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13/07/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos
O melhor que tens a fazer é eleger um local onde não tenhas de suportar essas “agressões” visuais.

Escolhe um espaço grande, aberto, onde as pessoas não estejam todas umas em cima das outras.

Não se trata de te isolares mas procurares um lugar onde possas estar à-vontade com a tua família, os teus amigos.

2011.07.13

CRISE É CONSEQUÊNCIA DA PERDA DA DIGNIDADE HUMANA

Crise
Resposta à crise económica: “Humanae Vitae” e “Populorum progressio”

Na origem da crise económica mundial, existe uma evolução negativa sobre a concepção da dignidade do homem: do homem centro da criação progressivamente se passou ao homem produtor, consumidor, ao câncer da sociedade, homem inútil e custoso, como os idosos.
   
Esta é uma das reflexões que surgiram sobre o tema “Consequência da crise económica”, no evento realizado no último dia 6 de Julho, na embaixada da Itália junto à Santa Sé.

Intervieram o professor Gotti Tedeschi, presidente do IOR (Instituto das Obras de Religião); o vice-presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Maurizio Lupi; o administrador na Itália do Santander Private Banking, Stefano Boccadoro; e o embaixador da Itália na Santa Sé, Francesco Maria Greco.

O presidente do IOR sugeriu o que se pode ler nas entrelinhas da encíclica Caritas in Veritate. “Bento XVI nos diz que não temos que colocar a culpa nos instrumentos quando na verdade somos nós que os usamos mal. Não são os instrumentos que devem mudar, mas o homem. A medicina, a economia etc., são instrumentos; o que os torna mais ou menos éticos é como o homem os usa.”

O banqueiro italiano indicou que, na introdução da encíclica, o Papa explica que a origem da crise está no niilismo dominante e na perda progressiva dos valores, e em não ter levado em consideração duas encíclicas anteriores.

Em outras palavras, “na origem desta crise está o facto de não ter respeitado inteiramente a vida e a dignidade do homem (a Humanae Vitae) e o tipo de progresso que o homem deve seguir, um progresso ideal (a Populorum Progressio)”.

Gotti Tedeschi considerou que a crise nasce da paulatina perda de consciência da dignidade da pessoa humana, o que, no final das contas, se reduz a um problema: “se o homem é filho de Deus ou se é a evolução de uma bactéria. E se o fim justifica os meios e, por conseguinte, a vida não tem sentido. A diferença está em que, na visão laicista, a vida não tem um sentido sobrenatural”.

Por outro lado, centrando-se directamente no âmbito económico, o vice-presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Maurizio Lupi, afirmou que é necessário fugir do pensamento “mais regras, mais estado e menos mercado”.

“Esta é uma tentação que não pode ser considerada, especialmente se entendemos que é a pessoa quem é capaz de sair da crise. O problema não é colocar mais regras, mas solicitar o melhor da pessoa.”

Ele considerou, além disso, que existe um desafio educativo. Não se trata somente de leis ou de ajudas económicas, mas de ter uma concepção própria da pessoa, da família e da empresa, elementos que dão vida ao próprio fundamento da acção.

INFORMAÇÕES MUITO BREVES   [De vez em quando]

Ah, estavas aí, Senhor!

Onde estás Tu, Senhor?
Procuro-te e não Te encontro! Escondeste-te, por acaso, de mim?

Como queres Tu que eu caminhe, se não vejo a tua luz, se não me iluminas o caminho?
Não vês os meus olhos abertos, tentado perscrutar a escuridão? Não vês os meus braços estendidos, tentado detectar os obstáculos? Não vês os meus ouvidos atentos, tentando ouvir a tua voz? Não vês os meus passos incertos, que quase me fazem tombar?

Onde Te escondes, Senhor, que me deixas assim sozinho percorrer os caminhos da vida?
Tenho medo, Senhor, não percebes? Não vês a minha intranquilidade, a minha angústia?

Procuro-te em todo o lado, Senhor, sirvo-me de tudo, da minha inteligência, da minha racionalidade, de tudo o que aprendi, e nada, Senhor, não Te encontro!

Procuro-te no cimo das montanhas, no fundo dos oceanos, na brisa leve e no forte vento, no tempo e no espaço, e não Te encontro, Senhor!
Mas não estavas Tu em todo o sítio, em todas as coisas, sempre e em cada momento?
Porque não Te encontro, então, Senhor?

Tacteio a escuridão, tento afastar com as mãos as trevas que me envolvem, abro desmedidamente os olhos, grito com toda a minha força, e nada, Senhor, não Te encontro, não me respondes!

