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16/09/2011

Evolucionismo

Do Céu à Terra
A evolução do evolucionismo

Evolução e criação são compatíveis?

Se o Universo é um conjunto de seres contingentes – que não têm em si mesmos a sua razão de ser –, necessariamente teve que ser criado. Criar não é transformar algo, mas sim produzir radicalmente esse algo. A evolução, em troca, ocupa-se da mudança de certos seres que previamente existem. Desta forma se vê claro que a criação e a evolução não podem entrar em conflito, porque movem-se em dois planos e em duas cronologias diferentes. Uma certeira comparação de Ernst Jünger aclara esta questão: "A teoria de Darwin não coloca nenhum problema teológico. A evolução transcorre no tempo; a criação, pelo contrário, é o seu pressuposto. Portanto, cria-se um mundo, com o qual se proporciona também a evolução: se estende-se o tapete e este começa a rodar com os seus debuxos.

jose ramón ayllón, trad. ama


Princípios filosóficos do Cristianismo

Caminho e Luz

Princípio de substância (I)

A estrutura do juízo


Ser algo comporta uma identidade consigo mesmo dentro dos limites próprios e por isso uma diferenciação do que está fora dos ditos limites, quer dizer, das outras realidades. A mesma etimologia de algo (aliguid = alud quid) implica um quid (identidade) e um aliud (diferenciação dos outros).
Se diferencia de tudo, incluindo o sujeito preceptor. É portanto uma realidade objectiva (obiectum).
Por o facto de ser algo, uma realidade, não é outras realidades. Outros entes poderão ter a mesma essência, mas ao ser outras realidades já são diferentes. Simplesmente, tudo aquilo que é uma realidade, algo, revela identidade entitativa dentro dos limites próprios e portanto se diferencia de todos os outros seres. Ser algo é uma possessão parcial do ser e portanto se diferencia de todas as outras partes do ser que existem. A limitação e a absolutez que implica são dos aspectos da realidade que conhecemos. Mas não dos co-princípios na composição real.

josé antonio sayés, [i] trad ama,


[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

Música e repouso

 Verdi - Norma - Casta diva - Renata Tebaldi 




selecção ALS

Paixão

Reflectindo
Paixão de Cristo

Depois, uma vez que fui condenado pelo juiz à morte infamante da cruz e que carregaram sobre os Meus ombros todo o peso do poder real, fui exposto à vergonha e escarnecido publicamente. Onde quer que pisasse, reconheciam-se pelo sangue as marcas dos Meus pés. À Minha passagem os judeus ululavam até atroar os ares: Suspendei-O já, suspendei esse malvado… Com ladrões criminosos fui conduzido até ao lugar da execução. Ali fui desnudado e estendido sobre a cruz jacente. Ali prenderam com sogas os Meus braços e as Minhas pernas e logo os cravaram cruelmente com cravos no madeiro da cruz, e desta forma Me penduravam, entre o Céu e a Terra, da Cruz levantada.

(benedikt baur, La Confesión frequente, Herder, ISBN 84-254-0033-3, nr. 124, trad ama)

Se a doutrina sagrada é ciência.

Escola de Atenas
Rafael

Suma Teológica: Art. 2 — 
(IIa IIae., q.1, a. 5, ad 2; I Sent., prol., a. 3. qa. 2; De Verit., q. 14 a. 9, ad 3; in Boet., De Trin., q. 2, a. 2)

O segundo discute-se assim — Parece não ser ciência a doutrina sagrada.

1. — Pois toda ciência provém de princípios por si evidentes, ao passo que procede a doutrina sagrada dos artigos da fé, inevidentes em si, por serem não universalmente aceitos;  porque a fé não é de todos, diz a Escritura (2 Ts 3, 2). Logo, não é ciência a doutrina sagrada.

2. — Ademais, do indivíduo não há ciência. Mas a doutrina sagrada trata de fatos individuais, como sejam os feitos de Abraão, Isaac, Jacob e semelhantes. Logo, não é ciência a doutrina sagrada.

Mas,  em contrário, Agostinho: A esta ciência só aquilo se atribui com que se gera, nutre, defende e corrobora a fé salubérrima [i]. Ora, a nenhuma ciência pertence tal, senão à doutrina sagrada. Por onde, é ciência a doutrina sagrada.

