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04/05/2015

NUNC COEPI 2015.05.04








O que pode ver hoje em NUNC COEPI




Não te assustes ao veres-te tal como és - São Josemaria – Textos

Meditações de Maio 4 - AMA - Meditações de Maio – 2015

Evangelho, comentário, L. espiritual (A beleza de ser cristão) - A beleza de ser cristão (Ernesto Juliá), AMA - Comentários ao Evangelho Jo 14 21-26, Ernesto Juliá Diaz

Reflectindo - 77 - AMA - Reflectindo – Pudor

Temas para meditar - 437 - F. Suarez, La puerta angosta (F. Suarez), Santíssima Virgem


Pequena agenda do cristão - Agenda Segunda-Feira

Não te assustes ao veres-te tal como és

Não necessito de milagres; bastam-me os que há na Escritura. – Pelo contrário, faz-me falta o teu cumprimento do dever, a tua correspondência à graça. (Caminho, 362)

Repitamos com a palavra e com as obras: Senhor, confio em Ti, basta-me a tua providência ordinária, a tua ajuda de cada dia. Não temos por que pedir a Deus grandes milagres. Temos de lhe suplicar, pelo contrário, que aumente a nossa fé, que ilumine a nossa inteligência, que fortaleça a nossa vontade. Jesus está sempre junto de nós e permanece fiel.

Desde o começo da minha pregação, preveni-vos contra um falso endeusamento. Não te assustes ao veres-te tal como és: assim, feito de barro. Não te preocupes. Porque, tu e eu somos filhos de Deus, – este é o endeusamento bom – escolhidos desde a eternidade, com uma vocação divina: escolheu-nos o Pai, por Jesus Cristo, antes da criação do mundo, para que sejamos santos diante dele. Nós, que somos especialmente de Deus, seus instrumentos apesar da nossa pobre miséria pessoal, seremos eficazes se não perdermos o conhecimento da nossa fraqueza. As tentações dão-nos a dimensão da nossa própria fraqueza.


Se sentimos desalento ao experimentar – talvez de um modo particularmente vivo – a nossa mesquinhez, é o momento de nos abandonarmos por completo, com docilidade, nas mãos de Deus. Conta-se que, certo dia, um mendigo saiu ao encontro de Alexandre Magno, pedindo uma esmola. Alexandre parou e ordenou que o fizessem senhor de cinco cidades. O pobre, confundido e atordoado, exclamou: eu não pedia tanto! E Alexandre respondeu: tu pediste como quem és; eu dou-te como quem sou. (Cristo que passa, 160)

Pequena agenda do cristão


SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Evangelho, comentário, L. espiritual (A beleza de ser cristão)


Semana V da Páscoa

Evangelho: Jo 14 21-26

21 Aquele que aceita os Meus mandamentos e os guarda, esse é que Me ama; e aquele que Me ama, será amado por Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele». 22 Judas, não o Iscariotes, disse-Lhe: «Senhor, qual é a causa por que Te hás-de manifestar a nós e não ao mundo?». 23 Jesus respondeu-lhe: «Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra e Meu Pai o amará, e Nós viremos a ele, e faremos nele a Nossa morada. 24 Quem não Me ama não observa as Minhas palavras. E a palavra que ouvistes não é Minha, mas do Pai que Me enviou. 25 «Disse-vos estas coisas, estando convosco. 26 Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, vos ensinará todas as coisas, e vos recordará tudo o que vos disse.

Comentário:

É interessante verificar a preocupação de Judas Tadeu em entender a missão de Jesus.
A resposta que obteve é muito simples: o Amor!
No amor a Cristo encerra-se toda a sabedoria necessária ao homem para salvar-se.

Mais tarde, os acontecimentos indicarão que, o outro Judas, o Iscariote, não apreendeu esta regra simples.

Parece manifesto que o motivo pelo qual anda com Cristo não é o amor e, quem não ama não só tem o coração fechado ao entendimento como o espírito aberto à traição.

