corpórea. Quanto mais não o é a de Deus, Criador da alma e do corpo! Deus sabe que está todo em toda parte, sem que nenhum lugar o contenha; sabe que vai a um lugar sem se afastar de onde estava; sabe que o seu afastar-se não implica em sair donde viera.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Na obra de conceber a mulher, de um homem, não há nada de impuro, porque foi instituída por Deus. Donde o dizer o Apóstolo: Ao que Deus purificou não chames tu comum, isto é, impuro. Há aí porém uma certa impureza proveniente do pecado, pois, a concepção, resultante da conjunção do homem e da mulher, é acompanhada de concupiscência. O que, porém, não existiu em Cristo, como demonstramos. - Mas mesmo que houvesse no referido acto qualquer impureza, dela não teria sido inquinado o Verbo de Deus, que de nenhum modo é mutável. Donde o dizer Agostinho: Pergunta Deus, o Criador do homem. - que te move, na minha natividade? Não fui concebido no desejo da concupiscência. Fiz eu a mãe de quem havia de nascer. Se o raio do sol pode secar a imundície das cloacas, sem se contaminar, muito mais capaz é o Esplendor da luz eterna de purificar o que irradia, sem se deixar com isso macular.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.



Evangelho, comentário, L. Espiritual



Tempo comum XVI Semana

Santa Maria Madalena

Evangelho: Jo 20, 1. 11-18

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã, sendo ainda escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro.
11 Entretanto, Maria estava da parte de fora do sepulcro a chorar. Enquanto chorava, inclinou-se para o sepulcro 12 e viu dois anjos vestidos de branco, sentados no lugar onde fora posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13 Eles disseram-lhe: «Mulher, porque choras?». Respondeu-lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram». 14 Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, mas não sabia que era Jesus. 15 Jesus disse-lhe: «Mulher, porque choras? A quem procuras?». Ela, julgando que era o hortelão, disse-Lhe: «Senhor, se tu O levaste, diz-me onde O puseste; eu irei buscá-l'O». 16 Jesus disse-lhe: «Maria!». Ela, voltando-se, disse-Lhe em hebreu: «Rabboni!», 17 Jesus disse-lhe: «Não Me retenhas, porque ainda não subi para Meu Pai; mas vai a Meus irmãos e diz-lhes que subo para Meu Pai e vosso Pai, para Meu Deus e vosso Deus». 18 Foi Maria Madalena anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor!», e as coisas que Ele lhe disse.

Comentário:

Infelizmente muitos não vêm Cristo nos outros homens. Porquê? Não O reconhecem como Irmão nosso?

Ou, então, o que talvez seja pior ainda, pretendem reconhecê-lo em alguém que “vestido com pele de cordeiro” engana e mal conduz muitos.

Ele é o Jardineiro do horto do Gólgota, o mecânico que nos repara o automóvel, o funcionário que nos atende num balcão. E, também, o banqueiro, o alto dignitário, o catedrático.

Nascemos e morremos tal qual uns e outros, seres humanos criados à imagem e semelhança do Pai comum.


(ama, comentário sobre Jo 20, 11-18, 2014.07.22)



Leitura espiritual




São Josemaria Escrivá

Amigos de Deus

162
        
O colírio da nossa própria fraqueza

Se vos examinardes com valentia na presença de Deus, vós, tal como eu, sentir-vos-eis diariamente carregados de muitos erros.
Quando lutamos por arrancá-los com a ajuda divina, carecem de verdadeira importância e podem ser superados, embora pareça que nunca conseguimos desarraigá-los totalmente.
Além disso, independentemente dessas fraquezas, tu contribuirás para remediar as grandes deficiências dos outros, sempre que te empenhares em corresponder à graça de Deus.
Reconhecendo-te tão fraco como eles - capaz de todos os erros e de todos os horrores - serás mais compreensivo, mais delicado e, ao mesmo tempo, mais exigente, para que todos nos decidamos a amar a Deus com o coração inteiro.

