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23/11/2011

Novíssimos - A Unção dos doentes 1

Há quem prefira não falar em Unção dos Doentes – quando ela se aconselha – por um falso sentimento de caridade. Acham, talvez, que tal possa “impressionar” a pessoa doente em estado grave ou crítico e, até, ir contra os sentimentos da própria pessoa ou de familiares próximos.

Não é uma atitude cristã!

Não propor à pessoa que receba um Sacramento especialmente indicado nessas circunstâncias é privá-la de um grande bem que todo o cristão tem o direito de receber.

Quem pode receber o Sacramento da Unção dos enfermos?

Este sacramento pode ser recebido pelo fiel que começa a encontrar-se em perigo de morte por doença ou velhice. O mesmo fiel pode recebê-lo também outras vezes se a doença se agrava ou então no caso doutra doença grave. A celebração deste sacramento, se possível, deve ser precedida pela confissão individual do doente. (CCIC 316)

AS ADIÇÕES

Exemplos de adições?

Segundo o objecto que escraviza ao homem, há vários tipos de adição.
As drogas  (marijuana,  cocaína...) causam muito dano. Das drogas procede a adição no seu sentido original, pelo que se generalizou a qualquer coisa que escraviza ao homem.
Os alimentos. - Afã em comer ou beber em excesso, impulso obsessivo de comer tal alimento e não outro...
O sexo nas suas diversas variantes, escraviza muito os seres humanos.
Também pode haver um cuidado excessivo com o corpo, a própria figura, a aparência.
Os objectos: acumulação de tecnologia, sapatos, roupa, champôs... Há muitos objectos que prendem o homem.
A diversão. - Jogar e jogar e jogar. Discoteca e discoteca. Diversões e diversões. A prisão ao jogo é outra das escravidões que primeiramente recebeu o nome de adição.
O eu. - A mim me agrada-me, a mim parece-me, eu prefiro, eu penso... O egoísmo às vezes é uma adição bastante forte e difícil de reconhecer.

Ideasrapidas, trad ama

Tratado De Deo Trino 7

Questão 28: Das relações divinas

Em seguida devemos tratar das relações divinas, sobre as quais quatro questões se discutem:

Art. 1 - Se há em Deus relações reais.
Art. 2 - Se a relação em Deus é o mesmo que a sua essência.
Art. 3 - Se as relações atribuídas a Deus real e mutuamente se distinguem.
Art. 4 - Se em Deus só há quatro relações reais, a saber, a paternidade, a filiação, a expiração e a processão.

Art. 1 — Se há em Deus relações reais.
(I Sent., dist. XXVI, q. 2, 2, a. 1; IV Cont, Gent., cap. XIV; De Pot., q. 8, a. Compend. Theol., cap. LIII; in Ioan., cap. XVI, lect. IV).

Primeiro discute-se assim. — Parece não haver em Deus nenhumas relações reais.

— Pois, diz Boécio: Quando usamos dos predicamentos, na predicação divina, tudo o que podemos predicar inclui-se na substância; e absolutamente não pode ser predicado o que importa relação com outra coisa [1]. Ora, tudo o que realmente existe em Deus, dele podemos predicar. Logo, em Deus não existe realmente relação.

Demais. - Diz Boécio, no mesmo livro: A mesma relação existente na Trindade entre o Pai e o Filho; e ambos, com o Espírito Santo, é a que existe entre o idêntico e o idêntico [2]. Ora, esta última é relação somente de razão, porque toda relação real exige dois extremos reais. Logo, em Deus não são reais, mas somente de razão.

Demais. — A relação de paternidade é uma relação de princípio. Ora, quando se diz — Deus é o princípio das criaturas — isso não importa nenhuma relação real, mas somente de razão. Logo, nem a paternidade, em Deus, é relação real, e pela mesma razão, nem as outras relações que se lhe atribuem.

Demais. — A geração em Deus funda-se na processão do verbo inteligível. Ora, as relações nascidas da operação do intelecto são somente de razão. Logo, a paternidade e a filiação que se atribuem a Deus, pela geração, são relações somente de razão.

Mas, em contrário, o pai é assim chamado por causa da paternidade; e o filho, por causa da filiação. Se, pois, em Deus não há realmente nem paternidade nem filiação, segue-se que Deus não é realmente Pai nem Filho, mas somente segundo a noção de inteligência, o que é a heresia sabeliana.

Certas relações existem realmente em Deus, o que se evidencia considerando que só nas coisas relativas a outras encontram-se relações só de razão e não, reais. O que não existe nos outros géneros; pois, estes, como a quantidade e a qualidade, na sua noção própria, significam o que é inerente a um sujeito. Ora, as coisas relativas a outras exprimem, na sua noção própria, só tal relação. E tal relação está, às vezes, na própria natureza das coisas; como p. ex., nas que por natureza se coordenam e têm inclinação umas para as outras; e essas relações são necessariamente reais. Assim, p. ex., o corpo pesado tem inclinação e tendência para o centro e por isso há uma relação entre aquele e este; e o mesmo se dá em casos semelhantes. Outras vezes, porém, a relação expressa pelas coisas relativas a outras só existe na própria apreensão da razão, comparando umas com as outras; e neste caso a relação é somente de razão, como quando, p. ex., a razão compara o homem com o animal e a espécie, com o género. Mas quando uma coisa procede de um princípio da mesma natureza, necessariamente ambos, o procedente e o princípio da processão, devem convir na mesma ordem, e assim é necessário tenham mútuas relações reais. Ora, como em Deus as processões existem na identidade de natureza, como mostramos [3], necessariamente serão reais as relações admitidas nas processões divinas.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — A relação com alguma coisa de nenhum modo se predica de Deus, na noção própria do que é relativo a alguma coisa; isto é; enquanto tal noção própria deriva da comparação com o ser onde existe a relação, mas com outra coisa. Mas nem por isso quis Boécio excluir de Deus a relação, senão apenas significar que dele se não deve predicar a modo de inerência, segundo a relação própria de razão; mas antes ao modo do que é relativo a outra coisa.

