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01/05/2014

Para ti estudar é uma obrigação grave

Oras, mortificas-te, trabalhas em mil coisas de apostolado..., mas não estudas. – Então, não serves, se não mudas. O estudo, a formação profissional, seja qual for, entre nós é obrigação grave. (Caminho, 335)

Se tens de servir a Deus com a tua inteligência, para ti estudar é uma obrigação grave. (Caminho, 336)


Frequentas os Sacramentos, fazes oração, és casto... e não estudas... – Não me digas que és bom; és apenas bonzinho. (Caminho, 337)

As sete palavras de Cristo na Cruz 1

Prefácio

Observai-me, agora, pelo quarto ano, a preparar-me para a morte. Tendo-me retirado dos negócios do mundo a um lugar de repouso, entrego-me à meditação das Sagradas Escrituras, e a escrever os pensamentos que me ocorrem nas meditações, para que, se já não posso ser de utilidade pela palavra de boca, ou pela composição de volumosas obras, possa ao menos ser útil a meus irmãos por meio destes piedosos livrinhos. Enquanto refletia, então, em qual seria o tema preferível tanto para me preparar para a morte como para ajudar os outros a viver bem, ocorreu-me a Morte de Nosso Senhor, junto com o último sermão que o Redentor do mundo pregou da Cruz, como dum elevado púlpito, à raça humana. Este sermão consiste em sete curtas mas profundas sentenças, e nestas sete palavras está contido tudo o que Nosso Senhor manifestou quando disse: “Eis que vamos para Jerusalém, e será cumprido tudo o que está escrito pelos Profetas relativo ao Filho do homem”. 1 Tudo o que os Profetas predisseram acerca de Cristo pode ser reduzido a quatro títulos: seus sermões à gente; sua oração ao Pai; os grandes tormentos que suportou; e as sublimes e admiráveis obras que realizou. Tudo isto se verificou de modo admirável na Vida de Cristo, pois Nosso Senhor não podia ser mais diligente ao pregar ao povo. Pregava no templo, nas sinagogas, nos campos, nos desertos, nas casas, e, mais ainda, pregava até dum barco à gente que estava na margem. Era costume seu passar noites em oração a Deus, pois assim diz o Evangelista: “e estava passando toda a noite em oração a Deus” 2. Suas admiráveis obras, ao expulsar demônios, curar doentes, multiplicar pães, aplacar as tormentas, ler-se-ão em cada página dos Evangelhos 3. Ainda assim, foram muitas as injúrias que se acumularam sobre Ele, como resposta ao bem que fizera. Consistiam tais injúrias não só em palavras insolentes mas também em lapidá-lo 4 e despenhá-lo 5. Em uma palavra, todas estas coisas verdadeiramente se consumaram na Cruz. Sua pregação da Cruz foi tão poderosa, que “toda a multidão [...] retirava-se, batendo no peito” 6, e não só os corações humanos mas até as rochas se fizeram em pedaços. Ele orou na Cruz, como diz o Apóstolo, “com grandes brados e com lágrimas, preces e súplicas”, sendo, assim, “atendido pela sua reverência” 7. Sofreu tanto na Cruz, em comparação com o que sofrera no restante de sua vida, que o sofrimento parece pertencer somente à sua Paixão. Finalmente, nunca operou maiores sinais e prodígios do que quando, na Cruz, parecia reduzido à maior fragilidade e fraqueza. Então não só manifestou sinais do céu, que os judeus tinham pedido até ao fastio, senão que, um pouco depois, manifestou o maior de todos os sinais.

Pois que, depois de estar morto e enterrado, se levantou dentre os mortos por sua própria força, chamando seu Corpo à vida, e a uma vida imortal. Verdadeiramente então poderemos dizer que na Cruz se consumou tudo quanto estava escrito pelos Profetas com relação ao Filho do homem.

Mas, antes de começar a escrever acerca das palavras que Nosso Senhor pronunciou da Cruz, parece apropriado dizer algo da Cruz mesma, que foi o púlpito do Pregador, o altar do Sacerdote Vítima, o campo do Combatente, ou a oficina d’O que opera maravilhas. Os antigos estavam de acordo em dizer que a Cruz era feita de três pedaços de madeira: um vertical, ao longo do qual se punha o corpo do crucificado; um horizontal, a que se prendiam as mãos; e o terceiro, que se unia à parte baixa da cruz, e sobre o qual descansavam os pés do acusado, mas presos por meio de cravos para lhes impedir o movimento. Concordam com esta opinião os antigos Padres da Igreja, como São Justino 8 e Santo Irineu 9. Mais ainda, estes autores indicam claramente que ambos os pés descansavam na tábua, e não que um pé estava colocado em cima do outro. Segue-se, portanto, que Cristo foi pregado à Cruz com quatro cravos, e não com três, como muitos imaginam, os quais nas pinturas representam Cristo, Nosso Senhor, pregado à Cruz com um pé sobre o outro. Gregório de Túrones 10 diz claramente o contrário, e confirma sua opinião apelando para antigas gravuras. Eu, de minha parte, vi na Livraria Real, em Paris, alguns manuscritos muito antigos dos Evangelhos, os quais continham muitas gravuras de Cristo Crucificado e o representavam, todos, com quatro cravos.

