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22/09/2011
Textos de São Josemaria Escrivá
A Missa é comprida, dizes, e eu acrescento: porque o teu amor é curto. (Caminho, 529).
A Santa Missa situa-nos deste modo perante os mistérios primordiais da fé, porque se trata da própria doação da Trindade à Igreja. Compreende-se assim que a Missa seja o Centro e a raiz da vida espiritual do cristão. É o fim de todos os sacramentos. Na Santa Missa, a vida da graça encaminha-se para a sua plenitude, que foi depositada em nós pelo Baptismo, e que cresce, fortalecida pela Confirmação. Quando participamos na Eucaristia, escreve S. Cirilo de Jerusalém, experimentamos a espiritualização deificante do Espírito Santo, que além de nos configurar com Cristo, como sucede no Baptismo, nos cristifica integralmente, associando-nos à plenitude de Cristo Jesus.
A efusão do Espírito Santo, na medida em que nos cristifica, leva-nos a reconhecer como filhos de Deus. O Paráclito, que é caridade, ensina-nos a fundir com essa virtude toda a vida. Por isso, feitos uma só coisa com Cristo, consummati in unum, podemos ser entre os homens o que Santo Agostinho afirma da Eucaristia: sinal de unidade, vínculo de Amor. (Cristo que passa, 87).
© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979
Evangelho do dia e comentário
7 O tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que se passava, e não sabia que pensar, porque uns diziam: 8 «É João que ressuscitou dos mortos»; outros: «É Elias que apareceu»; outros: «É um dos antigos profetas que ressuscitou». 9 Herodes disse: «Eu mandei degolar João. Quem é, pois, Este de quem ouço tais coisas?». E buscava ocasião de O ver.
Comentário:
Parece claro que, para a opinião pública, Jesus não é um mero personagem com algum interesse mas alguém com poderes e com qualidades comparáveis a João Baptista, ao grande Profeta Elias, ou a um dos Profetas da história de Israel. Para tal contribuiriam sem dúvida os numerosos milagres e actos extraordinários que se constatavam ou corriam de boca em boca.
A vontade ou desejo manifestados por Herodes em ver Jesus não passa de curiosidade, se resto, facílima de satisfazer, bastaria ir ao Seu encontro, procurá-lo para O encontrar.
Mas não, Herodes quer que Cristo vá ter com ele, que Se mostre em particular porque se tem na conta de pessoa muito importante.
Será que, também nós, não temos esta atitude de Herodes?
Não ficamos à espera que Jesus venha ao nosso encontro na encruzilhada do caminho onde permanecemos indecisos sobre que direcção tomar?
Ou tomamos, nós, a iniciativa de ir ter com Ele para Lhe perguntar:
(ama, comentário sobre Lc 9, 7-9, 2010.09.23)
[i] São Padre Pio Herdeiro espiritual de São Francisco de Assis, o Padre Pio de Pietrelcina foi o primeiro sacerdote a ter os estigmas da crucifixão. O Padre Pio, a quem Deus deu dons particulares e carismas, empenhou-se com todas as suas forças pela salvação das almas. Os muitos testemunhos sobre a grande santidade do Frade, chegam até aos nossos dias, acompanhados de sentimentos de gratidão. São suas intercessões providencias junto de Deus foram para muitos homens causa de cura do corpo e motivo de renovação do espírito.
O Padre Pio de Pietrelcina que se chamava Francesco Forgione, nasceu na Pietrelcina, numa pequena povoação da Província de Benevento, em 25 de Maio de 1887. Do diário do Padre Agostinho de San Marco em Lamis, o qual foi um dos directores espirituais do Padre Pio, soube-se que o Padre Pio, desde 1892 quando tinha apenas cinco anos, vivera já as suas primeiras experiências místicas espirituais. Os Êxtases e as aparições foram frequentes, mas para o menino pareciam ser absolutamente normais.
Em 6 de Janeiro de 1903, aos dezasseis anos, entrou como clérigo na ordem dos Capuchinhos. Foi ordenado sacerdote na Catedral de Benevento, a 10 de Agosto de 1910. Esteve em vários conventos por motivo de saúde, assim, a partir de 4 Setembro de 1916 chegou ao convento de San Giovanni Rotondo, sobre o Gargano, onde ficou até 23 de Setembro de 1968, dia de seu falecimento.
Padre Pio iniciava seus dias despertando ainda de noite, muito antes da aurora, dedicando-se à oração com grande fervor aproveitando a solidão e silêncio da noite. Visitava diariamente por longas horas Jesus Sacramentado, preparando-se para a Santa Missa, e daí sempre tirou as forças necessárias, para seu grande trabalho com as almas, levando-as até Deus no Sacramento da Confissão. Atendia em confissão por longas horas, até 14 horas diárias, e assim salvou muitas almas. Foi canonizado em 16 de Junho de 2002 por João Paulo II. (coligido por ama)
Esta doutrina é argumentativa?
