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21/08/2011

Música e repouso

Mozart Andante in C major for Flute and Orchestra, KV


315






selecção ALS  

Tema para breve reflexão

Reflectindo
Fermento



As palavras de Cristo são ao mesmo tempo, palavras de juízo e de graça, de morte e de vida: e isto, que vale, em primeiro lugar, das pessoas, vale também dos diversos bens deste mundo que estão marcados tanto pelo pecado do homem como pela bênção de Deus. Por si mesmo e pelas suas próprias forças não há ninguém que se liberte do pecado e se eleve acima de si mesmo, ninguém absolutamente que se liberte a si mesmo da doença, da sua solidão ou da sua escravidão, mas todos precisam de Cristo como modelo, mestre, libertador, salvador, vivificador. De facto, na história humana, mesmo sob o ponto de vista temporal, o Evangelho foi um fermento de liberdade e de progresso e apresenta-se sempre como fermento de fraternidade, de unidade e de paz.

(concílio vaticano II, Decreto Ad Gentes Divinitus, nr. 8, trad do cast ama)


TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Oxalá sejas como um velho silhar oculto”

Não queiras ser como aquele catavento dourado do grande edifício; por muito que brilhe e por mais alto que esteja, não conta para a solidez da obra. – Oxalá sejas sempre como um velho silhar oculto nos alicerces, debaixo da terra, onde ninguém te veja; por ti não desabará a casa. (Caminho, 590)


Deixa-me que te recorde, entre outros, alguns sinais evidentes de falta de humildade:

– pensar que o que fazes ou dizes está mais bem feito ou mais bem dito do que o que os outros fazem ou dizem;
– querer levar sempre a tua avante;
– discutir sem razão ou, quando a tens, insistir com teimosia e de maus modos;
– dar a tua opinião sem ta pedirem ou sem a caridade o exigir;
– desprezar o ponto de vista dos outros;
– não encarar todos os teus dons e qualidades como emprestados;
– não reconhecer que és indigno de toda a honra e estima, inclusive da terra que pisas e das coisas que possuis;
– citar-te a ti mesmo como exemplo nas conversas;
– falar mal de ti mesmo, para fazerem bom juízo de ti ou te contradizerem;
– desculpar-te quando te repreendem;
– ocultar ao Director algumas faltas humilhantes, para que não perca o conceito que faz de ti;
– ouvir com complacência quem te louva, ou alegrar-te por terem falado bem de ti;
– doer-te que outros sejam mais estimados do que tu;
– negar-te a desempenhar ofícios inferiores;
– procurar ou desejar singularizar-te;
– insinuar na conversa palavras de louvor próprio, ou que dão a entender a tua honradez, o teu engenho ou destreza, o teu prestígio profissional...;
– envergonhar-te por careceres de certos bens... (Sulco, 263)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
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Evangelho do dia e comentário

S. Pio X [i]













T. Comum– XXI Semana




Evangelho: Mt 16, 13-20

13 Tendo chegado à região de Cesareia de Filipe, Jesus interrogou os Seus discípulos, dizendo: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?». 14 Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». 15 Jesus disse-lhes: «E vós quem dizeis que Eu sou?». 16 Respondendo Simão Pedro, disse: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo». 17 Respondendo Jesus, disse-lhe: «Bem-aventurado és, Simão filho de João, porque não foi a carne e o sangue que to revelaram, mas Meu Pai que está nos céus. 18 E Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus, e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus». 20 Depois ordenou aos Seus discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Cristo.

Comentário:

Quem dizemos nós que é Jesus Cristo?
A pergunta não é descabida, tentemos responder:

Jesus, alguns dirão, é Aquele a Quem recorro sempre que preciso e faço-o com toda a confiança;
Para mim, dirá outro, é o Salvador, O que veio propositadamente para nos salvar a todos;
Já eu acho que Cristo é o verdadeiro Filho de Deus...etc., etc.
Todas as respostas estarão, em princípio, certas mas, quantas referem a Cruz?
Não se pode separar Cristo da Cruz porque foi nela que, Ele, cumprindo a vontade do Pai, nos redimiu e salvou definitivamente abrindo-nos as portas da Vida Eterna.
Jesus Cristo não é o Deus particular, individual que muitos desejam ter ao serviço das suas necessidades do momento.

