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25/06/2015

O que pode ver em NUNC COEPI em Jun 25

O que pode ver em NUNC COEPI em Jun 25

São Josemaria - Textos

AMA - Reflexão - Querer e necessitar

AMA - Comentários ao Evangelho Mt 7 21-29, Ernesto Juliá Diaz, morte e eternidade (Ernesto Juliá

Gosto de ir à Missa mas, Toscana Oggi


Agenda Quinta-Feira

Gosto de ir à Missa mas...

Gosto de ir à missa, mas não concordo com a doutrina católica

O que fazer se eu não estou em sintonia com o Magistério da Igreja?

Um leitor perguntou:

Sempre frequentei a Igreja e seria muito difícil, para mim, renunciar à missa e a outras actividades da paróquia. Além disso, a minha esposa e eu procuramos passar esta mesma disposição para os nossos filhos.
Só que, em muitas coisas, não me sinto em sintonia com a doutrina católica: em questões de moral, de teologia, sacramentos, organização hierárquica...
Faço bem em continuar frequentando a Igreja ou seria mais coerente deixá-la, reconhecendo que estou fora da comunhão eclesial?


O padre italiano athos turchi, professor de filosofia, responde:

As divergências parecem-me significativas, mas, sem saber especificamente quais são elas, não é fácil responder à sua pergunta. Uma coisa é você não concordar em comer peixe às sextas-feiras e outra é dizer que Deus não é trino. Se as divergências dizem respeito a questões fundamentais da fé, como parece o caso, é preciso, de facto, questionar-se se ainda faz parte da religião que diz professar.

O problema, porém, não está colocado adequadamente, porque, em matéria de religião, a questão não é se você pode comungar com tudo ou com um pouco.
Há uma questão prévia: o que é uma religião e o que ela pode oferecer-lhe?
O que você procura numa religião e onde quer chegar com ela?
Se deseja apenas pertencer a certo círculo político, social, cultural, então, obviamente, a religião não é o que procura.
Ela não pode dar-lhe essas coisas porque as transcende, nem pode ser flexível e mutável ao sabor das preferências particulares precisamente porque não tem uma dimensão evolutiva e dialética, e sim salvífica.

Um exemplo: se a religião diz que somos salvos por viver honestamente, ela não pode mudar de ideia em dado momento e passar a dizer que somos salvos por roubar. Uma religião tão contraditória desacreditar-se-ia e destruir-se-ia sozinha.

Já se estiver em busca de uma comunhão com Deus com vista à sua salvação eterna, e para isso estiver disposto a seguir uma doutrina de fé e uma prática de aperfeiçoamento, então deverá avaliar a religião que melhor lhe permite alcançar o que deseja, bem como, por consequência, o modo e o método que essa religião lhe propõe para obter aqueles bens eternos, normalmente resumidos no seu corpo doutrinal. O cristianismo propõe um caminho, um método, um conteúdo ou doutrina, um ensinamento e uma organização, chamada de Igreja, e toda essa proposta é derivada de Cristo.
Esse credo atende às suas aspirações?
Se disser que deseja aderir ao cristianismo, não poderá viver como um budista; seria uma contradição tanto quanto dizer-se vegetariano e continuar comendo carne.


(cont)

Evangelho, comentário, L. Espiritual




Tempo comum XII Semana


Evangelho: Mt 7, 21-29

21 «Nem todo o que Me diz: “Senhor, Senhor”, entrará no Reino dos Céus, mas só o que faz a vontade de Meu Pai que está nos céus. 22 Muitos Me dirão naquele dia: “Senhor, Senhor, não profetizámos nós em Teu nome, e em Teu nome expulsámos os demónios, e em Teu nome fizemos muitos milagres?”. 23 E então Eu lhes direi bem alto: “Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade”. 24 «Todo aquele, pois, que ouve estas Minhas palavras e as observa será semelhante ao homem prudente que edificou a sua casa sobre rocha. 25 Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram e investiram os ventos contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava fundada sobre rocha. 26 Todo aquele que ouve estas Minhas palavras e não as pratica será semelhante a um homem insensato que edificou a sua casa sobre areia. 27 Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram e investiram os ventos contra aquela casa, e ela caiu, e foi grande a sua ruína». 28 Quando Jesus acabou estes discursos, estavam as multidões admiradas com a Sua doutrina, 29 porque os ensinava como quem tinha autoridade, e não como os seus escribas.

Comentário:

Caminho seguríssimo: fazer a Vontade de Deus!
Não há engano possível nem erro que se cometa.
O Senhor não se engana nem pode enganar-nos.

Basta ler – com “olhos de ler” – o Evangelho para ficar ciente do que o Senhor quer de nós.

(ama, comentário sobre Mt 7, 21-29, 2014.06.26)



Leitura espiritual



Morte e Eternidade


Já desde a minha primeira infância, ao chegar Novembro, ouvi repetir a minha volta palavras que não esqueci ao longo da vida:

“Bendito mês, que começa com todos os santos e termina com santo André”.

