Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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21/08/2011
Tema para breve reflexão
As palavras de Cristo são ao mesmo tempo, palavras de juízo e de graça, de morte e de vida: e isto, que vale, em primeiro lugar, das pessoas, vale também dos diversos bens deste mundo que estão marcados tanto pelo pecado do homem como pela bênção de Deus. Por si mesmo e pelas suas próprias forças não há ninguém que se liberte do pecado e se eleve acima de si mesmo, ninguém absolutamente que se liberte a si mesmo da doença, da sua solidão ou da sua escravidão, mas todos precisam de Cristo como modelo, mestre, libertador, salvador, vivificador. De facto, na história humana, mesmo sob o ponto de vista temporal, o Evangelho foi um fermento de liberdade e de progresso e apresenta-se sempre como fermento de fraternidade, de unidade e de paz.
(concílio vaticano II, Decreto Ad Gentes Divinitus, nr. 8, trad do cast ama)
TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
Não queiras ser como aquele catavento dourado do grande edifício; por muito que brilhe e por mais alto que esteja, não conta para a solidez da obra. – Oxalá sejas sempre como um velho silhar oculto nos alicerces, debaixo da terra, onde ninguém te veja; por ti não desabará a casa. (Caminho, 590)
Deixa-me que te recorde, entre outros, alguns sinais evidentes de falta de humildade:
– pensar que o que fazes ou dizes está mais bem feito ou mais bem dito do que o que os outros fazem ou dizem;
– querer levar sempre a tua avante;
– discutir sem razão ou, quando a tens, insistir com teimosia e de maus modos;
– dar a tua opinião sem ta pedirem ou sem a caridade o exigir;
– desprezar o ponto de vista dos outros;
– não encarar todos os teus dons e qualidades como emprestados;
– não reconhecer que és indigno de toda a honra e estima, inclusive da terra que pisas e das coisas que possuis;
– citar-te a ti mesmo como exemplo nas conversas;
– falar mal de ti mesmo, para fazerem bom juízo de ti ou te contradizerem;
– desculpar-te quando te repreendem;
– ocultar ao Director algumas faltas humilhantes, para que não perca o conceito que faz de ti;
– ouvir com complacência quem te louva, ou alegrar-te por terem falado bem de ti;
– doer-te que outros sejam mais estimados do que tu;
– negar-te a desempenhar ofícios inferiores;
– procurar ou desejar singularizar-te;
– insinuar na conversa palavras de louvor próprio, ou que dão a entender a tua honradez, o teu engenho ou destreza, o teu prestígio profissional...;
– envergonhar-te por careceres de certos bens... (Sulco, 263)
© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979
Evangelho do dia e comentário
S. Pio X [i]
13 Tendo chegado à região de Cesareia de Filipe, Jesus interrogou os Seus discípulos, dizendo: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?». 14 Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». 15 Jesus disse-lhes: «E vós quem dizeis que Eu sou?». 16 Respondendo Simão Pedro, disse: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo». 17 Respondendo Jesus, disse-lhe: «Bem-aventurado és, Simão filho de João, porque não foi a carne e o sangue que to revelaram, mas Meu Pai que está nos céus. 18 E Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus, e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus». 20 Depois ordenou aos Seus discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Cristo.
Comentário:
A pergunta não é descabida, tentemos responder:
Jesus, alguns dirão, é Aquele a Quem recorro sempre que preciso e faço-o com toda a confiança;
Para mim, dirá outro, é o Salvador, O que veio propositadamente para nos salvar a todos;
Já eu acho que Cristo é o verdadeiro Filho de Deus...etc., etc.
Todas as respostas estarão, em princípio, certas mas, quantas referem a Cruz?
Não se pode separar Cristo da Cruz porque foi nela que, Ele, cumprindo a vontade do Pai, nos redimiu e salvou definitivamente abrindo-nos as portas da Vida Eterna.
Jesus Cristo não é o Deus particular, individual que muitos desejam ter ao serviço das suas necessidades do momento.
Embora Se humilhe fazendo-se igual a nós em tudo menos no pecado, Ele é de todos, a Sua Morte na Cruz foi por toda a humanidade passada, presente e futura.
(ama, comentário sobre Mt 16, 13-19, 2011.06.29)
[i] São Pio X , nascido Giuseppe Melchiorre Sarto; Riese, 2 de Junho de 1835 — Roma, 20 de Agosto de 1914), foi o 257.º Papa. O seu pontificado decorreu de 4 de Agosto de 1903 até à data da sua morte. Ficou conhecido como o "Papa da Eucaristia" e foi o primeiro Papa a ser canonizado desde Pio V (1566 – 72)
Era o segundo de dez filhos de uma família rural da província de Treviso. Ordenado em 1858, estudou direito canónico e a obra de São Tomás de Aquino. Em 10 de Novembro de 1884 foi elevado a Bispo de Mântua, e em 1896 a Patriarca de Veneza sendo eleito Papa em 4 de Agosto de 1903 com 55 dos 60 votos possíveis no conclave.
O seu lema era "Renovar todas as coisas em Cristo", expresso na sua encíclica Ad Diem Illum. Por esta razão, foi um defensor intransigente da ortodoxia doutrinária e governou a Igreja Católica com mão firme numa época em que esta enfrentava um laicismo muito forte e diversas tendências do modernismo, encarado por ele como a síntese de todas as heresias nos campos dos estudos bíblicos e teologia.
Pio X introduziu grandes reformas na liturgia e codificou a Doutrina da Igreja Católica, sempre num sentido tradicional e facilitou a participação popular na Eucaristia. Foi um Papa pastoral, encorajando estilos de vida que reflectissem os valores cristãos. Permitiu a prática da comunhão eucarística frequente e fomentou o acesso das crianças à Eucaristia quando da chegada à chamada idade da razão. Promoveu ainda o estudo do canto gregoriano e do catecismo (ele próprio foi autor de um catecismo, designado por Catecismo de São Pio X). Criou a Pontifícia Comissão Bíblica e colocou as bases do Código de Direito Canónico, promulgado em 1917 após a sua morte. Publicou 16 encíclicas.
Pio X não receou provocar uma crise com a França quando condenou o presidente francês por visitar Victor Emmanuel III, Rei de Itália, com quem a Igreja estava de más relações desde a tomada dos Estados Papais na unificação italiana, em 1870. Entre as consequências deste embate cita-se a completa separação entre Igreja e Estado em França e a expulsão dos Jesuítas. Teve como secretário de Estado o famoso cardeal Merry del Val.
Na lápide do seu túmulo na Basílica de São Pedro no Vaticano, lê-se: A sua tiara era formada por três coroas: pobreza, humildade e bondade. Foi beatificado em 1951 e canonizado em 3 de Setembro de 1954 por Pio XII.
Encíclicas:
Acerbo Nimis (15 de Abril de 1905); Ad Diem Illum Laetissimum (2 de Fevereiro de 1904); Communium Rerum (21 de Abril de 1909); Editae Saepe (26 de Maio de 1910); E Supremi (4 de Outubro de 1903); Gravissimo Officii Munere (10 de Agosto de 1906); Iamdudum (24 de Maio de 1911); Il Fermo Proposito (11 de Junho de 1905); Iucunda Sane (12 de Março de 1904); Lacrimabili Statu (7 de Junho de 1912); Pascendi Dominici Gregis (8 de Setembro de 1907); Pieni L'Animo (28 de Julho de 1906); Singulari quadam (24 de Setembro de 1912); Tribus Circiter (5 de Abril de 1906); Une Fois Encore (6 de Janeiro de 1907); Vehementer Nos (11 de Fevereiro de 1906)