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21/05/2015

O que pode ver em NUNC COEPI em 21 de Maio

São Josemaria – Textos

AMA - Meditações de Maio – 2015

A beleza de ser cristão (Ernesto Juliá), AMA - Comentários ao Evangelho Jo 17 20-26, Ernesto Juliá Diaz


Publicações NUNC COEPI

Pequena agenda do cristão


Quinta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?

Vazio de todo o meu eu, enche-o de Ti

Pede ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, e à tua Mãe, que te façam conhecer-te e chorar por esse montão de coisas sujas que passaram por ti, deixando – ai! – tanto depósito... E ao mesmo tempo, sem quereres afastar-te dessa consideração, diz-lhe: – Dá-me, Jesus, um Amor como fogueira de purificação, onde a minha pobre carne, o meu pobre coração, a minha pobre alma, o meu pobre corpo se consumam, limpando-se de todas as misérias terrenas... E, já vazio de todo o meu eu, enche-o de Ti: que não...
...e apegue a nada daqui de baixo; que sempre me sustente o Amor. (Forja, 41)

É a hora de clamar: lembra-Te das promessas que me fizeste, para me encher de esperança; isto consola-me no meu nada e enche o meu viver de fortaleza. Nosso Senhor quer que contemos com Ele para tudo: vemos com evidência que sem Ele nada podemos e que com Ele podemos tudo. E confirma-se a nossa decisão de andar sempre na Sua presença.

Com a claridade de Deus no entendimento, que parece inactivo, torna-se-nos indubitável que, se o Criador cuida de todos – mesmo dos inimigos –, quanto mais cuidará dos amigos! Convencemo-nos que não há mal nem contradição que não venham por bem: assim assentam com mais firmeza, no nosso espírito, a alegria e a paz que nenhum motivo humano poderá arrancar-nos, porque estas visitas deixam sempre em nós algo de Seu, algo divino. Louvaremos o Senhor Nosso Deus que efectuou em nós coisas admiráveis e compreenderemos que fomos criados com capacidade de possuir um tesouro infinito.


Tínhamos começado com orações vocais, simples, encantadoras, que aprendemos na nossa meninice e que gostaríamos de não perder jamais. A oração, que começou com essa ingenuidade pueril, desenvolve-se agora em caudal largo, manso e seguro, porque acompanha a nossa amizade com Aquele que afirmou: Eu sou o caminho. Se amarmos Cristo assim, se com divino atrevimento nos refugiarmos na abertura que a lança deixou no Seu peito, cumprir-se-á a promessa do Mestre: qualquer que me ame observará a minha doutrina e meu Pai o amará e viremos a ele e nele faremos morada. (Amigos de Deus, nn. 305–306)

Evangelho, comentário L Espiritual (A beleza de ser cristão)



Semana VII da Páscoa

Evangelho: Jo 17 20-26

20 «Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que hão-de acreditar em Mim por meio da sua palavra, 21 para que todos sejam um, como Tu, Pai, estás em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós, a fim de que o mundo acredite que Me enviaste. 22 Dei-lhes a glória que Me deste, para que sejam um, como também Nós somos um: 23 Eu neles e Tu em Mim, para que a sua unidade seja perfeita e para que o mundo conheça que Me enviaste e que os amaste como Me amaste. 24 Pai, quero que, onde Eu estou, estejam também comigo aqueles que Me deste, para que contemplem a Minha glória, a glória que Me deste, porque Me amaste antes da criação do mundo. 25 Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes conheceram que Me enviaste. 26 Dei-lhes e dar-lhes-ei a conhecer o Teu nome, a fim de que o amor com que Me amaste, esteja neles e Eu neles».

Comentário:

Só a união faz a força!

E que união será esta?

A que Jesus quer e deseja e, de tal maneira considera importante, que deu a sua vida por ela.

E de que força ser trata?

A força da filiação divina, da família de Deus Nosso Senhor que nos leva a todos os homens a lutar por uma só coisa:  a salvação eterna.
Juntos, unidos, será muito mais fácil porque o irmão que ajuda o irmão e como uma cidade amuralhada e as forças do mal nada poderão contra ela.

(ama comentário sobre Jo 17, 20-26, 2013.05.16)


Leitura espiritual



a beleza de ser cristão

PRIMEIRA PARTE



xiv -o espírito das bem-aventuranças

…/7

xv os frutos do espírito santo

       
breve exposição sobre os frutos

       
        Outro dos Frutos do Espírito Santo na alma relacionados directamente com a Esperança é a Mansidão que, por sua vez, só pode viver-se na Caridade.