Santo Agostinho 11 e São Gregório de Nissa 12 dizem que o madeiro vertical da Cruz se projetava um pouco do madeiro horizontal. Parece que o Apóstolo insinua o mesmo, já que na Carta aos Efésios escreve São Paulo: “[para que] possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade”  13. Isto é claramente uma descrição da figura da Cruz, que tinha quatro dimensões: largura na parte horizontal, comprimento na parte vertical, altura na parte que sobressaía e se projectava da parte horizontal, e profundidade na parte que estava fincada na terra. Nosso Senhor não padeceu os tormentos da Cruz por casualidade, ou contra a sua vontade, pois Ele escolhera este tipo de morte desde toda a eternidade, como ensina Santo Agostinho 14 pelo testemunho do Apóstolo: “[A Jesus Nazareno, depois de Ele,] por determinado conselho e presciência de Deus, vos ser entregue, crucificando-o por mãos de iníquos, vós o matastes” 15. E assim Cristo, já no princípio de sua pregação, disse a Nicodemo: “E como Moisés levantou no deserto a serpente, assim também importa que seja levantado o Filho do homem, a fim de que todo o que crê n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna” 16. Muitas vezes falou aos Apóstolos acerca de sua Cruz, estimulando-os a imitar a Ele: “Se algum quer vir após de mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me”. 17

Só Nosso Senhor sabe a razão que o levou a escolher este tipo de morte. Os santos Padres, todavia, pensaram em algumas razões místicas, e deixaram-nas para nós em seus escritos. Santo Irineu, no trabalho a que já nos referimos, diz que as palavras “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus” foram escritas naquela parte da Cruz onde ambos os braços se encontram para nos dar a entender que as duas nações, Judeus e Gentios, que até então se tinham rechaçado mutuamente, depois foram unidas em um só corpo sob uma só Cabeça: Cristo. São Gregório de Nissa, em seu sermão acerca da Ressurreição, diz que a parte da Cruz que olhava para o céu manifesta que o céu se há-de abrir pela Cruz como por uma chave; que a parte que estava fincada na terra manifesta que o inferno foi despojado por Cristo quando Nosso Senhor desceu até ele; e que os dois braços da Cruz que se estendiam para o leste e o oeste manifestam a regeneração do mundo inteiro pelo Sangue de Cristo. São Jerónimo, na Epístola aos Efésios, Santo Agostinho 18, na Epístola a Honorato, São Bernardo, no quinto livro da obra Acerca da Consideração, ensinam que o mistério principal da Cruz foi levemente tocado pelo Apóstolo nas palavras “qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade”  19. O significado primário destas palavras aponta para os atributos de Deus: a altura significa seu poder, a profundidade sua sabedoria, a largura sua bondade, o comprimento sua eternidade. Fazem referência também às virtudes de Cristo em sua Paixão: a largura sua caridade, o comprimento sua paciência, a altura sua obediência, a profundidade sua humildade. Significam, mais ainda, as virtudes necessárias àqueles que são salvos por meio de Cristo. A profundidade da Cruz significa a fé, a altura a esperança, a largura a caridade, o comprimento a perseverança. Disto deduzimos que só a caridade, a rainha das virtudes, encontra espaço em qualquer lugar, em Deus, em Cristo, e em nós. Das outras virtudes, algumas são próprias de Deus, outras de Cristo, e outras de nós. Em consequência, não é de maravilhar que em suas últimas palavras da Cruz, que agora vamos explicar, Cristo tenha dado o primeiro lugar a palavras de caridade.

