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28/02/2015

Consummati in unum

Aos que procuram a unidade, temos de colocá-los perante Cristo, que pede que estejamos consummati in unum, consumados na unidade. A fome de justiça deve conduzir-nos à fonte originária da concórdia entre os homens: ser e saber-se filhos do Pai, irmãos. (Cristo que passa, 157)

Pobre ecumenismo o que anda na boca de muitos católicos, que maltratam outros católicos! (Sulco, 643)

Uma vez disse ao Santo Padre João XXIII, movido pelo encanto afável e paterno do seu trato: “Santo Padre, na nossa Obra, todos os homens, católicos ou não, encontraram sempre um ambiente acolhedor: não aprendi o ecumenismo de Vossa Santidade”. Ele riu-se emocionado, porque sabia que, já desde 1950, a Santa Sé tinha autorizado o Opus Dei a receber como associados Cooperadores os não católicos e até os não cristãos.


São muitos, efectivamente – e entre eles contam-se pastores e até bispos das suas respectivas confissões –, os irmãos separados que se sentem atraídos pelo espírito do Opus Dei e colaboram nos nossos apostolados. E são cada vez mais frequentes – à medida que os contactos se intensificam – as manifestações de simpatia e de cordial entendimento, resultantes de os sócios do Opus Dei centrarem a sua espiritualidade no simples propósito de viver com sentido de responsabilidade os compromissos e exigências baptismais do cristão. O desejo de procurar a plenitude da vida cristã e de fazer apostolado, procurando a santificação do trabalho profissional; a vida imersa nas realidades seculares, respeitando a sua própria autonomia, mas tratando-as com espírito e amor de almas contemplativas; a primazia que na organização dos nossos trabalhos concedemos à pessoa, à acção do Espírito nas almas, ao respeito da dignidade e da liberdade que provêm da filiação divina do cristão. (Temas Actuais do Cristianismo, 22)

Evangelho, coment. L espirit. (Santíssima Virgem)

Quaresma I Semana

Evangelho: Mt 5 43-48

43 «Ouvistes que foi dito: “Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo”. 44 Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem. 45 Deste modo sereis filhos do vosso Pai que está nos céus, o qual faz nascer o sol sobre maus e bons, e manda a chuva sobre justos e injustos. 46 Porque, se amais somente os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem os publicanos também o mesmo? 4 7 E se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de especial? Não fazem também assim os próprios gentios? 48 Sede, pois, perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito.

Comentário:

O próprio Jesus Cristo define o que é e perfeição: Deus é a perfeição!

Este mandato que em princípio parece excessivo porque inatingível para o ser humano, é, afinal, exequível porque o Senhor nunca nos mandaria fazer algo superior às nossas forças.

Assim, em vez de pormos de lado objectivo tão sublime esforcemo-nos antes por alcançá-lo com todas as capacidades e potências de que dispomos e com as que o Espírito Santo nos há-de dar se lhas pedirmos.

(ama comentário sobre Mt 5, 43-48, 2014.03.15)


Leitura espiritual


Santíssima Virgem
Santo Rosário

Gozosos Visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel Gozoso [i]

2

Porque o Anjo te disse que tua prima Isabel – aquela quem consideravam estéril - estava esperando um filho, não pensaste em mais nada e puseste-te a caminho para a visitar.
Porque era necessário acompanhá-la nos últimos tempos da gravidez. Isabel já não era jovem e seria bem-vinda a presença de uma jovem dedicada para auxiliar nas complicações de uma gravidez fora de tempo.
Porque era necessário estares presente em tão extraordinário acontecimento noticiado por um Anjo do Senhor.
O mesmo Anjo que te tinha anunciado que serias Mãe do Salvador.
Porque talvez conviesse o sacrifício e incómodos de uma viagem longa, para pensar mais profundamente em todas as maravilhas que te tinham acontecido. Sentias já o teu Filho no teu seio e isto era indubitavelmente obra misteriosa e magnifica de Deus.
Talvez quisesses falar com o teu primo Zacarias que, sendo sacerdote, poderia aclarar um pouco todo o misterioso futuro que se descrevia nas Escrituras.
Talvez por restes motivos todos mas, estou certo, que não pensaste me mais nada senão em ser útil e prestável a uma família que precisava dos teus préstimos.
E tudo se desvaneceu perante a recepção de Isabel. As palavras que te dirigiu. O estremecimento de João no seio de sua mãe.
Tudo se torna claríssimo como água. A Vontade de Deus é agora mais nítida mais transparente.
E rompes num canto maravilhoso de acção de graças e louvor, de humildade e entrega.