Nós, os cristãos, os filhos de Deus, temos de prestar assistência aos outros, pondo em prática honradamente o que aqueles hipócritas retorcidamente elogiavam ao Mestre: Não olhas à condição das pessoas.
Isto é, havemos de rejeitar por completo a acepção de pessoas - interessam-nos todas as almas! - embora, logicamente, devamos começar por ocupar-nos daquelas que, por esta ou aquela circunstância, e até só por motivos aparentemente humanos, Deus colocou ao nosso lado.

163
         
Et viam Dei in veritate doces, e ensinas com verdade o caminho de Deus - continuam eles.
Ensinar, ensinar, ensinar!
Mostrar os caminhos de Deus segundo a pura verdade!
Não deves assustar-te por verem os teus defeitos; os teus e os meus; eu tenho o desejo de os tornar públicos, contando a minha luta, o meu empenho de rectificar este ou aquele ponto da minha luta por ser leal ao Senhor.

O esforço por eliminar e vencer essas misérias já será um modo de indicar os caminhos divinos: primeiro, e apesar dos nossos erros manifestos, com o testemunho da nossa vida; depois, com a doutrina, como nosso Senhor, que coepit facere et docere, começou pelas obras e mais tarde se dedicou a pregar.

Depois de vos confirmar que este sacerdote vos quer muito e que o Pai do Céu vos quer mais, porque é infinitamente bom, porque é infinitamente Pai; depois de vos dizer que não posso lançar-vos nada à cara, considero, no entanto, que tenho de ajudar-vos a amar Jesus Cristo e a Igreja, seu rebanho, porque nisto penso que não me ganhais: emulais-me, mas não me ganhais.
Quando vos aponto algum erro através da pregação ou nas conversas pessoais com cada um de vós, não é para vos fazer sofrer; move-me exclusivamente o empenho de amarmos mais o Senhor.
E ao insistir na necessidade de praticar as virtudes, não perco de vista que essa necessidade também se impõe a mim.

164
          
Certa ocasião ouvi dizer a um superficial que a experiência das nossas quedas serve para voltar a cair cem vezes no mesmo erro.
Eu, pelo contrário, digo-vos que uma pessoa prudente aproveita esses reveses para ficar escarmentada, para aprender a fazer o bem, para renovar a decisão de ser mais santa.
Da experiência dos vossos fracassos e triunfos no serviço de Deus tirai sempre, juntamente com o aumento do amor, um empenho mais firme de prosseguir no cumprimento dos vossos direitos de cidadãos cristãos, custe o que custar; sem cobardias, sem fugir às honras nem às responsabilidades, sem nos assustarmos perante as reacções que se levantem ao nosso redor - provenientes talvez de falsos irmãos - quando procuramos leal e nobremente a glória de Deus e o bem dos outros.

Portanto, temos de ser prudentes.
Para quê?
Para sermos justos, para vivermos a caridade, para servirmos eficazmente Deus e todas as almas.
Com muita razão se chamou à prudência genitrix virtutum, mãe de todas as virtudes, e também auriga virtutum, guia de todos os bons hábitos.

165
        
A cada um o que lhe pertence

Lede com atenção o episódio evangélico para aproveitar essas estupendas lições acerca das virtudes que devem iluminar o nosso modo de proceder.
Acabado o preâmbulo hipócrita e adulador, os fariseus e os herodianos apresentam o seu problema: Que te parece? É lícito ou não pagar tributo a César?
Notai agora a sua astúcia - escreve S. João Crisóstomo - porque não lhe dizem: "explica-nos o que é bom, o que é conveniente, o que é lícito", mas "diz-nos o que te parece".
Estavam obcecados por atraiçoá-lo e torná-lo odioso ao poder político.
Mas Jesus, conhecendo-lhes a malícia, retorquiu: Porque me tentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo. Eles apresentaram-lhe um denário. De quem é, perguntou, essa imagem e a inscrição? De César, responderam. Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Já estais a ver que o dilema é antigo, assim como é clara e inequívoca a resposta do Mestre.
Não há, não existe nenhuma contradição entre servir a Deus e servir os outros; entre o exercício dos nossos direitos e deveres cívicos, e os religiosos; entre o empenho por construir e melhorar a cidade temporal e a convicção de que passamos por este mundo como por um caminho que nos leva à pátria celeste.