        Jesus Cristo convida-nos e urge-nos a que aprendamos dele: «que sou manso e humilde de coração» ([1]), num contexto que nos ajuda a compreender o significado deste Fruto na missão que Cristo vem realizar na terra de «fazer novas todas as coisas».

        São Mateus recolhe este convite do Senhor imediatamente depois da sugestão de Cristo: «Vinde a Mim todos os que andais oprimidos e com cargas e Eu vos aliviarei» ([2]).       
E é o próprio Evangelista que transcreve palavras de Zacarias e  Isaías para nos recordar a disposição de mansidão com que Cristo entra em Jerusalém na última etapa da Sua vida redentora na terra: «Dizei à filha de Sião: Olha que vem a ti o teu Rei cheio de mansidão sentado sobre uma burra e o seu burrinho filho da que está acostumada ao jugo» [3].

        O Fruto da Mansidão dispõe o espírito humano para que com Cristo possa levar a carga do pecado do mundo e assim converter em redenção toda a sua vida, alegrias e tristezas, sofrimentos, dores, gozos, triunfos e fracassos.

        Como Cristo o cristão manso suporta com suavidade e serenidade – nalgumas ocasiões não isentas de momentos de reacções violentas como a de Cristo ao expulsar os vendilhões do Templo -  as contrariedades que se apresentem no seu caminho de união com Cristo, com a missão apostólica de Cristo, nas circunstâncias e situações que Deus permite que se cruzem e se encontrem na sua vida.

        Nos Actos dos Apóstolos recolhe-se um claro testemunho de mansidão entre os primeiros cristãos.
Depois de serem açoitados por pregarem Cristo, de serem encarcerados e maltratados ao recuperar a liberdade «foram-se embora contentes com a presença do Sinédrio porque tinham sido dignos de padecer ultrajes pelo nome de Jesus» ([4]).

        «A Caridade não se irrita…, tudo espera e tudo suporta» ([5]).
A Mansidão torna possível que a Caridade se converta em Esperança e que a Esperança seja a manifestação viva da Caridade.
E com a Mansidão a Paciência que permite ao cristão suportar com equanimidade e por amor a Cristo e em união com Ele qualquer tipo de contradições e sofrimentos físicos e morais que possa encontrar na sua vida.

        A Mansidão cheia de Esperança leva o cristão a «não romper a cana rachada nem apagar a mecha que ainda fumega».
E torna possível que a sua vida seja uma verdadeira «sementeira concreta de paz e alegria» no seguimento de Cristo.

        «E a paz de Deus quen supera todo o entendimento custodiará em Cristo Jesus os vossos corações e os vossos pensamentos» ([6]).

         Paz aparece como o Fruto de uma Esperança já firmemente arreigada na alma.
Depois da Ressurreição nos seus encontros com os Apóstolos o Senhor oferece-lhes sempre a Paz.
E São Paulo recomenda aos de Colossos: «Que a Paz de Cristo exulte nos vossos corações» ([7]).

        Uma Paz que faz descansar o crente no amor à Vontade de Deus e o torna firme em sustentar todas as contrariedades que a sua condição de cristão, de nova criatura, lhe possa trazer nos ambientes em que tenha de viver e que deseja encher da luz de Cristo.

        São Paulo expressou as consequências do Fruto da Paz com estas palavras inefáveis dirigidas aos fiéis de Roma: «Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? Os perigos? A espada? como diz a Escritura: Por tua causa todos os dias fomos levados à morte, tratados como ovelhas destinadas ao matadouro. Mas em tudo saímos vencedores graças Aquele que nos amou. Pois estou seguro que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades, nem a altura nem a profundidade, nem nenhuma outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus manifestado em Cristo Jesus nosso Senhor» ([8]).

        É a paz na alma em que a esperança fortemente arreigada no amor e na fé que permite ao homem gozar no seu espírito da «tranquilidade da ordem» porque se sabe movido por Deus Espírito Santo na companhia de Deus Filho e o coração assente no amor a Deus Pai.

        É a paz de quem, já na terra, chegou a vislumbrar e de certo modo também a saborear a felicidade eterna.
Daqui que este Fruto do Espírito Santo, em quem o possui, suponha a capacidade de não se deixar levar por qualquer agitação do espírito ante qualquer tipo de acontecimentos temporais e ao mesmo tempo de um descanso confiado porque já goza de uma posse estável do bem desejado: Deus.

        «Todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa Fé» ([9]).