Não pedes nada, não desejas nada.
Sabes perfeitamente que não precisarás de coisa alguma, nunca, porque Deus proverá tudo quanto precisares.
E o senhor ouve da tua boca o Magnificat esplendoroso que para sempre ficará gravado na história do povo de Deus e será repetidamente cantado pela legião enorme dos Seus filhos.
Só tu, Virgem Maria, poderias ter reunido com tanta simplicidade e candura um hino de louvor e submissão ao Criador.
Um hino onde se espelham as certezas todas, todos os caminhos que Deus manda trilhar para que a Sua Vontade seja cumprida.
Que coração poderia albergar tais sentimentos?
Que alma saberia elevar-se de tal forma?
Que ser humano poderia alguma vez, louvar e enaltecer o seu Criador de forma tão perfeita?
Sabendo, Senhora, que já eras a Mãe do próprio Deus, sabendo tu, Senhora, que o salvador, Rei dos Reis, habitava já no teu seio, não te exaltas nem envaideces, antes te envaideces exaltas por o Senhor fazer o que quer, como, quando e com quem quer.
Quando dizes que serás aclamada por todas as gerações não o dizes por ti, mas porque sabes que, ao fazê-lo, essas gerações aclamarão a Mãe de Deus.
Dás a Deus o que seria legítimo, humanamente falando, julgar teu.
Sabes que Jesus é realmente o Filho de Deus e que foste apenas o instrumento de que Deus Se serviu para dar corpo substancial à Sua Vontade.
Não te ocorre um momento que tens o mais pequeno mérito em tal maravilha, ou que não o mereces. Não passa tudo da Vontade do Senhor e não te compete saber ou indagar, porquê tu, Maria.
Ah!, minha Senhora, como tua prima deve ter gozado com a tua visita, como devem ter sido extraordinariamente leves os tempos que ali passaste.

Ajuda-me também a mim a compreender que não tenho que pensar ou discutir ou indagara a Vontade do Senhor. Que sou um instrumento muito rudimentar de que Deus se serve, apenas para ser servido e, ao fazê-lo, saiba eu também louvar e enaltecer o Deus que me criou e me governa, porque a Sua Vontade é a única vontade que reconheço e a minha felicidade será dar-lhe cumprimento total. [ii]