Começaremos, portanto, por explicar as primeiras três palavras, ditas por Cristo à hora sexta, antes que o sol se escurecesse e as trevas cobrissem a terra. Consideraremos depois este eclipse do sol, e por fim chegaremos à explicação de todas as demais palavras de Nosso Senhor, que foram ditas por volta da hora nona 20, quando a escuridão estava desaparecendo e a Morte de Cristo estava próxima.

são roberto belarmino

(Tradução: Permanência, revisão ama).
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Notas:
1. Lc 18,31.
2. Lc 6,12.
3. Mt 8; Mc 4; Lc 6; Jn 6.
4. Jo 8.
5. Lc 4.
6. Lc 23,48.
7. Hb 5,7.
8. Em Dial. cum Thyphon, liv. v.
9.Advers. haeres. Valent.
10.Lib. de Gloria Martyr., c. vi.
11. Epist i.
12. Serm. i “De Ressur.”
13. Ef 3,18.
14. Epist. 120.
15. Atos 2,23.
16. Jo 3,14-15.
17. Mt 16,24.
18. Epist. 120.
19. Ef 3,18.

20. Mt 27.

Pequena agenda do cristão


Quinta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Participar na Santa Missa.

Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.

Lembrar-me: Comunhões espirituais.

Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?

Temas para meditar 92

Imortalidade da alma

L’imortalité de l’âme est une chose qui nous importe si fort, qui nous touche si profondément, qu’il faut avoir perdu tout sentiment pour être dans l’indifférence de savoir ce qui en est. Toutes nos actions et nos pensées doivent prendre desroutes si différentes selon qui’il y aura dês biens éternels à espérer ou non, qu’il est impossible de faire une démarche avec sens et jugement, qu’en la réglant para la vue de ce point, qui doit être nottre dernier object.


(Pascal, Les Pensées, nr 194)

Vidas de Santos

São José operário


Nota Histórica
         
O primeiro de Maio, considerado hoje na Europa o dia da «Festa do trabalho», foi, durante muitos anos, nos fins do século XIX e princípios do século XX, um dia de reivindicações e mesmo de lutas violentas pela promoção da classe operária.
A Igreja que se mostrou sempre sensível aos problemas do mundo do trabalho, quis dar uma dimensão cristã a este dia. Nesse sentido, Pio XII, em 1955, colocava a «Festa do trabalho» sob a protecção de S. José, na certeza de que ninguém melhor do que este trabalhador poderia ensinar aos outros trabalhadores a dignidade sublime do trabalho.
Operário durante toda a sua vida, S. José teve como companheiro de trabalho, na oficina de Nazaré, o próprio Filho de Deus, Jesus Cristo.
E foi, na verdade, Jesus que lhe ensinou que o trabalho nos associa ao Criador, dando-nos a possibilidade de aperfeiçoar a natureza, de acabar a criação divina. O trabalho é um serviço prestado aos irmãos. O trabalho é um meio de nos associarmos à obra redentora de Cristo. (Gaudium et Spes, 67)



(SNL)

Tratado dos vícios e pecados 76

Questão 86: Da mácula do pecado.

Em seguida devemos tratar da mácula do pecado. E, nesta questão, discutem-se dois artigos:
Art. 1 — Se o pecado causa mácula na alma.
Art. 2 — Se a mácula permanece na alma depois do acto do pecado.

Art. 1 — Se o pecado causa mácula na alma.

(Infra, q. 89, a. I; IV Sent., dist. XVIII, q. 1, a. 2, qª 1).

O primeiro discute-se assim. — Parece que o pecado não causa mácula nenhuma na alma.

1. — Pois, a natureza superior não pode ser contaminada pelo contacto da inferior; por isso, o raio solar não se contamina pelo contacto com os corpos fétidos, como diz Agostinho. Ora, a alma humana é de natureza muito superior às coisas mutáveis, que busca, pecando. Logo, pelo pecado, não contrai, delas, mácula.

2. Demais. — O pecado está principalmente na vontade, como já se disse (q. 74, a. 1, 2). Ora, a vontade está na razão, como diz Aristóteles; e a razão ou intelecto não se macula por pensar em qualquer objecto, mas ao contrário, aperfeiçoa-se. Logo, também a vontade não se macula pelo pecado.

3. Demais. — Se o pecado causa mácula, esta ou é algo de positivo ou é privação pura. Se for algo de positivo, não pode ser senão uma disposição ou hábito, pois nada mais pode ser causado pelo acto. Ora, não é disposição nem hábito; pois pode dar-se que, removida a disposição ou o hábito, ainda permaneça a mácula, como o patenteia o caso de quem pecou mortalmente por prodigalidade e depois, pecando mortalmente, adquiriu o hábito do vício oposto. Logo, a mácula não introduz nada de positivo na alma. E nem por outro lado, é privação pura; porque todo pecado resulta do afastamento e da privação da graça; donde se seguiria que todos os pecados haviam de constituir uma só mácula. Logo, a mácula não é efeito do pecado.