(ama, comentário sobre Jo 14, 21-26, 2012.05.07)


Leitura espiritual

a beleza de ser cristão

PRIMEIRA PARTE



X – A santificação

…/20

        Adorar é gozar no amor da pessoa amada da verdade descoberta, conscientes que esse amor é que dá significado, sentido e conteúdo à nossa vida, que na Fé descobre a sua própria verdade.
        Adorar a Deus, que é encontrar o nosso lugar ante Ele, pela Fé leva-nos a encontrar o nosso lugar no mundo, entre os homens e as mulheres que nos rodeiam, na tarefa que desenvolvemos.
        Esta vida de Fé, ao tornar possível que nos aceitemos na plenitude da nossa condição de criaturas, abre-nos o caminho para dar o segundo passo como «novas criaturas em Cristo”; para que a graça, e com a graça o próprio Cristo Redentor se enraíze na nossa pessoa, convertendo-nos em «filhos de Deus em Cristo”: a filiação divina.
        «Esta a grande ousadia da fé cristã: proclamar o valor da dignidade da natureza humana e afirmar que, mediante a graça que nos eleva à ordem sobrenatural, formos criados para alcançar a dignidade de filhos de Deus.
        Ousadia certamente incrível, se não estivesse baseada no decreto salvador de Deus Pai e não tivesse sido confirmada pelo sangue de Cristo e reafirmada e tornada possível pela acção constante do Espírito Santo” [i].

VIDA DE ESPERANÇA

        «A esperança é a virtude teologal pela qual aspiramos ao Reino dos céus e à vida eterna como nossa felicidade, pondo a nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos não nas nossas forças, mas sim nos auxílios da graça do Espírito Santo”.[ii]
        O homem sabe que vive na duração do tempo e que a sua memória do passado o acompanha no presente e o projecta para o futuro.
Sabe que não pode prescindir do seu estar no tempo, viver o tempo; e ao mesmo tempo, que o seu viver não se esgota no tempo. A Esperança iluminada pela Fé, abre os horizontes da memória até à vida eterna.
Com é isto possível?
        A Fé, relacionamo-la com o amor de Deus, e pôr diante da nossa mente a realidade inefável desse Amor, manifesta à nossa vista o pecado e a desordem, o mal, que com o pecado penetrou em toda a criação e na própria vida do homem.
Coloca o homem ante a verdade da sua criação, do seu pecado, da sua redenção, da sua história.
        A história do homem não se esgota nas civilizações e culturas que vai criando no seu caminhar sobre a terra.
O homem não se compreende a si próprio pelo que faz, quer seja pessoalmente, quer seja com outros homens.
Nem a cultura nem a arte nem a civilização dão razão adequada da presença humana sobre a terra, e muito menos do seu actuar e viver com os outros homens.
        Inserida na história do homem através das civilizações, está a história de cada homem: viver com Deus – em Cristo, com Cristo por Cristo – para arrancar o pecado do seu ser, do seu actuar, do seu coração, para redimir e redimir-se.
De facto, quando em qualquer civilização o homem, e é um fenómeno mais notório e notável na nossa cultura surgida e impregnada da verdade cristã sobre o homem, encontra-se em becos sem saída, de sufoco pessoal e colectivo, clama até de modos inimagináveis pela presença de um «salvador”.

Porquê?