Nossa Senhora ao conhecer pela revelação do anjo a necessidade em que se achava a sua prima santa Isabel, próxima já do parto, apressa-se a prestar-lhe ajuda, movida pela caridade.
A Santíssima Virgem não repara em dificuldades (...) o trajecto desde Nazaré até à montanha da Judeia supunha na antiguidade uma viagem de quatro dias.
Este facto da vida da Santíssima Virgem tem um claro ensinamento para os cristãos: devemos aprender dEla a solicitude pelos outros. [iii]
(Isabel bendiz Maria) Para que se veja que deve ser honrada pelos anjos e pelos homens e que com razão se deve antepor a todas as mulheres. [iv]
Isabel ao chamar a Maria «mãe do meu Senhor», movida pelo Espirito Santo, manifesta que a Santíssima Virgem é Mãe de Deus. [v]
O Magnificat é, ao mesmo tempo o cântico da Mãe de Deus e o da Igreja, cântico da filha de Sião e do Povo de Deus, cântico de acção de graças pela plenitude de graças derramadas na economia da salvação, cântico dos «pobres» cuja esperança foi realizada com o cumprimento das promessas feitas a nossos pais em favor de «Abraão e da sua descendência para sempre» [vi]
Maria é a que conhece mais a fundo o mistério da misericórdia divina. Sabe o seu preço e sabe quão alto é.
Neste sentido a chamamos Mãe da misericórdia: Virgem da misericórdia ou Mãe da divina misericórdia; em cada um destes títulos se encerra um profundo significado teológico, porque expressam a preparação particular da sua alma, de toda a sua personalidade, sabendo ver primeiramente através dos complicados acontecimentos de Israel, e de todo o homem e da humanidade inteira depois, aquela misericórdia de que por todas as gerações nos tornamos participantes segundo o eterno desígnio da santíssima Trindade. [vii]
Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-Lo, exaltá-Lo e humilhar-se, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que o Seu Nome é santo. [viii]
(...) As palavras usadas por Maria, no limiar da casa de Isabel, constituem uma profissão inspirada desta sua fé, na qual se exprime a resposta à palavra da revelação, com a elevação religiosa e poética de todo o seu ser no sentido de Deus. Nessas palavras sublimes, ao mesmo tempo muito simples e totalmente inspiradas nos textos sagrados do povo de Israel, transparece a experiência pessoal de Maria, o êxtase do seu coração. Resplandece nelas um clarão do mistério de Deus, a glória da sua inefável santidade, o amor eterno que, como dom irrevogável, entra na história do homem.
Maria é a primeira a participar nesta nova revelação de Deus e, mediante ela, nesta nova «auto-doação» de Deus. (...)
As suas palavras reflectem a alegria de espirito, difícil de exprimir: «O meu espírito exulta em Deus, meu salvador». Porque «a verdade profunda, tanto a respeito de Deus como a respeito da salvação dos homens, manifesta-se-nos... em Cristo, que é, simultaneamente, o mediador e a plenitude de toda a revelação»
No arroubo do seu coração, Maria confessa ter-se encontrado no próprio âmago desta plenitude de Cristo. Ten consciência de que em si está a cumprir-se a promessa feita aos pais e, em primeiro lugar, em favor de «Abraão e da sua descendência para sempre»: que em si, portanto, como mãe de Cristo, converge toda a economia salvífica, na qual «de geração em geração» se manifesta Aquele que, como Deus da Aliança, «recorda-se da sua misericórdia». [ix]
A Igreja, que desde o inicio modela a sua caminhada terrena pela caminhada da Mãe de Deus, repete constantemente, em continuidade com ela, as palavras do Magnificat. (...) «escora-se» na força da verdade sobre Deus, proclamada então com tão extraordinária simplicidade; e, ao mesmo tempo, deseja iluminar com esta mesma verdade sobre Deus os difíceis e por vezes intricados caminhos da existência terrena dos homens. [x]
Com desejos de imitar Nossa Senhora, nós, os cristãos podemos repetir com frequência o Magnificat. E, como ela, devemos confessar abertamente que, à nossa medida, também fez em nós grandes coisas o Todo-Poderoso.
Não podemos, não devemos, ocultá-lo com o pretexto de uma falsa humildade.
Reconhecer que somos devedores de uma grande soma mover-nos-á a corresponder e a levar uma vida de acção de graças.  [xi]
Esta cena da Visitação apresenta-nos uma faceta da vida interior de Maria: a sua atitude de serviço humilde e de amor desinteressado para quem se encontra em necessidade.
Este sucesso (...) convida-nos à entrega pronta, alegre e simples àqueles que nos rodeiam. Muitas vezes o serviço que prestaremos será consequência, como no caso de Maria, do gozo interior, fruto do trato com Jesus Cristo, que transborda e chega aos outros. [xii]
A Anunciação, é portanto, a revelação do mistério da Incarnação exactamente no inicio da sua realização terrena. [xiii]

Isabel saudou-a: «Feliz aquela que acreditou no cumprimento de quanto lhe foi dito da parte do Senhor» [xiv]
É em virtude desta fé que todas as gerações a hão-de proclamar bem-aventurada. [xv] - [xvi]
Maria chegou a casa de Isabel e saudou-a.
Que virtude prodigiosa haveria naquela voz?
Porque a velha Isabel ficou como que petrificada, e estremeceram os seus cabelos brancos, e o rosto enrugado cobriu-se de cor de cera pálida, e limitou-se a cruzar as mãos e inclinar a cabeça, e a deixar escapar um grito inarticulado em que se misturavam a adoração, o assombro, o respeito e o amor.
O Espirito Santo enchera-a, a voz de Maria fora para ela um divino amanhecer; num repente adivinhara tudo. Revelam-no as primeiras palavras que conseguiu pronunciar:
«Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre. Como pude eu merecer que viesse ter comigo a mãe do meu Senhor?» [xvii]

A minha alma glorifica o Senhor;
E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador;
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva;
De hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas,
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
Sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço
E dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos dos seus tronos
E exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
E aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu Israel seu servo,
Lembrado da sua misericórdia,
Como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre. [xviii]

