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05/08/2011

O meu corpo

Conta, peso e medida
Os sofrimentos físicos são um bem para o corpo?

Aparentemente não, pois precisamente o corpo sofre.

Mas na realidade o corpo nem sofre nem goza – veja-se um cadáver -; quem padece é a pessoa.

E a pessoa pode ser feliz no meio de dores físicas se sabe que está adquirindo um grande bem.

Por exemplo, um mártir sofre muito, mas ganha a felicidade.

A sua dor corporal momentânea é fonte de gozo eterno para ele - alma e corpo -.

Ideasrapidas, trad ama

2011.08.05

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Não é difícil converter o trabalho em oração”

Trabalhemos, e trabalhemos muito e bem, sem esquecer que a nossa melhor arma é a oração. Por isso, não me canso de repetir que havemos de ser almas contemplativas no meio do mundo que procuram converter o seu trabalho em oração. (Sulco, 497)

Convencei-vos de que não se torna difícil converter o trabalho num diálogo de oração. Basta oferecê-lo a Deus e meter mãos à obra, pois Ele já nos está a ouvir e a alentar. Assim, nós, no meio do trabalho quotidiano, conquistamos o modo de ser das almas contemplativas, porque nos invade a certeza de que Deus nos olha, sempre que nos pede uma nova e pequena vitória: um pequeno sacrifício, um sorriso à pessoa importuna, começar pela tarefa menos agradável e mais urgente, ter cuidado com os pormenores de ordem, ser perseverante no dever quando era tão fácil abandoná-lo, não deixar para amanhã o que temos de terminar hoje... E tudo isto para dar gosto ao Nosso Pai Deus! Entretanto, talvez sobre a tua mesa ou num lugar discreto que não chame a atenção, para te servir de despertador do espírito contemplativo, pões o crucifixo, que já se tornou para a tua alma e para a tua mente o manual onde aprendes as lições de serviço.
Se te decidires – sem fazer coisas esquisitas, sem abandonar o mundo, no meio das tuas ocupações habituais – a entrar por estes caminhos de contemplação, sentir-te-ás imediatamente amigo do Mestre e com o encargo divino de abrir os caminhos divinos da terra a toda a humanidade. Sim, com esse teu trabalho contribuirás para que se estenda o reinado de Cristo em todos os continentes e seguir-se-ão, uma atrás da outra, as horas de trabalho oferecidas pelas longínquas nações que nascem para a fé, pelos povos do leste barbaramente impedidos de professar com liberdade as suas crenças, pelos países de antiga tradição cristã onde parece que se obscureceu a luz do Evangelho e as almas se debatem nas sombras da ignorância...
Que valor adquire então essa hora de trabalho, esse continuar com o mesmo empenho durante um pouco mais de tempo, alguns minutos mais, até rematar a tarefa. Convertes assim, de um modo prático e simples, a contemplação em apostolado, como necessidade imperiosa do coração, que pulsa em uníssono com o dulcíssimo e misericordioso Coração de Jesus, Nosso Senhor. (Amigos de Deus, 67)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Música e repouso

 John Denver & Julie Andrews -  "Edelweiss" –


 1987



agrad als 



Tema para breve reflexão

Reflectindo
Esperança

Existe a esperança humana do lavrador quando semeia, do marinheiro que empreende uma travessia, do comerciante quando inicia um negócio... Pretende-se chegar a um bem, a um fim humano: uma boa colheita, chegar ao porto a que se tomou rumo, uns bons ganhos... E existe a esperança cristã, que é essencialmente sobrenatural e, portanto, está muito acima do desejo humano de ser ditoso e da natural confiança em Deus. Por esta virtude tendemos para a vida eterna, para uma dita sobrenatural, que não é outra coisa que aposse de Deus: ver a Deus como Ele próprio se vê, amá-Lo como Ele Se ama. E ao tender para Deus fazemo-lo com os meios que Ele nos prometeu, e que nunca nos faltarão se nós não os rejeitarmos. O motivo fundamental pelo qual esperamos alcançar este bem infinito é que Deus nos dá a Sua mão, segundo a Sua misericórdia e o Seu infinito amor, ao qual nós correspondemos com o nosso querer, aceitando com amor essa mão que Ele nos estende.

(R. garrigou-lagrange, Las tres edades de la vida interior, Palabra, 2ª ed., Madrid 1975, vol. II, pg. 738, trad ama)   

Evangelho do dia e comentário







T. Comum– XVIII Semana




Evangelho: Mt 16, 24-28

24 Então, Jesus disse aos Seus discípulos: «Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. 25 Porque quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de Mim, acha-la-á. 26 Pois, que aproveitará a um homem ganhar todo o mundo, se vier a perder a sua alma? Ou que dará um homem em troca da sua alma? 27 Porque o Filho do Homem há-de vir na glória de Seu Pai com os Seus anjos, e então dará a cada um segundo as suas obras. 28 Em verdade vos digo que, entre aqueles que estão aqui presentes, há alguns que não morrerão antes que vejam vir o Filho do Homem com o Seu reino».
Comentário:

Ah a cruz! A cruz de cada dia que é de cada um, pesada, leve, é, quase sempre, feita por nós. Como dizia São Filipe de Néri «os homens são frequentemente os carpinteiros das suas próprias cruzes».
O que tem o Senhor a ver com a nossa cruz?
Tem muito a ver porque Ele próprio carregou com ela ou, pelo menos com a parte mais pesada, mais penosa de transportar.
A Cruz que levou às costas para o monte Calvário tinha o peso de todos os pecados, faltas, omissões e desvarios de todos os homens e de todos os tempos. A nossa cruz do dia-a-dia tem só o peso das faltas que fomos acrescentando pela nossa fragilidade; são muitas as faltas…o peso é maior, são poucas e sem grande relevo…é mais levadeira.
A nossa cruz e a Cruz da Redenção têm em comum que para serem levadas precisam do Senhor, dos Seus ombros fortes, da Sua ajuda preciosa.
Sozinhos, não a moveremos um milímetro!

(AMA, comentário sobre Mt 16, 24-28, 2077.06.20)