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07/09/2011

Perguntas e respostas sobre Jesus de Nazaré. 41

Jesus de NazaréDe onde sai a Igreja?



“Podemos dizer que nela [na petição pela unidade que Jesus faz] se cumpre a instituição da Igreja, ainda que não se use a palavra ‘Igreja’. Com efeito, o que é a Igreja senão a comunidade dos discípulos que, mediante a fé em Jesus Cristo como enviado do Pai, recebe a sua unidade e se vê implicada na missão de Jesus de salvar o mundo levando-o ao conhecimento de Deus? A Igreja nasce da oração de Jesus”



55 Preguntas y respuestas sobre Jesús de Nazaret, extraídas del libro de Joseph Ratzinger-Benedicto XVI: “Jesús de Nazaret. Desde la Entrada en Jerusalén hasta la Resurrección”, Madrid 2011, Ediciones Encuentro. Página 81-82, marc argemí, trad. ama

É a penitência um sacramento?

Raffaello Sanzio (1483-1520),
São João Batista (1518)
Parece que a penitência não é um sacramento:


1. Com efeito, Gregório diz e encontra-se nos Decretos: “Os sacramentos são o baptismo, a crisma, o corpo e o sangue de Cristo, que são chamados sacramentos porque, sob a veste de realidades corporais, o poder divino opera invisivelmente a salvação”. Ora, isto não acontece na penitência, porque aí não se utilizam realidades corporais sob as quais o poder divino actua a salvação. Logo, a penitência não é um sacramento.
2. Além disso, os sacramentos da Igreja são administrados pelos ministros da Igreja, conforme o dito de Paulo: “Considerem-nos portanto como servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus” (1Cor 4, 1). Ora, a penitência não é administrada pelos ministros de Cristo, mas é inspirada interiormente por Deus aos homens, segundo o profeta: “Depois que me converteste, eu fiz penitência”. Logo, parece que a penitência não é um sacramento.
3. Ademais, nos sacramentos há um elemento que é o “sinal somente”, um outro que é “a realidade e o sinal” e um terceiro que é “a realidade somente”. Ora, isto não ocorre no sacramento da penitência. Logo, a penitência não é um sacramento.
EM SENTIDO CONTRÁRIO, assim como o baptismo purifica do pecado, assim também a penitência. Daí se entende o que Pedro disse a Simão: “Faça penitência, portanto, da tua maldade” (At 8, 22). Ora, o baptismo é um sacramento. Logo, pela mesma razão a penitência.

Gregório, na passagem acima citada na primeira objecção, diz: “O sacramento consiste num rito feito de tal modo que recebemos aí simbolicamente o que devemos receber santamente”. Ora, é evidente que, na penitência, o rito se faz de tal maneira que significa algo de santo, tanto da parte do pecador penitente, quanto da parte do sacerdote que o absolve. Pois o pecador penitente, pelas palavras e acções mostra ter afastado seu coração do pecado. De igual modo, o sacerdote, pelas palavras e acções dirigidas ao penitente, significa a obra de Deus que perdoa o pecado. Por isso, é claro que a penitência na Igreja é um sacramento.
Suma Teológica III, q.84, a.1

