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05/02/2012

Leitura Espiritual para 05 Fev 2012

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.



Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo

Hungarian Rhapsody No. 2

Liszt - Hungarian Rhapsody No. 2 - Adam Gyorgy 


Selecção JMA

Confidências de alguém


Nota de AMA: 


Estas “confidências” têm, obviamente, um autor, que não se revela; foram feitas em tempo indeterminado, por isso não se lhes atribui a data. O estilo discursivo revela, obviamente, que se tratam de meditações escritas ao correr da pena. A sua publicação deve-se a ter considerado que, nelas se encontram muitas situações e ocorrências que fazem parte do quotidiano que, qualquer um, pode viver.

Paciência


Sou impaciente para com os outros porque sou impaciente comigo mesmo.

Quero tudo ao mesmo tempo e quero coisas demais.
O sonho em que constantemente me enleio, de fazer isto e aquilo, de ter, de possuir, de fazer uma quantidade de coisas e... a maior parte das vezes não chego a fazer nada.
Tenho de ser comedido comigo mesmo, no que faço, no que penso, no que desejo. Pouco me deve bastar, não tenho necessidade de grandes coisas.
Os meus desejos têm de ser controlados, para que não corra o risco de sofrer eu com a insatisfação e tornar-me ridículo aos olhos dos outros, a quem dou conhecimento das quimeras em que me perco.
Por outro lado, o que tenho de fazer, com urgência, é estabelecer uma lista de prioridades e preocupações. Aqueles que são base e vitais para a minha vida e a vida dos meus.
Com parcimónia e dignidade, sem dúvida, mas sobretudo com lógica e com determinação.
Depois estabelecer também o que há que fazer a par das actividades humanas propriamente ditas.
O meu trabalho apostólico, as tarefas que me cabem e que me vão sendo dadas.
Tenho de as levar a cabo, ou, pelo menos, fazer tentativas sérias para isso.
O meu plano de vida tem de ser ajustado de forma a por mais rigor na sua execução e no seu cumprimento diário.
É necessário dar o exemplo e, sobretudo, é necessário trabalhar. As horas do dia não chegam.
Comecei querendo meditar na paciência e cheguei aqui.
Parece-me que a conclusão é simples:
Tenho de ser ordenado para ser paciente e sensível à impaciência dos outros.

Evangelho do dia e comentário













T. Comum – V Semana



Evangelho: Mc 1, 29-39

29 Logo que saíram da sinagoga, foram a casa de Simão e de André, com Tiago e João.30 A sogra de Simão estava de cama com febre. Falaram-Lhe logo dela. 31 Jesus, aproximando-Se e tomando-a pela mão, levantou-a. Imediatamente a deixou a febre, e ela pôs-se a servi-los. 32 Ao anoitecer, depois do sol-posto, traziam-Lhe todos os enfermos e possessos, 33 e toda a cidade se tinha juntado diante da porta. 34 Curou muitos que se achavam atacados com várias doenças, expulsou muitos demónios, e não permitia que os demónios dissessem quem Ele era. 35 Levantando-Se muito antes de amanhecer, saiu e foi a um lugar solitário e lá fazia oração. 36 Simão e os seus companheiros foram procurá-l'O. 37 Tendo-O encontrado, disseram-Lhe: «Todos Te procuram». 38 Ele respondeu: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de que Eu também lá pregue, pois para isso é que Eu vim». 39 E andava pregando nas sinagogas, por toda a Galileia, e expulsava os demónios.

Comentário:

Os Evangelhos referem várias vezes esta necessidade que Jesus sentia de se afastar para “um lugar solitário” para orar.
Os seus dias estão totalmente preenchidos, até à noite, com pregações, ensinamentos, deslocações constantes de um lugar para outro, atenção aos doentes, aos possessos, aos que carecem de qualquer tipo de ajuda de auxílio. Nem tem tempo para comer, e, nem lugar seu, tem, para reclinar a cabeça dir-se-á noutras passagens.

Constatamos estes factos e facilmente percebemos que Jesus Se sente urgido por uma missão esgotante e avassaladora que não contempla nem demora nem intervalos.
E, embora este trabalho esgotante, contínuo no qual emprega todas as Suas forças e potências seja, em si mesmo, oração, não deixa de sentir essa premente necessidade de estar uns momentos a sós com o Seu Pai, para, em conversa íntima, fazer como que uma reposição dessas mesmas forças e potências que tanto precisa.

Assim nós, para 'recarregar' na nossa alma, no nosso espírito, as forças e potências que esgotamos com tanta facilidade, porque são poucas e débeis, recorremos à intimidade da oração serena, confiante e esperançada, ao diálogo simples mas profundo com a Fonte de Todo o Bem, Nosso Senhor Jesus Cristo.

(ama, comentário sobre Mc 1, 29-39, 2012.01.13)  

Pensamentos inspirados à procura de Deus

Para que queres sinais, se não acreditas.

Acredita, e então verás os

sinais.

jma

Tratado sobre a Obra dos Seis Dias 8

Questão 44: De como procedem de Deus as criaturas e da causa primeira de todos os seres.


Art. 3 – Se a causa exemplar é algo diverso de Deus.

(Supra, q. 15; I Sent., dist. XXXVI, q. 2; I Cont. Gent., cap. LIV; De Verit., q. 3, a. 1, 2; De Div. Nom., cap. V, lect. III; I Metaphys., lect. XV).

O terceiro discute-se assim. – Parece que a causa exemplar é algo diverso de Deus.

1. – Pois, o exemplado tem a semelhança do exemplar. As criaturas, porém, muito distam da divina semelhança. Logo, Deus não é a causa exemplar delas.

2. Demais. – Tudo o que existe por participação se reduz a algo que é existente por si, como o que é ígneo se reduz ao fogo, como já se disse [1]. Ora, todas as coisas sensíveis só existem por participação de alguma espécie, como claramente se depreende de se não encontrar, em nenhuma delas, somente o pertencente à essência da espécie, mas de se acrescentarem princípios individuantes aos princípios da espécie. Logo, é necessário admitirem-se as espécies mesmas como existentes por si, como, o homem em si e o cavalo em si e assim por diante. Ora, tais entidades se chamam exemplares. Por onde, há, fora de Deus, certas coisas que são causas exemplares.

3. Demais. – As ciências e as definições se referem às espécies em si mesmas e não enquanto existentes em seres particulares, pois dos particulares não há ciência nem definição. Logo, há certos entes que são entes ou espécies não existentes nos seres singulares, e tais se chamam exemplares. Por onde, conclui-se o mesmo que antes.

4. Demais. – Isto mesmo se lê em Dionísio dizendo, que o ser que o é por si mesmo é anterior ao que é a vida em si mesma e ao que é a sapiência em si mesma [2].

Mas, em contrário, é que o exemplar é idêntico à ideia. Ora, as ideias, como diz Agostinho, são as formas principais contidas na inteligência divina [3]. Logo, os exemplares das coisas não existem fora de Deus.



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