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07/06/2012

Perguntas & Respostas


Gostaria de saber mais sobre a forma extraordinária e excepcional de recebimento da eucaristia, que é a celebração do Ofício da Palavra (está certo?).

Já participei de alguns, cujo ministro foi um diácono, mas estive presente em um recentemente que foi confiado a um ministro leigo da eucaristia, que inclusive era uma mulher.

Isso é lícito?


Se está a referir-se a:

1 – À Celebração Eucarística da Santa Missa?

Só pode ser celebrada por um Sacerdote em pleno exercício de funções.

2 – À celebração da Palavra?

Pode ser orientada por outrem que não Sacerdote (leitura de textos Bíblicos).

3 – À Comunhão Eucarística?

Pode ser ministrada por um leigo – homem ou mulher – devidamente autorizados como “Ministro Extraordinário da Comunhão”.

Normalmente, tal pode ocorrer no momento próprio da Celebração da Santa Missa, e, também em casos excepcionais, devidamente autorizados pela autoridade eclesiástica.

P. miguel cabral, Sacerdote, Médico, Doutor em Teologia Moral

Leitura espiritual para 7 de Jun 2012

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.




Para ver, clicar SFF.

Os Mistérios


João Paulo I, no seu famoso «Ilustríssimos Senhores», conta a história daquela menina que respondeu muito depressa à pergunta do sacerdote sobre a Santíssima Trindade: – «A Santíssima Trindade é o Pai, o Filho e o Espírito Santo». – «Desculpe, não entendi…» – «Nem é preciso», replicou ela. «É um mistério».

É, de facto, um mistério, e um mistério mais precioso do que, para uma criancinha, o de ter pai, mãe e irmãos. Ou, para um cientista, os mistérios físico-químicos do universo; ou, para um filósofo, o mistério do ser… Tudo é mistério, afinal, no sentido de que nos é impossível conhecer até à exaustão cada coisa. Só o Criador Se compreende absolutamente e compreende absolutamente cada criatura. Mas conhecer, sim, podemos; e aprofundar cada vez mais o nosso conhecimento das coisas, do homem e de Deus. Podemos e devemos, ainda que se trate de mistérios tão superiores à nossa capacidade intelectual, que só por revelação divina e por fé sobrenatural os saibamos.

«Fides quaerens intelectum…» Recordo alguém que objectava o seguinte a uma exposição que ouvia sobre a nossa fé: – «Não será perigoso racionalizar a fé?» Como quem diz: a fé não é uma intuição ou um sentimento tão profundo e complexo, que não admite enquadramento racional? Acontece, porém, que, como somos seres racionais, temos de racionalizar tudo – foi a correcta resposta. Não temos mesmo outro modo de conhecer senão através da razão.

Sim, temos de «racionalizar» tudo, o que não significa reduzir a realidade aos limites da nossa inteligência, mas ordenar a inteligência de tal modo que seja capaz de receber, sem contradição, toda a realidade que se nos impõe. E nenhuma mais certa do que a divinamente revelada.

Há, porém, nessa objecção uma sugestão interessante: se a fé se deve «racionalizar», «fazer-se teologia», há-de procurar compreender antes de mais o amor. O perigo não está no jogo de conceitos necessário ao raciocínio; toda a ciência, mesmo a que se refere em directo a Deus, exige abstracção, terminologia própria e lógica rigorosa. O perigo está em esquecer que Deus é Amor, e que toda a lógica da Criação e da Redenção é uma lógica de amor. A frieza da especulação de S. Tomás de Aquino não o impedia de cantar o maravilhoso romance do amor de Deus, sobretudo nos seus inspirados hinos à Eucaristia.

Para dizer mais sucintamente: se não formos românticos, nunca seremos teólogos. Se a fé procura forçosamente o «intelecto», o intelecto deve procurar antes de mais o amor, para poder raciocinar rigorosamente, pois doutro modo nunca perceberia, sequer superficialmente, a razão de ser do mundo e da nossa Salvação. Seríamos como aquele que recebe um ramo de rosas e as analisa até ao ponto de saber tudo das suas pétalas, dos caules, dos espinhos, mas se esqueceu da questão principal - quem mas enviou? Talvez seja um cientista, mas será um cientista louco.

Mons. hugo de azevedo

Evangelho do dia e comentário









T. Comum – IX Semana




Evangelho: Mc 14, 12-16. 22-26

12 No primeiro dia dos Ázimos, quando imolavam a Páscoa, os discípulos perguntaram-Lhe: «Onde queres que vamos preparar-Te a refeição da Páscoa?». 13 Então, Ele enviou dois dos Seus discípulos e disse-lhes: «Ide à cidade e encontrareis um homem levando uma bilha de água; ide atrás dele, 14 e, onde entrar, dizei ao dono da casa: “O Mestre manda dizer: Onde está a Minha sala onde hei-de comer a Páscoa com os Meus discípulos?” 15 E ele vos mostrará uma sala superior, grande, mobilada e já pronta. Preparai-nos lá o que é preciso».16 Os discípulos partiram e chegaram à cidade; encontraram tudo como Ele lhes tinha dito, e prepararam a Páscoa.
22 Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, depois de pronunciada a bênção, partiu-o, deu-lho e disse: «Tomai, isto é o Meu corpo». 23 Em seguida, tendo tomado o cálice, dando graças, deu-lho, e todos beberam dele. 24 E disse-lhes: «Isto é o Meu sangue, o sangue da Aliança, que é derramado por todos. 25 Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da videira, até àquele dia em que o beberei novo no reino de Deus».

