Páginas

03/03/2012

Leitura espiritual para 03 de Março de 2012



Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.

Sobre o casamento 3

S. Josemaria responde a dez perguntas sobre o matrimónio, o amor, o namoro, a fidelidade, a educação dos filhos, os principais valores para conseguir a unidade familiar, o que acontece quando não se têm filhos…


Há hoje em dia pessoas que afirmam que o amor justifica tudo, e concluem que o namoro é como que um casamento à experiência. Não seguir o que consideram imperativos do amor, pensam que é inautêntico, retrógrado. Que pensa desta atitude?

O noivado deve ser uma ocasião de aprofundar o afecto e o conhecimento mútuo. E, como toda a escola de amor, deve ser inspirado não pela ânsia de posse, mas por espírito de entrega, de compreensão, de respeito, de delicadeza. Por isso, há pouco mais de um ano quis oferecer à Universidade de Navarra uma imagem de Santa Maria, Mãe do Amor Formoso, para que os rapazes e raparigas que frequentam aquelas Faculdades aprendessem d'Ela a nobreza do amor - do amor humano também.

Matrimónio à experiência? Que pouco sabe de amor quem fala assim! O amor é uma realidade mais segura, mais real, mais humana. Algo que não se pode tratar como um produto comercial, que se experimenta e depois se aceita ou se deita fora, segundo o capricho, a comodidade ou o interesse.

Essa falta de critério é tão lamentável, que nem sequer parece necessário condenar quem pensa ou procede assim porque eles mesmo se condenam à infecundidade, à tristeza, a um isolamento desolador, que sofrerão mal passem alguns anos. Não posso deixar de rezar muito por eles, amá-los com toda a minha alma e tratar de lhes fazer compreender que continuam a ter aberto o caminho de regresso a Jesus Cristo, e que, se se empenharem a sério, poderão ser santos, cristãos íntegros, porque não lhes faltará nem o perdão nem a graça do Senhor. Só então compreenderão bem o que é o amor: o Amor divino e também o amor humano nobre; e saberão o que é a paz, a alegria, a fecundidade.

(s. josemaria, Temas actuais do cristianismo, 105)

Quatro dogmas (demonstráveis?) nos quais até os ateus acreditam. 1

Quase toda a gente aceita estes quatro princípios, ainda que num mundo pós-moderno haja auto nomeados racionalistas que negam a casualidade, a não contradição, a fiabilidade da percepção e inclusive a noção de auto consciência.

Muitos dos grandes descobrimentos científicos a história não poderiam ter-se dado sem que os cientistas, independentemente da sua opção religiosa (ou não religiosa), acreditassem nuns primeiros princípios que, cientificamente, são indemonstráveis.

Para que tal chegue a dar-se é necessário que crentes e não crentes aceitem quatro dogmas básicos, quatro “crenças” indemonstráveis mas nas quais crêem até os cépticos mais cépticos.

(j. cadarso / p. j. ginés, trad ama)

Quaresma: Práticas penitenciais

Reflectindo
Entre as práticas penitenciais sugeridas pela Igreja, sobretudo em tempo de Quaresma, está o jejum. Ele comporta uma sobriedade especial na recepção do alimento exceptuando a necessidade do organismo. Trata-se de uma forma tradicional de penitência que não perdeu o seu significado; pelo contrário, talvez se deva redescobrir, especialmente nos locais do mundo e naqueles ambientes nos quais não só abunda o alimento, como por vezes se adquirem doenças devido à sobrealimentação.
Obviamente, o jejum penitencial é algo muito diferente das dietas terapêuticas, Mas, a seu modo, pode considerar-se uma terapia da alma. Com efeito, praticado como sinal de conversão, facilita o compromisso interior de pôr-se à escuta de Deus.

Btº. joão Paulo II,  Mensagem para a Quaresma de 1994

My fair laidy

Errol Garner - 1964

Tratado sobre a Obra dos Seis Dias 35

Questão 48: Da distinção das coisas em especial

Art. 2 – Se a desigualdade das coisas provém de Deus.

(Infra, q. 65. a. 2; II Cont. Gent., cap. XLIV, XLV; III, cap. XCVII; De Pot., q. 3, a. 16; De Anima, a. 7; Compend. Theol., cap. LXXIII, c. II; De Div. Nom., cap. IV. lect. XVI).

O segundo discute-se assim. – Parece não provir de Deus a desigualdade das coisas.

1. – Quem é óptimo produz coisas óptimas. Ora, entre coisas óptimas, uma não o é mais que outra. Logo Deus, que é óptimo, deve fazer todas as coisas iguais.

2. Demais. – A igualdade é efeito da unidade, como diz Aristóteles [1]. Ora, Deus é um. Logo, fez todas as coisas iguais.

3. Demais. – A justiça consiste em dar a indivíduos desiguais coisas desiguais. Ora, Deus é justo em todas as suas obras. Como, porém, a sua operação, pela qual comunica o ser às coisas, não pressupõe nelas nenhuma desigual­dade, resulta que as fez todas iguais.

Mas, em contrário, a Escritura (Eccle 33, 7-8): Porque é que um dia é preferido a outro dia, uma luz a outra luz, e um ano a outro ano, provindo todos do mesmo sol? Foi a ciência do Senhor que os diferenciou.

Para ver a solução, clicar:

Evangelho do dia e comentário


Quaresma -  I Semana

Evangelho: Mt 5, 43-48

43 «Ouvistes que foi dito: “Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo”. 44 Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem. 45 Deste modo sereis filhos do vosso Pai que está nos céus, o qual faz nascer o sol sobre maus e bons, e manda a chuva sobre justos e injustos. 46 Porque, se amais somente os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem os publicanos também o mesmo? 4 7 E se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de especial? Não fazem também assim os próprios gentios?  48 Sede, pois, perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito.

Comentário:

Uma e outra vez a Igreja conduz-nos para o grande tema da Quaresma: o perdão e o amor aos outros.

O próximo e o samaritano, o próximo e o levita, o próximo e o sacerdote, o próximo e… nós!

Qual daqueles três personagens encarnamos?
Qual é o nosso exemplo?

Acaba a primeira semana da Quaresma e já estamos bem cientes do que nos é pedido, o que temos de fazer. Talvez um ‘revolução’ interna na nossa maneira de pensar, de ver os outros de nos relacionarmos com os demais?

Com a certeza que o que realmente importa é que cheguemos ao  fim desta Quaresma com uma postura diferente mais de acordo com os desejos de Cristo, comecemos agora, já – NUN COEPI – sem perder mais tempo ou esperar por uma ocasião mais propícia que nunca surgirá.

(ama, comentário sobre Mt 5, 43-48, 2012.02.03)