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10/09/2011

“Os ginecologistas católicos de hoje são autênticos heróis” 4

Medicina e Apostolado


Mãe no Terceiro mundo

Uma das grandes preocupações da FIAMC e de MaterCare particularmente, explicou o doutor Simón, é que no Terceiro mundo “as mães são pouco ou mal atendidas no aspecto sanitário”.

“Falta de tudo, começando por pessoal especializado”, explicou. “No Terceiro mundo necessitam-se maternidades e nós estamos  construí-las. Agora estamos construindo uma em Isiolo, Kenia”.

Para o presidente da FIAMC, um dos primeiros objectivos é o reduzir a mortalidade materna: “Todos os dias morrem 1500 mães no mundo, amiúde sós, em países pobres. Não podemos consentir tal coisa”.

“A Medicina tem hoje todos os instrumentos para ajudar mães e filhos sem destruir nada nem ninguém. Talvez no Ocidente hoje não vejamos o filho como um bem para sempre. Cada ser humano é para sempre”.


trad ama

Evolucionismo

Do Céu à Terra
E o gradualismo no registo fóssil?

Darwin estava convencido de que "o número de elos intermédios entre as espécies actuais e as extintas teve que ter sido inconcebivelmente grande". Em cujo caso, por lógica, se estariam descobrindo constantemente fósseis de formas de transição. Mas sucede justamente o contrário: tudo o que se descobre são espécies bem definidas, que apareceram e desapareceram subitamente, como por arte de magia, no final de uma cadeia de elos. A ausência de formas de transição entre as espécies já desconcertara Darwin: "Se as espécies descendem umas das outras mediante uma fina gradação de passos imperceptíveis, porque não vemos por todos os lados um sem-fim de formas de transição? Porque não se encontra toda a Natureza numa amontoada confusão, em lugar de apresentar espécies indefinidas? 

A investigadora Lynn Margulis reconhece que nunca se viu uma mudança de espécie; que nunca se pode provocar no laboratório; que apenas se conhecem formas intermédias entre duas espécies; e que o registo fóssil, como se sabe, apresenta com frequência o contrário: a aparição e desaparição súbita de espécies bem definidas.

jose ramón ayllón, trad. ama


Princípios filosóficos do Cristianismo

Caminho e Luz

Princípio de substância (I)

A substância
O homem capta, portanto, que há realidades à sua frente de uma determinada factura. Tudo aquilo que existe no sim é uma substância. A substância é, portanto, um conceito irrenunciável não só pelas exigências do dogma eucarístico, mas também pelas exigências de um são realismo: negar que existam coisas no sim é negar a realidade. Uma das dificuldades que se levantam contra o conceito de substância é que a matéria está composta de elementos vários que fazem desaparecer o conceito da unidade ontológica das coisas. Ora bem, o problema resolve-se se tivermos em conta que cada um desses elementos é real e que, na combinação com outros, forma um conjunto (livro, lápis) que também é real e subsistente. O conceito de substância impõe-se a tudo o que percebe que as coisas que o rodeiam são reais e não produto da sua imaginação.
O que o entendimento capta é que há realidades no sim, que isto que tenho na mão é uma realidade, uma substância, algo (aliquid).
Este ponto costuma dar lugar a confusões que não favorecem em nada a metafísica. Quando, por exemplo, se diz que a metafísica estuda o ser, ou o ente, a pessoa alheia à dita ciência pergunta-se em seguida: Onde está esse ser? O mesmo acontece quando se diz que a metafísica estuda o ente. O ser ou o ente não existe e com ele comete-se uma extrapolação, uma excessiva abstracção que desorienta ao que se inicia na matéria. Outra coisa é dizer que a metafísica estuda todas as coisas (por exemplo este lápis, esta mesa) enquanto são uma realidade, um ente, uma substância, algo (aliquid).

josé antonio sayés, [i] trad ama,



[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

Música e repouso


  Victoria de los Angeles "Kaddisch" by Ravel



selecção ALS  

Tema para breve reflexão

Reflectindo
União

A união provocada pelo amor sobrenatural é mais firme e intensa (embora careça de uma fisionomia sensível) que todas as relações humanas. Por isso, no fim de contas, estão mais unidos e próximos dois cristãos que vivem em graça e jamais se viram, do que pai e filho, se um deles se encontra em pecado; e a união será tanto maior quanto maior for a intensidade do amor de Deus que possuam as suas almas.