Mas, em contrário, diz a Escritura (Sr 47, 22): Puseste mácula na tua glória. E (Ef 5, 27): Para a apresentar a si mesmo a Igreja gloriosa, sem mácula nem ruga. E ambos os lugares se referem à mácula do pecado. Logo, esta é o efeito do pecado.

A mácula se atribui, propriamente, ao corpo límpido que perde o lustre pelo contacto com outro corpo, como se dá com a roupa, o ouro, a prata e corpos semelhantes. E é por semelhança que havemos de atribuir a mácula aos seres espirituais. Ora, a alma humana tem um duplo lustre: o proveniente da refulgência da luz natural da razão, pela qual se dirige nos seus actos; e o da refulgência da luz divina, i. é, da sabedoria e da graça, que também aperfeiçoa o homem para agir acertada e convenientemente. Ora, há um como tacto da alma quando ela adere a um objecto, pelo amor. Donde, quando peca, adere a um objecto, contra a luz da razão e da lei divina, como do sobredito resulta (q. 71, a. 6). Donde o chamar-se metaforicamente mácula da alma ao detrimento que lhe sofre o lustre, proveniente desse contacto.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — A alma não se contamina com as coisas inferiores, por virtude delas proprias, como se nela influíssem. Mas antes e inversamente, a alma é a que se contamina pela sua acção, aderindo a essas coisas, desordenadamente, contra a luz da razão e da lei divina.

RESPOSTA À SEGUNDA. — A acção do intelecto aperfeiçoa-se, por estarem nele, ao seu modo, objectos inteligíveis. Por isso, longe de se contaminar com eles, o intelecto aperfeiçoa-se por eles. O acto da vontade porém consiste no movimento para os objectos, de modo que o amor une a alma à coisa amada. E por isso, a alma se macula, quando adere desordenadamente, conforme a Escritura (Os 9, 10): e se tornaram abomináveis como as coisas que amaram.

RESPOSTA À TERCEIRA. — A mácula não é nada de positivamente existente na alma, nem exprime só uma privação; mas, significa a privação do lustre da alma relativamente à sua causa, que é o pecado. Por isso pecados diversos produzem máculas diversas. E o mesmo se dá com a sombra, que é privação pela interposição de algum corpo; e conforme a diversidade dos corpos interpostos, assim as sombras se diversificam.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.


Evangelho diário, comentário e leitura espiritual (Colaboração dos leigos)

Tempo de Páscoa

II Semana 
Vd santos do dia (nesta página)

Evangelho: Jo 3, 31-36

31 «Aquele que vem lá de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra, é da terra, e terrestre é a sua linguagem. Aquele que vem do céu, é superior a todos. 32 Ele testifica o que viu e ouviu, mas ninguém recebe o Seu testemunho. 33 Quem recebe o Seu testemunho certifica que Deus é verdadeiro. 34 Aquele a Quem Deus enviou fala palavras de Deus, porque Deus não Lhe dá o Espírito por medida. 35 O Pai ama o Filho e pôs todas as coisas na Sua mão. 36 Quem acredita no Filho tem a vida eterna; quem, porém, não acredita no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele».

Comentário:

Este discurso de Jesus Cristo é, realmente, uma exposição, claríssima sobre a Santíssima Trindade.

Será sempre um mistério, talvez o maior mistério, da nossa fé.
A razão não abarca a complexidade divina porque tão simples e única que não se entende com o raciocínio mas pela fé.
A imensidão de Deus é tal que só pode entender-se se considerarmos a sua Unidade.

Deus é Um: «Eu Sou Aquele que Sou» ou «Diz-lhes Aquele que É», como na sarça-ardente disse a Moisés.
Moisés compreendeu porque acreditou na força da expressão divina.

De facto só Deus é e, nós, não somos porque começamos a existir num determinado momento ao passo que Ele é o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim.

(ama, comentário sobre Jo 3, 31-36, 2013.04.11)


Leitura espiritual




Documentos do Magistério





ALGUMAS QUESTÕES SOBRE A COLABORAÇÃO DOS FIÉIS LEIGOS NO SAGRADO MINISTÉRIO DOS SACERDOTES
(1)

INSTRUÇÃO

PREMISSA

Do mistério da Igreja provém o chamamento, dirigido a todos os membros do Corpo Místico, a participar ativamente da missão e da edificação do Povo de Deus, numa comunhão orgânica, segundo os diversos ministérios e carismas. O eco desse apelo vem ressoando constantemente nos documentos do Magistério, particularmente a partir do Concílio Ecuménico Vaticano II. 1 Sobretudo nas três últimas Assembleias gerais ordinárias do Sínodo dos Bispos, reafirmou-se a identidade própria, na dignidade comum e na diversidade das funções, dos fiéis leigos, dos ministros sagrados e dos consagrados; e todos os fiéis foram incentivados a edificar a Igreja, colaborando em comunhão para a salvação do mundo.

