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10/01/2013

Evangelho do dia e comentário




TEMPO DE NATAL








Evangelho: Lc 4, 14-22

14 Voltou Jesus, sob o impulso do Espírito, para a Galileia, e a Sua fama divulgou-se por toda a região circunvizinha. 15 Ensinava nas suas sinagogas e era aclamado por todos. 16 Foi a Nazaré, onde Se tinha criado, entrou na sinagoga, segundo o Seu costume, em dia de sábado, e levantou-Se para fazer a leitura. 17 Foi-Lhe dado o livro do profeta Isaías. Quando desenrolou o livro, encontrou o lugar onde estava escrito: 18 “O Espírito do Senhor repousou sobre Mim; pelo que Me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres; Me enviou para anunciar a redenção aos cativos, e a recuperação da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, 19 a pregar um ano de graça da parte do Senhor”. 20 Tendo enrolado o livro, deu-o ao encarregado, e sentou-Se. Os olhos de todos os que se encontravam na sinagoga estavam fixos n'Ele. 21 Começou a dizer-lhes: «Hoje cumpriu-se este passo da Escritura que acabais de ouvir». 22 E todos davam testemunho em Seu favor, e admiravam-se das palavras de graça que saíam da Sua boca, e diziam: «Não é este o filho de José?».

Comentário:

Pela primeira vez, na Sua terra, no meio dos Seus conhecidos e parentes, Jesus Cristo declara a Sua divindade dizendo claramente que, Ele, é o Messias.

Talvez por alguma deferência por aqueles que O conheciam desde muito pequeno, a Sua Mãe e demais pessoas de família, não quis perder esta oportunidade, que não se repetirá, de fazer tal revelação mesmo sabendo que não iriam acolhê-la e, muito menos acreditar nele.

É um ensinamento precioso que Cristo nos dá no que ao apostolado se refere. Os que nos estão mais próximos devem ser o nosso primeiro objectivo

(ama, comentário sobre Lc 4, 14-22, 12-17, 2012.12.16)

Leitura espiritual para 10 Jan 2013


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 21


21. Idêntico raciocínio, pelo mesmo motivo, deve fazer-se sobre os pontos essenciais da doutrina cristã que sofrem, nos nossos dias, um ataque intolerante por parte de grupos de pessoas cegamente obstinadas em eliminar o sentido religioso da sociedade civil. Infelizmente, existem muitos exemplos; desde ataques grosseiros a Jesus Cristo, a quem tentam ridicularizar, até acusações caluniosas contra a Igreja, os seus ministros, as suas instituições.

A tarefa do cristão, que deseja ser coerente com a sua vocação consiste em mostrar Cristo aos outros, saber-se alto-falante, primeiro com o exemplo, mas também com a palavra oportuna, dos ensinamentos da Igreja, especialmente nos temas mais debatidas na opinião pública. Vem-me à memória o que tão claramente expôs D. Álvaro: «Como é necessário varrer primeiro a própria casa (...), cada um deve examinar como se preocupa com esta obrigação particularmente cristã» [36]. Palavras que soam como um eco da pregação do Apóstolo aos primeiros fiéis: esta é a vontade de Deus: a vossa santificação (…) que cada um de vós saiba possuir o seu corpo santa e honestamente, sem se deixar levar pelas paixões desregradas, como os pagãos que não conhecem Deus; e que ninguém, nesta matéria, oprima nem defraude o seu irmão (…). Pois Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade.(1 Ts 4, 3-7).

A recomendação de S. Paulo adquire singular relevo nas circunstâncias presentes. É impossível, de facto, lutar eficazmente contra essa onda viscosa e suja que procura envolver tudo, se no nosso interior se admite alguma cumplicidade, mesmo que pareça pequena, com essas «coisas perversas, que sobem e sobem, fervendo dentro de ti, até quererem sufocar, com a sua podridão bem cheirosa, os grandes ideais, os mandamentos sublimes que o próprio Cristo pôs no teu coração» [37].

Com o mesmo relevo ressalta o texto de S. Gregório Nazianzeno, que o beato João Paulo II citava na sua exortação apostólica sobre a missão dos Bispos. Assim se expressava esse Padre e Doutor da Igreja: «Temos de começar por nos purificar, antes de purificarmos os outros; temos de ser instruídos, para podermos instruir; temos de nos tornar luz para iluminar, de nos aproximar de Deus para podermos aproximar d’Ele os outros, ser santos para santificar» [38].

Porque não nos consideramos melhores que os outros – e não nos enganamos nesta apreciação –, convém-nos voltar uma e outra vez a tratar de adequar o mais perfeitamente possível a nossa situação pessoal com a doutrina de Jesus Cristo. Temos de nos persuadir de que, primeiro, havemos de lutar no nosso interior, decididos de verdade a conformar com a vontade de Deus os nossos pensamentos, projetos, palavras e ações, mesmo nas coisas mais pequenas: «a luta tem uma frente dentro de nós mesmos, a frente das nossas paixões. Vigia quem luta interiormente, para se afastar decididamente da ocasião de pecado, do que pode debilitar a fé, desvanecer a esperança ou prejudicar o Amor» [39].

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

____________________
Notas:

[36] Venerável Álvaro del Portillo, Carta, 1-I-1994.
[37] S. Josemaria, Caminho, n. 493.
[38] S. Gregório Nazianzeno, Oração II, 71 (PG 35, 479); cit. em Beato João Paulo II, Exort. Apost. Pastores gregis, 16-X-2003, n. 12.
[39] S. Josemaria, Carta 28-III-1973, n. 10.