Sento-me à beira da estrada da vida, inclino-me e coloco a minha cabeça entre as mãos.
Calo-me, faço silêncio e lentamente envolvo-me com um novelo, e entro dentro de mim.
Já nada me interessa, não quero ouvir mais nada, não quero olhar mais nada, quero apenas conhecer-me, entrar no meu coração e deixar que ele me acalme, com os restos de amor que ainda nele são pobre bálsamo.

Uma calma, uma paz, uma tranquilidade tomam conta de mim.

Parece-me agora que sou todo coração. Já não são os meus olhos que vêem, nem os meus ouvidos que ouvem. Já não são as minhas mãos que se estendem, nem os meus pés que caminham. Já não é a minha cabeça que pensa, nem a minha boca que fala.
Sinto, cada vez mais, que agora sou todo e apenas coração.

Ouço então uma voz que me chama:
Joaquim, Joaquim, Joaquim, Eu estou aqui! Vive-me no teu coração!

A vida que não se encontrava, retoma cor e alegria, porque a Vida verdadeira, se faz vida na minha vida, e eu exclamo num grito imenso:
Ah, estavas aí, Senhor!



Monte Real, 11 de Julho de 2011
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Música e repouso

Grazielle Almeida - Mozart - Concerto nº3 para Piano e Orquestra 

 


PENSAMENTOS INSPIRADOS À PROCURA DE DEUS 91


À procura de Deus



A Palavra de Deus é viva e eficaz, se o coração se abrir à Vida.



jma, 2011.07.13

Lição do Rato! Uma fábula para refletir...

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.
Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.
Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:

- Há ratoeira na casa, ratoeira na casa!!!

A galinha:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e:

- Há ratoeira na casa, ratoeira!!!
- Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, de resto, a mim, não me apoquenta.
O rato dirigiu-se à vaca e:

- Há ratoeira na casa!!!

- O quê? Ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!

Então o rato voltou para casa abatido.

Naquela noite, ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando uma vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que estava preso. No escuro, ela não percebeu que a ratoeira tinha apanhado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital.
Ela voltou com febre.
Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou no seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.

A mulher não melhorou e acabou morrendo.

Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

Moral da História:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco.

O problema de um é problema de todos!

PS.: excelente fábula de uma pedagogia muito apropriada para os tempos actuais.

"Nós aprendemos a voar como os pássaros,
a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a conviver como irmãos. "



agrad JMA

OPUS DEI - Trabalho

(…) O Senhor serve-se de nós como archotes, para que essa luz ilumine e dê calor aos nossos contemporâneos. Depende de nós que muitas pessoas não continuem nas trevas, mas que andem por caminhos que conduzem à vida eterna.

(…) Trabalhar é certamente uma actividade orientada a fazer frente às necessidades económicas pessoais e familiares. Mas não podemos esquecer, como ensinou S. Josemaria que o trabalho deve ser muito mais do que isto. Porque o trabalho “nasce do amor, manifesta o amor e orienta-se para o amor”. Claro que o trabalho não é um castigo para uma alma de fé. Mas nem sempre é,....como devia ser...”santificar o trabalho, santificar-se no trabalho e santificar com o trabalho”. Se não existe espírito de serviço, se não agimos com rectidão de intenção, se não bloqueamos as exigências instintivas do nosso eu não trabalharemos como gente que sabe que não se pode limitar a cumprir, mas a amar que é...exceder-se nos próprios deveres.

mons. antónio barbosa, Homilia por ocasião da festa de São Josemaria  2011.06.25 

Laicismo e a Religião.

Conta, peso e medida
Há um padrão de governo comum?

O laicismo tenta que a base ética do Estado seja o ateísmo, mas isto é uma postura que tampouco deve ser obrigatória. 

Então, o que é que é comum a todos os homens? 
Precisamente o facto de ser homens. 

Por isto, as regras éticas do Estado deverão basear-se no que é próprio da natureza humana, na chamada lei natural. 

(O ateísmo é a menos natural das posturas religiosas). 

Por outras palavras: a base está na dignidade da pessoa humana.

Ideiasrapidas, trad ama

Confidências de alguém

Confidências de Alguém

Nota de AMA: 
Estas “confidências” têm, obviamente, um autor, que não se revela; foram feitas em tempo indeterminado, por isso não se lhes atribui a data. O estilo discursivo revela, obviamente, que se tratam de meditações escritas ao correr da pena. A sua publicação deve-se a ter considerado que, nelas se encontram muitas situações e ocorrências que fazem parte do quotidiano que, qualquer um, pode viver.


Aflições


Senhor, aqui estou eu na Tua presença, uma vez mais, aflito.

