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10/07/2015

O que pode ver em NUNC COEPI em Jul 10

O que pode ver em NUNC COEPI em Jul 10

São Josemaria – Textos

Amor de Deus, Hom. (Paulo VI), Paulo VI

AMA - Comentários ao Evangelho Mt 10 16-23, Amigos de Deus (S. Josemaria), São Josemaria Escrivá

Jesus Cristo e a Igreja, Paul O'Callagham

Sédia gestatória, Símbolos do papado


Agenda Sexta-Feira

Pequena agenda do cristão



Sexta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Cristo e a Igreja – 70

A novidade em Cristo

…/5

A novidade da presença e actuação de Jesus Cristo percebe-se também de outro modo, desconcertante à primeira vista: muitos homens rejeitam-no. Veio aos seus, e os seus não o receberam [i], diz São João.
Essa rejeição de parte dos homens põe todavia mais em relevo, se é possível, o incondicional da entrega e da caridade do Senhor para com a humanidade.
Além disso, esta rejeição levou-o directamente à sua morte na Cruz, abraçada livremente, sacrifício único e definitivo, fonte salvífica para todos os homens.

(cont)
(p. o'callaghan, CRISTO, 5 de Diciembre de 2008, trad. ama)



[i] Jn 1, 11.


Símbolos históricos do papado - 3

Cadeira ou Sédia Gestatória



Trono papal portátil, carregado por doze homens chamados sediários ou palafreneiros, vestidos de vermelho com ornamentos dourados, e acompanhada por dois assistentes que levavam os flabelos, grandes leques de pena de avestruz que remontam ao século IV. Os flabelos eram usados pelos reis da antiguidade para afastar os insetos e passaram a representar a sua autoridade. A referência mais antiga à Sédia Gestatória é do ano 521. Foi abolida pelo papa São João XXIII.

Fonte: ALETEIA
Revisão da versão portuguesa por ama

Evangelho, comentário, L. Espiritual




Tempo comum XIV Semana


Evangelho: Mt 10, 16-23

16 «Eis que Eu vos envio como ovelhas entre lobos. Sede, pois, prudentes como serpentes e simples como pombas. 17 Acautelai-vos dos homens, porque vos farão comparecer nos seus tribunais e vos açoitarão nas sinagogas. 18 Sereis levados por Minha causa à presença dos governadores e dos reis, para dar testemunho diante deles e diante dos gentios. 19 Quando vos entregarem, não cuideis como ou o que haveis de falar, porque naquela hora vos será inspirado o que haveis de dizer. 20 Porque não sereis vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é o que falará em vós. 21 O irmão entregará à morte o seu irmão e o pai o seu filho; os filhos se levantarão contra os pais e lhes darão a morte.22 Vós, por causa do Meu nome, sereis odiados por todos; aquele, porém, que perseverar até ao fim será salvo. 23 Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do Homem.

Comentário:

Tudo quanto jesus Cristo anuncia algo futuro não é um vaticínio, uma previsão mas sim uma profecia e, como todas as profecias, há-de verificar-se palavra por palavra, tal qual sem qualquer alteração.
Os profetas do A T, falavam de forma figurada, por imagens mais ou menos claras, muitas vezes algo enigmáticas cuja explicação cabal só seria patente séculos mais tarde.

Jesus Cristo não!
Revela com clareza e até detalhe o que acontecerá.

Eles profetizavam sob inspiração do Espírito Santo, Ele, afirma o que sabe irá acontecer.

(ama, comentário sobre Mt 10, 16-23 2013.07.12)

Leitura espiritual



São Josemaria Escrivá

Amigos de Deus

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Vamos considerar, durante alguns instantes, os textos desta Missa de Terça-Feira de Paixão, para aprendermos a distinguir o endeusamento bom do endeusamento mau.

Vamos falar de humildade, porque esta é a virtude que nos ajuda a conhecer simultaneamente a nossa miséria e a nossa grandeza.

