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17/09/2011

Princípios filosóficos do Cristianismo

Caminho e Luz

Princípio da substância (II):



O esquecimento da substância


Vimos que realmente não se pode demonstrar que há realidades. Isto é uma evidência. O que cabe fazer é comprovar as consequências que no campo da filosofia tem o esquecimento da substancia e, com isso, advertir as incongruências em que se cai.




josé antonio sayés, [i]  trad ama,



[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

Evolucionismo

Do Céu à Terra
A evolução do evolucionismo

Como abordou este ponto Santo Agostinho?

Santo Agostinho, há 1.600 anos, escreveu o que segue: "As sementes do vegetais e do animais são visíveis, mas há outras sementes invisíveis e misteriosas mediante as quais, por mandato do Criador, a água produziu os primeiros peixes e as primeiras aves, e a terra os primeiros rebentos e animais, segundo a sua espécie. Sem dúvida alguma, todas as coisas que vemos já estavam previstas originariamente, mas para sair à luz teve que se produzir uma ocasião favorável. Igual que as mães grávidas, o mundo está fecundado por as causas dos seres. Mas estas causas não forma criadas pelo mundo mas pelo Ser Supremo, sem o qual nada nasce e nada morre".

jose ramón ayllón, trad. ama


Música e oração


 Verdi Requiem - Barenboim - Teatro alla Scala, Teatro Colon 



selecção ALS

Pensamentos inspirados à procura de deus




À procura de Deus



Não ouves Deus a falar?

Cala um pouco o teu pedir!


JMA, 2011.09.17

Tema para breve reflexão

Reflectindo
Soberba



A soberba e a tristeza andam com frequência de mãos dadas, enquanto a alegria é património da alma humilde.


(casiano, Colaciones, 16, trad ama)

Se a doutrina sagrada é uma só ciência

Escola de Atenas
Rafael

Suma Teológica: Art. 3 
(I Sent., prol., a. 2, 4)

O terceiro discute-se assim — Não parece uma só ciência a doutrina sagrada.

1. — Pois, como diz o Filósofo [i], cada ciência se ocupa com um só género de objectos. Ora, criador e criatura, objectos da doutrina sagrada, não pertencem ao mesmo género. Logo, não é uma só ciência a doutrina sagrada.

2. — Ademais, a doutrina sagrada trata dos anjos, das criaturas corpóreas e dos costumes humanos, se bem tais assuntos respeitem a ciências filosóficas diversas. Por onde, não é uma só ciência a doutrina sagrada.

Mas,  em contrário, a ela se refere a Sagrada Escritura no singular, quando diz (Sb 10, 10):  E lhe deu a ciência dos santos.

SOLUÇÃO. — É só uma ciência a doutrina sagrada. Pois, da potência, como do hábito, deve-se determinar a unidade pelo respectivo objecto, considerado na ideia formal e não materialmente. Assim: homem, asno e pedra convêm num só conceito formal de cor, objecto da potência visiva [ii]. Ora, considerando a Sagrada Escritura vários assuntos como divinamente revelados, conforme dissemos antes (a. 1 ad 2), todas as coisas divinamente reveláveis comunicam num só conceito formal do objecto desta ciência. Donde as abrange a doutrina sagrada como sendo uma só ciência.
 Respondo
DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — A doutrina sagrada não assenta conclusões a título igual sobre Deus e as criaturas, mas sim de Deus principalmente, e das criaturas enquanto se referem a Deus como princípio ou fim; o que não tolhe a unidade da ciência.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Nada impede se distingam as potências inferiores ou hábitos por objectos, todos dependentes de uma potência ou hábito superior; pois estes últimos consideram o objecto por modo formalmente mais extenso. Assim, o sentido comum tem por objecto o sensível, que abrange o visível e o audível; por onde, apesar de ser uma só potência, estende-se a todos os objectos dos cinco sentidos. Semelhantemente, a doutrina sagrada, suposto seja uma somente, pode ocupar-se com os objectos de ciências filosóficas diversas, sob um aspecto, enquanto reveláveis divinamente; de modo que ela parece impressão da ciência divina, saber simples e singular de todos os objectos.



[i] I Poster., c. 28
[ii] Cf. I q. 59, a. 4 c; 77, a. 3 c; 79, a. 7 c; 82, a. 5 c.

