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23/09/2011

Música e oração


    Taize - Misericordias Domini

selecção ALS

Pensamentos inspirados à procura de deus


À procura de Deus

Tantas palavras dizemos, mais da boca, 


do que vindas do coração.

São apenas palavras, não são uma 


oração!


JMA, 2011.09.23

Evangelho do dia e comentário

S. Pio de Pietrelcina














T. Comum– XXV Semana




Evangelho: Lc 9, 7-9 

7 O tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que se passava, e não sabia que pensar, porque uns diziam: 8 «É João que ressuscitou dos mortos»; outros: «É Elias que apareceu»; outros: «É um dos antigos profetas que ressuscitou». 9 Herodes disse: «Eu mandei degolar João. Quem é, pois, Este de quem ouço tais coisas?». E buscava ocasião de O ver.

Comentário:

Parece claro que, para a opinião pública, Jesus não é um mero personagem com algum interesse mas alguém com poderes e com qualidades comparáveis a João Baptista, ao grande Profeta Elias, ou a um dos Profetas da história de Israel. Para tal contribuiriam sem dúvida os numerosos milagres e actos extraordinários que se constatavam ou corriam de boca em boca.
A vontade ou desejo manifestados por Herodes em ver Jesus não passa de curiosidade, se resto, facílima de satisfazer, bastaria ir ao Seu encontro, procurá-lo para O encontrar.

Mas não, Herodes quer que Cristo vá ter com ele, que Se mostre em particular porque se tem na conta de pessoa muito importante.

Será que, também nós, não temos esta atitude de Herodes?

Não ficamos à espera que Jesus venha ao nosso encontro na encruzilhada do caminho onde permanecemos indecisos sobre que direcção tomar?

Ou tomamos, nós, a iniciativa de ir ter com Ele para Lhe perguntar:

Domine: Quid me vis facere?, Senhor: que queres que faça? [i]

(ama, comentário sobre Lc 9, 7-9, 2010.09.23)


[i] São Padre Pio Herdeiro espiritual de São Francisco de Assis, o Padre Pio de Pietrelcina foi o primeiro sacerdote a ter os estigmas da crucifixão. O Padre Pio, a quem Deus deu dons particulares e carismas, empenhou-se com todas as suas forças pela salvação das almas. Os muitos testemunhos sobre a grande santidade do Frade, chegam até aos nossos dias, acompanhados de sentimentos de gratidão. São suas intercessões providencias junto de Deus foram para muitos homens causa de cura do corpo e motivo de renovação do espírito.
O Padre Pio de Pietrelcina que se chamava Francesco Forgione, nasceu na Pietrelcina, numa pequena povoação da Província de Benevento, em 25 de Maio de 1887. Do diário do Padre Agostinho de San Marco em Lamis, o qual foi um dos directores espirituais do Padre Pio, soube-se que o Padre Pio, desde 1892 quando tinha apenas cinco anos, vivera já as suas primeiras experiências místicas espirituais. Os Êxtases e as aparições foram frequentes, mas  para o menino pareciam ser absolutamente normais.
Em 6 de Janeiro de 1903, aos dezasseis anos, entrou como clérigo na ordem dos Capuchinhos. Foi ordenado sacerdote na Catedral de Benevento, a 10 de Agosto de 1910. Esteve em vários conventos por motivo de saúde, assim, a partir de 4 Setembro de 1916 chegou ao convento de San Giovanni Rotondo, sobre o Gargano, onde ficou até 23 de Setembro de 1968, dia de seu falecimento.
Padre Pio iniciava seus dias despertando ainda de noite, muito antes da aurora, dedicando-se à oração com grande fervor aproveitando a solidão e silêncio da noite. Visitava diariamente por longas horas Jesus Sacramentado, preparando-se para a Santa Missa, e daí sempre tirou as forças necessárias, para seu grande trabalho com as almas, levando-as até Deus no Sacramento da Confissão. Atendia em confissão por longas horas, até 14 horas diárias, e assim salvou muitas almas. Foi canonizado em 16 de Junho de 2002 por João Paulo II. (coligido por ama)

A doutrina sagrada deve usar de metáforas?

Escola de Atenas
Rafael

Suma Teológica: Art. 9

(I Sent. Prol., a. 5; dist. XXXIV, q. 3, a. 1.2; III Cont. Gent., cap. CXIX; in Boet. De Trin., q. 2, a. 4)

O nono discute-se assim — Parece não dever a doutrina sagrada usar de metáforas.

1. — Pois o que é próprio de doutrina ínfima não pode convir a esta ciência, que ocupa, entre todas, o lugar supremo, como já se disse (a. 5). Ora, proceder por comparações e representações é próprio da poética, ínfima entre todas as doutrinas. Logo, usar de tais comparações não convém a esta ciência.

2. Demais — esta doutrina considera-se como ordenada à manifestação da verdade e, por isso, prémio é prometido aos seus expositores (Eccle 24, 31):  Aqueles que me esclarecem têm a vida eterna. Ora, nas comparações, a verdade se oculta. Logo, não convém a esta doutrina ensinar as coisas divinas por comparação com as corpóreas.

