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08/12/2011

Perguntas e respostas sobre Jesus de Nazaré. 51

Jesus de NazaréEntão, como se torna puro o coração, segundo Jesus?


“A fé purifica o coração. E a fé deve-se a que Deus sai ao encontro do homem. Não é simplesmente uma decisão autónoma dos homens. Nasce porque as pessoas são tocadas interiormente pelo Espírito de Deus, que abre o Seu coração e o purifica. (…) O lavatório que nos purifica é o amor de Jesus, o amor que chega até à morte (…) No lugar da pureza ritual não entrou simplesmente a moral, mas o dom do encontro com Deus em Jesus Cristo (…) Na fé cristã é precisamente o Deus encarnado quem nos purifica verdadeiramente e atrai a criação para a união com Deus. A espiritualidade do século XIX voltou a converter em unilateral o conceito de pureza, reduzindo-o cada vez mais à questão de ordem no âmbito sexual, contaminando-o também novamente com a desconfiança respeito à esfera material e ao corpo”

55 Preguntas y respuestas sobre Jesús de Nazaret, extraídas del libro de Joseph Ratzinger-Benedicto XVI: “Jesús de Nazaret. Desde la Entrada en Jerusalén hasta la Resurrección”, Madrid 2011, Ediciones Encuentro. Página 81-82, marc argemí, trad. ama

Temos de nos gastar diariamente com ele

Textos de São Josemaria Escrivá

Que contente se deve morrer quando se viveram heroicamente todos os minutos da vida! Posso-to garantir, porque presenciei a alegria daqueles que, com serena impaciência, durante muitos anos, se prepararam para esse encontro. (Sulco, 893)

O Senhor deu-nos a vida, os sentidos, as potências, graças sem conta. E não temos o direito de esquecer que somos, cada um, um operário, entre tantos, nesta fazenda em que ele nos colocou, para colaborar na tarefa de dar alimento aos outros. Este é o nosso sítio: dentro destes limites. Aqui temos nós de nos gastar diariamente com ele, ajudando-o no seu trabalho redentor.
Deixai-me que insista: o teu tempo para ti? O teu tempo para Deus! Pode ser que, pela misericórdia do Senhor, esse egoísmo não tenha entrado de momento na tua alma. Digo-te isto desde já, para estares prevenido no caso de sentires alguma vez que o teu coração vacila na fé de Cristo. Então, peço-te – pede-te Deus – que sejas fiel no teu empenhamento, que domines a soberba, que sujeites a imaginação, que não te deixes ir longe demais por leviandade, que não desertes. (Amigos de Deus, 49)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Ideais

Outros pontos de vista.


O ideal maior muda de formulação e clarifica-se se atendemos ao destinatário do bem desejado:

Na busca do maior bem para si próprio, o ideal máximo é Deus como acabamos de dizer.

O maior ideal de quem busca o bem para os outros é o apostolado, donde se intenta que os outros se acerquem de Deus.

O maior ideal de quem busca o bem para Deus é dar-lhe glória.

Em resumo, o maior dos ideais é dar gloria a Deus crescendo em santidade e realizando um abundante labor apostólico.

Ideasrapidas, trad ama

Preparando o Natal


                                 Oração do Natal

Menino Jesus: 

Este Natal quisera receber-te com aquele enlevo e carinho de Tua Santíssima Mãe, com a atenção e cuidados de São José, com a alegria e simplicidade dos Pastores de Belém.
São Josemaria, ajudai-me nestes propósitos.


ama, Advento 2011

Evangelho do dia e comentário


Perante a vinda eminente do Senhor, os homens devem dispor-se interiormente, fazer penitência dos seus pecados, rectificar a sua vida para receber a graça especial divina que traz o Messias. Tudo isso significa esse aplanar os montes, rectificar e suavizar os caminhos de que fala o Baptista. (...) A Igreja na sua liturgia do Advento anuncia-nos todos os anos a vinda de Jesus Cristo, Salvador nosso, e exorta cada cristão a essa purificação da sua alma mediante uma renovada conversão interior[i]


Quinta-Feira da II semana do Advento 08 de Dezembro – Imaculada Conceição

Evangelho: Lc 1, 26-38

26 Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de David; o nome da virgem era Maria. 28 Entrando o anjo onde ela estava, disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça; o Senhor é contigo». 29 Ela, ao ouvir estas palavras, perturbou-se e discorria pensativa que saudação seria esta. 30 O anjo disse-lhe: «Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus; 31 eis que conceberás no teu ventre, e darás à luz um filho, a Quem porás o nome de Jesus. 32 Será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Seu pai David; 33 reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu reino não terá fim». 34 Maria disse ao anjo: «Como se fará isso, pois eu não conheço homem?». 35 O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso mesmo o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. 36 Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice; e este é o sexto mês da que se dizia estéril; 37 porque a Deus nada é impossível». 38 Então Maria disse: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo afastou-se dela.

