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21/06/2015

O que pode ver em NUNC COEPI em Jun 21

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São Josemaria - Textos

Jesus Cristo, Serm (S Bernardo), São Bernardo

AMA - Comentários ao Evangelho Mc 4 35-41,Ressurreição


Agenda Domingo

Evangelho, comentário, L. Espiritual




Tempo comum XII Semana


Evangelho: Mc 4, 35-41


35 Naquele mesmo dia, ao cair da tarde, disse-lhes: «Passemos à outra margem». 36 Eles, deixando a multidão, levaram-n'O consigo, assim como estava, na barca. Outras embarcações O seguiram. 37 Então levantou-se uma grande tempestade de vento, e as ondas lançavam-se sobre a barca, de tal modo que a barca se enchia de água. 38 Jesus estava na popa a dormir sobre um travesseiro. Acordaram-n'O e disseram-Lhe: «Mestre, não Te importas que pereçamos?». 39 Ele levantou-Se, ameaçou o vento e disse para o mar: «Cala-te, emudece». O vento amainou e seguiu-se uma grande bonança. 40 Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?». Ficaram cheios de grande temor, e diziam uns para os outros: 41 «Quem será Este, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».

Comentário:

É muito comum usar este texto de São Marcos para estabelecer uma correlação com a Igreja.
De facto, desde o início tem sido submetida a autênticas tempestades que, muitas vezes, atingem proporções de autêntica catástrofe.
E tal como os da barca também nós nos perguntamos: ‘Onde estás Senhor que pareces ausente ou desinteressado da sorte dos teus filhos objecto de violências incríveis, vítimas de furor persecutório que provoca inumeráveis vítimas’? Sim… onde estás Senhor Tu que és a cabeça desta Igreja’?

É para nós um mistério do qual o demónio se serve muitas vezes para abalar a nossa fé e confiança.

Neste debate íntimo que é lógico e naturalmente justificável, escolhamos antes rezar com redobrada confiança pelos perseguidos e pelos que perseguem, pela paz na Igreja e nos seus filhos.

(ama, comentário sobre Mc 4, 35-41, Malta, 2015.01.31)



Leitura espiritual



Qual é o sentido da ressurreição de Jesus para um cristão?

A ressurreição de Cristo não se reduz à revitalização de um indivíduo qualquer. Com ela foi inaugurada uma dimensão que interessa a todos seres humanos.
Acreditar na ressurreição de Jesus, para o cristão, é uma condição de existência: é-se cristão porque se acredita que Jesus está vivo, triunfou da morte, ressuscitou, e é, para todos os humanos, o único mediador entre Deus e os homens. Dessa mediação participam a seu modo tudo aquilo (o universo e tudo aquilo que contém) e todos aqueles (dos mais sábios aos mais humildes) que, pela vida e pela palavra, proclamam o poder e a misericórdia de Deus que sustenta todo o universo e chama todos a participar de sua vida.

A fé na ressurreição de Jesus Cristo é o fundamento da mensagem cristã. A fé cristã estaria morta se lhe fosse retirada a verdade da ressurreição de Cristo. A ressurreição de Jesus são as primícias de um mundo novo, de uma nova situação do homem. Ela cria para os homens uma nova dimensão de ser, um novo âmbito da vida: o estar com Deus. Também significa que Deus manifestou-se verdadeiramente e que Cristo é o critério no qual o homem pode confiar.

A fé na ressurreição de Jesus é algo tão essencial para o cristão que São Paulo chegou a escrever: “Se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vazia, e vazia também a vossa fé”.[1]

A ressurreição de Cristo não é apenas o milagre de um cadáver reanimado. Não se trata do mesmo evento que ocorreu com outros personagens bíblicos como a filha de Jairo [2] ou Lázaro,[3] que foram trazidos de volta à vida por Jesus, mas que, mais tarde, num certo momento, morreriam fisicamente.

A ressurreição de Jesus “foi a evasão para um gênero de vida totalmente novo, para uma vida já não sujeita à lei do morrer e do transformar-se, mas situada para além disso: uma vida que inaugurou uma nova dimensão de ser homem”, explica o Papa Bento XVI no segundo volume do seu livro “Jesus de Nazaré”.

Jesus ressuscitado não voltou à vida normal que tinha neste mundo. Isso foi o que aconteceu com Lázaro e outros mortos ressuscitados por Ele. Jesus “partiu para uma vida diversa, nova: partiu para a vastidão de Deus, e é a partir dela que Ele se manifesta aos seus”, prossegue o Papa.

