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28/11/2012

Leitura espiritual para 28 Nov 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.

Evangelho do dia e comentário



   



T. Comum – XXXIV Semana





Evangelho: Lc 21, 12-19

12 Mas antes de tudo isto, lançar-vos-ão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões e vos levarão à presença dos reis e dos governadores por causa do Meu nome. 13 Isto vos será ocasião de dardes testemunho. 14 Gravai, pois, nos vossos corações o não premeditar como vos haveis de defender, 15 porque Eu vos darei uma linguagem e uma sabedoria à qual não poderão resistir, nem contradizer, todos os vossos inimigos. 16 Sereis entregues por vossos pais, irmãos, parentes e amigos, e farão morrer muitos de vós; 17 e sereis odiados de todos por causa do Meu nome; 18 mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. 19 Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas.

Comentário:

Na verdade… impressiona que Cristo pudesse esperar ter seguidores com tais prenúncios.

Mas, a verdade, é que, desde o início, os tem e, o anunciado, foi – e continua sendo – real e, até, muito mais duro e agressivo.

A ‘têmpera’ em que se forjam os cristãos pode ser duríssima e difícil de suportar mas, os que aceitam esse transe têm lugar assegurado na glória celeste.

Por isso, por este ‘prémio’ vale a pena suportar com ânimo e confiança tudo quanto ocorrer.

Ânimo, porque O Senhor dará a força para suportar o quer que seja;

Confiança, porque nunca deixará de estar presente, sobretudo nos momentos mais difíceis, para levar, por nós, a parte mais pesada da Cruz que nos couber levar.

(ama, comentário sobre Lc 21, 12-19, 2012.10.31)

Que tal andas de presença de Deus?


Falta-te vida interior, porque não levas à oração as preocupações dos teus e o proselitismo; porque não te esforças por ver claro, por fazer propósitos concretos e por cumpri-los; porque não tens visão sobrenatural no estudo, no trabalho, nas tuas conversas, na tua relação com os outros... – Que tal andas de presença de Deus, consequência e manifestação da tua oração? (Sulco, 447)

Tenho muita pena sempre que sei que um católico – um filho de Deus que, pelo Baptismo, é chamado a ser outro Cristo – tranquiliza a consciência com uma simples piedade formalista, com uma religiosidade que o leva a rezar de vez em quando (só se acha que lhe convém!); a assistir à Santa Missa nos dias de preceito – e nem sequer em todos –, ao passo que se preocupa pontualmente por acalmar o estômago, com refeições a horas fixas; a ceder na fé, a trocá-la por um prato de lentilhas, desde que não renuncie à sua posição... E depois, com descaramento ou com espalhafato, utiliza a etiqueta de cristão para subir. Não! Não nos conformemos com as etiquetas: quero que sejam cristãos de corpo inteiro, íntegros; e, para o conseguirem, têm que procurar decididamente o alimento espiritual adequado.

Vocês sabem por experiência pessoal – e têm-me ouvido repetir com frequência, para evitar desânimos – que a vida interior consiste em começar e recomeçar todos os dias; e notam no vosso coração, como eu noto no meu, que precisamos de lutar continuamente. Terão observado no vosso exame – a mim acontece-me o mesmo: desculpem que faça referências a mim próprio, mas enquanto falo convosco vou pensando com Nosso Senhor nas necessidades da minha alma – que sofrem repetidamente pequenos reveses, que às vezes parecem descomunais, porque revelam uma evidente falta de amor, de entrega, de espírito de sacrifício, de delicadeza. Fomentem as ânsias de reparação, com uma contrição sincera, mas não percam a paz.

(...) Agora insisto em que se deixem ajudar e guiar por um director de almas, a quem confiem todos os entusiasmos santos, os problemas diários que afectarem a vida interior, as derrotas que sofrerem e as vitórias. (Amigos de Deus, nn. 13–15)

CULTIVAR A FÉ 8


Uma pedagogia da fé na família - a propósito de alguns ensinamentos de S. Josemaria…/4

A família nos planos de Deus.