É necessário ter presente a urgência e a importância da ação apostólica dos fiéis leigos no presente e no futuro da evangelização. A Igreja não pode prescindir desta obra, porque lhe é conatural enquanto Povo de Deus e porque dela necessita para realizar a própria missão evangelizadora.

O apelo à participação ativa de todos os fiéis na missão da Igreja não permaneceu desapercebido. O Sínodo dos Bispos de 1987 constatou «como o Espírito tem continuado a rejuvenescer a Igreja, suscitando novas energias de santidade e de participação em tantos fiéis leigos. Prova-o, entre outras coisas, o novo estilo de colaboração entre sacerdotes, religiosos e fiéis leigos; a participação ativa na liturgia, no anúncio da Palavra de Deus e na catequese; a multiplicidade de tarefas e serviços confiados aos fiéis leigos e por eles assumidos; o exuberante florescer de grupos, associações e movimentos de espiritualidade e de empenho laicais; a participação cada vez mais ampla e significativa das mulheres na vida da Igreja e no progresso da sociedade». 2 Igualmente, na preparação do Sínodo dos Bispos de 1994 sobre a vida consagrada, observou-se «como é generalizado o desejo sincero de instaurar autênticas relações de comunhão e de colaboração entre os Bispos, os Institutos de vida consagrada, o clero secular e os leigos». 3 Na sucessiva Exortação apostólica pós-sinodal, o Sumo Pontífice confirma a contribuição específica da vida consagrada para a missão e a edificação da Igreja. 4

Com efeito, constata-se a colaboração de todos os fiéis em ambos os âmbitos da missão da Igreja, tanto no espiritual, de levar aos homens a mensagem de Cristo e a sua graça, como no temporal, de permear e aperfeiçoar a ordem das realidades seculares com o espírito evangélico. 5 De maneira especial no primeiro sector — evangelização e santificação — «completam-se mutuamente o apostolado dos leigos e o ministério pastoral». 6 Nele, os fiéis leigos, de ambos os sexos, têm inúmeras ocasiões de se tornarem ativos, com o testemunho coerente da vida pessoal familiar e social, com o anúncio e a partilha do Evangelho de Cristo em todos os ambientes e com o compromisso de explicar, defender e aplicar retamente os princípios cristãos aos problemas actuais. 7 Os Pastores, em particular, são exortados a «reconhecer e promover os ministérios, os ofícios e as funções dos fiéis leigos, que têm o seu fundamento sacramental no Batismo e na Confirmação, bem como, para muitos deles, no Matrimónio». 8

Na realidade, a vida da Igreja nesse campo conheceu realmente um surpreendente florescer de iniciativas pastorais, sobretudo após o notável impulso dado pelo Concílio Vaticano II e pelo Magistério Pontifício.

Hoje, particularmente, a tarefa prioritária da nova evangelização, que compete a todo o povo de Deus, exige, juntamente com o “especial protagonismo” dos sacerdotes, também uma plena recuperação da consciência da índole secular da missão do leigo. 9

Essa empresa abre aos fiéis leigos os imensos horizontes — alguns dos quais ainda por serem explorados — do compromisso no século, no mundo da cultura, da arte e do espetáculo, da investigação científica, do trabalho, dos meios de comunicação, da política, da economia, etc., e pede-lhes criatividade na busca de modalidades cada vez mais eficazes para que estes ambientes encontrem em Jesus Cristo a plenitude do seu significado. 10

Nessa vasta área de harmoniosa operosidade — quer seja especificamente espiritual ou religiosa, quer seja na consecratio mundi — existe um campo especial, o que diz respeito ao sagrado ministério do clero, em cujo exercício podem ser chamados a colaborar os fiéis leigos, homens e mulheres, e, naturalmente, também os membros não-ordenados dos Institutos de vida consagrada e das Sociedades de vida apostólica. A este campo particular refere-se o Concílio Ecuménico Vaticano II, quando ensina: «Finalmente, a Hierarquia confia aos leigos certas funções que estão mais intimamente relacionadas com os deveres dos Pastores como, por exemplo, a exposição da doutrina cristã, alguns atos litúrgicos, a cura de almas». 11

Exatamente porque se trata de tarefas mais intimamente relacionadas com os deveres dos pastores — que, para o serem, devem ter recebido o sacramento da Ordem — exige-se de todos os que de alguma maneira estão nelas envolvidos uma particular diligência para que sejam bem salvaguardadas tanto a natureza e a missão do ministério sagrado, como a vocação e a índole secular dos fiéis leigos. Com efeito, colaborar não significa substituir.