        O nascimento do homem a ser «nova criatura» começa pela Fé em Jesus Cristo Filho de Deus feito homem e a transformação em «nova criatura» é o cumprimento do desenvolvimento da vida de Fé.

        Quem no começo do seu caminho em Cristo Lhe disse como São Pedro: «Tu tens palavras de vida eterna» ([10]), e reafirmou o seu seguimento, pode agora dizer que essa Fé venceu o mundo e triunfou sobre ele nas consequências do pecado.

        É uma Fé convertida em Fidelidade.
Disposição enraizada na alma que inclina a vontade a desenvolver as energias do homem para manter com constância e perseverança osa compromissos de amor com Deus e com o próximo.
Uma Fé que clama «Abba, Pater» e que goza com o triunfo de Deus em todas as criaturas, em que Deus seja glorificado porque o Seu amor «derramado sobre nós pelo Espírito Santo» leva a cabo a sua missão santificadora.

        Noutros termos é a justiça perfeita, a justiça na sua perfeição consumada, na realização da obra de Deus com os homens.
A Justiça de Deus é a plenitude da Sua Misericórdia.

        O Fruto da Fidelidade, da Lealdade, permite ao cristão viver «os olhos fixos em Jesus o que inicia e consuma a Fé o qual em lugar do gozo que se propunha, suportou a cruz sem medo da ignomínia e está sentado à direita do trono de Deus» ([11]).

        «O varão fiel será muito louvado» ([12]).
É a alegria de Deus manifestada na glória reservada ao homem fiel, ao homem leal.
O gozo de Deus é que recebamos tudo quanto Ele nos quer dar.

        No capítulo 11 da Carta aos Hebreus lemos o canto de louvor aos homens e às mulheres de Fé que fiéis aos desígnios de Deus foram abrindo na terra caminho ao povo escolhido por Deus, a toda a humanidade: «Pela fé Abraão ofereceu Isaac quando foi posto à prova».
«pela Fé, Moisés abandonou o Egipto sem medo das iras do rei, como se visse o Invisível, perseverou no seu propósito» ([13]).

        São Paulo abre os horizontes da esperança fiel do cristão, enche de amor a Deus, ao afirmar que «nem olho viu nem ouvido ouviu nem passou pelo pensamento do homem, que coisas Deus tem preparadas para aqueles que O amam» ([14]).


***


        No começo do estudo sobre os Frutos, assinalámos que era doutrina comum considerá-los como perfeições que o Espírito Santo vai formando em nós.

        Talvez seja oportuno sublinhar outro aspecto da mesma realidade: a acção do Espírito Santo presente e activo na alma do homem de Fé.
Estas perfeições, que tornam possível a conversão do cristão na nova criatura, «filho de Deus em Cristo» são ao mesmo tempo manifestações da transformação já em processo.
São uma prova da presença real de Deus entre os homens.

        Um Reino que é o triunfo da liberdade do Espírito que vence a escravidão do pecado e se apresenta na pessoa de cada crente como «Reino da Verdade e da Vida, Reino da Santidade e da Graça, Reino da Justiça, do Amor e da Paz» ([15]).

        «Viver segundo o Espírito Santo é viver de fé, deesperança, de caridade, deixar que Deus tome posse de nós e mude radicalmente os nossos corações para os fazer à Sua medida» ([16]).
       


(cont)

ernesto juliá, La belleza de ser cristiano, trad. ama)







[1] Mt 11, 29
[2] Mt 11, 28
[3] Mt 21, 5
[4] Act 5, 41
[5] 1 Cor 13, 5-7
[6] Fl 4, 7
[7] Col 3, 15
[8] Rm 8, 35-39
[9] 1 Jo 5, 4
[10] Jo 6, 68
[11] Hb 12, 2
[12] Pr 28, 30
[13] Hb 17, 27
[14] 1 Cor 2, 9
[15] Prefácio da Missa de Cristo Rei
[16] São Josemaria Escrivá, Es Cristo que passa, n. 134

Meditações de Maio 21

Monstra te esse matrem!

Sim, mostra que és Mãe, minha Mãe.

Como, apesar de tudo quanto não sou e deveria ser, tu és minha Mãe e me queres, e me proteges, e desejas a minha felicidade aqui na terra e, depois, no Céu.

Monstra te esse matrem!

Ajuda-me também a mostrar-me como teu filho, a comportar-me, a conduzir a minha vida como teu filho, e, sobretudo: Recordare Virgo Mater Dei, dum steteris in conspectu Domini et loquaris pro me bona. Ámen



(ama, meditações de Maio, 2015)