        O pecado, esse «mistério de iniquidade” que enche de assombro São Paulo, acompanha o homem desde a saída do paraíso. «O pecado está presente na história do homem: seria vão tentar ignorá-lo ou dar a esta obscura realidade outros nomes.
Para tentar compreender o que é o pecado, é preciso, em primeiro lugar, reconhecer o vínculo profundo do homem com Deus (que o homem descobre na resposta de Fé), porque fora desta relação, o mal do pecado não é desmascarado na sua verdadeira identidade de rejeição e oposição a Deus, ainda que continue pesando sobre a vida do homem e sobre a história”.[iii]
        Ao compreender com clareza o pecado, e o que o pecado implica, o homem adquire uma luz para realizar com mais nitidez a realidade em que vive.
Não cai na tentação de fechar os olhos ante o mal que o rodeia nem tenta explicá-lo por causas exclusivamente sociológicas, antropológicas, económico-sociais, etc., como se fosse unicamente um defeito de crescimento da consciência do homem, consequência de uma debilidade psicológica, fruto de um erro de cálculo ou o resultado evidente de uma estrutura social inadequada, etc.
        Consciente da sua relação com Deus e da sua condição de criatura, descobre no interior da sua consciência, no centro da sua pessoa, «que o pecado é um abuso da liberdade que Deus dá às pessoas criadas para que possam amá-lo e amar-se mutuamente”)[iv].
        Movido pelo amor que o conhecimento de Deus na Fé engendra no seu coração, o homem que se sabe «filho de Deus em Cristo”, que começa a viver em si mesmo a Redenção de Cristo, a «participação na natureza divina”, engendra na esperança a consciência da sua debilidade ante o pecado e, ao mesmo tempo, a consciência de o vencer «por Cristo, em Cristo e com Cristo”.
        A esperança revela ao homem, sob a luz da Fé, que o afirma que Deus é Criador e Pai, que Deus não é seu inimigo e que ele não está «condenado” a pecar. Se todavia a Graça não germinou eficazmente no seu espírito até ao grau de crescer no amor a Deus e no desejo de rejeitar o pecado com todas as suas forças; todavia impediu que não se obscureça a consciência da sua capacidade e possibilidade de pecar, e que goze de uma nova realidade que aparece mais claramente à sua vista: «Se alguém peca, temos ante o Pai um advogado, Jesus Cristo, justo. Ele é a propiciação pelos nossos pecados. E não só pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo”.[v]
        Esta visão clara do amor e da misericórdia de Deus é fruto da Fé e da Esperança.
Um perdão de Deus que não se contrapõe à afirmação de Cristo de que veio para «trazer a paz, e não a guerra”.[vi]
A «guerra”, a «espada”, que o Senhor anuncia é a atitude contra o pecado que o homem há-de manter ao longo de toda a sua vida e que é a condição necessária para que Deus possa perdoá-lo.
De nada nos serve fugir do pecado, negar a sua existência, como fizeram os fariseus, porque então o pecado permanece sempre em nós.
        Na vida de esperança, o homem entende-se e afirma-se como criatura de Deus, como filho de Deus que caminha, guiado pelo fé, para a gida eterna, consciente que, com Cristo, em Cristo, por Cristo” vencerá o pecado e o fruto do pecado, o último inimigo, a morte.

VIDA DE CARIDADE

        «A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas por Ele mesmo e ao nosso próximo como a nós mesmos por amor de Deus”.[vii]
        «O amor de Deus derramou-se nos nossos corações por virtude do Espírito Santo, que nos foi dado”.[viii]
«Agora conheço de um modo imperfeito, mas logo conhecerei como sou conhecido. Agora permanecem a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade”.[ix]
Estes textos permitem-nos situar na perspectiva adequada para entender a caridade e a criação da graça na vontade do homem; porque somente quando a caridade informa as nossas acções poderemos verdadeiramente chamar-nos cristãos, nova criatura em Cristo: «Nós abemos que passámos da morte à vida porque amamos os irmãos.
O que não ama, permanece na morte”.[x]
No Espírito Santo que Deus derrama nos nossos corações, chegamos a vislumbrar o amor de Deus pelo homem.
Já no Antigo Testamento, Deus tinha manifestado de muitas formas o seu amor pelos homens.
As palavras ditas a Jeremias podem aplicar-se a cada um dos seres humanos: «Com amor eterno te amei, por isso te conservei na minha graça”.[xi]
Cristo deu a Redenção por concluída depois de ter manifestado ao homem – já liberto do pecado – a sabedoria sobre Deus Uno e Trino, revelando a verdade acerca do Espírito Santo.
Nessas condições, a inteligência humana podia ser iluminada para conhecer Deus, e a sua vontade podia ser fortalecida para o seguir mediante uma luz, uma força que alcançasse o homem a partir do exterior.
Todavia, não foi assim. Cristo quis ir mais longe no seu desejo de estar «com os filhos dos homens” e participar com eles dos seus desejos e dos seus cansaços, das suas penas e das suas alegrias.
As palavras do Concílio Vaticano II, às quais já nos referimos: «O Filho de Deus com a sua encarnação uniu-se, de certo modo, com todo o homem”,[xii] ajudam-nos a compreender a passagem de Jesus sobre a terra, na história do homem, para tornara a Redenção definitiva e completa.
E esta passagem é, na realidade, um permanecer para sempre. Com efeito, ao «fazer-nos partícipes da natureza divina”, e instituindo os sacramentos para que o manancial da Graça estivesse sempre presente e fluido na terra, Cristo estabelece definitivamente a sua morada na terra, sem por isso, deixar de «ascender ao Céu”.
Para conseguir o seu desejo de «recapitular nele toda a criação no céu e na terra” a para assim ver cumprida a sua oração a Deus Pai «para que todos sejam um, coo Tu, Pai, estás em mim e eu em Ti, para que também eles estejam em nós e o mundo acredite que Tu me enviaste” [xiii] decide tornar-nos partícipes do seu próprio ser e existir. Como?
Tendo vivido na terra durante um certo período de tempo, tomando para si a natureza humana, quer prolongar este estar presente no meio dos homens, em cada homem até ao fim dos tempos. Deste modo, além do mais, abre-nos definitivamente a perspectiva, a capacidade de nos dar-mos conta de que o nosso viver pessoal, esgotado no tempo, será eterno em Deus.