SOLUÇÃO. — A doutrina sagrada é ciência. Porém, cumpre saber que há dois géneros de ciências. Umas partem de princípios conhecidos à luz natural do intelecto, como a aritmética, a geometria e semelhantes. Outras provêm de princípios conhecidos por ciência superior; como a perspectiva, de princípios explicados na geometria, e a música, de princípios aritméticos. E deste modo é ciência a doutrina sagrada, pois deriva de princípios conhecidos à luz duma ciência superior, a saber: a de Deus e dos santos. Portanto, como aceita a música os princípios que lhe fornece o aritmético, assim a doutrina sagrada tem fé nos princípios que lhe são por Deus revelados.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — Os princípios de qualquer ciência, ou são por si mesmos evidentes, ou se reduzem à evidência de alguma ciência superior. E tais são os princípios da doutrina sagrada, como dissemos.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Na doutrina sagrada, os factos individuais não são tratados principalmente, senão apenas introduzidos a título de exemplo prático, como nas ciências morais; ou também no intuito de apurar a autoridade dos homens que nos transmitiram a revelação divina, na qual se funda a Sagrada Escritura ou doutrina.


[i] XIV de Trinitate

Textos de São Josemaria Escrivá

“O Grande Amigo, que nunca atraiçoa”

Procuras a companhia de amigos que, com a sua conversa e o seu afecto, com o seu convívio, te tornam mais tolerável o desterro deste mundo..., embora os amigos às vezes atraiçoem. – Não me parece mal. Mas... como é possível que não frequentes cada dia com maior intensidade a companhia, a conversa com o Grande Amigo, que nunca atraiçoa? (Caminho, 88)


A nossa vida é de Deus. Temos de gastá-la ao seu serviço, preocupando-nos generosamente com as almas e demonstrando, com a palavra e com o exemplo, a profundidade das exigências cristãs.

Jesus espera que alimentemos o desejo de adquirir essa ciência, para nos repetir: se alguém tem sede, venha a Mim e beba. E respondemos: ensina-nos a esquecermo-nos de nós mesmos, para pensarmos em Ti e em todas as almas. Deste modo, o Senhor far-nos-á progredir com a sua graça, como quando começávamos a escrever (lembrais-vos daqueles traços que fazíamos, guiados pela mão do professor?) e assim começaremos a saborear a dita de manifestar a nossa fé, que é já de si outra dádiva de Deus, também com traços inequívocos de uma conduta cristã, onde todos possam descobrir as maravilhas divinas.
É Amigo, o Amigo: vos autem dixi amicos, diz-nos Ele. Chama-nos amigos e foi Ele quem deu o primeiro passo, pois amou-nos primeiro. Contudo, não impõe o seu carinho: oferece-o. E prova-o com o sinal mais evidente da amizade: ninguém tem maior amor que o daquele que dá a vida pelos seus amigos. Era amigo de Lázaro e chorou por ele quando o viu morto. E ressuscitou-o. Por isso, se nos vir frios, desalentados, talvez com a rigidez de uma vida interior que se está a extinguir, o seu pranto será vida para nós: Eu te ordeno, meu amigo, levanta-te e anda, deixa essa vida mesquinha, que não é vida! (Cristo que passa, 93)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Evangelho do dia e comentário













T. Comum– XXIV Semana




Evangelho: Lc 8, 1-3

1 Em seguida Jesus caminhava pelas cidades e aldeias, pregando e anunciando a boa nova do reino de Deus; andavam com Ele os doze 2 e algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e de doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demónios, 3 Joana, mulher de Cusa, procurador de Herodes, Susana, e outras muitas, que os serviam com os seus bens.

Meditação:

Lembro ''as mulheres da minha vida'':

A minha Mãe que me deu o ser, me criou, esteve à minha cabeceira nas doenças graves da minha infância, me ensinou a rezar, me levou - tantas vezes - aos pés da Tua Santíssima Mãe dando-me um exemplo de devoção e confiança absolutas. A minha querida Mãe que, agora contempla a Tua face no descanso eterno, é, sem dúvida uma mulher na minha vida.

Tenho, depois aquela que comigo partilha os dias nos últimos 44 anos, luz e sal que ilumina e tempera a minha existência.

As minhas três filhas, causa da minha alegria e consolação por quem tenho um carinho sem medida.

As minhas seis netas, luz dos meus olhos visão do futuro, esperança do amanhã.

Finalmente - mas não em último -, a minha Mãe do Céu que, de modo muito especial em Fátima, invoco com confiança e amor filial, seguro como estou – e abundantes provas -, da sua especial protecção durante toda a minha vida.

(ama, meditação sobre Lc 8, 1-3, convento Monte Real, 2009.09.18)