O Magnificat é a explosão lírica de uma alma que se sente como vida pela gratidão e pela admiração; é um solilóquio sublime, inspirado pela mais profunda emoção (...)
Tudo são contrastes nas suas palavras; humildade e grandeza, pequenez exaltada e orgulho abatido, fome saciada e saciedade faminta. E o mais desconcertante é a segurança absoluta com que aquela jovem sem bens de fortuna, inteiramente desconhecida, sem qualquer título de nobreza, anuncia que todos os séculos se hão-de inclinar perante ela. Reconhece que é pobre e pequena como uma escrava, mas sabe que todos os povos hão-de bendizer o seu nome.
E as suas palavras cumpriram-se. [xix]

Foi a partir desta singular cooperação de Maria com a acção do Espírito Santo que as Igrejas desenvolveram a oração à santa Mãe de Deus, centrando-a na pessoa de Cristo manifestada nos seus mistérios. 
Nos inúmeros hinos e antífonas em que esta oração se exprime, alternam habitualmente dois movimentos: um «magnífica» o Senhor pelas «grandes coisas» que fez pela sua humilde serva e, através d'Ela, por todos os seres humanos; o outro confia à Mãe de Jesus as súplicas e louvores dos filhos de Deus, pois Ela agora conhece a humanidade que n'Ela foi desposada pelo Filho de Deus. [xx]

(ama, meditações sobre o Santo Rosário – 1999)









[i] Lc 2, 25-35
[ii] AMA 2000
[iii] Bíblia Sagrada, anotada pela Fac. de Teologia da Univ. de Navarra, Comentário Lc 1, 39
[iv] S. Beda, In Lucae Evangelium expositio, ad loc.
[v] Bíblia Sagrada, anotada pela Fac. de Teologia da Univ. de Navarra, Comentário Lc 1, 43
[vi] cfr. Catecismo da Igreja Católica nr 2619
[vii] cfr. João Paulo II, Enc. Dives in misericordia, 30-11-1990, nr. 9
[viii] cfr. Catecismo da Igreja Católica Nr 2097
[ix] cfr. João Paulo II, Enc. Redemptoris Mater, nr 36
[x] cfr. João Paulo II,  Enc. Redemptoris Mater, nr 37
[xi]  Francisco Fernandez Carvajal, Vida de Jesus, Barbosa & Xavier, Lda - Artes Gráficas, pg.. 60 nota 10
[xii] .Francisco Fernandez Carvajal, Vida de Jesus, Barbosa & Xavier, Lda - Artes Gráficas, pg.. 57 nota 5
[xiii] cfr. Enc. Redemptoris Mater, nr 9
[xiv] Lc 1, 45
[xv] cfr. Lc 2,35
[xvi] Catecismo da Igreja Católica, nr 148
[xvii] Perez de Urbel, Vida de Cristo, Éfeso, 1955, pg. 31
[xviii] cfr Catecismo da Igreja Católica nr. 2619
[xix] Perez de Urbel, Vida de Cristo, Éfeso, 1955, pg. 32-33
[xx] Catecismo da Igreja Católica, nr. 2675

Tratado do verbo encarnado 134

Questão 22: Do sacerdócio de Cristo

Art. 2 — Se Cristo foi ao mesmo tempo sacerdote e vítima.

O segundo discute-se assim. — Parece que Cristo não foi ao mesmo tempo sacerdote e vítima.

1 — Pois, é função do sacerdote imolar a vítima. Ora, Cristo não se imolou a si mesmo. Logo, não foi simultaneamente sacerdote e vítima.

2. Demais. — O sacerdócio de Cristo era mais semelhante ao sacerdócio dos Judeus, instituído por Deus, que ao sacerdócio dos gentios, adoradores do demónio. Ora, na lei antiga, o homem nunca era oferecido em sacrifício, o que a Escritura sobretudo incrimina nos sacrifícios gentílicos, quando diz: Derramaram o sangue inocente, o sangue de seus filhos e de suas filhas, que haviam sacrificado aos ídolos de Canaã. Logo, o sacerdócio de Cristo não devia ter o próprio homem Cristo como vítima.

3. Demais. — Toda a hóstia, por ser oferecida a Deus, é santificada por Deus. Ora a humanidade própria de Cristo foi desde o princípio santificada por Deus, com quem estava unida. Logo, não podemos convenientemente dizer que Cristo, enquanto homem, fosse vítima.