3. Demais — quanto mais sublimes as criaturas, tanto mais se assemelham a Deus. Se, pois, algumas delas são assimiladas, metaforicamente, a Deus, para tal hão de, necessariamente e sobretudo, ser escolhidas as mais sublimes e não as ínfimas; o que, entretanto frequentemente se encontra na Escritura.

Mas,  em contrário, a Escritura (Os 12, 10):  Eu lhes multipliquei as visões; e pela mão dos mesmos profetas fui representado. Ora, transmitir alguma coisa, com semelhança, é metafórico. Logo, é próprio da doutrina sagrada usar de metáforas.

SOLUÇÃO. — É conveniente à Sagrada Escritura transmitir as coisas divinas e espirituais por comparações metafóricas com as corpóreas. Pois, provendo Deus a todos, segundo a natureza de cada um, e sendo natural ao homem chegar, pelos sensíveis, aos inteligíveis — pois todo o nosso conhecimento começa pelos sentidos — convenientemente, a Sagrada Escritura nos transmite as coisas espirituais por comparações metafóricas com as corpóreas. E é isto o que diz Dionísio:  É impossível alumiar-nos o raio divino sem ser circumvelado pela variedade dos véus sagrados [i] .

Também convém à Sagrada Escritura, comummente proposta a todos, segundo o Apóstolo (Rm 1, 14)  Eu sou devedor a sábios e a ignorantes — propor as coisas espirituais por comparações com as corpóreas para que, ao menos assim, as compreendam os rudes, não idóneos para conceber os inteligíveis em si.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — A poética usa de metáforas para representar, pois a representação é naturalmente deleitável ao homem. Ao passo que a doutrina sagrada dela usa por necessidade e utilidade, como se disse.

RESPOSTA À SEGUNDA. — O raio da divina revelação não se destrói, como diz Dionísio, pelas figuras sensíveis que o velam, mas persiste na sua verdade. E não permitem, assim, que permaneçam nas semelhanças os espíritos aos quais foi feita a revelação; antes, eleva-os ao conhecimento dos inteligíveis e, por eles também outros se instruem no referente a tais assuntos. Por onde, o que em um lugar da Escritura é exposto metaforicamente, o é, em outros, mais expressamente. E, ainda o próprio ocultar das figuras é útil, para exercício dos estudiosos e contra a irrisão dos infiéis, dos quais diz o Evangelho (Mt 7, 6):  Não deis aos cães o que é santo.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Como ensina Dionísio [ii], é mais conveniente, pelas três razões seguintes, que as coisas divinas se transmitam, na Escritura, sob figura de corpos vis, do que sob a de corpos nobres — Primeiro, porque, assim, mais a alma humana se livra do erro; pois é manifesto que tais coisas não se dizem propriamente de Deus. O que poderia ser dúbio se as coisas divinas fossem descritas sob figuras de corpos nobres, sobretudo para aqueles que nada de mais nobre conhecem que os corpos. — Segundo, por ser este método mais conforme ao conhecimento que temos de Deus nesta vida; pois dele, mais do que aquilo que é, se nos manifesta o que não é. Por onde, as semelhanças com as coisas mais afastadas de Deus, mais verdadeiro nos tornam pensar, que as ultrapassa o que de Deus dizemos ou cogitamos. — Terceiro, porque assim mais se oculta aos indignos as coisas divinas.



[i] Caelestis Hierarchiae, cap. 1
[ii] cap. 2 Cael. Hier.

Textos de São Josemaria Escrivá

“A cruz, a Santa Cruz!, pesa”

Ao celebrar a festa da Exaltação da Santa Cruz, suplicaste a Nosso Senhor, com todas as veras da tua alma, que te concedesse a sua graça para "exaltar" a Cruz Santa nas tuas potências e nos teus sentidos... Uma vida nova! Um novo selo: para dar firmeza à autenticidade da tua embaixada..., todo o teu ser na Cruz! – Veremos, veremos. (Forja, 517)


A Cruz, a Santa Cruz!, pesa.

– Por um lado, os meus pecados. Por outro, a triste realidade dos sofrimentos da nossa Mãe a Igreja; a apatia de tantos católicos que têm um "querer sem querer"; a separação – por diversos motivos – de seres amados; as doenças e tribulações, alheias e próprias...
A cruz, a Santa Cruz!, pesa: "Fiat, adimpleatur...!". Faça-se, cumpra-se, seja louvada e eternamente glorificada a justíssima e amabilíssima Vontade de Deus sobre todas as coisas! Ámen. Ámen. (Forja, 769)

A Cruz não é a pena, nem o desgosto, nem a amargura... É o madeiro santo onde triunfa Jesus Cristo... e onde triunfamos nós, quando recebemos com alegria e generosamente o que Ele nos envia. (Forja, 788)
Sacrifício, sacrifício!... É verdade que seguir Jesus Cristo (disse-o Ele) é levar a Cruz. Mas não gosto de ouvir as almas, que amam o Senhor, falar tanto de cruzes e de renúncias; porque, quando há Amor, o sacrifício é gostoso – ainda que custe – e a cruz é a Santa Cruz.
A alma que sabe amar e entregar-se assim, enche-se de alegria e de paz. Então, porquê insistir em "sacrifício", como buscando consolações, se a Cruz de Cristo – que é a tua vida – te torna feliz? (Forja, 249)

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