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18/12/2011

Estamos predestinados? 5


A reforma protestante, deu origem a uma heresia, que ainda se move, mas que está chamada a seguir os caminhos, que varias outras seguiram já há uns largos mais de 2000 anos da historia da Igreja católica, como pode ser o caso de os pelagianos, maniqueus, adopcionistas,… e muitas outras. Calvino foi condenado por herege em razão deste ensinamento.  Calvino não só acreditou na predestinação mas também Lutero, Zwinglio, Huss,  Wycliff  e todos os principais hierarcas protestantes da primeira época da Reforma. Ironicamente, hoje a vasta maioria das igrejas protestantes ou evangélicas não crêem nesta doutrina, pelo menos não da maneira que foi e possivelmente todavia seja acreditada por algum protestante histórico agarrado aos princípios da reforma protestante. Na maioria das igrejas protestantes já não se fala de predestinação, porque parece que esta doutrina, não os torna populares entre a clientela e então é melhor esquecer o tema. Evidentemente que esta doutrina herética foi devidamente condenada no Concilio de Trento onde se fez a Contra-reforma.

(JUAN DO CARMELO, trad AMA)

Criar necessidades

      Reflectindo
Os que não estão habituados a negar-se nada,   os que abrem a porta a tudo o que lhe pedem os sentidos, os que procuram em primeiro lugar o corpo e só se preocupam em procurar as maiores comodidades, dificilmente poderão ser donos de si mesmos e alcançar Deus. Estão como que embotados, inclusive embrutecidos, para o divino, e também para muitos valores humanos, que não entendem e para os quais se encontram incapacitados. (...) Viver esta virtude não é repressão, mas sim moderação, harmonia. É um hábito que se adquire através de muitos pequenos actos que ordenam os prazeres, inclusive os lícitos, e dirigem os bens sensíveis ao fim ultimo do homem. (...) Viver bem esta virtude supõe andar desprendido dos bens, dar-Lhes a importância que têm e não mais, não criar-se necessidades; não realizar gastos inúteis; ter moderação na comida, na bebida, no descanso; prescindir de caprichos... (...) Os sacerdotes podem ver-se obrigados a adiar ou inclusive deixar outras actividades por falta de tempo, mas nunca o confessionário.

(btº. joão paulo ii, Homília, Roma, 1978.11.17) 18/12.

Tratado De Deo Trino 43

Art. 3. – Se o Espírito Santo procede do Pai, pelo Filho.

(I Sent., dist. XII, a. 3; Contra errores Graec., parte II, cap. IX).

O terceiro discute-se assim. – Parece que o Espírito Santo não procede do Pai, pelo Filho.

1. – Pois quem procede de outrem por meio de um terceiro não procede imediatamente. Logo, se o Espírito Santo procede do Pai, pelo Filho, não procede imediatamente, o que parece inadmissível.

2. Demais. – Se o Espírito Santo procede do Pai, pelo Filho, deste procede por causa do Pai. Ora, o que faz com que uma coisa seja o que é mais essa coisa do que ela própria o e. Logo, procede o Espírito Santo mais do Pai do que do Filho.

3. Demais. – O Filho tem o ser por geração. Se pois o Espírito Santo procede do Pai, pelo Filho, segue-se que, primeiro, é gerado o Filho e, depois, procede o Espírito Santo. E assim, não é eterna esta processão, o que é herético.

4. Demais. – Quando se diz que alguém obra por meio de outrem, pode-se também dizer o inverso. Assim, dizendo-se que o rei obra por meio do súbdito pode-se também dizer que o súbdito obra por meio do rei. Ora, de modo nenhum se pode dizer que o Filho espira o Espírito Santo, pelo Pai. Logo, de nenhum modo se pode dizer que o Pai espira o Espírito Santo, pelo Filho.

Mas, em contrário, diz Hilário: Suplico-te que conserves a religião da minha fé, para que sempre te obtenha a ti, ó Pai; e adore juntamente contigo o teu Filho; e mereça o teu Espírito Santo, que vem de ti, pelo teu Unigênito [1].

