Evangelho, coment. meditação. - AMA - Comentários ao Evangelho
Jo 13 1-15
Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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02/04/2015
Evangelho, coment. meditações.
Quinta-Feira Santa
Evangelho:
Jo 13 1-15
1
Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a Sua hora de passar
deste mundo ao Pai, tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até ao
extremo. 2 Durante a ceia, tendo já o demónio posto no coração de Judas
Iscariotes, filho de Simão, a determinação de O entregar, 3 Jesus, sabendo que
o Pai tinha posto nas Suas mãos todas as coisas, que saíra de Deus e voltava
para Deus, 4 levantou-Se da mesa, depôs as vestes e, pegando numa toalha,
cingiu-Se com ela. 5 Depois deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos
discípulos, e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido. 6 Chegou, pois,
a Simão Pedro. Pedro disse-Lhe: «Senhor, Tu lavares-Me os pés?». 7 Jesus
respondeu-lhe: «O que Eu faço, tu não o compreendes agora, mas compreendê-lo-ás
depois». 8 Pedro disse-Lhe: «Jamais me lavarás os pés!». Jesus respondeu-lhe:
«Se Eu não te lavar não terás parte comigo». 9 Simão Pedro disse-Lhe: «Senhor,
não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça». 10 Jesus disse-lhe: «Aquele
que tomou banho não tem necessidade de se lavar, pois todo ele está limpo. Vós
estais limpos, mas não todos». 11 Ele sabia quem era o que O ia entregar, por
isso disse: «Nem todos estais limpos». 12 Depois que lhes lavou os pés e que
retomou as Suas vestes, tendo tornado a pôr-Se à mesa disse-lhes: «Compreendeis
o que vos fiz? 13 Chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem porque o sou. 14 Se
Eu, pois, sendo vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés também vós deveis lavar
os pés uns aos outros. 15 Dei-vos o exemplo para que, como Eu vos fiz, assim
façais vós também.
Comentário:
Aqui se nos
apresenta pela pena de São João a extraordinária Ceia de despedida.
Paulo VI escreveu uma das mais belas e profundas homilias sobre este acontecimento que jamais se apagaria da memória da humanidade.
De facto diariamente por todo o mundo se repete inúmeras vezes quando o Sacerdote personificando Cristo celebra a Santa Missa que não é outra coisa que o memorial dessa primeira Missa celebrada por Jesus Cristo na noite de Quinta-Feira Santa.
(ama, comentário sobre Jo 13, 1-15, 2014.04.17)
Meditação
Quero, nesta noite santa, enquanto velo junto do Sacrário onde
depois da Missa, foste depositado, manifestar-te o meu amor.
Por esta hora já teriam deixado de Te atormentar com perguntas
capciosas, faltas de respeito, insinuações torpes, e, até violências físicas.
Estás extenuado, com sono, cheio de dores, mal-estar.
A agonia no Horto deixou-te prostrado.
Assististe á precipitada fuga dos Teus amigos, ouviras a voz de
Pedro que, no pátio, jurara não Te conhecer...
Estás abandonado de todos, rodeado de soldadesca e serventes que
não Te tratam com o menor respeito ou consideração.
Por isso, estou aqui, nesta hora da madrugada, para Te fazer companhia,
conversar contigo, contar-te as minhas coisas, o que se passa comigo, como me dói
a alma por Te ver assim.
Eu não posso nada, Senhor, bem o sabes e queria poder muito para
voltar atrás na minha vida e apagar todas as minhas faltas, traições e
abandonos que pratiquei.
Graças a Ti, apresento-me aqui, ao pé do Sacrário com a alma limpa
e a consciência em paz.
Sim, graças a Ti porque na Tua infinita misericórdia perdoaste
todas as minhas faltas e me restituíste a minha dignidade de filho de Deus.
Esta a maior graça que poderias dar-me: o permitires que regresse
ao Teu convívio e usufrua dos dons, bens e graças que tão amorosamente derramas
sobre mim.
Meu Querido Amigo, como me conforta chamar-te assim:
Querido Amigo!
Que nunca Te abandone, que jamais Te deixe.
Tu és o CAMINHO que quero andar, a VERDADE que me importa
conhecer, a VIDA que desejo viver.
Ámen.
(ama, Oratório no CUB, 2010.04.01, Vigília
de Quinta-feira Santa)
Não sei se compreendemos bem o que o
Senhor fez!
Como esperar do Rei uma atitude de servo?
Do Mestre um comportamento de discípulo?
Estamos sempre tão revestidos da nossa importância, tão convencidos da
sabedoria que julgamos ter.
Servir e servir humildemente é, sem a menor dúvida, o mais excelente acto de
senhorio, de grandeza.
Nunca valemos nada pelo que somos mas pelo que fazemos.
(ama, comentário sobre Jo 13, 1-15,
2013.03.28)
Manda-nos servir e foi servo!
Manda-nos ser humildes e foi humilíssimo!
Manda-nos amar e amou-nos até ao fim!
O exemplo vem sempre “de cima” e, quem
manda ou aconselha tem necessariamente que praticar o que ordena e fazer o que
propõe.
(ama, comentário sobre Jo 13, 1-15,
2013.02.19)
Também
a mim me lavas os pés, Senhor? Sim, porque eu quero estar limpo como quando
nasci. Será possível?
Vejo
neste Teu gesto amoroso que sim, que posso, também eu, não obstante a enorme
sujidade que fui acumulando ao longo da vida, ficar limpo, imaculado porque, a
Tua água lava de facto qualquer mancha. Não tens feito outra coisa ao longo dos
tempos senão lavar-me dos meus pecados e numerosas faltas.
Senhor,
que eu não deixe de procurar, sempre, esse Teu gesto de supremo amor, com sinceridade
e verdade absolutas, não deixando nada por mostrar, por Te mostrar. Eu sei que,
Tu, sabes tudo, mas nem por isso quero deixar de to dizer, contrito, pesaroso
do mal feito, mas sinceramente convencido que, este Teu gesto, me limpa e
purifica e torna digno de ser teu filho.
(ama,
meditação sobre Jo13, 1-15, 2009.04.01)
Reflectindo - 65
O que pode inibir a
felicidade:
1 - O vício, adição ou
dependência:
Qualquer vício ou adição
trava de forma mais ou menos grave e duradoura a felicidade pessoal pelo
simples facto de a própria liberdade pessoal estar gravemente afectada.
As opções de vida, ou
melhor, da forma como se vive, estando condicionadas por uma dependência
qualquer, impedem que se atinja a felicidade pessoal. Dizendo de outra forma,
só se pode ser feliz se existir liberdade pessoal autêntica, total, sem reservas
na própria idiossincrasia.
Logo, parece lógico, que a
primeira coisa a fazer, é eliminar eficazmente essa dependência que pode até
nem ser grave ou mesmo séria, mas que representa, sempre, uma fraqueza da
vontade, quando não do carácter.
A pessoa reconhecendo o
seu problema, quer resolvê-lo e, enquanto o não consegue, não pode ser feliz.
Quem diz que é feliz mesmo
reconhecendo uma fraqueza pessoal não sabe, de facto, como o seria se não a
tivesse.
(cont.)
(AMA,
Reflexões, 2013)