Tudo cai à minha volta.
Como vou fazer, Senhor?
Não sei como encarar tudo isto, não sei como hei-de resolver estes problemas.
Decidi já que não vou fazer o mais fácil, para tirar dos meus ombros esta pressão, arranjaria, com certeza, problemas maiores que os que já tenho.
Deposito tudo nas Tuas mãos Senhor.
Desculpa este abuso da Tua bondade e misericórdia enormes, sem medida, mas não tenho mais ninguém a quem recorrer.
Tu sabes bem as minhas fraquezas e os meus defeitos.
Eu luto contra eles mas não posso ir mais além porque sou um fraco e constantemente volto atrás em todos os meus propósitos e determinações.
Sou efectivamente um fraco e não posso estar a pôr em risco toda a minha família e a minha própria vida com esta maneira de ser e proceder.

Oh Senhor, ajuda-me!

Faz de conta que eu sou doido, que não tenho juízo, guia-me Tu Senhor, sempre e em cada momento.
Eu bem sei que, nestas aflições, me lembro muito de Ti e recorro à Tua magnanimidade mas, que quando obtenho o que quero, me esqueço de Te agradecer e entro em desvario.
Tudo isto é verdade, Senhor, e eu reconheço que não valho nada.
Estou como aquele pior filho Teu que faz exactamente o contrário do que diz e procede sempre da mesma forma, não obstante as promessas de mudança.
Tenho este carácter assim, feio como as coisas feias, e despido de seriedade.
Não sou sério, é isso...

Meu Jesus:
Podes Tu, ainda desta vez, amparar este Teu filho que Te implora auxilio?
Não pelos meus merecimentos, de modo algum, mas porque sou Teu filho e confio em Ti e dependo de Ti para tudo!
Olha para mim Senhor, não me abandones a mim mesmo.
Ajuda-me a atravessar estes maus momentos para poder encarar-te com mais tranquilidade.

Eu não sei bem o que digo Jesus, e peço-te desculpa desta minha forma de falar contigo.
Que hei-de eu fazer, senão falar contigo assim, coração nas mãos, contrito pelas minhas contínuas faltas e esperançado na Tua misericórdia.
Tenho a certeza que me ouves, Senhor, é mesmo a única certeza que tenho.
Tu não me abandonarás. Estarás sempre a meu lado.

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Como queres que te ouçam?”

Corres o grande perigo de te conformares com viver (ou pensar que deves viver...) como um "bom rapaz", que se hospeda numa casa arrumada, sem problemas, e que não conhece senão a felicidade. Isso é uma caricatura do lar de Nazaré. Cristo, justamente porque trazia a felicidade e a ordem ao mundo, saiu a propagar esses tesouros entre os homens e mulheres de todos os tempos. (Sulco, 952)


Parecem-me muito lógicas as tuas ânsias de que a humanidade inteira conheça a Cristo. Mas começa pela responsabilidade de salvar as almas dos que convivem contigo, de santificar cada um dos teus companheiros de trabalho ou de estudo... Esta é a principal missão de que o Senhor te encarregou.. (Sulco, 953)

Comporta-te como se de ti, exclusivamente de ti, dependesse o ambiente do lugar onde trabalhas: ambiente de laboriosidade, de alegria, de presença de Deus e de visão sobrenatural.
Não entendo a tua debilidade. Se tropeças com um grupo de colegas um pouco difícil (que talvez tenha chegado a ser difícil por desleixo teu...), esqueces-te deles, pões-te de parte, e pensas que são um peso morto, um lastro que se opõe aos teus ideais apostólicos; que nunca te entenderão...
Como queres que te ouçam, se (dando por descontado que os ames e sirvas com a tua oração e a tua mortificação) não falas com eles?...
Quantas surpresas apanharás no dia em que te decidas a criar amizade com um, com outro e com outro! Além disso, se não mudas, poderão exclamar com razão, apontando-te a dedo: "Hominem non habeo!", não tenho quem me ajude! (Sulco, 954)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Evangelho do dia e comentário







T. Comum– XV Semana





Evangelho: Mt 11, 25-27

25 Então Jesus, falando novamente, disse: «Eu Te louvo ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e aos prudentes, e as revelaste aos pequeninos. 26 Assim é, ó Pai, porque assim foi do Teu agrado. 27 «Todas as coisas Me foram entregues por Meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai; nem ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.

Meditação:

A falsa prudência de muitos leva-os, infelizmente, a desprezar as verdades mais elementares da fé.
Precisam de “provas”, testemunhos, garantias e, com esta atitude põem em risco a sua salvação.
Porquê?
Porque ninguém ama o que não conhece e como conhecerão Deus os que constantemente levantam entraves à Sua doutrina aos Seus ensinamentos?
Pelo contrário, as pessoas simples estão, assim, de coração aberto e disponível para ouvir e, ouvindo, entenderem imediatamente o bem que o Senhor quer dos homens e para os homens: que compreendam e aceitem a Sua doutrina e a Sua palavra.
(ama, meditação sobre Mt 11, 25-27, 2011.06.16)