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15/06/2014

Mãe! – Chama-a bem alto

Mãe! – Chama-a bem alto. – Ela, a tua Mãe Santa Maria, escuta-te, vê-te em perigo talvez, e oferece-te, com a graça do seu Filho, o consolo do seu regaço, a ternura das suas carícias. E encontrar-te-ás reconfortado para a nova luta. (Caminho, 516)

Intimidade com Maria

De uma maneira espontânea, natural, surge em nós o desejo de conviver com a Mãe de Deus, que é também nossa mãe; de conviver com Ela como se convive com uma pessoa viva, porque sobre Ela não triunfou a morte; está em corpo e alma junto a Deus Pai, junto a seu Filho, junto ao Espírito Santo.

Para compreendermos o papel que Maria desempenha na vida cristã, para nos sentirmos atraídos por Ela, para desejar a sua amável companhia com filial afecto, não são precisas grandes especulações, embora o mistério da Maternidade divina tenha uma riqueza de conteúdo sobre a qual nunca reflectiremos bastante.

Temos de amar a Deus com o mesmo coração com que amamos os nossos pais, os nossos irmãos, os outros membros da nossa família, os nossos amigos ou amigas. Não temos outro coração. E com esse mesmo coração havemos de querer a Maria.


Como se comporta um filho ou uma filha normal com a sua Mãe? De mil maneiras, mas sempre com carinho e confiança. Com um carinho que se manifestará em cada caso de determinadas formas, nascidas da própria vida, e que nunca são algo de frio, mas costumes muito íntimos de família, pequenos pormenores diários que o filho precisa de ter com a sua mãe e de que a mãe sente falta, se o filho alguma vez os esquece: um beijo ou uma carícia ao sair ou ao voltar a casa, uma pequena delicadeza, umas palavras expressivas... (Cristo que passa, 142)

Pequena agenda do cristão

DOMIMNGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé.

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?



Temas para meditar 146

Olhar de Jesus



O olhar de Jesus sabe ver através dos véus das paixões humanas e penetrar até ao mais íntimo do homem, ali, onde está só, pobre e nu.



(k adamJesucristo nr. 112, trad ama)

Tratado da lei 24

Questão 96: Do poder da lei humana.

Art. 2 — Se à lei humana pertence coibir todos os vícios.

(Supra, q. 91, a. 4; q. 93, a. 3, ad 3; infra, a. 3, ad 1; q. 98, a. 1; IIª-IIªª, q. 69, a. 2, ad 1; q. 77, a. 1 ad 1; q. 78, a.1, ad 3; D Malo, q. 13, a. 4. ad 6;Quodl. II, q. 5, a. 2, ad 1, 2; In Iob, cap. XI, lect. I; In Psalm., XVIII).

O segundo discute-se assim. — Parece que à lei humana pertence coibir todos os vícios.

1. — Pois, diz Isidoro: As leis são feitas para, sendo temidas, coibirem a audácia. Ora, esta não será suficientemente coibida, sem que todos os vícios sejam por aquela coibidos. Logo, a lei humana deve coibi-los a todos.

2. Demais. — A intenção do legislador é tornar os cidadãos virtuosos. Ora, ninguém pode ser virtuoso se se não coibir de todos os vícios. Logo, à lei humana pertence coibir de todos eles.

3. Demais. — A lei humana deriva da lei natural, como já se disse (q. 95, a. 2). Ora, todos os vícios repugnam à lei natural. Logo, ela deve coibi-los a todos.

Mas, em contrário, diz Agostinho: Parece-me que esta lei, escrita para governar o povo, permite rectamente tais coisas e vindica a Providência Divina. Ora, a Providência Divina não vinga senão os vícios. Logo, se não os coíbe, a lei humana permite, rectamente, certos vícios.

Como já dissemos (q. 90, a. 1, a. 2), a lei é posta como uma certa regra e medida dos actos humanos. Ora, a medida deve ser homogénea com o medido, como diz Aristóteles: pois, coisas diversas têm medidas diversas. Por onde e necessariamente, também as leis hão-de ser impostas aos homens segundo a condição deles; pois, como Isidoro diz, a lei deve ser possível, quanto à natureza e quanto aos costumes pátrios. Ora, a faculdade de agir procede do hábito ou disposição interior; pois, o mesmo não é possível tanto ao que não tem o hábito da virtude como ao virtuoso, assim como a mesma coisa não é possível à criança e ao homem feito. E por isso não se estabelece a mesma lei para as crianças e para os adultos, e muitas coisas permitidas aquelas são, por lei, punidas ou ainda vituperadas nestes. Semelhantemente, muitas coisas se permitem ao homem de virtude imperfeita, que se não tolerariam em homens virtuosos. Ora, a lei humana é feita para a multidão dos homens, composta na sua maior parte de homens de virtude imperfeita. Por isso ela não proíbe todos os vícios, de que os virtuosos se abstêm, mas só os mais graves, dos quais é possível à maior parte da multidão abster-se. E principalmente os que causam dano a outrem, ou aqueles sem cuja proibição a sociedade humana não pode subsistir; assim, a lei humana proíbe o homicídio, o furto e actos semelhantes.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — À audácia é próprio atacar os outros. Donde, entra principalmente em o número dos pecados que causam injúria ao próximo e são proibidos pela lei humana, como já se disse.

RESPOSTA À SEGUNDA. — A lei humana visa dirigir os homens para a virtude, não súbita, mas gradualmente. Por isso não impõe imediatamente à multidão dos imperfeitos o que só é próprio dos virtuosos, de modo que se abstenham de todos os vícios. Do contrário, os imperfeitos, não podendo observar tais preceitos, cairiam em piores males, como diz a Escritura (Sl 30, 33): Aquele que com força espreme a teta para tirar leite faz sair desta o sangue; e noutro lugar (Mt 9, 17): Se deitarem vinho novo, i. é, preceitos da vida perfeita, em odres velhos, i. é, em homens imperfeitos, vai-se o vinho e perdem-se os odres, i. é, os preceitos são desprezados e os homens, do desprezo, caem em piores males.

RESPOSTA À TERCEIRA. — A lei natural é uma participação da lei eterna em nós; ao passo que a lei humana é deficiente em relação à eterna. Pois, diz Agostinho: A lei estabelecida para reger a cidade permite e deixa impunes, muitos actos, que são vingados pela Providência Divina. Mas nem por deixar de fazer tudo se lhe há-de reprovar o que faz. Donde, também a lei humana não pode proibir tudo o que a lei da natureza proíbe.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.