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Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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04/01/2012
Leitura Espiritual para 04 Jan 2012
Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo
Implosão
Navegando pela minha cidade
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que ir ver. Pela televisão não é mesma coisa. Nunca é. Mas no dia anterior fui fazer o necessário reconhecimento do terreno. Ou seja, dos limites do perímetro de segurança.
Entrei no bairro do Aleixo pela Rua Diogo Botelho em direcção à Rua do Progresso onde encontrei dois ou três sexagenários à conversa no passeio (esta maneira de caracterizar seres humanos pela idade é quase zoológica ou botânica) e parei para perguntar onde era exactamente a Torre 5.
“Tenho aqui um croquis e o senhor vê já”. Dizendo isto um deles mete-me pela janela do carro uma folha A4 com a planta do bairro onde estão sinalizadas as torres com um circulo a marcador amarelo. É esta aqui? Perguntei apontando para a Torre 3. Um... não! essa é onde eu vivo! Indignado e escandalizado foi a resposta do homem arrancando-me o croquis das mãos. “É aquela mesmo à sua frente.”
De facto, a poucos metros de distância, a Torre 5 erguia-se nos seus treze andares de altura, igualzinha a todas as outras. Desci pela Rua da Mocidade até à Rua do Ouro que faz a marginal do rio Douro em frente à Afurada, junto à Cantareira.
Foi esse o sítio que escolhi e em que, no dia seguinte pelas nove da manhã – manhã fria e cinzenta - já lá estava para ver a implosão da Torre 5.
Se sempre que um homem se eleva, eleva toda a humanidade e se sempre que um homem se avilta e degrada, avilta e degrada toda a humanidade o mesmo se pode dizer dos edifícios numa cidade. Ou seja, quando aquelas Torres foram levantadas, levantaram a cidade e os seus habitantes de uma situação inferior.
E agora que uma delas ia ser implodida? Iria também implodir qualquer coisa na cidade ou já tinha sido implodido no coração de tantos e tantos toxicodependentes que usavam aquele bairro e, em particular, aquela torre, como inesgotável fonte de abastecimento da sua dependência degradante?
Essa é a chaga social visível do Aleixo. E tudo o resto? E as dezenas e dezenas de famílias honradas e honestas que contra toda a adversidade do meio ambiente lá vivem, sonham, amam e têm ilusões e esperanças justas e dignas?
E todos opinam. E eu tenho direito a não ter opinião. Porque ter opinião é formular um juízo para o qual não estou qualificado. Foi mais ou menos isto que disse a uma jornalista do Público que pelas dez e meia da manhã me abordou. Mas antes disse-lhe que estava ali para ver a implosão fora de mim, porque as dentro de mim já as conhecia. “Pois, mas isso é outra coisa”, disse-me a jornalista.
E há a polícia, e há pequenos helicópteros comandados por controlo remoto com uma câmara da RTP; e há as ambulâncias do INEM; e há carros de bombeiros e jipes da Protecção Civil e peritos em catástrofes e camiões e retroescavadoras alinhados para atacarem o entulho; e há Sua Excelência o Sr. Presidente da Câmara que, com o nosso dinheiro alugou um enorme barco da Douro Azul para assistir do meio do rio, porque se estivesse na Rua do Ouro teria ouvido o que alguns lhe gritavam: “bandido! ladrão! traficante!”; e há muita gente com máquinas de filmar e fotográficas para registar o momento da implosão como se fosse possível registar o impossível.
E há ex-moradores da Torre 5 e doutras torres que irão talvez para as Antas. Para longe do rio que há dezenas e dezenas de gerações lhes corre perto da vida. Para quanto mais longe melhor, porque aquele espaço agora já vale 15 milhões de euros e eles estragam a vista para a foz do condomínio de luxo que lá se fará.
Quatro ou cinco estoiros e em dois segundos a Torre 5 de treze andares e muitas vidas veio abaixo.
Afonso Cabral
Livres para construir o futuro 2
Durante a sua vida, São Josemaria pôde observar com dor vários fenómenos culturais e sociais que causaram uma forte despersonalização: massificação, diversos tipos de alienações, totalitarismos e ditaduras, deformações devidas ao clericalismo... Perante esses ataques à pessoa e à sua liberdade, São Josemaria reagiu com sensibilidade cristã, saindo em defesa da dignidade de cada ser humano.