Devemos constatar com viva satisfação que em muitas Igrejas particulares a colaboração dos fiéis não-ordenados no ministério pastoral do clero desenvolve-se de maneira muito positiva, com abundantes frutos de bem, no respeito dos limites estabelecidos pela natureza dos sacramentos bem como da diversidade dos carismas e das funções eclesiais, com soluções generosas e inteligentes para enfrentar situações de falta ou de escassez de ministros sagrados. 12 Deste modo tornou-se manifesto aquele aspecto da comunhão, pelo qual alguns membros da Igreja se esforçam solicitamente por remediar situações de emergência e de necessidades crônicas em algumas comunidades, na medida em que lhes é possível, não sendo assinalados com caráter do sacramento da Ordem. 13 Esses fiéis são chamados e deputados para assumir tarefas específicas, importantes e delicadas, sustentados pela graça do Senhor, acompanhados pelos ministros sagrados e bem acolhidos pelas comunidades a favor das quais prestam o próprio serviço. Os pastores sagrados estão profundamente gratos pela generosidade com que numerosos consagrados e fiéis leigos se oferecem para este serviço específico, realizado com fiel sensus Ecclesiae e edificante dedicação. Particular gratidão e encorajamento sejam tributados a todos aqueles que cumprem estas tarefas em situações de perseguição da comunidade cristã, ou nos âmbitos de missão, sejam estes territoriais ou culturais, onde a Igreja ainda está em fase de implantação e a presença do sacerdote é somente esporádica. 14

Não é este o lugar para aprofundar toda a riqueza teológica e pastoral do papel dos fiéis leigos na Igreja, a qual já foi amplamente ilustrada pela Exortação apostólica Christifideles laici.

A finalidade do presente documento, no entanto, é simplesmente a de fornecer uma resposta clara e autorizada aos prementes e numerosos pedidos enviados aos nossos Dicastérios por Bispos, presbíteros e leigos, os quais solicitaram esclarecimentos em face de novas formas de atividade «pastoral» de fiéis não-ordenados no âmbito das paróquias e das dioceses.

De fato, trata-se frequentemente de práticas que, embora nascidas em situações de emergência e de precariedade e no mais das vezes desenvolvidas no desejo de prestar um generoso auxílio na atividade pastoral, podem acarretar consequências gravemente negativas em detrimento da reta compreensão da verdadeira comunhão eclesial. Tais práticas, na realidade, estão mais presentes em algumas regiões e, às vezes, dentro das mesmas regiões, variam muito.

Elas, no entanto, reclamam a grave responsabilidade pastoral de todos os que são encarregados da promoção e da tutela da disciplina universal da Igreja, sobretudo dos Bispos, 15 segundo alguns princípios doutrinais já claramente enunciados pelo Concílio Ecuménico Vaticano II 16 e pelo sucessivo Magistério Pontifício. 17

Em nossos Dicastérios realizou-se um trabalho de reflexão, reuniu-se um Simpósio, no qual participaram representantes dos Episcopados mormente interessados pelo problema e, enfim, fez-se uma ampla consulta a numerosos Presidentes de Conferências dos Bispos e a outros Prelados, bem como a peritos de diversas disciplinas eclesiásticas e áreas geográficas. O resultado foi uma ampla convergência no sentido preciso da presente Instrução que, todavia, não pretende ser exaustiva, tanto porque se limita a considerar os casos atualmente mais conhecidos, como por causa da imensa variedade de circunstâncias particulares nas quais esses casos se verificam.

O texto, redigido sobre a base segura do magistério extraordinário e ordinário da Igreja, é confiado, para ser fielmente aplicado, aos Bispos interessados, mas também é dado a conhecer aos Prelados das circunscrições eclesiásticas onde atualmente não se verificam tais práticas abusivas, mas que, dada a atual rapidez da difusão dos fenômenos, em breve poderiam ser por elas atingidas.