Também aqui se manifesta a unidade de vida que - não me cansarei de o repetir - é uma condição essencial para os que procuram santificar-se no meio das circunstâncias ordinárias do trabalho, das relações familiares e sociais.
Jesus não admite essa divisão: Ninguém pode servir a dois senhores, porque, ou há-de ter aversão a um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro.


A escolha exclusiva de Deus feita por um cristão quando responde plenamente ao seu chamamento, leva-o a dirigir tudo ao Senhor e, ao mesmo tempo, a dar ao próximo tudo o que em justiça lhe corresponde.

166
        
Não é lícito escudar-se em razões aparentemente piedosas para espoliar os outros do que lhes pertence: Se alguém diz: "Eu amo a Deus" mas odeia o seu irmão, é mentiroso.
Mas também se engana a si mesmo quem regateia ao Senhor o amor e a reverência - a adoração - que lhe são devidos como Criador e nosso Pai; a quem se nega a obedecer aos seus mandamentos com a falsa desculpa de que algum deles é incompatível com o serviço dos homens claramente adverte S. João que nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: Se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos.
Porque o amor de Deus consiste em guardar os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.

Talvez tenhais de escutar muitos que peroram e inventam teorias com o fim de reduzirem - em nome da funcionalidade, quando não da caridade! - as manifestações de respeito e de homenagem a Deus.
Tudo o que seja para honrar o Senhor lhes parece excessivo.
Não façais caso deles; vós continuai o vosso caminho.
Essas elucubrações não passam de controvérsias que não conduzem a nada, a não ser escandalizar as almas e impedir que se cumpra o preceito de Jesus Cristo de dar a cada um o que lhe pertence, de praticar com delicada inteireza a santa virtude da justiça.

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Deveres de justiça para com Deus e com os homens

Gravemo-lo bem na nossa alma, para que depois se note na nossa conduta: primeiro, justiça para com Deus.
Essa é a pedra de toque da verdadeira fome e sede de justiça, que a distingue da gritaria dos invejosos, dos ressentidos, dos egoístas, dos cobiçosos...
Com efeito, negar ao nosso Cria dor e Redentor o reconhecimento dos abundantes e inefáveis bens que nos concede é uma atitude que encerra a mais tremenda e ingrata das injustiças.
Vós, se vos esforçardes deveras por ser justos, considerareis frequentemente a vossa dependência de Deus - pois, que tens tu que não tenhas recebido? - para vos encherdes de agradecimento e de desejos de corresponder a um Pai que nos ama loucamente.

Então avivar-se-á em vós o bom espírito de piedade filial, que vos fará tratar Deus com ternura de coração.
Quando os hipócritas levantarem ao vosso redor a dúvida de saber se o Senhor tem direito a pedir-vos tanto, não vos deixeis enganar.
Pelo contrário: ponde-vos na presença de Deus, dóceis, como a argila nas mãos do oleiro e confessai-lhe rendidamente: Deus meus et omnia! Tu és o meu Deus e o meu tudo!
E se alguma vez surgir um golpe inesperado, uma tribulação imerecida por parte dos homens, sabereis cantar com nova alegria: faça-se, cumpra-se, seja louvada e eternamente glorificada a justíssima e amabilíssima Vontade de Deus sobre todas as coisas!
Ámen.
Ámen.

(cont)



Para ti estudar é uma obrigação grave

Oras, mortificas-te, trabalhas em mil coisas de apostolado..., mas não estudas. – Então, não serves, se não mudas. O estudo, a formação profissional, seja qual for, entre nós é obrigação grave. (Caminho, 335)

Se tens de servir a Deus com a tua inteligência, para ti estudar é uma obrigação grave. (Caminho, 336)

Frequentas os Sacramentos, fazes oração, és casto... e não estudas... – Não me digas que és bom; és apenas bonzinho. (Caminho, 337)


Temas para meditar - 473

Tempo de oração




Não importa se não se pode fazer mais que permanecer de joelhos durante este tempo, e combater com absoluta falta de êxito contra as distracções: não se está malbaratando o tempo.




(e. boylan, El amor supremoTiempo comun, Rialp, Madrid 1954, nr. 141, trad ama)