Comentário:

Ao longo dos séculos esta cena tem sido lida, comentada, alvo dos mais profundos comentários e meditações e, no entanto, parece que fica algo por dizer, por apreciar.

Efectivamente, no íntimo de cada um nasce uma visão e entendimento particulares deste acontecimento e, cada ser humano é "golpeado" de forma diferente pela sua magnitude. 

É compreensível que assim seja, afinal trata-se da nossa Mãe e tudo o que lhe respeite interessa sumamente a quase todos em geral e a cada um em particular.

(ama, comentário sobre, Lc 1, 26-38, 2011.08.22)



SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO E NOSSA SENHORA

Celebramos hoje uma das festas mais bonitas e populares da Bem-Aventurada Virgem: a Imaculada Conceição. Maria não só não cometeu pecado algum, mas foi preservada até da herança comum do género humano que é o pecado original. E isto devido à missão para a qual Deus a destinou desde o início: ser a Mãe do Redentor. Tudo isto está contido na verdade da fé da «Imaculada Conceição». O fundamento bíblico deste dogma encontra-se nas palavras que o Anjo dirigiu à jovem de Nazaré: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo» (Lc 1, 28).

«Cheia de graça» no original grego kecharitoméne é o nome mais bonito de Maria, nome que lhe foi conferido pelo próprio Deus, para indicar que ela é desde sempre e para sempre a amada, a eleita, a predestinada para acolher o dom mais precioso, Jesus, «o amor encarnado de Deus» (Enc. Deus caritas est, 12).

Podemos perguntar: por que, entre todas as mulheres, Deus escolheu precisamente Maria de Nazaré? A resposta está escondida no mistério insondável da vontade divina. Contudo há uma razão que o Evangelho ressalta: a sua humildade. Ressalta isto muito bem Dante Alighieri no último Canto do Paraíso: «Virgem Mãe, filha do teu Filho, / humilde e alta mais do que criatura, / fim firme do conselho eterno» (Par. XXXIII, 1-3). A própria Virgem no «Magnificat», o seu cântico de louvor, diz isto: «A minha alma glorifica o Senhor... porque pôs os olhos na humildade da sua serva» (Lc 1, 46.48). Sim, Deus foi atraído pela humildade de Maria, porque achou graça diante dos olhos de Deus (cf. Lc 1, 30). Tornou-se assim a Mãe de Deus, imagem e modelo da Igreja, eleita entre os povos para receber a bênção do Senhor e difundi-la a toda a família humana. Esta «bênção» mais não é do que Jesus Cristo. É Ele a Fonte da graça, da qual Maria foi repleta desde o primeiro momento da sua existência. Acolheu Jesus com fé e com amor o deu ao mundo. Esta é também a nossa vocação e a missão da Igreja: acolher Cristo na nossa vida e doá-lo ao mundo, «para que o mundo seja salvo por Ele» (Jo 3,17).

Queridos irmãos e irmãs, a hodierna festa da Imaculada ilumina como um farol o tempo do Advento, que é tempo de vigilante e confiante expectativa do Salvador. Enquanto nos encaminhamos ao encontro do Deus que vem, olhamos para Maria que «brilha como sinal de esperança segura e de consolação aos olhos do Povo de Deus peregrino» (Lumen gentium, 68). […]

bento xvi, Vaticano, 8 de Dezembro de 2006

Música e oração

 Marco Frisina - Anima Christi - Chorus XI




selecção ALS

Tratado De Deo Trino 33

Questão 34: Do Verbo.

Art. 2 - Se Verbo é o nome próprio do Filho.

(I Sent., dist. XXVII, q. 2, a. 2, qª 2; De Verit., q. 4. a. 3; Contra errors Graec., cap. XII. Ad Hebr., cap. 1, lect. II).

O segundo discute-se assim. – Parece que o Verbo não é o nome próprio do Filho.

1. – Pois, o filho é uma pessoa divina subsistente. Ora, o verbo não significa nenhuma realidade subsistente, como em nós o vemos. Logo, o Verbo não pode ser nome próprio da pessoa do Filho.

2. Demais. – O verbo procede de quem o diz, por uma certa prolação. Se pois o Filho é propriamente Verbo, não procede do Pai senão a modo de prolação; o que é a heresia de Valentino, como se vê em Agostinho [1].

