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02/04/2013

Resumos sobre a Fé cristã 70


2. Creio na Santa Igreja Católica 2

2.2. A missão da Igreja

A Igreja tem que anunciar e instaurar o Reino de Deus, inaugurado por Cristo, entre todos os povos. Na terra é o gérmen e início deste Reino. Depois da sua Ressurreição, o Senhor enviou os Apóstolos a pregar o Evangelho, a baptizar e a ensinar a cumprir o que Ele tinha mandado (cf. Mt 28, 18ss). O Senhor entregou à sua Igreja a mesma missão que o Pai lhe tinha confiado (cf. Jo 20, 21). Desde o início da Igreja, esta missão foi realizada por todos os cristãos (cf. Act 8, 4; 11, 19), que muitas vezes chegaram ao sacrifício da própria vida para a cumprir. O mandato missionário do Senhor tem a sua fonte no amor eterno de Deus, que enviou o seu Filho e o seu Espírito porque «quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade» (1 Tm 2, 4).

Nesse envio missionário estão contidas as três funções da Igreja na terra: o munus profeticum (anunciar a boa notícia da salvação em Cristo), o munus sacerdotale (tornar efectivamente presente e transmitir a vida de Cristo que salva pelos sacramentos) e o munus regale (ajudar os cristãos a cumprir a missão e a crescer em santidade). Embora todos os fiéis partilhem a mesma missão, nem todos desempenham o mesmo papel. Alguns deles foram eleitos pelo Senhor para exercer determinadas funções, como os Apóstolos e os seus sucessores, que são conformados com Cristo, cabeça da Igreja, de uma forma específica, diferente dos outros, pelo sacramento da Ordem.

Porque a Igreja recebeu de Deus uma missão salvífica na terra para os homens, e foi disposta por Deus para a realizar, diz-se que a Igreja é o sacramento universal de Salvação, pois tem como fim a glória de Deus e a salvação dos homens (cf. Catecismo, 775). É sacramento universal de salvação porque é sinal e instrumento da reconciliação e da comunhão da humanidade com Deus, e da unidade de todo o género humano 7. Também se diz que a Igreja é um mistério porque na sua realidade visível se faz presente e actua uma realidade espiritual e divina que só se percebe mediante a fé.

A afirmação «fora da Igreja não há salvação» significa que toda a salvação vem de Cristo Cabeça por meio da Igreja, que é o seu Corpo. Portanto não poderiam ser salvos os que, conhecendo a Igreja como fundada por Cristo e necessária à salvação dos homens, nela não entrassem e nela não perseverassem. Ao mesmo tempo, graças a Cristo e à sua Igreja, podem conseguir a salvação eterna todos os que, sem culpa própria, ignoram o Evangelho de Cristo e a sua Igreja, mas procuram sinceramente Deus e, sob o influxo da graça, se esforçam por cumprir a sua vontade, conhecida através do que a consciência lhes dita. Tudo quanto de bom e de verdadeiro existe nas outras religiões vem de Deus, pode preparar para acolher o Evangelho e mover em direcção à unidade da humanidade na Igreja de Cristo (cf. Compêndio, 170 e seg.).

Miguel de Salis Amaral

Bibliografia:

Catecismo da Igreja Católica, 683-688; 731-741.
Compêndio do Catecismo de la Igreja Católica, 136-146.
João Paulo II, Enc. Dominum et Vivificantem, 18-V-1986, 3-26.
João Paulo II, Catequese sobre o Espírito Santo, 8-XII-1989.
São Josemaria, Homilia «O Grande Desconhecido», em Cristo que Passa, 127-138.

Leituras recomendadas:

Catecismo da Igreja Católica, 748-945.
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 147-193.
São Josemaria, Homilia «Lealdade à Igreja», em Amar a Igreja, Rei dos Livros, Lisboa 1986.

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Notas:
7 Cf. Concílio Vaticano II, Const. Lumen Gentium, 1.