(federico suarez, A Virgem Nossa Senhora, Éfeso, 4ª Ed. nr. 150)

É lícito vingar-se?

Parece que a vingança não é lícita, visto que:
1. Quem usurpa para si próprio o que pertence a Deus, peca, como está escrito no Livro do Deuteronómio (32, 35): “A Mim a vingança; sou Eu quem retribuo.” Logo, toda vingança é ilícita.
2. Aquele sobre quem se exerce a vingança não é tolerado. Ora, devemos tolerar os maus. Pois sobre a palavra do livro dos Cânticos: “Como um lírio entre espinhos” a Glosa comenta: “Não é bom aquele que pode tolerar os maus”. Logo, não convém vingar-se dos maus.
3. A vingança se cumpre por castigos que provocam o temor servil. Ora, como diz Agostinho, “a nova lei não é uma lei de medo, mas de amor”. Logo, pelo menos na Nova Aliança, não se deve exercer nenhuma vingança.
4. Diz-se que alguém se vinga quando consegue punir as injúrias de que foi vítima. Ora, não é lícito nem mesmo ao juiz punir aqueles que pecaram contra ele. Como diz Crisóstomo: “Aprendamos pelo exemplo de Cristo a suportar com magnanimidade as ofensas dirigidas a nós. Mas, quanto às ofensas dirigidas a Deus não devemos nem mesmo escutá-las.” Logo, a vingança parece ser ilícita.
5. Finalmente, o pecado da multidão é mais nocivo do que o pecado de um só. O livro do Eclesiástico diz: “Três coisas me causam muito medo: delação na cidade, a revolta popular e a calúnia(26, 5-6). Ora, não se deve vingar o pecado da multidão, porque, sobre a palavra de Mateus “deixai que elas cresçam junto para não arrancar o trigo também(13, 29-30), a Glosa explica: “não se deve excluir da comunidade nem o povo nem o príncipe”. Logo, nenhuma vingança é lícita.
Em sentido contrário, porém, de Deus só se pode esperar o que é bom e lícito. Mas deve-se esperar de Deus a vingança sobre os inimigos, pois diz o Evangelho de Lucas: “E Deus não vingaria seus eleitos que por Ele clamam noite e dia?(18, 7) como se dissesse: “Ele o fará com toda certeza”. Por conseguinte, a vingança não é em si mesmo má e ilícita.

A vingança se consuma quando se inflige ao pecador um mal de pena. Por conseguinte, na vingança deve-se levar em conta o ânimo daquele que a exerce. Porque se a intenção dele recai principalmente sobre o mal daquele de quem se está vingando, e nisto se compraz, então isto é absolutamente ilícito, porque o fato de se comprazer com o mal de outrem é da ordem do ódio, que repugna à caridade, pela qual devemos amar todos os homens. E ninguém se desculpa alegando querer o mal daquele que injustamente lhe fez mal; da mesma forma que ninguém se desculpa de odiar aqueles que o odeiam. Um homem não deve nunca pecar contra outro, sob a alegação de que este último pecou primeiro contra ele. Isto seria se deixar vencer pelo mal, coisa que o Apóstolo nos proíbe: “Não te deixes vencer pelo mal, mas triunfa do mal fazendo o bem”. – Mas, se a intenção de quem se vinga visa principalmente um bem que o castigo do pecador poderá produzir, como por exemplo, sua correcção, ou pelo menos sua repreensão, a tranquilidade dos outros, a preservação da justiça e a honra de Deus, neste caso a vingança pode ser lícita, observadas as outras circunstâncias devidas.
Suma Teológica II-II, q. 108, a. 1