Um exemplo da sua valentia na defesa da liberdade de todos os homens e mulheres é o artigo «As riquezas da fé», publicado num jornal diário de Madrid em 1969.
A ele – como a nós – tocou-lhe viver numa situação cultural paradoxal, onde uma forte percepção da liberdade se unia à consciência de que esta se malograva, com frequência, de diversos modos. Entre estes encontra-se a visão parcial da liberdade como pura capacidade de escolha, desligada da perfeição que a pessoa está chamada a conquistar.
© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet 2011.07.06
Tratado De Deo Trino 50
(I Sent., dist. XXV, exposit. text.; dist. XXXIV, q. 1, a. 2).
O segundo discute-se assim. – Parece que não devemos dizer serem as três Pessoas de uma só essência.
1. – Pois, diz Hilário: O Pai, o Filho e o Espírito Santo são três certamente pela substância, porém um pela consonância [1]. Ora, a substância é a essência de Deus. Logo, não são as três Pessoas de uma só essência.
2. Demais. – Nada devemos afirmar de Deus que não esteja expresso pela autoridade da Sagrada Escritura, como está claro em Dionísio [2]. Ora, nunca a Sagrada Escritura diz, que o Pai, o Filho e o Espírito Santo sejam de uma só essência. Logo, tal não devemos afirmar.
3. Demais. – A natureza divina é o mesmo que a essência divina. Bastaria, pois, dizer, segundo parece, que as três Pessoas têm a mesma natureza.
4. Demais. – Não se costuma dizer, que a pessoa é da essência, mas antes, que esta é daquela. Logo, não parece conveniente dizer, que as três Pessoas são de uma só essência.
5. Demais. – Segundo Agostinho, não dizemos que as três Pessoas provêm de uma só essência, para que se não pense que, em Deus, uma coisa é a essência e outra, a pessoa [3]. Mas como as preposições, também os casos oblíquos encerram a ideia de transição. Donde, pela mesma razão não devemos dizer, que as três Pessoas são de uma só essência.
6. Demais. – O que pode ser ocasião de erro não se deve dizer de Deus. Ora, dizer que as três Pessoas são de uma só essência ou substância dá ocasião a erro. Assim, diz Hilário: A substância una predicada do Pai e do Filho significa ou um ser subsistente, em dois sentidos diversos; ou uma substância dividida em duas substâncias imperfeitas; ou uma terceira substância primária apropriada e assumida pelas duas outras [4]. Por onde, não se deve dizer, que as três Pessoas sejam de uma só substância.
Mas, em contrário, diz Agostinho, que o nome homoousion firmado no Concílio Niceno, contra os Arianos, significa o mesmo que dizer serem as três Pessoas de uma só essência [5].
Como dissemoso nosso intelecto nomeia as coisas divinas, não ao modo delas, pois assim não nas pode conhecer; mas ao modo das coisas criadas. Ora, nas coisas sensíveis, das quais o nosso intelecto tira a sua ciência, a natureza de uma espécie individualiza-se pela matéria, fazendo a natureza a função de forma e o indivíduo, de suposto da forma. Por isso, também em Deus, pelo seu modo de significar, a essência é como a forma em relação às três Pessoas. Assim, na ordem das coisas criadas, dizemos que uma forma pertence ao ser do qual ela é; como a saúde ou a beleza, a um certo homem. Porém não dizemos que um ser, que tem uma forma, pertença a essa forma, senão acrescentando um adjectivo designativo de tal forma; assim, dizemos: que esta mulher é de egrégia forma, este homem é de perfeita virtude. E semelhantemente, como, em Deus, a multiplicidade de pessoas não implica a da essência, dizemos que uma só é a essência das três Pessoas; e que as três Pessoas são de uma só essência, entendendo-se, que esses genitivos são empregados para designarem a forma.
DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. – Substância, no caso, toma-se como hipóstase e não como essência.
RESPOSTA À SEGUNDA. – Embora não se encontre textualmente dito na Escritura que as três Pessoas são de uma só essência, encontra-se, todavia, esse sentido. Como nos lugares: Eu e o Pai somos uma mesma coisa (Jo 10, 30); O Pai está em mim, e eu no Pai (Jo 38; 14, 10). E o mesmo se conclui de muitos outros lugares.