Evangelho do dia e comentário




Tempo de Páscoa


















Evangelho: Jo 20, 11-18

11 Entretanto, Maria estava da parte de fora do sepulcro a chorar. Enquanto chorava, inclinou-se para o sepulcro 12 e viu dois anjos vestidos de branco, sentados no lugar onde fora posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13 Eles disseram-lhe: «Mulher, porque choras?». Respondeu-lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram». 14 Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, mas não sabia que era Jesus. 15 Jesus disse-lhe: «Mulher, porque choras? A quem procuras?». Ela, julgando que era o hortelão, disse-Lhe: «Senhor, se tu O levaste, diz-me onde O puseste; eu irei buscá-l'O». 16 Jesus disse-lhe: «Maria!». Ela, voltando-se, disse-Lhe em hebreu: «Rabboni!», 17 Jesus disse-lhe: «Não Me retenhas, porque ainda não subi para Meu Pai; mas vai a Meus irmãos e diz-lhes que subo para Meu Pai e vosso Pai, para Meu Deus e vosso Deus». 18 Foi Maria Madalena anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor!», e as coisas que Ele lhe disse.

Comentário:

Quem muito ama, recebe muito amor!

A Madalena amou o Senhor com todo o seu coração, toda a sua alma, por isso O procura insistentemente sem se preocupar com as consequências que possam advir da sua procura.

Jesus Cristo É O AMOR! Não pode deixar sem resposta, satisfação porque, Ele, paga sempre, responde sempre.

Por isso mesmo, o nosso amor por Jesus tem de ser inteiro, completo, total para que possamos receber o grande amor que nos tem, a cada um, pessoalmente.

(ama, comentário sobre Jo 20, 11-18, 2013.02.21)

Leitura espiritual para 02 Abr

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

Deus está junto de nós continuamente


É preciso convencermo-nos de que Deus está junto de nós continuamente. – Vivemos como se o Senhor estivesse lá longe, onde brilham as estrelas, e não consideramos que também está sempre ao nosso lado. E está como um pai amoroso – quer mais a cada um de nós do que todas as mães do mundo podem querer a seus filhos – ajudando-nos, inspirando-nos, abençoando... e perdoando. Quantas vezes fizemos desanuviar a fronte dos nossos pais, dizendo-lhes, depois de uma travessura: não torno a fazer mais! – Talvez naquele mesmo dia tenhamos tornado a cair... – E o nosso pai, com fingida dureza na voz, de cara séria, repreende-nos..., ao mesmo tempo que se enternece o seu coração, conhecedor da nossa fraqueza, pensando: pobre rapaz, que esforços faz para se portar bem! É necessário que nos embebamos, que nos saturemos de que é Pai e muito Pai nosso, o Senhor que está junto de nós e nos Céus. (Caminho, 267)

Descansai na filiação divina. Deus é um Pai cheio de ternura, de amor infinito. Chama-lhe Pai muitas vezes durante o dia e diz-lhe – a sós, na intimidade do teu coração – que o amas, que o adoras, que sentes o orgulho e a força de seres seu filho. Tudo isto pressupõe um autêntico programa de vida interior, que é preciso canalizar através das tuas relações de piedade com Deus – poucas, mas constantes, insisto – que te permitirão adquirir os sentimentos e as maneiras de um bom filho.

Devo prevenir-te, no entanto, contra o perigo da rotina – verdadeiro sepulcro da piedade – a qual se apresenta frequentemente disfarçada com ambições de realizar ou empreender gestas importantes, enquanto se descuida comodamente a devida ocupação quotidiana. Quando notares essas insinuações, põe-te diante do Senhor com sinceridade. Pensa se não te terás aborrecido de lutar sempre nas mesmas coisas, porque na realidade não estavas à procura de Deus. Vê se não terá decaído a tua perseverança fiel no trabalho, por falta de generosidade, de espírito de sacrifício. Nesse caso, as tuas normas de piedade, as pequenas mortificações, a actividade apostólica que não produz fruto imediato parecem-te tremendamente estéreis. Estamos vazios e talvez comecemos a sonhar com novos planos, para calar a voz do nosso Pai do Céu, que exige de nós uma lealdade total. E, com um pesadelo de grandezas na alma, lançamos no esquecimento a realidade mais certa, o caminho que sem dúvida nos conduz direitos à santidade. Aí temos um sinal evidente de que perdemos o ponto de vista sobrenatural, a convicção de que somos meninos pequenos, a persuasão de que o nosso Pai fará em nós maravilhas, se recomeçarmos com humildade. (Amigos de Deus, n. 150)

Tratado dos actos humanos 78

Questão 19: Da bondade do acto interior da vontade.




Art. 3 ― Se a bondade da vontade depende da razão.



O terceiro discute-se assim. ― Parece que a bondade da vontade não depende da razão.