Textos de São Josemaria Escrivá

"A paz de Cristo no reino de Cristo"

Um segredo. – Um segredo em voz alta: estas crises mundiais são crises de santos. – Deus quer um punhado de homens "seus" em cada actividade humana. – Depois... "Pax Christi in regno Christi" – a paz de Cristo no reino de Cristo. (Caminho, 301)

Esforça-te, se é preciso, por perdoar sempre aos que te ofenderem, desde o primeiro instante, já que, por maior que seja o prejuízo ou a ofensa que te façam, mais te tem perdoado Deus a ti. (Caminho, 452)


Característica evidente de um homem de Deus, de uma mulher de Deus, é a paz na alma: tem "a paz" e dá "a paz" às pessoas com quem convive. (Forja, 649)



Habitua-te a apedrejar com Ave-Marias esses pobres "odientos", como resposta às suas pedradas. (Forja, 650)



Santa Maria é (e assim a invoca a Igreja) a Rainha da paz. Por isso, quando se agitar a tua alma, ou o ambiente familiar ou profissional, a convivência na sociedade ou entre os povos, não cesses de aclamá-la com esse título: "Regina pacis, ora pro nobis!", Rainha da paz, roga por nós! Experimentaste-o alguma vez, quando perdeste a tranquilidade?... Surpreender-te-ás com a sua imediata eficácia. (Sulco, 874)



© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Evangelho do dia e comentário


Sábado 17 SetembroS. Roberto Belarmino – Doutor da Igreja [i]
Evangelho: Lc 8, 4-15

4 Tendo-se juntado uma grande multidão de povo e, tendo ido ter com Ele de diversas cidades, disse Jesus esta parábola: 5 «Saiu o semeador a semear a sua semente; ao semeá-la, uma parte caiu ao longo do caminho; foi calcada e as aves do céu comeram-na. 6 Outra parte caiu sobre pedregulho; quando nasceu, secou, porque não tinha humidade. 7 A outra parte caiu entre espinhos; logo os espinhos, que nasceram com ela, a sufocaram. 8 Outra parte caiu em terra boa; depois de nascer, deu fruto centuplicado». Dito isto, exclamou: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça!». 9 Os Seus discípulos perguntaram-Lhe o que significava esta parábola. 10 Ele respondeu-lhes: «A vós é concedido conhecer o mistério do reino de Deus, mas aos outros ele é anunciado por parábolas; para que “vendo não vejam, e ouvindo não entendam”. 11 Eis o sentido da parábola: A semente é a palavra de Deus. 12 Os que estão ao longo do caminho, são aqueles que a ouvem, mas depois vem o demónio e tira a palavra do seu coração para que não se salvem crendo. 13 Os que estão sobre pedregulho, são os que, quando a ouvem, recebem com gosto a palavra, mas não têm raízes; por algum tempo acreditam, mas no tempo da tentação voltam atrás. 14 A que caiu entre espinhos, representa aqueles que ouviram a palavra, porém, indo por diante, ficam sufocados pelos cuidados, pelas riquezas e pelos prazeres desta vida, e não dão fruto. 15 Enfim, a que caiu em terra boa, representa aqueles que, ouvindo a palavra com o coração recto e bom, a conservam e dão fruto com a sua perseverança.

Meditação:

Como semeias abundantemente por todos os lugares mesmo naqueles que a Tua sabedoria de Semeador Divino Te diz ser pouco provável haver fruto!

É manifesto o Teu desejo que todos os homens se salvem.

De cem almas interessam-nos cem, dizia São Josemaria.

Que me dedique a todos, que não faça acepção de pessoas, que seja Teu Apóstolo fazendo a Tua vontade e não a minha.

(ama, meditação sobre Lc 8, 4-15, 2010.09.18, Cascais)


[i] São Roberto Belarmino, Ingressou na Sociedade de Jesus  (Companhia de Jesus) em 1560. Tendo estudado em Pádua e em Lovaina, foi ordenado padre em 1570. Ensinou teologia em Lovaina até ser chamado a Roma por Gregório XII em 1576 para fazer parte do Colégio Romano (futura Universidade Gregoriana). Reitor do Colégio foi depois Provincial dos Jesuítas de Nápoles. De novo em Roma como teólogo de Clemente VIII, foi feito cardeal em 1599. Arcebispo de Cápua em 1602, ocupou também lugares na maior parte das congregações da Igreja.
Como Cardeal Inquisidor, função para qual foi nomeado pouco depois de se tornar Cardeal, participou dos julgamentos de Giordano Bruno e Galileu Galilei.
De pequena estatura física, tinha um temperamento alegre e amigável. A sua caridade para com os pobres e os aflitos era proverbial. Polemicista notável, participou nalguns dos maiores debates da época, revelando uma cultura e abertura de espírito notáveis. Foi um dos grandes da Reforma Católica que se seguiu ao Concílio de Trento. Rejeitou a sua eleição como papa no conclave de 1621.
Foi beatificado em 13 de Maio de 1923 e canonizado em 29 de Junho de 1930 pelo Papa Pio XI e declarado Doutor da Igreja em 1931. (fonte: Jesuítas, compilação de ama)