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07/07/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos
A experiência de muitos autores espirituais que sabem muito bem “estas 
coisas”, aconselha que se deve fazer em primeiro lugar o que não pode deixar de ser feito.

Assim, no teu plano de férias, põe logo à cabeça: horas de oração, de leitura espiritual, de uma visita ao Santíssimo, a Santa Missa.

2011.07.07

Porque te queixas

Ainda pensas que tens o salário baixo?

Música e repouso

Mozart Sinfonía nº 41 "Jupiter" - VPO Karl Bohm (1 de 4)



Monserrat Caballé: Deus está junto de nós continuamente

MONTSERRAT CABALLE-1.JPGA minha vida não teria sentido sem o canto, sem a arte. Sem este dom de exprimir de maneira excepcional, privilegiada, o amor, a bondade, o patriotismo, os meus sentimentos mais íntimos, mais nobres, mais elevados. Poder partilhar esses sentimentos com os outros é a minha maior satisfação.

Há muitos anos alguém me ofereceu “Caminho” onde estão compendiados pensamentos que ajudam a encontrar Cristo, e aí tive ocasião de ler: É preciso convencermo-nos de que Deus está junto de nós continuamente. - Vivemos como se o Senhor estivesse lá longe, onde brilham as estrelas, e não consideramos que também está sempre ao nosso lado. Estas palavras animaram-me a viver de fé no meu trabalho, a não me esquecer de rezar antes de entrar em cena, a falar com Deus, de uma maneira ou de outra, ao longo do dia, para entender que a minha fé pode ultrapassar o meu âmbito pessoal.

Porém a minha vida não teria sentido sem a minha família, sem todo o conjunto de valores que me rodeiam. Assim, se por imperativos profissionais, tenho de me deslocar e viajar de um extremo ao outro do globo, sempre procuro os espaços necessários para cuidar desses valores: a fidelidade, a união e o amor para com os amigos. Nesse sentido, as palavras de João Paulo II na sua carta “No início do novo milénio” são muito reconfortantes: A caridade converter-se-á então necessariamente em serviço à cultura, à política, à economia, à família, para que em todo o mundo se respeitem os princípios fundamentais de que depende o destino do ser humano e o futuro da civilização.

Tudo isto: o meu trabalho, a minha família procurei elevá-los através da fé que professo e me faz esperar o prémio maior, o êxito mais surpreendente, a alegria no coração dos que procuram o Senhor.

INFORMAÇÕES MUITO BREVES   [De vez em quando]

Liberalização do aborto - Irreversível, porquê? -

Quase por acaso, a eventual alteração da lei que entre nós liberalizou o aborto foi abordada na recente campanha eleitoral. A uma hipotética e remota possibilidade de alteração dessa lei foi dada uma veemente resposta por muitos políticos: «podem tirar o cavalinho da chuva»; «a sociedade não volta para traz»; seria «um retrocesso civilizacional». Se os partidários da liberalização não pararam enquanto não convocaram um segundo referendo depois da derrota no primeiro, igual direito não é reconhecido aos adversários dessa liberalização quanto à eventual convocação de um terceiro referendo. Parece, assim, que estamos no domínio do intocável e do irreversível.

Esta ideia de uma inexorável lei histórica choca, porém, com os princípios que regem as democracias e as sociedades abertas, onde, como também foi a propósito salientado, temas como este não podem ser “tabu”. «O futuro está aberto» - salientava Karl Popper quando contrapunha esses princípios à visão marxista de uma história fechada e pré-determinada.
E essa suposta irreversibilidade também não é confirmada pela história recente. A Polónia tem hoje, e na sequência da queda do regime comunista, uma legislação que restringe acentuadamente o aborto, com reflexos efectivos na sua prática, depois de ter conhecido uma experiência de verdadeira banalização. A opinião pública dos Estados Unidos – confirmam-no os mais recentes estudos – aceita cada vez menos o status quoda liberalização do aborto - de que esse país foi pioneiro desde o longínquo ano de 1973 - e a tendência pró-vida é aí hoje quase maioritária. Por estes dias, discute-se na Rússia uma alteração legislativa, com motivações de ordem ética e demográfica, tendente à restrição do aborto (designadamente o fim do seu financiamento público), cuja prática chega actualmente aos 74 por cada 100 nascimentos.
Quanto ao “retrocesso civilizacional”, uma ideia não deixa de me vir à mente.
No Império Romano, os primeiros cristãos distinguiam-se do comum das pessoas por não aderirem a uma prática então generalizada: a morte ou abandono de crianças recém-nascidas e não desejadas. Assim o afirma a célebre Carta a Dioneto, que traça um retrato desse grupo. Ilustres filósofos gregos e latinos aceitaram essa prática sem remorsos. Se hoje ela nos choca, devemo-lo às raízes judaico-cristãs da nossa cultura. Na tutela da vida, em especial das crianças, dos deficientes, dos mais débeis e indefesos, identificamos um sinal de autêntico progresso civilizacional. Progressos civilizacionais, encontramo-los no cada vez menos frequente recurso à pena de morte, ou à guerra como forma de resolução dos conflitos. É a cada vez mais acentuada tutela da vida humana que pode representar um progresso civilizacional. Não certamente o contrário.
Assistimos hoje, porém, ao requestionar da ilicitude moral do infanticídio. Influentes filósofos como Peter Singer e Michael Tooley defendem a licitude dessa prática. A razão fundamental tem a ver com a “desumanização” da criança recém-nascida a partir de argumentos que também serviram para “desumanizar” o feto e assim legitimar o aborto; se o feto não é pessoa, também não o é a criança recém-nascida; se o feto deficiente não tem direito à vida, também não o terá a criança recém-nascida com uma deficiência que só então possa ser detectada. Afinal, o que distingue substancialmente um ser humano pouco antes ou pouco depois de nascer?
Não será certamente este um “progresso civilizacional”. Regressamos a visões pré-cristãs que se pensariam superadas, além do mais porque também contrárias a qualquer visão humanista.
Para muitos, e por isto mesmo, a liberalização do aborto nunca poderá ser vista como “progresso civilizacional”. Têm, pelo menos, o direito de ser ouvidos e considerados, e não marginalizados como “ultra-conservadores “ ou “ultra minoritários”.