Embora Se humilhe fazendo-se igual a nós em tudo menos no pecado, Ele é de todos, a Sua Morte na Cruz foi por toda a humanidade passada, presente e futura.
(ama, comentário sobre Mt 16, 13-19, 2011.06.29)


[i] São Pio X , nascido Giuseppe Melchiorre Sarto;  Riese,  2 de Junho de 1835   Roma,  20 de Agosto de 1914), foi o 257.º Papa. O seu pontificado decorreu de 4 de Agosto de 1903 até à data da sua morte. Ficou conhecido como o "Papa da Eucaristia" e foi o primeiro Papa a ser canonizado desde Pio V  (1566 – 72)

Era o segundo de dez filhos de uma família rural da província de Treviso. Ordenado em 1858, estudou direito canónico e a obra de São Tomás de Aquino. Em 10 de Novembro de 1884 foi elevado a Bispo de Mântua, e em 1896 a Patriarca de Veneza sendo eleito Papa em 4 de Agosto de 1903 com 55 dos 60 votos possíveis no conclave.
O seu lema era "Renovar todas as coisas em Cristo", expresso na sua encíclica Ad Diem Illum. Por esta razão, foi um defensor intransigente da ortodoxia doutrinária e governou a Igreja Católica com mão firme numa época em que esta enfrentava um laicismo muito forte e diversas tendências do modernismo, encarado por ele como a síntese de todas as heresias nos campos dos estudos bíblicos e teologia.
Pio X introduziu grandes reformas na liturgia e codificou a Doutrina da Igreja Católica, sempre num sentido tradicional e facilitou a participação popular na Eucaristia. Foi um Papa pastoral, encorajando estilos de vida que reflectissem os valores cristãos. Permitiu a prática da comunhão eucarística frequente e fomentou o acesso das crianças à Eucaristia quando da chegada à chamada idade da razão. Promoveu ainda o estudo do canto gregoriano e do catecismo (ele próprio foi autor de um catecismo, designado por Catecismo de São Pio X). Criou a Pontifícia Comissão Bíblica e colocou as bases do Código de Direito Canónico, promulgado em 1917 após a sua morte. Publicou 16 encíclicas.
Pio X não receou provocar uma crise com a França quando condenou o presidente francês por visitar Victor Emmanuel III, Rei de Itália, com quem a Igreja estava de más relações desde a tomada dos Estados Papais na unificação italiana, em 1870. Entre as consequências deste embate cita-se a completa separação entre Igreja e Estado em França e a expulsão dos Jesuítas. Teve como secretário de Estado o famoso cardeal Merry del Val.
Corpo incorrupto

Na lápide do seu túmulo na Basílica de São Pedro no Vaticano, lê-se: A sua tiara era formada por três coroas: pobreza, humildade e bondade. Foi beatificado em 1951 e canonizado em 3 de Setembro de 1954 por Pio XII.
Encíclicas:
Acerbo Nimis (15 de Abril de 1905); Ad Diem Illum Laetissimum (2 de Fevereiro de 1904); Communium Rerum (21 de Abril de 1909); Editae Saepe (26 de Maio de 1910); E Supremi (4 de Outubro de 1903); Gravissimo Officii Munere (10 de Agosto de 1906); Iamdudum (24 de Maio de 1911); Il Fermo Proposito (11 de Junho de 1905); Iucunda Sane (12 de Março de 1904); Lacrimabili Statu (7 de Junho de 1912); Pascendi Dominici Gregis (8 de Setembro de 1907); Pieni L'Animo (28 de Julho de 1906); Singulari quadam (24 de Setembro de 1912); Tribus Circiter (5 de Abril de 1906); Une Fois Encore (6 de Janeiro de 1907); Vehementer Nos (11 de Fevereiro de 1906)