No Ângelus de 1 de Novembro, Bento XVI recordou, doutra forma, a verdade escondida nessas palavras do povo:
“A Solenidade de todos os Santos é uma ocasião propícia para elevar o olhar das realidades terrenas, marcadas pelo tempo, à dimensão de Deus, a dimensão de eternidade e de santidade”.
Nenhum momento na vida do homem mais apropriado para ajudar-nos a “elevar o olhar” que o da morte de pessoas queridas, de amigos, de conhecidos que nos deixam depois de uma longa doença, ou que abandonam a terra de improviso e sem o anunciar.
Porque é um momento apropriado?
Simplesmente, porque a morte põe à prova a qualidade do “amor” que se esconde no coração de todo o homem.
Se não amamos, a morte de um ser querido pode levar-nos a descobrir que já estamos mortos, ainda que nos mantenhamos em pé, porque perdemos todo o sentido da nossa vida.
Muitas pessoas, na sociedade actual, esforçam-se por tirar da perspectiva da sua vida o horizonte da morte.
A morte é um tema de conversação quase proibido.
Há no ambiente um certo e impreciso medo à morte, talvez pela obstinação de não pensar o que o homem pode encontrar depois da morte.
Esse temor manifesta-se em fazer desaparecer até as cinzas dos defuntos, atirando-as ao mar, a um lago, ao vento.
Outras vezes, o medo expressa-se no eliminar da nossa mente todo o juízo do nosso actuar e do nosso viver: nada vale a pena e a morte apagará para sempre a memória das nossas misérias.
E quer apagar-se da mente, também, sequer a possibilidade de que haja céu e inferno.
Na realidade, alguns querem simplesmente “morrer para sempre”; e temem descobrir na morte, que esse desejo é uma “pretensão inútil”.
A morte situa-nos, talvez sem nos dar muita conta, ante a ineludível pregunta sobre o sentido da nossa vida.
E talvez nos faça descobrir a verdade destas palavras de Bento XVI:
        “O homem pode explicar-se, encontra o seu sentido profundo, só se Deus existe”
O cristão não tem medo do juízo – sabe que só Deus nos pode julgar - e Deus é pai que nos acolhe quando arrependidos voltamos para Ele.
Sabe que existe céu e inferno.
E não faz desaparecer as cinzas dos seus defuntos, simplesmente porque ao enterrá-las, poderá visitá-las, saudá-las, ainda que apenas seja um dia no ano, ajuda-o a não perder de vista a eternidade.
A realidade da eternidade dá-lhe ar para respirar na atmosfera viciada que se encontra tão amiúde à sua volta.
        “O homem necessita da eternidade, e qualquer outra esperança é para ele demasiado breve, demasiado limitada”.
O antigo costume de visitar os cemitérios nestes dias é um ar fresco em qualquer momento do viver.
E as flores com que se adornam as tumbas, além de um detalhe de carinho para com os nossos defuntos, são também um desejo de lhes expressar um afecto, um carinho que por vezes não lhes manifestamos durante a vida.
        “Também na visita aos cemitérios, ao mesmo tempo que lembramos laços de afecto com quem nos amou durante a nossa vida, recorda-nos que todos vamos para outra vida, mais para além da morte.
Que o choro, devido ao distanciamento terreno, não prevaleça sobre a certeza da ressurreição, sobre a esperança de alcançar a bem-aventurança da eternidade”, recorda-nos o Papa.
Essa bem-aventurança eterna, a vida eterna com Deus Pai, Filho e Espírito, que pedimos ao Senhor tenha concedido já aos nossos defuntos.

ernesto juliá díaz

(trad. do castelhano por ama)

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Nota do tradutor:

Não estou totalmente de acordo com o autor no que se refere a quanto diz sobre as cinzas dos defuntos já que no ponto de vista cristão – que é o meu – a cremação de um ente querido não tem a ver nem com o temor da morte nem com qualquer “vontade” de apagar a sua memória; esta estará, para sempre, bem viva no coração dos que ficam.
Devolver as cinzas à terra é, na minha maneira de ver, dar um destino coerente aos restos corporais.
O que sim me interessa sobremaneira é manter viva a sua memória e na oração diária, frequente e profundamente sentida impetrando Deus Pai que os tenha acolhido para todo o sempre nos Seus braços amorosos. 
António Mexia Alves                                                       


Reflectindo - 88

Querer e necessitar


O que eu quero e o que eu necessito.

Nem sempre coincidem estas duas: O que eu quero e o que necessito.

A dificuldade reside, quase sempre, na moderação e no critério ou seja a moderação da vontade de ter e a avaliação do que realmente me faz falta.
Aparentemente o que não tenho provoca uma vontade, um desejo de possuir e se não me detenho a pensar se isso me é absolutamente necessário, indispensável para um fim que me proponho, caio com facilidade num mero desejo de posse sem um motivo sério, concreto, razoável.

Neste caso, não parece muito apropriado endereçar a Deus esse desejo, essa vontade de ter.

Sintética mas plenamente o Pai-Nosso resolve a questão: peço como o Senhor ensinou aquilo que preciso.

Mas, sendo assim, considerarei que o “resto” é supérfluo, desnecessário, não deve englobar o pedido?

Não me parece que seja exactamente assim porque o que agora parece a “a mais” pode noutra circunstância não o ser e embora deva viver o dia-a-dia preparando o futuro não cabe este tipo de “previsões” quando se tem confiança absoluta que Deus é hoje e sempre um Pai atento às reais necessidades dos Seus filhos.


(ama, Reflexões, Ref Jo 1 35-42 Missa em Malta, Igreja de Santo André, 2015.01.18)

Há pobres que realmente são ricos. E vice-versa

Não esqueças: tem mais aquele que precisa de menos. - Não cries necessidades. (Caminho, 630)

Desapega-te dos bens do mundo. - Ama e pratica a pobreza de espírito. Contenta-te com o que basta para passar a vida sóbria e temperadamente.

- Se não, nunca serás apóstolo. (Caminho, 631)

A verdadeira pobreza não consiste em não ter, mas em estar desprendido, em renunciar voluntariamente ao domínio sobre as coisas.

- Por isso há pobres que realmente são ricos. E vice-versa. (Caminho, 632)


Não tens espírito de pobreza, se, podendo escolher de modo que a escolha passe inadvertida, não escolhes para ti o pior. (Caminho, 635)

Pequena agenda do cristão


Quinta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?