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15/09/2011

Evolucionismo

Do Céu à Terra
A evolução exclui a Deus?

Um exemplo cervantino: se eu pergunto na aula porquê Dom Quixote enlouquece, todos os meus alunos respondem o mesmo: por ler demasiados livros de cavalaria. A resposta é correcta, evidentemente. Mas eu poderia perguntar, em seguida: Dom Quixote fica louco ao ler livros de cavalaria ou porque Cervantes o quer? Está claro que o Universo se explica graças às forças nuclear, electromagnética e gravidade. Mas também está claro que essa explicação não explica a origem dessas leis.

jose ramón ayllón, trad. ama


Princípios filosóficos do Cristianismo

Caminho e Luz

Princípio de substância (I)

A estrutura do juízo

Por sua vez, a noção de algo é, como tal, noção abstracta, válida para todas as coisas. Todavia, na sua condição de noção abstracta, não desfigura a realidade concreta. Quer dizer, a noção de algo não diz só absolutez do ser, numa abstracção que já não representa as coisas concretas, mas que diz absolutez e parcialidade do ser, e por ele designa perfeitamente a realidade concreta que está à minha frente, porque é uma realidade que, na sua singularidade concreta, se opõe ao nada absoluta e parcialmente.
A noção de algo, na sua abstracção, reflecte a realidade concreta que temos frente a nós, porque reflecte tanto a absolutez como a limitação entitativas que encerram as coisas singulares que encontramos. Numa palavra, com este conceito capto a realidade que há à minha frente na sua entidade singular, na sua concreção entitativa, porque capto ao mesmo tempo a absolutez e a limitação do seu ser. Capto que, à minha frente, há uma realidade que, na sua singularidade concreta, rejeita o nada absoluta e parcialmente. Isso é o que quero dizer quando digo: aí há algo.
Esta delimitação que temos de facto a respeito da noção de ser há que fazê-la também a respeito dos outros transcendentais: verum, bonum, etc., dizendo que a metafísica atende também a tudo aquilo que na sua concreção é bom e verdadeiro.

josé antonio sayés, [i] trad ama,



[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

Música e entretenimento

 Wagner - The Mastersingers of Nuremberg


 selecção ALS  

Tema para breve reflexão

Reflectindo
Docilidade

É tão necessária a qualidade como a docilidade, e tão inúteis e desencorajadores somos por falta de uma como da outra.



(federico suarez, A Virgem Nossa Senhora, Éfeso, 4ª Ed. nr. 96)

O confessor como educador

Pelo contrário o vínculo que se estabelece com Deus não se opõe à liberdade, uma vez que que nos desenvolve como pessoas e é a única que nos permite ser livres face a outras liberdades que na realidade são escravidões nas quais se perdem ou debilitam o próprio eu e a identidade pessoal. 
Por isso a educação penitencial do povo de Deus é uma tarefa urgente, devendo preocupar-nos em proclamar a conversão com palavras e sinais adequados, de tal maneira que a celebração do sacramento expresse o sentido que tem, tendo sido uma autêntica catástrofe espiritual o abandono da prática deste sacramento por tantos fieis. 
Tal exige uma seria catequização sobre a Penitência e uma preparação esmerada das diversas celebrações do sacramento

pedro revijano, trad ama



Pensamentos inspirados à procura de deus


À procura de Deus





Não compreendes?

Guarda no coração, como Maria.


JMA, 2011.09.15

Se, além das ciências filosóficas, é necessária outra doutrina. dia 14

Escola de Atenas
Rafael
Suma Teológica: Art. 1  
(IIa IIae., q. 2, a. 3, 4; I Sent., prol., a. 1; I Cont. Gent., cap. IV, V; De Verit., q. 14, a. 10).

O primeiro discute-se assim — Parece desnecessária outra doutrina além das disciplinas filosóficas.

1. — Pois não se deve esforçar o homem por alcançar objectos que ultrapassem a razão, segundo a Escritura (Ecle. 3, 22): Não procures saber coisas mais dificultosas do que as que cabem na tua capacidade. Ora, o que é da alçada racional ensina-se, com suficiência, nas disciplinas filosóficas; logo, parece escusada outra doutrina além das disciplinas filosóficas.

