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29/01/2013

Leitura espiritual para 29 de Jan


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

Evangelho diário e comentário


   

T. Comum – III Semana









Evangelho: Mc 3, 31-35

31 Nisto chegaram Sua mãe e Seus irmãos, os quais, ficando fora, O mandaram chamar. 32 Estava muita gente sentada à volta d'Ele. Disseram-Lhe: «Eis que Tua mãe e Teus irmãos estão lá fora e procuram-Te». 33 Ele respondeu-lhes: «Quem é Minha mãe e quem são Meus irmãos?». 34 E, olhando para os que estavam sentados à volta d'Ele, disse: «Eis Minha mãe e Meus irmãos. 35 Porque quem fizer a vontade de Deus, esse é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe».
Comentário:

O bom instrumento adapta-se perfeitamente à mão de quem o usa.

Ser da família de Jesus é um privilégio disponível para todos os homens só que, para muitos, ainda de difícil e arriscado acesso.

Quantos pagam, ainda hoje, com a vida esse 'laço familiar'!

A família de Cristo tem de unir-se num só sentir, numa só Igreja, sob um único Pastor. E, todos unidos, pedir ao 'Chefe da Família' que nos proteja a todos dos perigos que os ódios e extremismos cada dia provocam.

(ama, comentário sobre Mc 3, 31-35, 2012.01.24)

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 40


Meter-se nas Chagas de Cristo

40. Ouvimos, não poucas vezes, uma comparação a que S. Josemaria recorria. Comentava que os cristãos que anseiam caminhar perto do Mestre devem ser, «nas mãos chagadas de Cristo, a semente que o Semeador divino lança no sulco. E como o semeador mete a mão no saco, a tira repleta de grãos dourados e os lança à volta, assim temos de nos dar vós e eu, sem esperar nada na terra, nem inventarmos penas que não existem. Mas é preciso, como afirma o Evangelho, que o grão se enterre e morra em aparência, para ser fecundo (cfr. Jo 12, 24). Só assim, seremos uma boa semente na sementeira que o Senhor quiser fazer para abrir caminhos divinos na terra» 73.

À luz destas considerações, examinemos se nos esforçamos seriamente por ser almas piedosas e penitentes, firmemente persuadidos de que «a ação nada vale sem a oração; a oração valoriza-se com o sacrifício» 74. Roguemos ao Senhor que nos conceda ânsias diárias de maior entrega, desejos eficazes de nos gastarmos com todo o gosto pelo bem das almas. E isto só se alcança se procurarmos atualizar todos os dias, na Santa Missa, o desejo de ser hóstia viva em união com Cristo.

Ninguém nega a grandeza e a importância do que se nos propõe: ser hóstia com Cristo. Fomentemos estes santos desejos nos nossos momentos de trato pessoal mais íntimo com Ele. Invoquemos Jesus, através da sua Santíssima Mãe, Mestra de fé, para que nos conceda a graça de renovar quotidianamente o zelo apostólico, e plasmemos estes propósitos em obras concretas, de acordo também com os conselhos que nos sugiram na direcção espiritual.

Então, sim: Jesus Cristo tomar-nos-á na sua mão chagada e depois de empapar-nos, como insistia S. Josemaria, no seu Sangue precioso, sem abandonarmos o sítio onde nos pôs a cada um e a cada uma, lançar-nos-á longe, muito longe: tornará fecunda a nossa entrega em locais próximos e remotos, servir-se-á do nosso trabalho e do nosso descanso, das nossas alegrias e das nossas dores, das nossas palavras e dos nossos silêncios para lançar a sua semente divina em miríades de corações. Seremos verdadeiramente «pão para o altar e pão para a mesa: divinos e humanos» 75. E Jesus realizará novos milagres portentosos, como antes os operou nas almas e nos corpos dos que O procuravam, quando a multidão tentava tocá-Lo, porque saía d’Ele uma força que os curava a todos (Lc 6, 19).

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:
73 S. Josemaria, Notas de uma meditação, 28-V-1964.
74 S. Josemaria, Caminho, n. 81.
75 S. Josemaria, Carta 31-V-1954, n. 29.