Antes de responder aos casos concretos que nos foram apresentados, considera-se necessário expor brevemente alguns elementos teológicos essenciais sobre o significado da Ordem sagrada na constituição da Igreja, aptos a favorecer uma motivada compreensão da própria disciplina eclesiástica que, no respeito pela verdade e pela comunhão eclesial, pretende promover os direitos e os deveres de todos, em vista da «salvação das almas que deve sempre, na Igreja, a lei suprema». 18

PRINCÍPIOS TEOLÓGICOS

1. O sacerdócio comum e o sacerdócio ministerial

Cristo Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, quis que a Sua Igreja fosse partícipe do seu único e indivisível sacerdócio. Ela é o povo da Nova Aliança, no qual «pela regeneração e unção do Espírito Santo, os batizados são consagrados para formar um templo espiritual e um sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais, mediante todas as suas atividades, e dar a conhecer os prodígios dAquele que das trevas os chamou à Sua luz admirável (cfr. 1 Pd 2, 4-10)». 19 «Um é, pois, o Povo eleito de Deus: "um só Senhor, uma só fé, um só batismo" (Ef 4, 5). Comum a dignidade dos membros pela regeneração em Cristo. Comum a graça de filhos. Comum a vocação à perfeição». 20 Existindo entre todos «verdadeira igualdade quanto à dignidade e ação comum a todos os fiéis na edificação do Corpo de Cristo», alguns são constituídos, por vontade de Cristo, «mestres, dispensadores dos mistérios e pastores em benefício dos demais». 21 Tanto o sacerdócio comum dos fiéis como o sacerdócio ministerial ou hierárquico «ordenam-se um ao outro, embora se diferenciem na essência e não apenas em grau, pois ambos participam, cada qual a seu modo, do único sacerdócio de Cristo». 22 Entre eles dá-se uma eficaz unidade, porque o Espírito Santo unifica a Igreja na comunhão e no serviço e a provê de diversos dons hierárquicos e carismáticos. 23

A diferença essencial entre o sacerdócio comum e o sacerdócio ministerial não está, portanto, no sacerdócio de Cristo — que sempre permanece uno e indivisível — nem tampouco na santidade à qual todos os fiéis são chamados: «O sacerdócio ministerial, com efeito, não significa, de per si, um maior grau de santidade em relação ao sacerdócio comum dos fiéis; mas através dele é outorgado aos presbíteros, por Cristo no Espírito, um dom particular para que possam ajudar o Povo de Deus a exercer com fidelidade e plenitude o sacerdócio comum que lhe é conferido». 24 Na edificação da Igreja, Corpo de Cristo, vige a diversidade de membros e de funções, mas um só é o Espírito, que para a utilidade da Igreja distribui os seus vários dons com magnificência proporcional à sua riqueza e à necessidade dos serviços (1 Cor 12, 1-11). 25

A diferença está no modo de participação no sacerdócio de Cristo e é essencial no sentido de que «enquanto o sacerdócio comum dos fiéis se realiza no desenvolvimento da graça batismal — vida de fé, de esperança e de caridade, vida segundo o Espírito — o sacerdócio ministerial está a serviço do sacerdócio comum, refere-se ao desenvolvimento da graça batismal de todos os cristãos». 26 Por conseguinte, o sacerdócio ministerial «difere essencialmente do sacerdócio comum dos fiéis porque confere um poder sagrado para o serviço dos fiéis». 27 Para este fim, o sacerdote é exortado a «crescer na consciência da profunda comunhão que o liga ao Povo de Deus», para «suscitar e desenvolver a co-responsabilidade na comum e única missão de salvação, com a pronta e cordial valorização de todos os carismas e tarefas que o Espírito oferece aos crentes para a edificação da Igreja». 28

As características que diferenciam o sacerdócio ministerial dos Bispos e dos presbíteros do sacerdócio comum dos fiéis e que consequentemente delineiam os limites da colaboração destes no sagrado ministério, podem ser assim sintetizados:

a) o sacerdócio ministerial tem a sua raiz na sucessão apostólica e é dotado de um poder sagrado 29 que consiste na faculdade e na responsabilidade de agir na pessoa de Cristo Cabeça e Pastor; 30

b) esse sacerdócio torna os ministros sagrados servidores de Cristo e da Igreja, mediante a proclamação autorizada da palavra de Deus, a celebração dos sacramentos e o governo pastoral dos fiéis. 31

Colocar os fundamentos do ministério ordenado na sucessão apostólica, já que esse ministério continua a missão que os Apóstolos receberam de Cristo, é ponto essencial da doutrina eclesiológica católica. 32