2. — Ademais, não há doutrina senão do ser, pois nada se sabe, senão o verdadeiro, que no ser se converte. Ora, de todas as partes do ser trata a filosofia, inclusive de Deus; por onde, um ramo filosófico se chama teologia ou ciência divina, como está no Filósofo [i]. Logo, não é preciso que haja outra doutrina além das filosóficas.

Mas,  em contrário, a Escritura (2 Tm 3, 16):  Toda a Escritura divinamente inspirada é útil para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir na justiça. Porém, a Escritura, divinamente revelada, não pertence às disciplinas filosóficas, adquiridas pela razão humana; por onde, é útil haver outra ciência, divinamente revelada, além das filosóficas.

SOLUÇÃO. — Para a salvação do homem, é necessária uma doutrina conforme à revelação divina, além das filosóficas, pesquisadas pela razão humana. Porque, primeiramente, o homem é por Deus ordenado a um fim que lhe excede a compreensão racional, segundo a Escritura (Is 64, 4):  O olho não viu, excepto tu, ó Deus, o que tens preparado para os que te esperam. Ora, o fim deve ser previamente conhecido pelos homens, que para ele têm de ordenar as intenções e actos. De sorte que, para a salvação do homem, foi preciso, por divina revelação, tornarem-se-lhe conhecidas certas verdades superiores à razão.

Mas também naquilo que de Deus pode ser investigado pela razão humana, foi necessário ser o homem instruído pela revelação divina. Porque a verdade sobre Deus, exarada pela razão, chegaria aos homens por meio de poucos, depois de longo tempo e de mistura com muitos erros; se bem do conhecer essa verdade depende toda a salvação humana, que em Deus consiste. Logo, para que mais conveniente e segura adviesse aos homens a salvação, cumpria fossem, por divina revelação, ensinados nas coisas divinas. Donde foi necessária uma doutrina sagrada e revelada, além das filosóficas, racionalmente adquiridas.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — Embora se não possa inquirir pela razão o que sobrepuja a ciência humana, pode-se entretanto recebê-lo por fé divinamente revelada. Por isso, no lugar citado (Ecle 3, 25), se acrescenta:  Muitas coisas te têm sido patenteadas que excedem o entendimento dos homens. E nisto consiste a sagrada doutrina.

RESPOSTA À SEGUNDA. — O meio de conhecer diverso induz a diversidade das ciências. Assim, o astrónomo e o físico demonstram a mesma conclusão, p. ex., que a terra é redonda; se bem o astrónomo, por meio matemático, abstracto da matéria; e o físico, considerando a mesma. Portanto, nada impede que os mesmos assuntos, tratados nas disciplinas filosóficas, enquanto cognoscíveis pela razão natural, também sejam objecto de outra ciência, enquanto conhecidos pela revelação divina. Donde a teologia, atinente à sagrada doutrina, difere genericamente daquela teologia que faz parte da filosofia.



[i] VI Metaphys, c. 1

Evangelho do dia e comentário

 Nossa Senhora das Dores













T. Comum– XXIV Semana




Evangelho: Lc 2, 33-35 

33 O Seu pai e a Sua mãe estavam admirados das coisas que d'Ele se diziam. 34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, Sua mãe: «Eis que este Menino está posto para ruína e ressurreição de muitos em Israel e para ser sinal de contradição. 35 E uma espada trespassará a tua alma. Assim se descobrirão os pensamentos escondidos nos corações de muitos»

Meditação:
Nossa Senhora das Angústias
Ayamonte

Ó Mater dolorosa 
junto da Cruz donde o Filho pendia
Estoicamente participando
No Sacrifício supremo, lacrimosa
Mas orando
Ao Pai que tal consente.
Ó Mater dolorosa
Que te traz aqui, Senhora minha?
Não sabes que Ele morreu?
Esse Filho teu
Teve uma morte gloriosa
Que na Cruz
Nos salvou a todos
Da morte mais horrorosa
A que ao pecado conduz.
Ó Mater Dolorosa
Como é bela a tua dor
Que torna mais preciosa
A morte do Salvador

(ama, meditação sobre Lc 2, 32-15, 2010.09.15, Convento de Monte Real)