3. Demais. – Todo nome próprio de pessoa significa alguma propriedade desta. Se, pois, o Verbo é nome próprio do Filho, significará alguma propriedade deste e assim haverá mais propriedades em Deus do que as supra enumeradas [2].

4. Demais. – Quem intelige, inteligindo, concebe o verbo. Ora, o Filho intelige. Logo, é um certo verbo e portanto não lhe é próprio ser o Verbo.

5. Demais. – Diz a Escritura, do Filho (Hb 1, 3): Sustentando tudo com a palavra da sua virtude; donde conclui Basílio que o Espírito Santo é o Verbo do Filho [3]. Logo, não é próprio do Filho ser Verbo.

Mas, em contrário, Agostinho: Só o Filho é considerado como Verbo [4].

O Verbo divino propriamente dito é considerado como pessoa, e é o nome pró­prio da pessoa do Filho. Pois significa uma certa emanação do intelecto. Ora, a pessoa divina que procede por emanação do intelecto se chama Filho, denominando-se tal processão geração, como se demonstrou [5]. Por onde resulta que só o Filho propriamente pode chamar-se Verbo divino.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. – Em nós não se identifica o ser com o inteligir; por isso o que em nós é essência inteligível não pertence à nossa natureza. Ora, o ser de Deus se lhe identifica com o inteligir. Portanto, o Verbo de Deus não é nele um acidente ou algum efeito seu, mas lhe pertence à natureza mesma. Logo e necessariamente, deve ser uma realidade subsistente; pois, tudo o que existe em a natureza de Deus, subsiste. E por isso Damasceno diz, que o Verbo de Deus é substância e ente hipostático; ao passo que os outros verbos, i. e, os nossos, são virtudes da alma [6].

RESPOSTA À SEGUNDA. – O erro de Valentino não foi condenado por ensinar que o Filho nasce por prolação, como o faziam os Arianos, segundo refere Hilário [7]; mas, pelo modo diverso de prolação que admitia, como se vê em Agostinho [8].

RESPOSTA À TERCEIRA. – O nome de Verbo importa a mesma propriedade que a do nome de Filho. E por isso diz Agostinho: Do modo porque se diz Verbo também se diz Filho [9]. Pois, a natividade do Filho, que é propriedade pessoal sua, é significada por diversos nomes, que se lhe atribuem para lhe exprimirem diversamente a perfeição. Assim, para mostrarmos que é conatural com o Pai, lhe chamamos Filho; que é coeterno, Esplendor; que é absolutamente semelhante, Imagem; que é imaterialmente gerado, Verbo. E não é possível achar um só nome para designarmos tudo isso.

RESPOSTA À QUARTA. – Convém ao Filho ser inteligente do mesmo modo que lhe convém ser Deus, desde que, em Deus, inteligir é predicado essencial, como vimos [10]. Ora, o Filho é Deus gerado e não Deus gerador. Por onde, é por certo inteligente, não como produtor do Verbo, mas como Verbo procedente, i. e, enquanto em Deus o Verbo procedente não difere realmente do intelecto divino, mas só relativamente se distingue do princípio do Verbo.

RESPOSTA À QUINTA. – Quando a Escritura diz, do Filho: Sustentando tudo com a palavra da sua virtude – o verbo é tomado figuradamente pelo seu efeito. Por isso, a Glosa a esse lugar diz, que verbo significa império, i. é, enquanto pelo efeito da virtude do Verbo é que as coisas se conservam no ser, assim como pelo efeito da mesma virtude é que vem ao ser. Quando, porém, Basílio interpreta verbo por Espírito Santo, fala imprópria e figuradamente, no sentido em que se pode dizer que verbo de alguém é tudo aquilo que lhe é manifestativo do ser; podendo-se então dizer que o Espírito Santo é verbo do Filho porque o manifesta.

SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica,



[1] In libro de Haeresibus, num. 11.
[2] Q. 32, a. 3.
[3] Contra Eunom, 1, V.
[4] VI de Trin., c. 2.
[5] Q. 27, a. 2.
[6] De Fide Orth., l. I, c. 13.
[7] VI de Trin., num. 9.
[8] De Haeresibus, loc. In arg. cit.
[9] De Trin., l. VIII.
[10] Q. 34, a. 1, ad 2, 3.

Intenções

Reflectindo

Deus Nosso Senhor está presente em todas as nossas intenções. Que liberto estará o nosso coração de todo o impedimento terreno, que limpo será o nosso olhar e que sobrenatural o nosso modo de proceder quando Jesus Cristo reine de verdade no mundo da nossa intimidade e presida a todas as nossas intenções.



(salvatore canals, Ascética Meditada, Col. Éfeso, 4ª Ed., nr. 143)