Em todas as locuções onde se diz, que alguém obra por outro, a preposição por designa, na causal, alguma causa ou princípio desse acto. Mas, como o acto é uma mediania entre o autor e a sua obra, algumas vezes a locução causal, à qual se adjunge a preposição por, é causa do acto como partindo do agente. E, então é a causa de o agente agir, quer seja causa final, formal, efectiva ou motora. Final, quando, p. ex., dizemos que o artífice obra por cobiça do lucro; formal, se dissermos que obra pela sua arte; motora, se dissermos, que obra por ordem de outro. Outras vezes porém a locução causal, à qual se adjunge a preposição por, é causa do acto enquanto este termina no seu resultado; como se dissermos: O artífice obra pelo martelo. Pois isto não significa que o martelo seja a causa de agir o artífice, mas sim, a de proceder, deste, o artificiado; e que isto mesmo o martelo recebe do artífice. E tal é o que alguns ensinam, dizendo que a preposição por, ora designa o autor, directamente, como quando se diz – o rei obra pelo súbdito; ora indirectamente, como na frese – o súbdito obra pelo rei.

Ora, como o Filho recebe do Pai a razão de proceder de si o Espírito Santo, podemos dizer que o Pai, pelo Filho, espira o Espírito Santo, ou que este procede do Pai, pelo Filho, o que é o mesmo.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. – Em qualquer ação duas coisas se devem considerar: o suposto agente e a virtude pela qual age; assim o fogo aquece pelo calor. Considerando-se pois no Pai e no Filho a virtude pela qual espiram o Espírito Santo, não há aí lugar para nenhuma mediania, por ser essa uma mesma virtude. Considerando-se porém as próprias Pessoas espirantes, então de proceder o Espírito Santo comummente do Pai e do Filho, resulta proceder imediatamente do Pai, por vir deste; e, mediatamente, por vir do Filho; e daí o dizer-se que procede do Pai, pelo Filho. Assim como Abel procedeu imediatamente de Adão, como pai; e mediatamente, por proceder a sua mãe, Eva, de Adão; embora tal exemplo de processão material seja impróprio para exprimir a processão imaterial das Pessoas divinas.

RESPOSTA À SEGUNDA. – Se o Filho recebesse do Pai outra virtude numericamente diversa, para espirar o Espírito Santo, resultaria ser o Filho uma como causa segunda e instrumental; e, então, mais procederia o Espírito Santo do Pai, que do Filho. Mas uma mesma virtude espirativa, numericamente, existe no Pai e no Filho; logo, igualmente de um e outro procede o Espírito Santo. Embora por vezes se diga que este, principal ou propriamente, procede do Pai, por ter o Filho, do Pai, tal virtude.

RESPOSTA À TERCEIRA. – Assim como a geração do Filho é coeterna com quem o gera e, por isso, o Pai não existia anteriormente à geração do Filho, assim, a processão do Espírito Santo é coeterna com o seu princípio. Por onde, o Filho não foi Benito antes de proceder o Espírito Santo, mas ambos são eternos.

RESPOSTA À QUARTA. – Quando se diz que alguém obra por meio de outro, nem sempre essa preposição é conversível; assim, não dizemos que o martelo obra por meio do ferreiro.

Mas dizemos que o súbdito obra por meio do rei, porque age como senhor do seu acto; ao passo que o martelo, não agindo, mas sendo usado, só é designado como instrumento. E dizemos, que o súbdito obra por meio do rei, embora a preposição por designe meio; porque quanto mais primário for o suposto, no agir, tanto mais a sua virtude se manifestará imediata, no efeito. Pois, a virtude da causa primária prende ao seu efeito a causa segunda; e por isso os primeiros princípios, nas ciências demonstrativas, se chamam imediatos. Assim pois, sendo o súbdito um meio, na ordem dos supostos agentes, dizemos, que por ele obra o rei; mas na ordem das virtudes, dizemos que o súbdito obra pelo rei, porque a virtude deste faz com que a acção daquele atinja o seu efeito. Ora, entre o Pai e o Filho não se considera a ordem, quanto à virtude, mas somente, quanto aos supostos; e por isso dizemos, que o Pai espira pelo Filho e não, inversamente.

SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica,



[1] De Trin., L. XII, n. 57

Preparando o Natal

           Oração do Natal

Menino Jesus: 

Este Natal quisera receber-te com aquele enlevo e carinho de Tua Santíssima Mãe, com a atenção e cuidados de São José, com a alegria e simplicidade dos Pastores de Belém.
São Josemaria, ajudai-me nestes propósitos.


ama, Advento 2011

Música e oração

"Ave Maria" - Kimi Skota - Andre Rieu  


selecção ALS

Evangelho do dia e comentário



Perante a vinda eminente do Senhor, os homens devem dispor-se interiormente, fazer penitência dos seus pecados, rectificar a sua vida para receber a graça especial divina que traz o Messias. Tudo isso significa esse aplanar os montes, rectificar e suavizar os caminhos de que fala o Baptista. (...) A Igreja na sua liturgia do Advento anuncia-nos todos os anos a vinda de Jesus Cristo, Salvador nosso, e exorta cada cristão a essa purificação da sua alma mediante uma renovada conversão interior[i]

Domingo da IV semana do Advento 18 de Dezembro
Evangelho: Lc 1, 26-38

26 Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de David; o nome da virgem era Maria. 28 Entrando o anjo onde ela estava, disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça; o Senhor é contigo». 29 Ela, ao ouvir estas palavras, perturbou-se e discorria pensativa que saudação seria esta. 30 O anjo disse-lhe: «Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus; 31 eis que conceberás no teu ventre, e darás à luz um filho, a Quem porás o nome de Jesus. 32 Será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Seu pai David; 33 reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu reino não terá fim». 34 Maria disse ao anjo: «Como se fará isso, pois eu não conheço homem?». 35 O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso mesmo o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. 36 Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice; e este é o sexto mês da que se dizia estéril; 37 porque a Deus nada é impossível». 38 Então Maria disse: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo afastou-se dela.

Comentário:

A «escrava do Senhor» e para sempre ficaram gravadas estas palavras!
Não foi uma resposta "estudada" - como poderia - mas o simples expressar uma convicção profundamente sentida fruto de uma humildade serena e totalmente consentida.
Esta «escrava do Senhor» é, nada menos que a Rainha dos Céus, a Mãe de Deus e de toda a humanidade por via de quem lhe veio a salvação.

(ama, comentário sobre Lc 1, 26-38, 2011.10.07)

Textos de São Josemaria Escrivá

Seguir de perto os passos de Cristo

A nossa condição de filhos de Deus levar-nos-á – insisto – a ter espírito contemplativo no meio de todas as actividades humanas – luz, sal e levedura, pela oração, pela mortificação, pela cultura religiosa e profissional –, fazendo realidade este programa: quanto mais dentro do mundo estivermos, tanto mais temos de ser de Deus. (Forja, 740)

Não contemplamos o mundo com um olhar triste. Talvez involuntariamente, prestaram um fraco serviço à catequese os biógrafos de santos que queriam encontrar a todo o custo coisas extraordinárias nos servos de Deus, logo desde os primeiros vagidos. (…)
Agora, com o auxílio de Deus, aprendemos a descobrir ao longo dos dias (aparentemente sempre iguais) spatium verae penitentiae, tempo de verdadeira penitência; e nesses instantes fazemos propósitos de emendatio vitae, de melhorar a nossa vida. Este é o caminho para nos predispormos à graça e às inspirações do Espírito Santo na alma. E com essa graça – repito – vem o gaudium cum pace, a alegria, a paz e a perseverança no caminho. (Cristo que passa, 9)

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