(cont)

ernesto juliá, La belleza de ser cristiano, trad. ama)





[i] Ibídem, n. 133.
[ii] Catecismo, n. 1817
[iii] Catecismo, n. 386
[iv] Catecismo, n. 387
[v] 1 Jo 2, 1-2
[vi] cfr. Mt 10, 34
[vii] Catecismo, n. 1822
[viii] Rm 5,5
[ix] 1 Cor 13, 3
[x] 1 Jo 3, 14
[xi] Jr 31, 3
[xii] Gaudium et spes, n. 22
[xiii] Jo 17, 21

Reflectindo - 77

Pudor


Associado à modéstia vem o Pudor.
De facto, o pudor, é uma virtude fundamental para uma vida correcta e são critério.

O pudor tem a ver com a contenção pessoal nas atitudes, palavras e obras, quer na solidão pessoal quer - ou sobretudo - mas relações com os outros.
Há-de levar-nos ao domínio das nossas emoções, dos nossos desejos, talvez da nossa vontade de protagonismo, de evidenciar as nossas qualidades e competências, verdadeiras ou imaginadas, de emitir opinião sem que nos seja solicitada.
Evidentemente que o pudor mas conversas, participadas ou não - quem cala consente - está numa primeira linha de conduta.
Há conversas que não se têm, não se ouvem nem com o objectivo de criticar.
Afastar-se do ambiente ou circunstância é o melhor caminho a atitude mais correcta.

(ama, reflexões, 2013.01.2014)



Meditações de Maio 4

Salve Rainha

Mãe de misericórdia
Vida e doçura
Esperança nossa


Em ti deposito toda a minha esperança e anseios de santidade.

Não me deixes!

Não me deixes!


(ama, meditações de Maio, Salve Rainha, 2015)

Temas para meditar - 437

Santíssima Virgem


Nós, os pecadores, sabemos que Ela é a nossa advogada, que jamais se cansa de nos estender a sua mão uma e outra vez, tantas quantas caímos e fazemos tenção de nos levantar-mos; nós, os que andamos pela vida aos trancos e barrancos, que somos débeis até ao ponto de não podermos evitar que nos atinjam vivamente essas aflições que são condição da natureza humana, nós sabemos que é o consolo dos aflitos, o refúgio onde, em último termo, podemos encontrar um pouco de paz, um pouco de serenidade, esse consolo peculiar que só uma mãe pode dar e que faz com que tudo volte a estar bem de novo.
Nós sabemos também que, nesses momentos em que a nossa impotência se manifesta em termos de quase exasperação ou de desespero, quando já ninguém pode fazer nada e no sentimos absolutamente sozinhos com a nossa dor ou a nossa vergonha, encolhidos num beco sem saída, todavia Ela é a nossa esperança, todavia é um ponto de luz.
Ela é ainda o recurso quando já não há a quem recorrer.


(f. suárez, La puerta angosta, Rialp, 9ª ed., Madrid 1985, pg. 227-228, trad ama)