Aqui fala o pastor, não o pedagogo, e fala com a segurança de uma vida interior santa e de uma vastíssima experiência de almas. E, no entanto, a sua intuição concorda com as investigações da psicologia infantil que marcou a pedagogia do século XX. Baldwin atribuía à imitação dos pais a formação do próprio eu. Bovet formulou a noção de “respeito” como atitude de submissão e de afecto que se dá principalmente em relação aos pais e que permite à criança a assimilação das orientações morais. Depois foi Piaget que demonstrou a dependência afectiva dos pais na aprendizagem dos valores [i].

A criança capta o que se lhe oferece através do inimitável laço afectivo com os pais. É experiência comum. Como é também conhecida a escassa eficácia das instituições alternativas à família, mesmo que estejam motivadas pelas melhores intenções. Há que erguer um louvor a tantos institutos de beneficência que, com caridade cristã, educaram, também na fé, a crianças sem pais; nesses ambientes Deus suscitou inclusive grandes santos. Mas, em geral, são precisamente eles os que demonstram como são imprescindíveis uns pais cristãos. Mais ainda, a multisecular história da educação cristã é testemunho bem fiável de que dificilmente germina a semente da vida sobrenatural se não encontra a colaboração dos pais. Pelo contrário, a sinergia família-escola (ou família e educadores cristãos em geral) é de uma eficácia globalizante. Aqui está outra intuição pastoral de S. Josemaria que hoje é prática difundida em todo o mundo e que representa uma novidade no campo educativo: a promoção de centros educativos que se coloquem em continuidade com a acção formativa dos pais e nos quais continuam a exercer o papel de principais educadores.

Aprofundando e aplicando o princípio do primado educativo dos pais, S. Josemaria dava-lhes uma indicação aparentemente metodológica: tornarem-se amigos dos seus filhos, quer dizer, estabelecer com eles uma relação de confidência, de confiança, de verdadeira participação. O pedagogo Víctor García Hoz, que conhecia S. Josemaria Escrivá desde os anos trinta, pôs em evidência a importância deste conselho, recordando que, ao fim e ao cabo, qualquer educação verdadeira se baseia na relação de amizade entre educador e educando
[ii]. Disse “aparentemente metodológica”, porque a amizade e o amor cristão são caridade e esta não se reduz a técnicas, mas constitui a própria substanciada vida nova em Cristo.

michele dolz, publicado em Romana, n. 32 (2001), 2011.09.12

Nota: Revisão gráfica por ama.



[i] Uma excelente reflexão filosófica sobre o amor como alma da educação, amplamente inspirada nos ensinamentos de S. Josemaria Escrivá, desenvolve-a C. Cardona em Ética del quehacer educativo, Rialp, Madrid 1990
[ii] Cfr. V. García Hoz, La pedagogia in Mons. Escrivá de Balaguer, em “Studi Cattolici” 182-183 (1976), pp. 260-266. Cfr. também T. Alvira, ¿Como ayudar a nuestros hijos?, Palabra, Madrid 1983.

Tratado sobre a conservação e o governo das coisas 67


Questão 117: Do que respeita à acção do homem


Art. 3 — Se o homem, por virtude da alma, pode imutar a matéria corpórea.



(Ad Galat., cap. III. Lect. I).

O terceiro discute-se assim. — Parece que o homem, por virtude da alma, pode imutar a substância corpórea.


Demónio 19

Demónio, Exorcismo e Oração de Libertação: Questão 19

Qualquer fiel pode rezar uma oração de libertação?

Sim, pode. O Senhor Jesus quer que todos os seus discípulos rezem o Pai Nosso e que portanto que peçam ao Pai que está nos céus a libertação «do poder do Maligno» (1 Jo 5,19). Na última petição do Pai Nosso «o Mal não é uma abstracção, mas designa uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a Deus» [i].

(Estas breves questões foram preparadas pelo P. Duarte Sousa Lara (www.santidade.net), exorcista e doutor em teologia. NUNC COEPI agradece ao P. Nuno Serras Pereira)



[i] Catecismo da Igreja Católica, n. 2851.