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15/04/2013

Evangelho do dia e comentário




Tempo de Páscoa


III Semana 










Evangelho: Jo 6, 22-29

22 No dia seguinte, a multidão, que tinha ficado do outro lado do mar, advertiu que não havia ali mais que uma barca e que Jesus não tinha entrado nela com os Seus discípulos, mas que os Seus discípulos tinham partido sós. 23 Entretanto, arribaram de Tiberíades outras barcas perto do lugar onde haviam comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças. 24 Tendo, pois, a multidão visto que lá não estava nem Jesus nem os Seus discípulos, entrou naquelas barcas e foi a Cafarnaum em busca de Jesus. 25 Tendo-O encontrado do outro lado do mar, disseram-lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?». 26 Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Vós buscais-Me não porque vistes os milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados. 27 Trabalhai não pela comida que perece, mas pela que dura até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Porque n'Ele imprimiu Deus Pai o Seu selo». 28 Eles, então, disseram-Lhe: «Que devemos fazer para praticar as obras de Deus?». 29 Jesus respondeu: «A obra de Deus é esta: Que acrediteis n'Aquele que Ele enviou».

Comentário:

Se nos ocorresse fazer a mesma pergunta a Jesus Nosso Senhor presente no Sacrário saberíamos de antemão a resposta:
“Estou aqui há dois mil anos e, tu, perguntas desde quando estou aqui?”
Não é importante perguntar o que interessa verdadeiramente é saber que, Ele, está li, sempre, à nossa espera.
Temos uns minutos, por poucos que sejam, para O visitar no Sacrário diariamente?
Há que pensar que a Sua presença se deve, única e exclusivamente, ao Seu Amor por nós e que, amor com amor se paga!

(ama comentário sobre Jo 6, 22-29, 2013.02.26)

Amar significa recomeçar todos os dias a servir


"Estes dias – dizias-me – foram mais felizes do que nunca!". E respondi-te sem hesitar: porque "viveste" um pouco mais entregue do que habitualmente. (Sulco, 7)

Recordem a parábola dos talentos. Aquele servo que só recebeu um podia – como os companheiros – empregá-lo bem, procurar que rendesse, usando as suas qualidades. E que decide? Tem medo de o perder. E está certo. Mas, e depois? Enterra-o! E acaba por não dar fruto.

Não esqueçamos este caso de temor doentio de aproveitar honradamente a capacidade de trabalho, a inteligência, a vontade, o homem todo. Enterro-o – parece afirmar esse desgraçado –, mas a minha liberdade fica a salvo! Não. A liberdade inclinou-se para uma coisa muito concreta, para a mais pobre e árida secura. Optou, porque não tinha outro remédio senão escolher; mas escolheu mal.

Nada mais falso do que opor a liberdade à entrega, porque a entrega surge como consequência da liberdade. Reparem que, quando uma mãe se sacrifica por amor aos filhos, escolheu; e, segundo a medida desse amor, assim se manifestará a sua liberdade. Se esse amor é grande, a liberdade será fecunda e o bem dos filhos nasce dessa bendita liberdade, que pressupõe entrega, e nasce dessa bendita entrega, que é precisamente liberdade.

Mas, perguntar-me-ão, quando conseguimos o que amamos com toda a alma, já não continuamos a procurá-lo. Desapareceu a liberdade? Garanto-vos que então é mais activa do que nunca, porque o amor não se contenta com um cumprimento rotineiro, nem se coaduna com o fastio e a apatia. Amar significa recomeçar todos os dias a servir, com obras de carinho.

Insisto, e gostaria de gravá-lo a fogo em cada um: a liberdade e a entrega não se contradizem; apoiam-se mutuamente. A liberdade só se pode entregar por amor; não concebo outra espécie de desprendimento. Não é um jogo de palavras mais ou menos acertado. Na entrega voluntária, em cada instante dessa dedicação, a liberdade renova o amor e renovar-se é ser continuamente jovem, generoso, capaz de grandes ideais e de grandes sacrifícios. (Amigos de Deus, 30–31)

Tratado dos actos humanos 91


Questão 20: Da bondade e da malícia dos actos humanos exteriores.



Art. 6 ― Se um mesmo acto pode ser bom e mau.

(II Sent., dist. XL, a . 4).

O sexto discute-se assim. ― Parece que um mesmo acto pode ser bom e mau.



SOBRE RESUMOS DA FÉ CRISTÃ


1. A Igreja na história 7


3. A Idade Média (até 1492, ano da chegada de Cristóvão Colombo à América) 4

No início do séc. XI, as repúblicas marítimas italianas tinham arrebatado o controlo do Mediterrâneo aos muçulmanos, pondo um limite às agressões islâmicas; no final do século, o crescimento do poder militar dos países cristãos teve como expressão o fenómeno das cruzadas à Terra Santa (1096-1291), expedições bélicas de carácter religioso cujo fim era a conquista ou defesa de Jerusalém.
Nos séculos XIII e XIV assiste-se ao apogeu da civilização medieval, com grandes realizações teológicas e filosóficas (a Alta Escolástica: Santo Alberto Magno, São Tomás de Aquino, São Boaventura, o Beato Duns Scoto), literárias e artísticas. No que se refere à vida religiosa é de grande importância a aparição, no início do séc. XIII, das ordens mendicantes (franciscanos, dominicanos, etc.).

O afrontamento entre o papado e o império, já iniciado com a “questão das investiduras”, continuou com diversos episódios nos séculos XII e XIII, terminando com o enfraquecimento das duas instituições; o império reduziu-se na prática a um estado alemão, e o papado sofreu uma notável crise; de 1305 até 1377 o local de residência do Papa transferiu-se de Roma para Avinhão, no sul de França, e pouco depois do regresso a Roma, em 1378 iniciou-se o Grande Cisma do Ocidente; uma situação muito difícil, em que se verificou, no início o aparecimento de dois papas e, depois, três (as obediências a Roma, a Avinhão e a Pisa), enquanto o mundo católico da época permanecia perplexo sem saber quem era o pontífice legítimo. A Igreja pôde superar também esta duríssima prova e a unidade foi restabelecida com o Concílio de Constança (1415-1418).

Em 1453 os turcos otomanos, muçulmanos, conquistaram Constantinopla, pondo, assim, termo à milenária história do Império Romano do Oriente (395-1453), e conquistaram os Balcãs, que permaneceram quatro séculos sob o seu domínio.

carlo pioppi

Bibliografia básica
J. Orlandis, História Breve do Cristianismo, Rei dos Livros, 1993.
M. Clemente, A Igreja no tempo, Grifo, 2000.
A. Torresani, Breve storia della Chiesa, Ares, Milano 1989.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)