RESPOSTA À SEGUNDA. — A relação que importa a denominação de idêntico é só de razão, se idêntico se toma no seu sentido absoluto; pois, tal relação só pode consistir na ordem que a razão descobre numa coisa para consigo mesma, segundo dois quaisquer dos seus aspectos. É porém diferente o caso, quando certas coisas se dizem idênticas não pelo número, mas pela natureza do género ou da espécie. Boécio, pois, assimila as relações existentes em Deus à relação de identidade, não em todos os aspectos, mas só quando tais relações não diversificam a relação de identidade.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Procedendo a criatura, de Deus, com diversidade de natureza, Deus está fora da ordem de todas as criaturas; nem é por natureza que com elas mantém relações. Pois não as produz por uma necessidade imposta à sua natureza, mas pelo intelecto e pela vontade, como dissemos [4]. E, portanto, em Deus, não há relação real com as criaturas. Ao contrário, estas mantém com Deus relação real, pois estão incluídas na ordem divina, e por natureza dependem de Deus. Ora, as processões divinas existem na mesma natureza. Logo, não há semelhança, na objecção.

RESPOSTA À QUARTA. — As relações oriundas da só operação do intelecto, mesmo nas coisas inteligíveis, são relações apenas de razão, porque esta a descobre entre duas coisas inteligíveis. Mas as relações oriundas da operação do intelecto, e que existem entre o verbo intelectualmente procedente e o princípio donde procede, não são apenas de razão, mas reais; pois, realidade é o próprio intelecto ou a razão e está realmente para o que procede inteligivelmente, como as coisas corporais, para o que procede corporalmente. E assim a paternidade e a filiação são relações reais em Deus.

SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica,




[1] De Trin., c. 4.
[2] De Trin., c. 6.
[3] Q. 27, a. 3 ad 2.
[4] Q. 14, a. 8; q. 19, a. 4.

Evangelho do dia e comentário













T. Comum– XXXIV Semana




Evangelho: Lc 21, 12-19

12 Mas antes de tudo isto, lançar-vos-ão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões e vos levarão à presença dos reis e dos governadores por causa do Meu nome. 13 Isto vos será ocasião de dardes testemunho. 14 Gravai, pois, nos vossos corações o não premeditar como vos haveis de defender, 15 porque Eu vos darei uma linguagem e uma sabedoria à qual não poderão resistir, nem contradizer, todos os vossos inimigos. 16 Sereis entregues por vossos pais, irmãos, parentes e amigos, e farão morrer muitos de vós; 17 e sereis odiados de todos por causa do Meu nome; 18 mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. 19 Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas.

Comentário:

É difícil comentar estes trechos do Evangelho dos últimos dias do ano litúrgico sem se repetir, uma e outra vez, as mesmas palavras e ideias.

E, de facto, é assim que deve ser porque também os textos evangélicos são como que um repetido “martelar” a consciência dos homens no sentido de “acordar” chamar a atenção para a necessidade urgente de estar preparados e vigilantes.

Nada do que se possa dizer acrescentará alguma coisa de novo ao aviso:

«Estai preparados porque não sabeis nem o dia nem hora».

(ama, comentário sobre Lc 21, 12-19, 2010.11.24)

Um só coração e uma só alma

Textos de São Josemaria Escrivá

Hás-de ser, como filho de Deus e com a sua graça, varão ou mulher forte, de desejos e de realidades. Não somos plantas de estufa. Vivemos no meio do mundo e temos de estar a todos os ventos, ao calor e ao frio, à chuva e aos ciclones..., mas fiéis a Deus e à sua Igreja. (Forja, 792)

O trabalho da Igreja, cada dia, é como um grande tecido que oferecemos a Nosso Senhor, porque todos os baptizados somos Igreja.
Se cumprirmos – fiéis e entregues –, este grande tecido será formoso e sem defeito. Mas, se se solta um fio aqui, outro ali e outro pelo outro lado..., em vez de um bonito tecido, teremos um farrapo feito em tiras. (Forja, 640)

Pede a Deus que na Santa Igreja, nossa Mãe, os corações de todos, como na primitiva cristandade, sejam um só coração, para que até ao fim dos séculos se cumpram de verdade as palavras da Escritura: "multitudinis autem credentium erat cor unum et anima una", a multidão dos fiéis tinha um só coração e uma só alma.
– Falo-te muito seriamente: que por tua causa não se lese esta unidade santa. Leva isto à tua oração! (Forja, 632)

Oferece a oração, a expiação e a acção por esta finalidade: "ut sint unum!", para que todos os cristãos tenham uma mesma vontade, um mesmo coração, um mesmo espírito: para que "omnes cum Petro ad Iesum per Mariam!", todos, bem unidos ao Papa, vamos a Jesus, por Maria. (Forja, 647)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Apostolado

Reflectindo


Por vezes nós não somos suficientemente discretos em face das pessoas que queremos levar à fé ou à prática da religião. Urdimos em volta delas maquinações piedosas que as exasperam e as prendem ainda mais à sua aparente submissão.




(georges chevrot, Jesus e a Samaritana, Éfeso, 1956 pg. 17)

Pensamentos inspirados à procura de Deus

À procura de Deus



Tantos pedidos, tantas súplicas!


Coloca-me no teu coração,
e tudo o mais virá por acréscimo.

jma