A nossa miséria salta à vista com demasiada evidência.
Não me refiro às limitações naturais: a tantas aspirações grandes com as quais o homem sonha e que porventura nunca conseguirá realizar, mesmo que seja só por falta de tempo.
Penso em tudo o que fazemos mal, nas quedas, nos erros que poderiam evitar-se e não se evitam.
Estamos a experimentar constantemente a nossa ineficácia.
Mas, às vezes, parece que todas estas coisas se juntam e se nos manifestam com um relevo maior, para que nos apercebamos de quão pouco somos.

Que fazer?

Expecta Dominum, espera no Senhor; vive de esperança, sugere-nos a Igreja, com amor e com fé. Viriliter age, porta-te varonilmente.
Que importa que sejamos criaturas de lodo, se temos a esperança posta em Deus?
E se alguma vez a alma sofre uma queda, um retrocesso - não é necessário que isso aconteça - aplica-se-lhe o remédio, como se procede normalmente com a saúde do corpo, e recomeça-se de novo!

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Não reparastes como as famílias que possuem alguma peça frágil e decorativa de valor - um jarrão, por exemplo - o rodeiam de cuidados para que não se quebre?
Até que um dia, o menino, ao brincar, atira-o ao chão e aquela recordação preciosa parte-se em bocados. O desgosto é grande, mas logo a seguir procura-se arranjá-lo. Recompõe-se, colam-se os pedaços com todo o cuidado e, uma vez restaurado, fica tão bonito como dantes.

No entanto, se o objecto é de louça ou simplesmente de barro cozido, habitualmente bastam uns gatos, uns arames de ferro ou de outro metal, que mantêm unidos os bocados.
E a peça, assim reparada, ganha um encanto original.

Levemos isto à vida interior.

Perante as nossas misérias e os nossos pecados, perante os nossos erros - mesmo que sejam, pela graça de Deus, de pouca monta - recorramos à oração e digamos ao nosso Pai: Senhor, na minha pobreza, na minha fragilidade, neste meu barro de vasilha quebrada, põe-me, Senhor, uns gatos e - com a minha dor e o Teu perdão - serei mais forte e mais gracioso do que dantes!
Uma oração consoladora para a repetirmos quando se parta este nosso pobre barro.

Não nos admiremos por sermos tão fracos; não fiquemos chocados pelo facto de verificarmos que quebramos por coisas de nada. Confiemos no Senhor, que tem sempre auxílio preparado: o Senhor é a minha luz e a minha salvação, a quem temerei?
A ninguém.
Tratando deste modo com o nosso Pai do Céu, não sintamos medo de ninguém nem de nada.

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Para ouvir Deus

Se recorrermos à Sagrada Escritura, veremos como a humildade é um requisito indispensável para nos dispormos a ouvir Deus.
Onde há humildade há sabedoria, explica o livro dos Provérbios.
A humildade consiste em nos vermos como somos, sem disfarces, com verdade.
E ao compreendermos que não valemos quase nada, abrimo-nos à grandeza de Deus.
Esta é a nossa grandeza.

Que bem o compreendia Nossa Senhora, a Santa Mãe de Jesus, a criatura mais excelsa de todas as que existiram e hão-de existir sobre a terra!

Maria glorifica o poder do Senhor, que depôs do trono os poderosos e elevou os humildes.
E canta que n'Ela se realizou uma vez mais esta providência divina: porque olhou para a baixeza da sua escrava; portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada.

Maria manifesta-se santamente transformada, no seu coração puríssimo, em face da humildade de Deus: o Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra.
E, por isso mesmo, o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus.
A humildade da Virgem é consequência desse abismo insondável de graça, que se opera com a Encarnação da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade nas entranhas da sua Mãe sempre Imaculada.

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Quando S. Paulo evoca este mistério, irrompe também num hino de júbilo, que hoje poderemos saborear com vagar: Tende nos vossos corações os mesmos sentimentos de Jesus Cristo, o qual, tendo a natureza de Deus, não foi por usurpação, mas por essência, o ser igual a Deus; e, não obstante, aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens e reduzido à condição de homem. Humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte, e morte de Cruz.