Mas, em contrário, o Apóstolo: Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós outros, como oferenda e hóstia a Deus em odor de suavidade.

Como diz Agostinho, todo o sacrifício visível é sacramento, isto é, sinal sagrado, do sacrifício invisível. Ora, pelo sacrifício invisível, o homem oferece a Deus o seu espírito, segundo a Escritura: Sacrifício para Deus é o espírito tributado. Donde, tudo o oferecido a Deus, para elevarmos a ele o nosso espírito, pode chamar-se sacrifício.

Ora, o homem precisa de sacrifícios por três razões. — Primeiro, para remissão dos pecados, que o afastam de Deus. E por isso diz o Apóstolo, que ao sacerdote pertence oferecer dons e sacrifícios pelo pecado. — Segundo, para conservar-se em estado de graça, sempre unido a Deus, que lhe constitui a paz e a salvação. Por isso, na lei antiga imolavam-se hóstias pacíficas pela saúde dos oferentes, como se lê na Escrituras. — Terceiro, para o seu espírito se unir perfeitamente com Deus, o que sobretudo se dará na glória. Por isso, na lei antiga oferecia-se o holocausto, que quer dizer como totalmente queimado.

Ora, tudo isso nos resultou da humanidade de Cristo. — Assim, primeiro, os nossos pecados foram delidos, conforme o Apóstolo: Foi entregue por nossos pecados. — Segundo, por ele recebemos a graça salvífica, como se lê no Apóstolo: Veio a fazer-se autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecerem. — Terceiro, por alcançarmos a perfeição da glória, ainda no dizer do Apóstolo: Temos confiança de entrar no santuário, pelo seu sangue, isto é, na glória celeste. Donde, o próprio Cristo, enquanto homem, não só foi sacerdote, mas também hóstia perfeita, ao mesmo tempo hóstia pelo pecado, hóstia pacífica e holocausto.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Cristo não se imolou a si mesmo, mas expôs-se voluntariamente à morte, conforme diz a Escritura: Foi oferecido porque ele mesmo quis. Por isso dizemos que ele se ofereceu.

RESPOSTA À SEGUNDA. — A imolação do homem Cristo é relativa a uma dupla vontade. - Primeiro, à vontade dos que o imolaram. E então, não tem natureza de vítima pois não dizemos que os imoladores de Cristo ofereceram uma hóstia a Deus, mas que delinquiram gravemente. E semelhança desse pecado eram os ímpios sacrifícios dos Gentios, nos quais imolavam homens aos ídolos. - Noutro sentido, podemos considerar a imolação de Cristo relativamente à sua vontade de paciente, que voluntariamente se ofereceu à paixão. E por aí tem natureza de vítima. No que não convém com os sacrifícios dos Gentios.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.


Temas para meditar - 379

Santíssima Virgem



Queres assegurar a salvação daqueles que te são caros? 

Faz com que eles não passem um dia sequer sem recitar, alguma oração a Maria.




(thomas de saint laurentA Virgem Maria, nr. 31)

Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?

27/02/2015

Reflectindo na Quaresma - 3


Vejo este tempo agreste, frio, chuvoso e penso em todos - e são muitos - que  passam mal sem o conforto de um abrigo com um mínimo de condições dignas a que qualquer ser humano tem indiscutível direito.
E eu que no conforto de minha casa me queixo tanto que o aquecimento não é suficiente que a cama está fria...

E., envergonhado, peço perdão e peço-te Senhor que auxilies os que precisam de ajuda nas mais pequenas coisas.

Todos somos Teus filhos, Senhor!


(ama, 2015.02.27)

NUNC COEPI 2015.02.27


Estai alegres, sempre alegres - São Josemaria - Textos

Evangelho, coment. L espirit. (Santíssima Virgem) - AMA - Comentários ao Evangelho Mt 5 20-26, Santo Rosário, Santíssima Virgem

Tratado do verbo encarnado 133 - Suma Teológica - Tratado do Verbo Encarnado - Quest 22 - Art 1, São Tomás de Aquino

Temas para meditar - 378 - A Virgem Nossa Senhora (Federico Suaréz), Federico Suaréz, Silêncio

Pequena agenda do cristão - Agenda Sexta-Feira

Jesus Cristo e a Igreja - 57 - Celibato eclesiástico


In memoriam - Manuel Franco Dias