A ressurreição de Cristo é um acontecimento dentro da história que, ao mesmo tempo, rompe o âmbito da história e a ultrapassa. Bento XVI a explica com uma analogia. “Se nos é permitido por uma vez usar a linguagem da teoria da evolução”, a ressurreição de Jesus é “a maior ‘mutação’, em absoluto o salto mais decisivo para uma dimensão totalmente nova, como nunca se tinha verificado na longa história da vida e dos seus avanços: um salto para uma ordem completamente nova, que tem a ver connosco e diz respeito a toda a história”.[4]

Portanto, a ressurreição de Cristo não se reduz à revitalização de um indivíduo qualquer. Com ela foi inaugurada uma dimensão que interessa a todos seres humanos, uma dimensão que criou para os homens “um novo âmbito da vida, o estar com Deus”, explica o Papa no livro “Jesus de Nazaré”.

As narrativas evangélicas, na diversidade de suas formas e conteúdos, convergem todas para a convicção a que chegaram os primeiros seguidores de Jesus, de que sua ação salvadora, tal como se havia pressentido nas Escrituras, não se frustrara nem se havia encerrado com sua morte. Pelo contrário, cumpria a promessa de Deus feita desde as origens da humanidade e, portanto, o fato de Jesus estar vivo e atuante na história tinha sua base em Deus, vinha confirmar a esperança que depositamos em Deus de que a verdade e o bem, a justiça e a paz hão-de triunfar, terão a última palavra, porque Deus é fiel.

O mistério da ressurreição de Cristo é um acontecimento que teve manifestações historicamente constatadas, como atesta o Novo Testamento. Ao mesmo tempo, é um evento misteriosamente transcendente, enquanto entrada da humanidade de Cristo na glória de Deus.[5]

Dois sinais da ressurreição são reconhecidos como essenciais pela fé da Igreja Católica. O primeiro é o testemunho das pessoas que encontraram Cristo ressuscitado. Essas testemunhas da ressurreição de Cristo são, antes de tudo, Pedro e os Doze apóstolos, mas não somente eles. São Paulo fala claramente de mais de quinhentas pessoas às quais Jesus apareceu de uma só vez, além de Tiago e de todos os apóstolos.[6]

O segundo sinal é o túmulo vazio. Significa que a ausência do corpo de Jesus não poderia ser obra humana. O sepulcro vazio e os panos de linho no chão significam por si mesmos que o corpo de Cristo escapou das correntes da morte e da corrupção, pelo poder de Deus.[7]

O teólogo Francisco Catão, doutor em Teologia pela Universidade de Estrasburgo e professor do Centro Universitário Salesiano de São Paulo, explica que os sinais do sepulcro vazio e das aparições de Jesus ressuscitado foram válidos para os apóstolos e primeiros seguidores de Jesus.

“Não há porque, racionalmente, duvidar. Seria levantar a suspeita de inautenticidade histórica de todo o Novo Testamento, no que hoje, depois dos abalos da exegese liberal e da ciência mal informada, nenhum autor sério cientificamente acredita”.

“O Novo Testamento relata a morte de Jesus e seus primeiros seguidores, interpretando os sinais do túmulo vazio e das aparições. Fato que afirmaram solenemente, com base nas Escrituras. Animados pelo Espírito Santo, deram o testemunho de sua vida pela fé em Jesus, vivo junto a Deus, como o sabemos desde os Actos dos Apóstolos”, afirma o teólogo.

O ser humano é aquele ser que não tem permanência em si mesmo. Continuar vivendo só pode significar, humanamente falando, continuar existindo num outro. Mas existir no outro – por meio dos filhos ou da fama, por exemplo – não passa de uma sombra, porque o outro também se desfaz. Só Deus pode amparar o homem e fazê-lo perdurar. Neste sentido, a ressurreição é a força do amor que vence a morte. Ela não é um ato fechado em si, que pertence só à divindade de Cristo. É o princípio e a fonte de nossa própria ressurreição futura.

Só existe “um” que nos pode amparar, “aquele que ‘é’, que não vem ao ser e que não deixa de ser, mas que permanece em meio ao vir a ser e ao desaparecer: o Deus dos vivos que sustenta não apenas uma sombra e o eco de meu ser e cujos pensamentos não são apenas cópias da realidade”.[8]

Nesse sentido, a ressurreição “é a força maior do amor diante da morte. Ela prova, ao mesmo tempo, que a imortalidade só pode ser fruto do existir no outro que continua de pé mesmo quando eu estou em farrapos”.[9]

Os relatos da ressurreição de Jesus testemunham um fato novo, que não brotou simplesmente do coração dos discípulos. Trata-se de um fato que chegou a eles de fora, se apoderou deles contra as suas dúvidas e os fez ter a certeza de que Jesus realmente ressuscitou.