Escola de Atenas Rafael |
Suma Teológica: Art. 8
(IIa IIae, q. I, a. 5, ad 2; I Sent., prol., a. 5; I Cont. Gent., cap. IX; in Boet., De Trin., q. 2, a. 3; Quodlib., IV, q. 9, a.3)
O oitavo discute-se assim — Parece que esta doutrina não é argumentativa.
1. — Pois, diz Ambrósio: Deixa os argumentos quando se procura a fé [i]. Ora, por esta doutrina procuramos principalmente a fé, pelo que diz a Escritura (Jo 20, 31): Foram escritos estes (prodígios) afim de que vós criais. Logo, a doutrina sagrada não é argumentativa.
2. Demais — se for argumentativa, há-de sê-lo pela autoridade ou pela razão. Se pela autoridade tal não lhe parece caber à dignidade, pois fragilíssimo é o argumento de autoridade, conforme Boécio [ii]. Se pela razão, isso não lhe convém ao fim, porque, segundo Gregório, não tem mérito a fé onde a razão fornece a prova [iii]. Donde, não é argumentativa a doutrina sagrada.
Mas, em contrário, diz a Escritura (Tt 1, 9) a respeito do bispo: Que abrange a palavra fiel, que é segundo a doutrina, para que possa exortar conforme à sã doutrina e convencer aos que o contradizem.
SOLUÇÃO. — Como as outras ciências não argumentam para provar os seus princípios, mas, com estes, raciocinam para demonstrar outros pontos, assim também, não argumenta esta doutrina para provar os seus princípios ou artigos da fé, senão que destes procede para mostrar outra verdade. Assim é que o Apóstolo (1 Cor 15) argumenta com a ressurreição de Cristo para provar a de todos os homens.
Cumpre, no entanto, considerar que as ciências filosóficas inferiores nem provam os seus princípios, nem disputam contra aqueles que os negam, mas isto deixam para a ciência superior. Porém, dentre elas, a suprema, a saber, a Metafísica, discute contra quem lhe nega os princípios, se o adversário concede algum ponto; mas, se nada concede, não se pode com ele discutir, bem que se lhe possam refutar as objecções. Da mesma forma, a sagrada doutrina, por não ter nenhuma superior, disputa contra quem lhe nega os princípios, com argumentos, se o adversário conceder algum ponto revelado; e assim, com as autoridades da doutrina sagrada, discutimos contra os hereges e, por um artigo da fé, contra os negadores de outro. Se, porém, o adversário não acredita em ponto algum da revelação divina, já não há meio para lhe provar com razões os artigos da fé, mas, sim, para lhe refutar as objecções contra esta, porventura assacadas. Porque, assentando a fé na verdade infalível, e sendo impossível demonstrar o contrário da verdade, claro está que as razões dirigidas contra a fé não são demonstráveis, senão argumentos refutáveis.
DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — Embora não tenham cabimento, para provar os pontos da fé, os argumentos da razão humana, todavia, com os artigos da fé, esta doutrina argumenta para provar outras verdades, segundo o sobredito.
RESPOSTA À SEGUNDA. — Muitíssimo próprio a esta doutrina é o argumentar por autoridade, sendo-lhe os princípios obtidos pela revelação; pelo que é mister acreditar na autoridade daqueles a quem a revelação foi feita. Nem isso derroga à dignidade de tal doutrina; pois, embora fragilíssima a autoridade fundada na razão humana, eficacíssima é contudo a quem assenta na revelação divina.
Apesar disso, a doutrina sagrada também usa da razão humana, não, por certo, para provar a fé, o que lhe suprimiria o mérito, senão para manifestar, de algum modo, ensinamentos seus. Pois, como a graça não tolhe, mas aperfeiçoa a natureza, importa que a razão humana preste serviços à fé, assim como a inclinação natural da vontade está às ordens da caridade. No mesmo sentido julga a Escritura (2 Cor 10,5): Reduzindo a cativeiro todo o entendimento para que obedeça a Cristo. Donde provém que a doutrina sagrada até lança mão da autoridade dos filósofos, nos assuntos em que pela razão natural puderam conhecer a verdade. Assim, Paulo alega a palavra de Arato (At 17, 28): Como disseram ainda alguns de vossos poetas: Que somos linhagem divina.
Porém, de tais autoridades se aproveita a doutrina sagrada como de argumentos estranhos e prováveis, ao passo que emprega as autoridades dos escritores canónicos como argumentos próprios e necessários. Quanto às autoridades dos outros doutores da Igreja, delas usa como argumentos próprios mas de valor provável. Porque a nossa fé se apoia na revelação feita aos Apóstolos e Profetas, que escreveram os livros canónicos; não, porém, na revelação porventura feita aos demais doutores. Donde o dizer Agostinho: Somente aos livros da Escritura, chamados canónicos, aprendi a deferir a honra de crer firmissimamente que nenhum dos seus autores erraram, que os escreveram. Os outros escritores, porém, por mais eminentes que sejam na santidade ou na doutrina, eu os leio de modo a não ter por verdadeira uma sentença só porque foi por eles aceita ou escrita [iv].