Tratado da bem-aventurança 35




Questão 5: Da consecução da bem-aventurança.

Art. 5 — Se o homem pelas suas faculdades naturais pode alcançar a bem-aventurança.



(I. q. 12, a . 4,q. 62, a . 1, infra, q. 62, a . 1, III Sent., dist., XXVII. Q. 2, a . 2, IV, dist. LXIX. q. 2, a . 6, III Cont.Gent., cap. LII, CXLVII).

Parece que o homem pelas suas faculdades naturais pode alcançar a bem-aventurança.



Somos cristãos correntes, temos uma vida vulgar


Deus não te arranca do teu ambiente, não te tira do mundo, nem do teu estado, nem das tuas ambições humanas nobres, nem do teu trabalho profissional... mas, aí, quer-te santo! (Forja, 362)

Por muito que tenhamos pensado nestas verdades, devemos encher-nos sempre de admiração ao pensar nos trinta anos de obscuridade que constituem a maior parte da passagem de Jesus entre os seus irmãos, os homens. Anos de sombra, mas, para nós, claros como a luz do Sol. Mais: resplendor que ilumina os nossos dias e lhes dá uma autêntica projecção, pois somos cristãos correntes, com uma vida vulgar, igual à de tantos milhões de pessoas nos mais diversos lugares do Mundo.

Assim viveu Jesus seis lustros: era filius fabris, o filho do carpinteiro. Virão depois os três anos de vida pública, com o clamor das multidões. E as pessoas surpreendem-se: Quem é este? Onde aprendeu tantas coisas? Pois a sua vida tinha sido a vida comum do povo da sua terra. Era o faber, filius Mariae, o carpinteiro, filho de Maria. E era Deus; e estava a realizar a redenção do género humano; e estava a atrair a si todas as coisas.

Como em relação a qualquer outro aspecto da sua vida, nunca deveríamos contemplar esses anos ocultos de Jesus sem nos sentirmos afectados, sem os reconhecermos como aquilo que são: chamamentos que o Senhor nos dirige para sairmos do nosso egoísmo, do nosso comodismo.

(Cristo que passa, nn. 14-15)

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 21


21. Idêntico raciocínio, pelo mesmo motivo, deve fazer-se sobre os pontos essenciais da doutrina cristã que sofrem, nos nossos dias, um ataque intolerante por parte de grupos de pessoas cegamente obstinadas em eliminar o sentido religioso da sociedade civil. Infelizmente, existem muitos exemplos; desde ataques grosseiros a Jesus Cristo, a quem tentam ridicularizar, até acusações caluniosas contra a Igreja, os seus ministros, as suas instituições.
A tarefa do cristão, que deseja ser coerente com a sua vocação consiste em mostrar Cristo aos outros, saber-se alto-falante, primeiro com o exemplo, mas também com a palavra oportuna, dos ensinamentos da Igreja, especialmente nos temas mais debatidas na opinião pública. Vem-me à memória o que tão claramente expôs D. Álvaro: «Como é necessário varrer primeiro a própria casa (...), cada um deve examinar como se preocupa com esta obrigação particularmente cristã» [36]. Palavras que soam como um eco da pregação do Apóstolo aos primeiros fiéis: esta é a vontade de Deus: a vossa santificação (…) que cada um de vós saiba possuir o seu corpo santa e honestamente, sem se deixar levar pelas paixões desregradas, como os pagãos que não conhecem Deus; e que ninguém, nesta matéria, oprima nem defraude o seu irmão (…). Pois Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade.(1 Ts 4, 3-7).

A recomendação de S. Paulo adquire singular relevo nas circunstâncias presentes. É impossível, de facto, lutar eficazmente contra essa onda viscosa e suja que procura envolver tudo, se no nosso interior se admite alguma cumplicidade, mesmo que pareça pequena, com essas «coisas perversas, que sobem e sobem, fervendo dentro de ti, até quererem sufocar, com a sua podridão bem cheirosa, os grandes ideais, os mandamentos sublimes que o próprio Cristo pôs no teu coração» [37].

Com o mesmo relevo ressalta o texto de S. Gregório Nazianzeno, que o beato João Paulo II citava na sua exortação apostólica sobre a missão dos Bispos. Assim se expressava esse Padre e Doutor da Igreja: «Temos de começar por nos purificar, antes de purificarmos os outros; temos de ser instruídos, para podermos instruir; temos de nos tornar luz para iluminar, de nos aproximar de Deus para podermos aproximar d’Ele os outros, ser santos para santificar» [38].

Porque não nos consideramos melhores que os outros – e não nos enganamos nesta apreciação –, convém-nos voltar uma e outra vez a tratar de adequar o mais perfeitamente possível a nossa situação pessoal com a doutrina de Jesus Cristo. Temos de nos persuadir de que, primeiro, havemos de lutar no nosso interior, decididos de verdade a conformar com a vontade de Deus os nossos pensamentos, projectos, palavras e acções, mesmo nas coisas mais pequenas: «a luta tem uma frente dentro de nós mesmos, a frente das nossas paixões. Vigia quem luta interiormente, para se afastar decididamente da ocasião de pecado, do que pode debilitar a fé, desvanecer a esperança ou prejudicar o Amor» [39].

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:

[36] Venerável Álvaro del Portillo, Carta, 1-I-1994.
[37] S. Josemaria, Caminho, n. 493.
[38] S. Gregório Nazianzeno, Oração II, 71 (PG 35, 479); cit. em Beato João Paulo II, Exort. Apost. Pastores gregis, 16-X-2003, n. 12.
[39] S. Josemaria, Carta 28-III-1973, n. 10.