Cristo diz-me a mim e diz-te a ti que precisa de nós


Devoção de Natal. – Não sorrio quando te vejo fazer as montanhas de musgo do Presépio e dispor as ingénuas figuras de barro em volta da gruta. – Nunca me pareceste mais homem do que agora, que pareces uma criança. (Caminho, 557)

Quando chega o Natal, gosto de contemplar as imagens do Menino Jesus. Essas figuras que nos mostram o Senhor tão apoucado, recordam-me que Deus nos chama, que o Omnipotente Se quis apresentar desvalido, quis necessitar dos homens. Do berço de Belém, Cristo diz-me a mim e diz-te a ti que precisa de nós; reclama de nós uma vida cristã sem hesitações, uma vida de entrega, de trabalho, de alegria.

Não conseguiremos jamais o verdadeiro bom humor se não imitarmos deveras Jesus, se não formos humildes como Ele. Insistirei de novo: vedes onde se oculta a grandeza de Deus? Num presépio, nuns paninhos, numa gruta. A eficácia redentora das nossas vidas só se pode dar com humildade, deixando de pensar em nós mesmos e sentindo a responsabilidade de ajudar os outros.

É corrente, às vezes até entre almas boas, criar conflitos íntimos, que chegam a produzir sérias preocupações, mas que carecem de qualquer base objectiva. A sua origem está na falta de conhecimento próprio, que conduz à soberba: o desejo de se tornarem o centro da atenção e da estima de todos, a preocupação de não ficarem mal, de não se resignarem a fazer o bem e desaparecerem, a ânsia da segurança pessoal... E assim, muitas almas que poderiam gozar de uma paz extraordinária, que poderiam saborear um imenso júbilo, por orgulho e presunção tornam-se desgraçadas e infecundas!

Cristo foi humilde de coração. Ao longo da sua vida, não quis para Si nenhuma coisa especial, nenhum privilégio. (Cristo que passa, 18)

Humildade de Jesus: em Belém, em Nazaré, no Calvário...


Humildade de Jesus: em Belém, em Nazaré, no Calvário... Porém, mais humilhação e mais aniquilamento na Hóstia Santíssima; mais que no estábulo, e que em Nazaré, e que na Cruz. Por isso, que obrigação tenho de amar a Missa! (A "nossa" Missa, Jesus...) (Caminho, 533)

Meus filhos, pasmai agradecidos ante este mistério e aprendei: todo o poder, toda a formosura, toda a majestade, toda a harmonia infinita de Deus, com as suas grandes e incomensuráveis riquezas – todo um Deus – ficou escondido na Humanidade de Cristo para nos servir. O Omnipotente apresenta-se decidido a ocultar por algum tempo a sua glória, para facilitar o encontro redentor com as suas criaturas.

Escreve o evangelista S. João: ninguém jamais viu Deus; o Filho Unigénito que está no seio do Pai é que o deu a conhecer, comparecendo ante o olhar atónito dos homens: primeiro, como um recém-nascido, em Belém; depois, como um menino igual aos outros; mais tarde, no Templo, como um adolescente, inteligente e vivo; e, por fim, com aquela figura amável e atraente do Mestre que movia os corações das multidões que o acompanhavam entusiasmadas. (Amigos de Deus, 111).

Tratado dos actos humanos 17

Questão 9: Do motivo da vontade.

Em seguida devemos tratar do motivo da vontade.

E sobre esta Questão seis artigos se discutem:

Art. 1 ― Se a vontade é movida pelo intelecto.
Art. 2 ― Se a vontade pode ser movida pelo apetite sensitivo.
Art. 3 ― Se a vontade se move a si mesma.
Art. 4 ― Se a vontade é movida por algum objecto exterior.
Art. 5 ― Se a vontade humana é movida pelo corpo celeste.
Art. 6 ― Se a vontade é movida só por Deus, como princípio exterior.
Art. 1 ― Se a vontade é movida pelo intelecto.

(I q. 82, a . 4, III Cont Gent., cap. XXVI, De Verit., q. 22, a . 12, De Malo, q. 6).

O primeiro discute-se assim. ― Parece que a vontade não é movida pelo intelecto.