Jesus Cristo, Nosso Senhor, propõe-nos com muita frequência na sua pregação o exemplo da sua humildade: aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, para que tu e eu aprendamos que não há outro caminho; que só o conhecimento sincero do nosso nada é capaz de atrair sobre nós a graça divina.
Por nós, Jesus veio padecer fome e alimentar-nos, veio sentir sede e dar-nos de beber, veio vestir-se da nossa mortalidade e vestir-nos de imortalidade, veio pobre para nos tornar ricos.

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Deus resiste aos soberbos, mas aos humildes dá a sua graça, ensina o Apóstolo S. Pedro.
Em qualquer época, em qualquer situação humana, não existe - para viver vida divina - senão o caminho da humildade. Será que o Senhor se regozija com a nossa humilhação?
Não.
Que lucraria com o nosso abatimento Aquele que tudo criou, e mantém e governa tudo o que existe?
Deus só deseja a nossa humildade, que nos esvaziemos de nós próprios para ele nos poder encher; pretende que não lhe levantemos obstáculos, a fim de que - falando ao modo humano - caiba mais graça sua no nosso pobre coração.
Porque o Deus que nos inspira a ser humildes é o mesmo que transformará o nosso corpo de miséria, fazendo-o semelhante ao seu corpo glorioso, com aquele poder com que pode também sujeitar a si todas as coisas.
Nosso Senhor faz-nos seus, endeusa-nos com um endeusamento bom.

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A soberba, o inimigo

E o que é que impede esta humildade, este eudeusamento bom?
A soberba.
Esse é o pecado capital que leva ao eudeusamento mau.
A soberba induz-nos a seguir, talvez até nas questões mais pequenas, a insinuação que Satanás fez aos nossos primeiros pais: abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal .
Lê-se também na escritura que o princípio da soberba é afastar--se de Deus.
Na verdade, este vício, uma vez arreigado, influi em toda a existência do homem, até se converter no que S. João chama superbia vitae, soberba da vida.

Soberba?
De quê?
A Escritura Santa mostra-nos alguns traços, simultaneamente trágicos e cómicos, para estigmatizar a soberba: de que te ensoberbeces, pó e cinza?

Já em vida vomitas as entranhas.
Uma ligeira enfermidade: o médico sorri.
O homem que hoje é rei, amanhã estará morto.

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Quando o orgulho se apodera da alma, não é estranho que atrás dele, como pela arreata, venham todos os vícios: a avareza, as intemperanças, a inveja, a injustiça.
O soberbo procura inutilmente arrancar Deus - que é misericordioso com todas as criaturas - do seu trono para se colocar lá ele, que actua com entranhas de crueldade.

Temos de pedir ao Senhor que não nos deixe cair nesta tentação.
A soberba é o pior dos pecados e o mais ridículo.
Se consegue atormentar alguém com as suas múltiplas alucinações, a pessoa atacada veste-se de aparências, enche-se de vazio, envaidece-se como o sapo da fábula, que inchava o papo, cheio de presunção, até que rebentou.
A soberba é desagradável, mesmo humanamente, porque o que se considera superior a todos e a tudo está continuamente a contemplar-se a si mesmo e a desprezar os outros, que lhe pagam na mesma moeda, rindo-se da sua fatuidade.

(cont)


Temas para meditar - 467

Amor de Deus



De tal maneira Deus amou o mundo que lhe entregou o Seu Filho Unigénito para sua salvação.
Toda a nossa religião é uma revelação da bondade, da misericórdia, do amor de Deus por nós. "Deus é amor" (Cfr Jo 4, 16), isto é, amor que se difunde e se prodigaliza; e tudo se resume nesta grande verdade que tudo explica e tudo ilumina.
É necessário ver a história de Jesus a esta luz.
"Ele amou-me, escreve S. Paulo, e cada um de nós pode e deve repeti-lo a si mesmo: Ele amou-me, e sacrificou-se por mim(Gal. 2, 20)



(PAULO VI, Homília do Corpus Christi, Roma, 13.06.1975.06.11)