“Aquele que estava no túmulo já não está lá, ele vive – e é realmente ele próprio. Ele que passara ao outro mundo de Deus mostrou-se suficientemente poderoso para mostrar-lhes de forma palpável que era ele mesmo que se encontrava na frente deles, que nele o poder do amor se revelara realmente mais forte do que o poder da morte”.[10]

A ressurreição de Jesus Cristo constitui a comprovação de tudo o que o próprio Cristo fez e ensinou. Todas as verdades, mesmo as mais inacessíveis ao espírito humano, encontram sua confirmação se, ao ressuscitar, Cristo deu a prova definitiva, que havia prometido, de sua autoridade divina.[11]
Nenhum homem pode ressuscitar um morto. Por conseguinte, se Jesus, como homem, ressuscitou, isto é obra de Deus. A ressurreição de Jesus crucificado demonstrou que ele era verdadeiramente o Filho de Deus e Deus mesmo.[12]

A ressurreição é o cumprimento das promessas do Antigo Testamento e das promessas que o próprio Jesus fez durante sua vida terrestre. A verdade da divindade de Jesus é confirmada por sua ressurreição.

A ressurreição de Jesus não é um acto fechado em si. É o início de um processo que se estende a todos os homens. Ela é o princípio e a fonte da ressurreição futura dos homens, atuando “desde já pela justificação de nossa alma” e, mais tarde, “pela vivificação de nosso corpo”.[13]

“Não foi nada fácil, através da história, nem o é, nos dias de hoje, para os cristãos, sustentar sua fé. Nunca, porém, lhes faltou a assistência do Espírito, senão para provar a ressurreição, pelo menos para evidenciar que não pode ser validamente contestada, por nenhum tipo de argumento científico ou filosófico”, afirma o teólogo Francisco Catão.

Fonte: aleteia





[1] 1Cor 15, 14
[2] cf. Mc 5, 22-24
[3] cf. Jo 11, 1-44
[4] bento xvi, homilia da Vigília Pascal de 2006
[5] cf. CIC, 639 e 656
[6] cf. CIC, 642; 1 Cor 15, 4-8
[7] CIC, 656
[8] joseph ratzinger, “Introdução ao Cristianismo
[9] idem
[10] idem
[11] CIC, 651
[12] CIC, 653
[13] CIC, 658

Temas para meditar - 457

Jesus Cristo 


Que o Teu nome, oh Jesus, esteja sempre no fundo do meu coração, a fim de que todos os meus afectos e todas as minhas acções vão dirigidas a Ti (...). Em Teu nome, oh Jesus!, tenho remédio para corrigir-me das minhas más acções e para aperfeiçoar as defeituosas, também, um remédio com que preservar da corrupção os meus afectos ou curá-los, se já estiverem corrompidos.



(s. bernardo, Sermões sobre os cantares, 15) 

Porque é que nós, homens, nos entristecemos?

"Bem-aventurada, porque acreditaste!", diz Isabel à nossa Mãe. A união com Deus, a vida sobrenatural, vai sempre unida à prática atraente das virtudes humanas: porque "leva" Cristo, Maria leva a alegria ao lar de sua prima. (Sulco, 566)

Não deis o mínimo crédito aos que apresentam a virtude da humildade como um amesquinhamento humano ou como uma condenação perpétua à tristeza. Sentir-se barro, recomposto com gatos, é fonte contínua de alegria; significa reconhecer-se pouca coisa diante de Deus: criança, filho. E haverá maior alegria do que a daquele que, sabendo-se pobre e débil, se sabe também filho de Deus? Porque é que nós, homens, nos entristecemos? Porque a vida na terra, não se passa como nós, pessoalmente, esperávamos e porque surgem obstáculos que impedem ou dificultam a satisfação do que pretendemos.


Nada disto acontece quando a alma vive essa realidade sobrenatural da sua filiação divina. Se Deus é por nós, quem será contra nós. Que estejam tristes os que se empenham em não se reconhecerem filhos de Deus, tenho eu repetido sempre. (Amigos de Deus, 108)

Pequena agenda do cristão


DOMINGO


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé.

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?