RESPOSTA À TERCEIRA. – Designando a natureza o princípio do acto, e derivando, porém, a essência do verbo ser, podem considerar-se da mesma natureza os seres que convêm em algum acto, como, p. ex., todos os que aquecem; mas da mesma essência se não podem chamar senão os que têm o mesmo ser. Donde, seja melhor exprimimos a unidade divina dizendo que as três Pessoas são de uma só essência, do que dizendo que são de uma só natureza.
RESPOSTA À QUARTA. – A forma, falando absolutamente, é de ordinário expressa como pertencendo ao ser do qual é; p. ex. a virtude de Pedro. Porém, inversamente, não costumamos dizer, que pertence à forma o ser que a tem, senão quando queremos determiná-la ou designá-la. E então se requerem dois genitivos, significando um a forma e o outro, a determinação dela; como se disséssemos: Pedro é de grande virtude. Ou então requer-se um genitivo com a força de dois, como se disséssemos: Este é homem de sangue, i. e, derramador de muito sangue. Ora, a essência divina, considerada forma em relação à pessoa, convenientemente se chama essência da pessoa. Porém não, inversamente; salvo se se fizer um acréscimo à designação da essência; p. ex., dizendo, que o Pai é uma pessoa de essência divina, ou que as três Pessoas são de uma só essência.
RESPOSTA À QUINTA. – A preposição de (por e de) não designa relação de causa formal, mas antes, de causa eficiente ou material. Ora, estas causas distinguem-se sempre dos seres dos quais o são; pois, nenhum ser é a sua própria matéria ou o seu princípio activo. Porém, há seres, que são a sua própria forma como o demonstram todos os seres imateriais. Logo, quando dizemos que as três Pessoas são de uma só essência, significando essência, forma, não queremos dizer que uma coisa seja a essência e outra, a pessoa, o que assim seria se disséssemos, que as três Pessoas são provenientes da mesma, essência.
RESPOSTA À SEXTA. – Diz Hilário: Muito prejudicadas ficariam as coisas santas se deixassem de o ser porque muitos assim não as reputam. Assim, se entendem mal a expressão homoousion, que isso me importa a mim, que bem a entendo? [7] E antes: Pois, é uma substância pela mesma propriedade de geração e não resultante de porções, de uma união ou comunhão [8].
SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica,
Evangelho do dia e comentário
35 No dia seguinte, João lá estava novamente com dois dos seus discípulos. 36 Vendo Jesus que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus». 37 Ouvindo as suas palavras, os dois discípulos seguiram Jesus. 38 Jesus, voltando-Se para trás, e vendo que O seguiam, disse-lhes: «Que buscais?». Eles disseram-Lhe: «Rabi (que quer dizer Mestre), onde habitas?». 39 Jesus disse-lhes: «Vinde ver». Foram, viram onde habitava e ficaram com Ele aquele dia. Era então quase a hora décima. 40 André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido o que João dissera e que tinham seguido Jesus. 41 Encontrou ele primeiro seu irmão Simão e disse-lhe: «Encontrámos o Messias», que quer dizer Cristo. 42 Levou-o a Jesus. Jesus, fixando nele o olhar, disse: «Tu és Simão, filho de João, tu serás chamado Cefas», que quer dizer Pedra.
Comentário:
João tem uma atitude decisiva no seguimento de Jesus por parte dos dois discípulos: Indica quem é o que passa com um nome que o identifica plenamente.
Quando O aponta como o “Cordeiro de Deus”, sabem muito bem os dois homens a quem João se refere ao empregar este termo das Escrituras.
O Cordeiro de Deus é Aquele que Deus envia para ser sacrificado pelo Seu povo e, desta forma, redimi-lo do pecado e reatar as relações interrompidas com a queda de Adão e Eva.
Indicar o Senhor que passa nas nossa vidas, na vida de cada homem e de cada mulher, é um “trabalho” de apostolado que deve “obrigar” qualquer cristão porque, muitas pessoas, não se dão conta desse Jesus que passa tão perto e disponível… mais… tão desejoso que O sigamos.
