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19/04/2014

Pequena agenda do cristão

Sábado

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me: Santíssima Virgem Mãe de Deus e
minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?

Temas para meditar 80

Deixar a oração


Deixar a oração quando chamados a qualquer acto de caridade para com o nosso próximo, não é realmente deixar a oração, mas deixá-la por Cristo, uma vez que é privar-nos a nós mesmos de contentamento espiritual com o objectivo de ganhar almas.



(S. FILIPE DE NÉRI, The Maxim’s of St Philip Neri, trad ama)

Tratado dos vícios e pecados 64

Art. 3 — Se o pecado original contaminou mais a vontade que as outras faculdades.

(II Sent., dist. XXX, q. 1, a. 3; De Verit., q. 25, a 6; De Malo, q. 4, a. 5).

O terceiro discute-se assim. — Parece que o pecado original não contaminou mais a von­tade que as outras faculdades.

1. — Pois, todo pecado pertence principalmente à potência por cujo acto foi causado. Ora, o pecado original foi causado pelo acto da potência geratriz. Logo, dentre as demais potências da alma, parece pertencer antes à potência geratriz.

2. Demais. — O pecado original transmite-se pelo sémen carnal. Ora, as outras potências da alma são mais próximas da carne, que a vontade; como se vê claramente em todas as potências sensitivas, que se servem de órgão corpóreo. Logo, nelas, mais que na vontade, está o pecado original.

3. Demais. — O intelecto tem prioridade sobre a vontade, pois esta não pode querer senão o bem conhecido. Se portanto o pecado original contaminou todas as potências da alma, parece que contaminou primeiro o intelecto, como sendo a mais importante.

Mas, em contrário, a justiça original diz respeito, primariamente, à vontade, pois, consiste na rectidão da vontade, como diz Anselmo. Logo, o pecado original, que se lhe opõe, respeita, antes de tudo, a vontade.

No contágio do pecado original devemos levar em conta dois aspectos. Primeiro, a sua inerência ao sujeito; e por aí diz respeito, primariamente, à essência da alma, como já se disse. Em seguida devemos considerar-lhe a inclinação para o acto; e, por aí respeita às potências da alma. Ora, ele há-de respeitar, primária e necessariamente a que tem a inclinação primeira para o pecado. E como esta é a vontade, segundo já se demonstrou, o pecado original há de lhe dizer respeito em primeiro lugar.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — O pecado original não é causado no homem pela potência geratriz da prole; mas pelo acto da potência geratriz do pai. Donde, não é necessário que a sua potência geratriz seja o sujeito primeiro do pecado original.

RESPOSTA À SEGUNDA. — O pecado original tem dupla derivação: uma, da carne para a alma; outra, da essência da alma para as potências. A primeira é conforme à ordem da geração; a segunda, à da perfeição. E portanto, embora as potências sensitivas sejam mais próximas à carne; como porém a vontade está mais chegada à essência da alma, como potência superior que é, será a primeira a receber a contaminação do pecado original.

RESPOSTA À TERCEIRA. — O intelecto precede, de certa maneira, a vontade, por propor-lhe o seu objecto. De outro modo porém a vontade precede o intelecto, na ordem da moção para o acto, moção essa que implica o pecado.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.

Reflectindo 15

Sobre a felicidade 2

Não haverá grandes hesitações considerar que o que a maioria – se não a totalidade – das pessoas procuram é a felicidade.

Este desejo absolutamente natural tem actualidade constante, isto é, desde a idade da razão em que a mente começa a equacionar situações, a avaliar acontecimentos a, no fim e ao cabo, examinar-se a si própria.

Esta procura tem diversas fases ao longo da vida e nunca se encontra uma situação em que se possa considerar como acabada, atingida, completamente satisfeita.

Esta disposição deriva directamente do desejo de infinito que anima qualquer ser humano.

(cont.)

ama, 2013