Quanto às objecções iniciais, portanto, deve-se dizer que:
1. Pelo termo “realidades corporais” entendem-se, em sentido amplo, os actos sensíveis exteriores. Eles são na penitência o que é a água no baptismo e o óleo do crisma na confirmação. Deve-se notar que nos sacramentos em que se confere uma graça superior que ultrapassa toda possibilidade da actividade humana, usa-se alguma matéria corporal exterior. Assim no baptismo, onde acontece a remissão completa dos pecados tanto no referente à culpa quanto à pena. O mesmo na confirmação, onde se confere a plenitude do Espírito Santo. Também na unção dos enfermos, onde se confere a perfeita saúde espiritual, proveniente do poder de Cristo como um princípio, de certo modo, exterior. Por isso, se existem actos humanos em tais sacramentos, não constituem parte essencial da sua matéria, mas se relacionam com eles na condição de disposição. Nos sacramentos, porém, que têm um efeito correspondente aos actos humanos, tais actos humanos sensíveis têm o lugar de matéria. É o caso da penitência e do matrimónio. Assim, nas curas corporais se aplicam, umas vezes, remédios corporais exteriores ao enfermo, tais como emplastros e xaropes, e, outras vezes, actos dos enfermos, como certos exercícios.
2. Nos sacramentos que têm matéria corporal, é necessário que ela seja administrada por um ministro da Igreja, que está no lugar de Cristo, para significar que a excelência do poder que opera no sacramento vem de Cristo. No sacramento da penitência, os actos humanos têm o lugar da matéria, provenientes de uma inspiração interior. Por isso, a matéria não é administrada pelo ministro, mas por Deus, que age no interior do pecador. O ministro assume o papel de complemento do sacramento, ao absolver o penitente.
3. No sacramento da penitência existe também um “sinal somente”: os actos realizados exteriormente, tanto pelo pecador penitente quanto pelo sacerdote que absolve. “A realidade e o sinal” é a penitência interior do pecador. “A realidade somente” e não o sinal é a remissão do pecado. O primeiro elemento, tomado na sua totalidade, é a causa do segundo. O primeiro e o segundo são a causa do terceiro.


Evolucionismo

Do Céu à Terra
A evolução do evolucionismo

O que sustenta Darwin na Origem das espécies?

Na introdução à O origem das espécies, livro canónico sobre a evolução, Charles Darwin reconhece que esteve equivocado durante anos, quando pensava que cada espécie tinha sido criada em separado: "Depois do estudo mais detido e do juízo mais desapaixonado de que sou capaz, não posso abrigar a menor dúvida de que a opinião que a maior parte dos naturalistas mantiveram até há pouco, e que eu próprio mantive anteriormente, sobre que cada espécie foi criada independentemente, é errónea". Continuando, Darwin declara o seu convencimento de que as espécies descem umas das outras, e dedica tudo o livro a argumentar essa hipótese. Não final retoma esta ideia: "Autores eminentíssimos parecem estar completamente satisfeitos com a teoria de que cada espécie foi criada de forma independente. Penso, se conjuga melhor com o que conhecemos das leis impressas na matéria pelo Criador, ou que a produção e a extinção dos habitantes passados e presentes do mundo sejam devidas a causas secundarias, como as que determinam o nascimento e a morte dos indivíduos".

jose ramón ayllón, trad. ama


Princípios filosóficos do Cristianismo

Caminho e Luz

Princípio de substância (I)

A substância

Res sunt: há coisas, existem realidades. Este é o ponto de partida da reflexão filosófica. A filosofia parte da constatação de que existem coisas antes que nada: res sunt. Esta é a primeira evidência que o homem tem e dela nasce a filosofia. O facto de que as coisas existem constitui o fundamento inamovível da especulação filosófica. É uma primeira evidência que de nenhum modo admite demonstração. Se não captássemos isto, seríamos simplesmente animais.
Supomos esta realidade das coisas sempre que pensamos. Nem sequer poderíamos falar de não conhecer as realidades que nos rodeiam como tais realidades. Com efeito, a linguagem simbólica consiste em que o homem dá a cada realidade que existe um nome que a significa e representa. Mas isto não seria possível se não as conhecesse previamente como realidades distintas na sua subjectividade: res sunt. Diz categoricamente Gilson: «se o ente constitui o primeiro objecto do intelecto uma vez concebido, ele deve-se a que ele resulta imediatamente percebido: res sunt, ergo cogito».

josé antonio sayés, [i] trad ama,


[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Tornou-se alimento, fez-se Pão”