Quanto ao exposto anteriormente deve-se dizer, portanto, que:
1. Aquele que, de acordo com sua posição, exerce a vingança contra os maus, não está usurpando para si o que é de Deus, mas está simplesmente usando de um poder que lhe foi conferido pelo próprio Deus, conforme se lê na Carta aos Romanos, a respeito do governante deste mundo: “Ele é o ministro de Deus para exercer vingança contra aquele que faz o mal”. Mas quem exerce a vingança fora da ordem estabelecida por Deus, usurpa para si o que é de Deus, e, por conseguinte, peca.
2. Os maus são tolerados pelos bons no sentido que estes suportam com paciência, na medida do possível, as injúrias pessoais; mas esta tolerância não tem cabimento no que concerne às injúrias contra Deus ou contra o próximo. Crisóstomo diz o seguinte: “É louvável suportar com paciência as injúrias pessoais. Mas permanecer insensível às injúrias contra Deus é o cúmulo da impiedade”.
3. A lei do Evangelho é uma lei de amor. Por isso, aqueles que fazem o bem por amor, os únicos aliás que pertencem de verdade ao Evangelho, não devem ficar aterrorizados pelas ameaças de castigos, mas sim, aqueles que por amor não se movem para o bem. Estes pertencem numericamente à Igreja, mas não quanto ao mérito.
4. Às vezes, a injúria contra uma pessoa recai sobre Deus e sobre a Igreja; a pessoa deve então vingar a injúria que lhe foi feita. Isto fica claro no episódio de Elias fazendo descer o fogo do céu sobre aqueles que tinham vindo prendê-lo; ou no episódio de Eliseu amaldiçoando os garotos que zombavam dele; ou no caso do Papa Silvestre, excomungando aqueles que o haviam enviado para o exílio. – Mas, quando a injúria é pessoal, é preciso tolerá-la com paciência, observadas as conveniências. Estes preceitos de paciência devem se entender de acordo com a disposição do espírito, como explica Agostinho.
5. Quando foi toda a multidão que pecou, a vingança se deve exercer sobre ela, seja em sua totalidade, como aconteceu no caso dos egípcios que, por perseguirem os filhos de Israel, foram todos afogados no Mar Vermelho, ou no caso dos habitantes de Sodoma em que todos pereceram; ou seja de maneira parcial, como no caso dos adoradores do bezerro de ouro. – Outras vezes, porém, quando se pode esperar a correcção de um grande número de pessoas, a vingança deverá recair sobre alguns dos principais culpados cujo castigo amedrontará os outros, como se lê no livro dos Números (25, 4), quando o Senhor mandou enforcar os chefes para punir o pecado da multidão.
Se o pecado não foi cometido por todo o povo, mas por uma parte dele, sempre que for possível separar os maus dos bons, a vingança deverá recair apenas sobre os culpados, contanto que isto seja possível sem risco de escândalo para os outros. Do contrário, seria melhor renunciar à punição e pôr de lado a severidade.
O mesmo se deve observar com relação ao príncipe que dirige o povo. Convém ser tolerante com o pecado dele, caso não pudesse ser punido sem escândalo na multidão. A não ser que a falta do príncipe seja de tal monta que possa produzir, no seio do povo, danos morais ou temporais mais graves do que o escândalo proveniente da punição.


Evangelho do dia e comentário













T. Comum– XXIII Semana




Evangelho: Lc 6, 43-49

43 Porque não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. 44 Porquanto cada árvore se conhece pelo seu fruto; pois nem se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos. 45 O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; o homem mau, do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala da abundância do coração. 46 «Porque Me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que Eu vos digo? 47 Todo aquele que vem a Mim, ouve as Minhas palavras, e as põe em prática, vou mostrar-vos a quem é semelhante. 48 É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou profundamente e pôs os alicerces sobre a rocha. Vindo uma inundação, investiu a torrente contra aquela casa e não pôde movê-la, porque estava bem edificada. 49 Mas quem ouve e não pratica, é semelhante a um homem que edificou a sua casa sobre a terra, sem alicerces. Investiu a torrente contra ela, e logo caiu, e foi grande a ruína daquela casa».

Comentário:

Em primeiro lugar, porque ponho atabalhoadamente o telhado antes de construir as paredes, ou porque quando quero pôr as vidraças verifico que me esqueci pôr as janelas.

O sentido prático porque em vez de construir a minha casa peça a peça, tijolo a tijolo, me preocupo muito com a decoração, enfeites, embelezamentos… eu sei lá, coisas e mais coisas – algumas nem sei bem para que servem – que vou amontoando como um tonto.

Tenho então esta casa disforme, sem nexo nenhum e muito pouco estável. Tenho feito uns arranjos aqui e ali, mas sempre com muito medo que tudo se desmorone e caia por terra.

Mas, bem vistas as coisas, para que quero eu, esta casa, Senhor?

Com a Tua ajuda começo – agora mesmo – a construir outra, mais simples e ligeira mas muito, muito segura. 

Sê, Senhor o meu arquitecto e ensina-me a entender muito bem os Teus planos para que consiga pô-los em prática.


(ama, meditação sobre Lc 6, 43-49, 2009.05.11)