Comentário:

Jesus Cristo quer que tudo se cumpra como está determinado nos planos da Redenção, por isso mesmo, usa a precaução que se impõe para que não se saiba onde vai celebrar a Páscoa com os Doze.
Convém até que um deles não saiba de antemão, onde será.
Todos os factos, episódios e acontecimentos que antecedem a Paixão são importantes mas, neles, avulta a Última Ceia porque justamente será durante a mesma que Cristo, depois da saída de Judas, instituirá o Sacerdócio ao dar aos Seus Apóstolos a faculdade de repetirem para todo o sempre o milagre da Consagração Eucarística.
De facto, é onde o Senhor decide com uma generosidade e humildade que nos maravilham, ficar para sempre connosco para ser o nosso alimento, o Viático para a Vida Eterna.

(ama, comentário sobre Mc 14, 12-16. 22-26, 2012.05.03)

TERESA SALGUEIRO: O AMOR, A FÉ E "O MISTÉRIO"

Imagem intercalada 1«A consciência do mistério, do sobrenatural, é o ponto de partida para ter a coragem de viver».

É desta forma que Teresa Salgueiro, outrora voz dos Madredeus durante um quarto de século, explica o sentido e o conteúdo do novo rumo que tomou, como solista e autora, com o álbum O mistério; precisamente, o mistério. Um disco de rara beleza que alterna procura, herança clássica e expressão popular para cantar o homem, os valores, a esperança e, sobretudo, a fé, sem retórica mas mantendo os olhos abertos. Ao ponto de misturar a exaltação dos ideais com a denúncia da guerra e da cultura da morte.

O que a lançou na aventura de ser solista?

Na verdade, o modo de sentir a música não mudou. Mesmo agora estou dentro de um grupo (Carisa Marcelino acordeão, Óscar Torres contrabaixo, André Filipe Santos guitarra e Rui Lobato percussão) porque é no confrontar-se que se cresce. Continuo a procurar um sentido para mim mesma trabalhando com os outros e assim aumentar a possibilidade de exprimir-me.

Mas desta vez exprime-se com textos escritos por si.

Sim, é um desafio e uma oportunidade. Todos os textos nasceram sobre melodias vocais das canções já escritas: a dificuldade estava em conseguir entender-me a mim mesma ao ponto de transformar em palavras com sentido os pensamentos e os valores que tenho dentro de mim. E consegui-lo é uma grande alegria.

Para o conseguir gravou o cd num convento?

Também: na hospedaria do convento da Arrábida, do século XVI, estivemos isolados do rumor do mundo. E poder pensar, dedicarmo-nos uns aos outros e todos juntos à música, foi decisivo.

O «mistério» é dominado pela espiritualidade. Considera que é, hoje, uma exigência viva?

Seguramente que o é para mim. Só compreendendo que existe sempre o mistério na nossa vida, e que não podemos saber e compreender tudo, é que podemos mudar as coisas. Porque é esta consciência que nos ajuda a ser homens: frágeis, sim, mas também fortes. Verdadeiramente capazes, cada um a seu modo, e para mim é a arte, de aprender a viver.

Não escreveu versos abstratos, mas partiu sempre das dores do mundo contemporâneo…

Absolutamente. Porque só olhando o mundo com realismo é que nasce uma verdadeira esperança de o modificar. E para mim a esperança é o centro. Nunca fugir.

Por isso canta até mesmo a morte, e sem receios ou anseios, sublinhando «Só o amor ficará»?

Sim, porque é uma condição do nosso viver, e, aceitando-a, damos mais valor à própria vida. A música A partida nasce refletindo sobre o quanto se incide no ter mais do que no ser: creio que devemos recuperar o essencial. No final, apenas o amor dado e recebido será a medida das nossas vidas.

Não tem pudor em declarar a fé, em revelar, nos versos de uma canção, que ela é a sua «arma»?

Pelo contrário. É importante falar dela. É precisamente a fé que nos faz entender até as dores, dando-nos força para acreditar num futuro que não seja apenas o medo de novos erros, novas guerras.

Guerras a que dedica «A batalha», denunciando a cultura da morte…

Era necessário. Encontramos o saudável valor do livre arbítrio: digamos não à morte, ao homicídio.

Em que medida ser mãe influencia o caminho que decidiu percorrer fora dos Madredeus, indo à realidade com os seus valores?