O maior louco que houve e haverá é Ele. Cabe maior loucura do que entregar-se como Ele se entrega e a quem se entrega? Porque loucura teria sido ficar como um Menino indefeso; mas, assim, ainda muitos malvados se enterneceriam, sem se atreverem a maltratá-lo. Pareceu-lhe pouco: quis aniquiliar-se mais e dar-se mais. Tornou-se alimento, fez-se Pão. – Divino Louco! Como te tratam os homens?... Eu próprio? (Forja, 824)


Lembremo-nos da experiência tão humana da despedida de duas pessoas muito amigas. Desejariam ficar sempre juntas, mas o dever – ou seja o que for – obriga-as a afastar-se uma da outra. Não podem, portanto, continuar uma junto da outra, como seria do seu gosto. Nestas ocasiões, o amor humano, que por maior que seja, é sempre limitado, costuma recorrer aos símbolos. As pessoas que se despedem trocam lembranças entre si, talvez uma fotografia onde se escreve uma dedicatória tão calorosa, que até admira que não arda o papel. Mas não podem ir além disso, porque o poder das criaturas não vai tão longe como o seu querer.

Ora o que não está na nossa mão, consegue-o o Senhor. Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito Homem, não deixa um símbolo, mas uma realidade. Fica Ele mesmo. Embora vá para o Pai, permanece entre os homens. Não nos deixará um simples presente que nos faça evocar a sua memória, alguma imagem que tenda a apagar-se com o tempo, como uma fotografia que a pouco e pouco se vai esvaindo e amarelecendo até perder o sentido para quem não interveio naquele momento amoroso. Sob as espécies do pão e do vinho está Ele, realmente presente, com o seu Corpo, o seu Sangue, a alma e a sua Divindade. (Cristo que passa, 83)


© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Música e entretenimento

 Mozart: The Marriage of Figaro


selecção ALS

Tema para breve reflexão

Vida interior






A vida interior não consiste em pensar muito, mas em amar muito.






(Stª. teresa d’ávila, Castelo Interior, IV, 1, 7. P. 686, trad do cast por ama)

Pensamentos inspirados à procura de deus



À procura de Deus

Mais do que procurar Deus, é importante, deixar-se encontrar por Deus.


JMA, 2011.09.07

Evangelho do dia e comentário













T. Comum– XXIII Semana




Evangelho: Lc 6, 20-26

17 Descendo com eles, parou numa planície. Estava lá um grande número dos Seus discípulos e uma grande multidão de povo de toda a Judeia, de Jerusalém, do litoral de Tiro e de Sidónia,
20 Levantando os olhos para os Seus discípulos, dizia: «Bem-aventurados vós os pobres, porque vosso é o reino de Deus. 21 Bem-aventurados os que agora tendes fome, porque sereis saciados. Bem-aventurados os que agora chorais, porque haveis de rir. 22 Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, vos repelirem, vos carregarem de injúrias e rejeitarem o vosso nome como infame, por causa do Filho do Homem. 23 Alegrai-vos nesse dia e exultai, porque será grande a vossa recompensa no céu. Era assim que os pais deles tratavam os profetas. 24 «Mas, ai de vós, os ricos, porque tendes já a vossa consolação. 25 Ai de vós os que estais saciados, porque vireis a ter fome. Ai de vós os que agora rides, porque gemereis e chorareis. 26 Ai de vós, quando todos os homens vos louvarem, porque assim faziam aos falsos profetas os pais deles.

Comentário:

Bem-aventurado significa «feliz», «ditoso», e em cada uma das Bem-aventuranças começa Jesus prometendo a felicidade e assinalando os meios para a conseguir. 

Porque começará Nosso Senhor falando da felicidade? 

Porque em todos os homens existe uma tendência irresistível para ser felizes; este é o fim que todos os seus actos propõem; mas muitas vezes procuram a felicidade onde não se encontra, onde não acharão senão miséria.

(j. garrigou lagrange, Las tres edades de la vida interior, Vol I, nr. 188, trad ama)