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Novíssimos – A Morte 9

O dia da Morte
William-Adolphe Bourgerau






Nossa Senhora revelou a Santa Brígida, que Ela própria viria assistir na hora da morte a todos os fiéis que invocassem frequentemente o seu Nome durante a vida.







(thomas de saint laurent, A Virgem Maria, ISBN: 972-26-1287-5, nr. 39)


Identificação com Deus

Reflectindo

A criatura é mais autenticamente humana na medida em que aperfeiçoa a imagem e a semelhança de Deus. Nesta determinação o homem e a mulher encontram o sentido mais profundo e mais feliz da sua existência. Temos que rejeitar a ideia, desgraçadamente difundida, de que imitar Cristo supõe um nível de conduta que nos supera. Nada mais longe da verdade. Enquanto não nos persuadirmos de que, com a graça de Deus, podemos conseguir essa identificação, significa que continuamos a pactuar com a mediocridade, renunciando à incomparável aventura de tratar Cristo de perto, como Amigo, Irmão, Mestre, Médico.

(d. javier echevarria, Getsemani, Planeta, 3ª Ed. Pg. 157)

Imortalidade da alma

Reflectindo

L’immortalité de l’âme est une chose qui nous   importe si fort, qui nous 
touche si profondément, qu’il faut avoir perdu tout sentiment pour être dans l’indifférence de savoir ce qui en est. Toutes nos actions et nos pensées doivent prendre des routes si différentes selon qu’il y aura dés biens éternels à espérer ou non, qu’il est impossible de faire une démarche avec sens et jugement, qu’en la réglant para la vue de ce point, qui doit être nôtre dernier objet. 

(pascal, Les Pensées, nr 194)


Tratado De Deo Trino 6

Art. 5 — Se em Deus há mais de duas processões.


(IV Cont Gent., cap. XXIV; De Pot., q. 9,a. 9; 10, a. 2. ad argumenta sed contra)

O quinto discute-se assim. — Parece que há em Deus mais de duas processões.

— Pois, assim como a ciência e a vontade se atribuem a Deus, assim também a potência. Se, portanto, se admitem em Deus duas processões, segundo o intelecto e a vontade, resulta que se deve admitir uma terceira, segundo a potência.

Demais. — A bondade é por excelência o princípio da processão; pois, como se disse, o bem é difusivo de si [1]. Logo, devemos admitir uma processão, em Deus, segundo a bondade.

Demais. — O vigor da fecundidade é maior em Deus que em nós. Ora, em nós não há só uma, mas muitas processões do verbo; pois de um verbo procede outro, e semelhantemente, de um, outro amor. Logo, há em Deus mais de duas processões.

Mas, em contrário, em Deus só há dois procedentes, o Filho e o Espírito Santo. Logo, só há nele duas processões.

Em Deus só se podem admitir processões segundo os actos imanentes no agente. Ora, tais actos, em a natureza intelectual e divina, são apenas dois — inteligir e querer. Pois o sentir, que também se considera como operação do que sente, está fora da natureza intelectual; nem é totalmente diverso do género de atos tendentes ao exterior, pois o sentir se completa pela acção sensível, no sentido. Donde se conclui que em Deus não pode haver outra processão, além da do Verbo e do Amor.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — A potência é princípio de acção transitiva, e por isso, fundados nela, admitimos a acção transitiva. E assim, quanto ao atributo da potência, não se admite processão da Pessoa divina, mas só das criaturas.

RESPOSTA À SEGUNDA. — A bondade, como diz Boécio, pertence à essência e não à operação [2], a não ser talvez como objecto da vontade. Donde, como é necessário admitir as processões divinas, em relação a certos actos, não se podem admitir outras processões, relativamente à bondade e atributos semelhantes, a não ser a do Verbo e a do Amor, pelas quais Deus intelige e ama a sua essência, a sua verdade e a sua bondade.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Como já demonstramos [3], Deus, por um ato simples, tudo intelige e semelhantemente tudo quer. Donde, o não poder existir nele um verbo, procedendo, de outro verbo, nem um amor procedendo de outro amor; mas existe um só Verbo perfeito com um só perfeito amor. E isto lhe manifesta a perfeita fecundidade.

SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica,



[1] 1.De Div. Nom., c. 4.
[2] De Hebd.
[3] Q. 14, a. 7; q. 19, a. 5.

O peso dos dias


Tranquilo. Sereno… Deus tem muito poucos amigos na terra. Não desejes sair deste mundo. 

Não fujas ao peso dos dias, ainda que por vezes se nos tornem muito compridos.


(
s. josemaria, Via-Sacra, 3) 

Evangelho do dia e comentário













T. Comum– XXXIV Semana




Evangelho: Lc 21, 5-11

5 Dizendo alguns, a respeito do templo, que estava ornado de belas pedras e de ricas ofertas, Jesus disse: 6 «De tudo isto que vedes, virão dias em que não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada». 7 Então interrogaram-n'O: «Mestre, quando acontecerão estas coisas, e que sinal haverá de que estão para acontecer?». 8 Ele respondeu: «Vede, não vos deixeis enganar; porque muitos virão em Meu nome, dizendo: Sou eu, está próximo o tempo. Não os sigais. 9 Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; estas coisas devem suceder primeiro, mas não será logo o fim». 10 Depois disse-lhes: «Levantar-se-á nação contra nação e reino contra reino. 11 Haverá grandes terramotos por várias partes, pestes e fomes; aparecerão coisas espantosas e extraordinários sinais no céu.

Comentário:

Quando lemos a vida dos Santos Mártires constatamos a verdade da afirmação de Cristo.

Homens e mulheres, adultos e jovens, cultos ou de escassa educação enfrentaram a morte, muitas vezes precedida de terríveis suplícios, com uma coragem, tranquilidade e, até, alegria, que muito espantavam e surpreendiam os seus algozes.

A força de Deus dava-lhes a que precisavam e as luzes do Espírito Santo proporcionavam-lhes o que deviam fazer e dizer.

O Senhor nunca falha ou esquece o que promete.

(ama, comentário sobre Lc 21, 5-11, 2010.11.14)

Tu, sempre tu, sempre o que é ‘teu’

Textos de São Josemaria Escrivá

Egoísta! – Tu, sempre tu, sempre o que é "teu". – Pareces incapaz de sentir a fraternidade de Cristo: nos outros, não vês irmãos; vês "degraus". Pressinto o teu rotundo fracasso. – E, quando te tiveres afundado, quererás que tenham para contigo a caridade que agora não queres ter. (Caminho, 31)

Repito-vos com S. Paulo: ainda que eu falasse as línguas dos homens e a linguagem dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que ressoa ou como o címbalo que tine. E ainda que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e possuísse toda a ciência, e tivesse toda a fé, de modo a mover montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres e entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, nada me aproveita.
Perante estas palavras do Apóstolo dos gentios, não faltam os que se assemelham àqueles discípulos de Cristo, que, ao anunciar-lhes Nosso Senhor o Sacramento da sua Carne e do seu Sangue, comentaram: – É dura esta doutrina; quem a pode escutar? É dura, sim. Porque a caridade que o Apóstolo descreve não se limita à filantropia, ao humanitarismo ou à natural comiseração pelo sofrimento alheio; exige a prática da virtude teologal do amor a Deus e do amor, por Deus, aos outros. (Amigos de Deus, 235)
        
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