pedro vaz patto

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Aprendei a fazer o bem”

Quando estiveres com uma pessoa, tens de ver nela uma alma: uma alma que é preciso ajudar, que é preciso compreender, com quem é preciso conviver e que é preciso salvar. (Forja, 573)


Agrada-me citar umas palavras que o Espírito Santo nos comunica pela boca do profeta Isaías: discite benefacere, aprendei a fazer o bem. (...)
A caridade para com o próximo é uma manifestação do amor a Deus. Por isso, ao esforçarmo-nos por melhorar nesta virtude, não podemos fixar nenhum limite. Com o Senhor, a única medida é amar sem medida, pois, por um lado jamais chegaremos a agradecer suficientemente o que Ele tem feito por nós e, por outro, assim se revela o mesmo amor de Deus às suas criaturas: com excesso, sem cálculo, sem fronteiras.
A misericórdia não se limita a uma simples atitude de compaixão; a misericórdia identifica-se com a superabundância da caridade que, ao mesmo tempo, traz consigo a superabundância da justiça. Misericórdia significa manter o coração em carne viva, humana e divinamente repassado por um amor rijo, sacrificado e generoso. (Amigos de Deus, 232)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Laicismo e a Religião.

Conta, peso e medida
Em que se baseia o laicismo?



Para instaurar as suas teses, o laicismo baseia-se em duas ideias correctas mas mal entendidas: 

a separação Igreja-Estado e a liberdade religiosa.



Ideiasrapidas, trad ama

Tema para breve reflexão

Reflectindo
Quarto Mandamento – Estudante

Não é vulgar que um estudante se acuse, em confissão, de faltar ao quarto Mandamento pelo facto de ser cábula e ter reprovado nos exames, embora se trate de coisas de que precisamente os pais se possam orgulhar; também não é frequente acusarem-se de omissões, quando o normal acerca deste Mandamento é faltarem por não fazerem o que deviam ter feito.

(federico suarez, A Virgem Nossa Senhora, Éfeso, 4ª Ed. nr. 157)

PENSAMENTOS INSPIRADOS À PROCURA DE DEUS 88


À procura de Deus



Vem Espírito Santo!


Só Tu me podes moldar, à vontade do meu Senhor.



jma, 2011.07.07

Evangelho do dia e comentário

Btº Diogo Carvalho [i]






T. Comum– XIV Semana


Evangelho: Mt 10, 7-15

7 Ide, e anunciai que está próximo o Reino dos Céus. 8 «Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, lançai fora os demónios. Dai de graça o que de graça recebestes. 9 Não leveis nos vossos cintos nem ouro, nem prata, nem dinheiro, 10 nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão; porque o operário tem direito ao seu alimento. 11 «Em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, informai-vos de quem há nela digno de vos receber, e ficai aí até que vos retireis. 12 Ao entrardes na casa, saudai-a, dizendo: “A paz seja nesta casa”. 13 Se aquela casa for digna, descerá sobre ela a vossa paz; se não for digna, a vossa paz tornará para vós. 14 Se não vos receberem nem ouvirem as vossas palavras, ao sair para fora daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés. 15 Em verdade vos digo que será menos punida no dia do juízo a terra de Sodoma e de Gomorra do que aquela cidade.

Comentário:

Despido de coisas supérfluas, nu de roupagens excessivas e atavios desnecessários, lanço-me à tarefa que me ordenas, meto ombros aos encargos que me entregas sem me deter a considerar as minhas misérias, o pouco que sou, o nada que valho.

Se o fizesse, ficaria parado, aturdido pela grandeza da tarefa para os meus fraquíssimos recursos.

Não!

Se me escolhes é porque me encontras préstimo;
Se me chamas é porque desejas que corresponda.

Por isso e sem mais Te digo: Ecce ego quia vocasti me! [ii]

(ama, meditação sobre Mt 10, 7-15, 2010.07.08)


[i] Beato Diogo de Carvalho
Nasceu em Coimbra onde se fez jesuíta apenas com 16 anos, mas foi em Macau que terminou os estudos de teologia e foi ordenado sacerdote. Em 1609 era missionário no Japão.
A fim de poder evangelizar em tempo de grande perseguição, refugiou-se numa região mineira até ao dia em que umas pegadas na neve o denunciaram e foi preso com 10 dos seus fiéis seguidores. No inverno de 1624, foram os onze prisioneiros submetidos ao tormento dos tanques de água gelada, morrendo um após outro. O Padre Diogo de Carvalho sobreviveu ainda cinco dias à morte do último.
Pio IX beatificou-o em 1867.
[ii] Eis-me aqui porque me chamaste