Portanto o ministério ordenado é constituído sobre o fundamento dos Apóstolos para a edificação da Igreja: 33 «ele existe totalmente em função do serviço da mesma Igreja». 34 «Intrinsecamente ligado à natureza sacramental do ministério eclesial está o seu carácter de serviço. Com efeito, inteiramente dependentes de Cristo que confere missão e autoridade, os ministros são verdadeiramente "servos de Cristo" (Rm 1, 1), à imagem de Cristo que assumiu livremente por nós "a condição de servo" (Fil 2, 7). E porque a palavra e a graça de que são ministros não são deles, mas de Cristo que lhas confiou em favor dos outros, eles se farão livremente servos de todos». 35

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Notas:
1 Cfr. Concílio Ecuménico Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, n. 33; Decr. Apostolicam actuositatem, n. 24.
2 João Paulo II, Exortação apostólica pós-sinodal Christifideles laici (30 de Dezembro de 1988), n. 2: AAS 81 (1989), p. 396.
3 Sínodo dos Bispos, IX Assembleia Geral Ordinária sobre a Vida Consagrada, Instrumentum laboris, n. 73.
4 Cfr. João Paulo II, Exortação apostólica pós-sinodalVita consecrata (25 de Março de 1996), n. 47: AAS 88 (1996), p. 420.
5 Cfr. Concílio Ecuménico Vaticano II, Decr. Apostolicam actuositatem, n. 5.
6 Ibidem, n. 6.
7 Cfr. ibidem.
8 João Paulo II, Exortação apostólica pós-sinodalChristifideles laici, n. 23: l.c., p. 429.
9 Cfr. Concílio Ecuménico Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, n. 31; João Paulo II, Exortação apostólica pós-sinodal Christifideles laici, n. 15: l.c., pp. 413-416.
10 Cfr. Concílio Ecuménico Vaticano II, Const. past. Gaudium et spes, n. 43.
11 Ibidem, Decr. Apostolicam actuositatem, n. 24.
12 Cfr. João Paulo II, Discurso ao Simpósio sobre a «Colaboração dos leigos ao ministério pastoral de presbíteros», 22 de Abril de 1994, n. 2, in L'Osservatore Romano, edição portuguesa, 118 (30 de Abril de 1994), p. 21.
13 Cfr. C.I.C., cânn. 230, § 3; 517, § 2; 861, § 2; 910, § 2; 943; 1112; João Paulo II, Exortação Apostólica pós-sinodal Christifideles laici, n. 23 e nota 72: l.c., p. 430.
14 Cfr. João Paulo II, Carta encíclica Redemptoris missio (7 de Dezembro de 1990), n. 37: AAS 83 (1991), pp. 282-286.
15 Cfr. C.I.C., cân. 392.
16 Cfr. sobretudo: Concílio Ecuménico Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, Const. Sacrosanctum Concilium; Decr. Presbyterorum Ordinis e Decr. Apostolicam actuositatem.
17 Cfr. sobretudo as Exortações apostólicas Christifideles laici e Pastores dabo vobis.
18 C.I.C., cân. 1752.
19 Concílio Ecuménico Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, n. 10.
20 Ibidem, n. 32.
21 Ibidem.
22 Ibidem, n. 10.
23 Cfr. ibidem, n. 4.
24 João Paulo II, Exortação apostólica pós-sinodal Pastores dabo vobis (25 de Março de 1992), n. 17: AAS 84 (1992), p. 684.
25 Cfr. Concílio Ecuménico Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, n. 7.
26 Catecismo da Igreja Católica, n. 1547.
27 Ibidem, n. 1592.
28 João Paulo II, Exortação apostólica pós-sinodal Pastores dabo vobis, n. 74: l.c., p. 788.
29 Cfr. Concílio Ecuménico Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, nn. 10, 18, 27, 28; Decr. Presbyterorum Ordinis, nn. 2, 6; Catecismo da Igreja Católica, nn. 1538, 1576.
30 Cfr. João Paulo II, Exortação apostólica pós-sinodal Pastores dabo vobis, n. 15: l.c., p. 680; Catecismo da Igreja Católica, n. 875.
31 Cfr. João Paulo II, Exortação apostólica pós-sinodal Pastores dabo vobis, n. 16: l.c., pp. 681-684; Catecismo da Igreja Católica, n. 1592.
32 Cfr. João Paulo II, Exortação apostólica pós-sinodal Pastores dabo vobis, nn. 14-16: l.c., pp. 678-684; Congregação para a Doutrina da Fé, Carta Sacerdotium ministeriale (6 de agosto de 1983), III, 2-3: AAS 75 (1983), pp. 1004-1005.
33 Cfr. Ef 2, 20; Ap 21, 14.
34 João Paulo II, Exortação apostólica pós-sinodal Pastores dabo vobis, n. 16: l.c., p. 681.
35 Catecismo da Igreja Católica, n. 876.