Algumas vezes, muitas vezes… Jesus é essa pessoa que se cruza connosco e volve para nós o olhar pedindo ajuda porque tem fome, frio ou qualquer outra carência que, talvez, nós possamos remediar.
Jesus é aquele idoso que permanece na cama do hospital dias e dias sem uma visita de um familiar, um amigo alguém que troque com ele uma palavra, que manifeste algum interesse pela sua pessoa ou que, simplesmente, lhe sorria.
Tal como a de João, o Baptista, a nossa atitude pode também ser decisiva para que esse nosso amigo, parente ou simples conhecido reconheça o Senhor que passa, se sinta atraído pela Sua figura amabilíssima e se decida a segui-lo.
(ama, comentário sobre Jo 1, 35-42, 2011.12.06)
Porquê Deus se esconde? 4
Jo 1, 38.
Às vezes o silencio é mais eloquente que a palavra; em certas ocasiões, a ausência de uma presença interpela mais que a própria presença. Basta que um ser querido esteja longe durante dias, para que notemos a necessidade que temos dele. A sua ausência descobre-nos a importância da sua presença na nossa vida, às vezes obscurecida pelo tráfego de acontecimentos diários.
Deus oculta-se para que sintamos a Sua falta. O seu silêncio, a sua ausência suscita no nosso coração um anseio dele, uma procura. “Onde estás?”, perguntamos, “para onde foi Deus?”, “esqueceu-se de mim”? Os salmos são um excelente exemplo desta experiencia humana de desolação e solidão.
Todavia, para sentir a falta de Deus é imprescindível ter tido experiência dele.
Em qualquer caso, lidamos com metáforas; mas estas por vezes podem enganar-nos. Realmente Deus “não está ao nosso lado”?
Realmente o Senhor “abandona-nos” para logo voltar? Será que acaso brinca connosco para provocar em nós um maior desejo dele? Brinca connosco às escondidas? Metáforas que podem confundir-nos.
[1] Professor de filosofia num Instituto de Toledo e professor convidado de teoria educativa num instituto de ciências religiosas da mesma cidade. Interessado pela educação, presidiu à Federação toledana de CONCAPA durante quatro anos e é co-fundador e presidente da associação toledana de professores Educação e Pessoa.
Um ano que termina
Quando recordares a tua vida passada, passada sem pena nem glória, considera quanto tempo perdeste, e como podes recuperá-lo: com penitência e com maior entrega. (Sulco, 996)
Um ano que termina – já foi dito de mil modos, mais ou menos poéticos – com a graça e a misericórdia de Deus, é mais um passo que nos aproxima do Céu, nossa Pátria definitiva.
Ao pensar nesta realidade, compreendo perfeitamente aquela exclamação que S. Paulo escreve aos de Corinto: tempus breve est!, que breve é a nossa passagem pela terra! Para um cristão coerente, estas palavras soam, no mais íntimo do seu coração, como uma censura à falta de generosidade e como um convite constante a ser leal. Realmente é curto o nosso tempo para amar, para dar, para desagravar. Não é justo, portanto, que o malbaratemos, nem que atiremos irresponsavelmente este tesouro pela janela fora. Não podemos desperdiçar esta etapa do mundo que Deus confia a cada um de nós.
Pensemos na nossa vida com valentia. Por que é que às vezes não conseguimos os minutos de que precisamos para terminar amorosamente o trabalho que nos diz respeito e que é o meio da nossa santificação? Por que descuidamos as obrigações familiares? Por que é que se nos mete a precipitação no momento de rezar ou de assistir ao Santo Sacrifício da Missa? Por que nos faltará a serenidade e a calma para cumprir os deveres do nosso estado e nos entretemos sem qualquer pressa nos caprichos pessoais? Podeis responder-me: são coisas pequenas. Sim, com efeito, mas essas coisas pequenas são o azeite, o nosso azeite, que mantém viva a chama e acesa a luz. (Amigos de Deus, 39–41)
© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
A evolução do evolucionismo 4
A teoria evolutiva apoia-se em quatro provas de diferente valor demonstrativo:
a anatomia comparada, a embriologia, o registo fóssil e o parentesco genético.
(jose ramón ayllón, trad. ama)