Muito, e transformou-me logo desde o início. Mas ainda agora, que a minha filha tem 13 anos, continua a ensinar-me modos de olhar o mundo diferentes do meu, tornando-me sempre mais atenta e consciente da responsabilidade daquilo que faço.

Andrea Pedrinelli In Avvenire, 30.5.2012 Tradução: João Paulo Costa, Pablo Lima, Tiago Freitas

In Pátio dos Gentios© SNPC | 04.06.12
NB: Indo ao original SNPC/04-06-12- pode escutar 5 minutos do CD

Humoresque

Dvorak - Humoresque 

Yo Yo Ma - Itzhak Perlman


Tratado dos anjos 64


Questão 63: Da malícia dos anjos quanto à culpa.

Tu... soberba? – De quê?

Textos de S. Josemaria


Tu... soberba? – De quê? (Caminho, 600)

Quando o orgulho se apodera da alma, não é estranho que atrás dele, como pela arreata, venham todos os vícios: a avareza, as intemperanças, a inveja, a injustiça. O soberbo procura inutilmente arrancar Deus – que é misericordioso com todas as criaturas – do seu trono para se colocar lá ele, que actua com entranhas de crueldade.
Temos de pedir ao Senhor que não nos deixe cair nesta tentação. A soberba é o pior dos pecados e o mais ridículo. Se consegue atormentar alguém com as suas múltiplas alucinações, a pessoa atacada veste-se de aparências, enche-se de vazio, envaidece-se como o sapo da fábula, que inchava o papo, cheio de presunção, até que rebentou. A soberba é desagradável, mesmo humanamente, porque o que se considera superior a todos e a tudo está continuamente a contemplar-se a si mesmo e a desprezar os outros, que lhe pagam na mesma moeda, rindo-se da sua fatuidade. (Amigos de Deus, 100)


© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Fazer o bem


Dois homens, ambos muito doentes, ocupavam o mesmo quarto de um hospital.
A um deles permitia-se-lhe sentar-se na sua cama cada tarde, durante uma hora, para o ajudar a drenar o líquido dos pulmões. A sua cama dava para a única janela do quarto.
O outro homem tinha que estar todo o tempo de boca para cima.
Os dois conversavam durante horas. Falavam das suas mulheres e das suas famílias, os seus lares, os seus trabalhos, a sua estada no serviço militar, onde tinham estado de férias.
E cada tarde, quando o homem da cama junto à janela podia sentar-se, passava o tempo descrevendo ao seu vizinho todas as coisas que podia ver pela janela.
O homem da outra cama começou a desejar que chegassem essas horas, em que o seu mundo se enchia e cobrava vida com todas as actividades, cores do mundo exterior.
A janela dava para um parque com um lago precioso.
Patos e cisnes brincavam na água, enquanto as crianças o o faziam com os seus papagaios de papel.
Os jovens enamorados passeavam de mão dada, entre flores de todas as cores do arco iris.
Grandes árvores adornavam a paisagem, e podia-se ver à distância, uma bela vista da linha da cidade.
O homem da janela descrevia tudo isto com um detalhe extraordinário, o do outro lado do quarto fechava os olhos e imaginava a idílica cena.
Una tarde de calor, o homem da janela descreveu um desfile que estava passando.
Ainda que o outro homem não pudesse ouvir a banda, podia ver o desfile, com os olhos da sua mente, exactamente como o descrevia o homem da janela com suas palavras mágicas.
Passaram dias e semanas. Uma manhã, a enfermeira de dia entrou com a agua para lhes dar banho, encontrando-se com o corpo sem vida do homem da janela, que tinha morrido placidamente enquanto dormia. Encheu-se de pesar e camou os ajudantes do hospital, para levarem o corpo.
Logo que o considerou apropriado, o outro homem pediu para ser trasladado para a cama ao lado da janela. A enfermeira, encantada, mudou-o e, depois de se assegurar de que estava cómodo, saiu do quarto.
Lentamente, e com dificuldade, o homem ergueu-se sobre o cotovelo, para lançar a seu primeiro olhar ao mundo exterior; por fim teria a alegria de ele próprio o ver. Esforçou-se para se volta devagar e olhar pela janela ao lado da cama... e encontrou-se com uma parede branca.
O homem perguntou à enfermeira que poderia ter levado o seu companheiro morto a descrever coisas tão maravilhosas através da janela.
A enfermeira disse-lhe que o homem era cego e que não teria podido ver nem a parede, e disse-lhe:

_ Talvez só o quisesse animar a si.

Epilogo: É uma felicidade enorme tornar felices os outros, seja qual for a própria situação. A dor partilhada é metade da pena, mas a felicidade, quando se partilha, é dupla.
Se quiser sentir-se rico, conte apenas todas as coisas que tem e que o dinheiro não pode comprar.
Hoje é uma dádiva por isso se chama presente.

Net 2006.04.04, trad AMA