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12/06/2011

Imaculado Coração de Maria e Portugal

Neste dia, festa do teu Imaculado Coração, venho pedir-te que não esqueças, o 
que em Fátima prometeste aos Pastorinhos.

A devoção deste povo ao teu Imaculado Coração é bem expressa nas dezenas e centenas de milhares de portugueses que seguem o teu andor nas procissões em tua honra e não só em Fátima mas por tantos outros lugares e cidades de Portugal como ainda, há poucos dias, no Porto

Não deixes de atender às nossas súplicas de filhos desnorteados e confusos neste vendaval que o inimigo, cuja cabeça esmagada pelo teu calcanhar, parece ressurgir com furor redobrado atacando a sociedade no mais profundo dos seus alicerces: a família.

Com a promulgação de leis torpes e iníquas que, no fundo, mais não fazem que tornar públicos os pecados privados, por mais aberrantes que possam ser; o ataque ''cerrado'' aos jovens desde a mais tenra idade, pervertendo e destruindo a sacralidade do corpo humano, tudo isto, Senhora Minha, deve amargurar o teu Coração Imaculado de forma indizível.

Talvez seja chegada a hora de intervires novamente na história desta Nação milenar que soçobra.

E, se não for ainda o momento, peço-te que o abrevies e nos dês a força e o ânimo que tanto precisamos. Ámen.

(ama, Convento em Monte Real, 2010.06.12)

De novo, passado um ano e neste mesmo local, apelo ao teu Coração de Mãe:
precisamos de ti, Portugal necessita que a sua Rainha governe e mande, oriente e instrua os seus filhos no regresso que urgentemente se impõe a caminhos correctos e saudáveis, de vida limpa e séria que nos últimos tempos parece ter abandonado com as consequências terríveis que se adivinham.

Que estes anos de dificuldades e privações que aí vêm sirvam de cautério e desagravo.

Não nos abandones, Senhora, nesta hora de suma gravidade. Ámen.

(ama, Convento em Monte Real, 2011.06.12)



(ama, Convento em Monte Real, 2011.06.12)

Pentecostes

Estão todos reunidos no Cenáculo. Maria está com eles. Ninguém fala. Uma espécie de torpor os invade. O Senhor, o doce Jesus Ressuscitado tinha subido ao Céu.

Ainda lhes custava a crer no que acontecera depois da tragédia da paixão e Morte do Mestre: a Sua extraordinária Ressurreição, os dias que passara com eles, instruindo-os com as ultimas recomendações, como deviam fazer, como actuar, enfim, a tantas coisas que os seus espíritos simples não conseguiam abarcar na totalidade.

Era necessário partir. “Anunciai o Evangelho, o Meu Reino, ordenara o Senhor. E eles queriam cumprir fielmente o mandato. Mas como? Mal sabiam falar, nem na sua língua natal conseguiam ordenar as palavras de modo que o discurso da Redenção tivesse sentido, fosse compreendido?

Pedro é, talvez, o mais abatido de todos. Jesus tinha-o instituído em chefe da Sua Igreja. Era necessário dar ordens, instruções. Planear actividades de cada um. Eram tão poucos, e a tarefa que adivinhavam era tão grande!
Nossa Senhora com certeza rezava, incutindo serenidade, confiança.
Foi quando as línguas de fogo acompanhadas de vento forte, descem a pairar sobre as suas cabeças.

Que prodígio era aquele? Que mais lhes reservava o Senhor?

De repente, tudo se torna claro como água, não há mistérios indecifráveis, não há dificuldades intransponíveis. Qualquer língua, qualquer idioma já não tem segredos. Olham-se a princípio atónitos mas, depois, compreendem: O Espírito Santo que o Senhor prometera enviar-lhes, chegara e derramara sobre eles a Sua Sabedoria, a Sua Ciência, a Sua tremendíssima força e coragem.

Pedro sabe já perfeitamente o que têm de fazer. Vê com clareza as tarefas a distribuir a cada um, e nenhum deles hesita um segundo. Com segurança, com confiança ilimitada, fazem os poucos preparativos para a viagem que cada um vai empreender. Não são precisos discursos, nem preparar temas de palestras. Têm a certeza que as palavras apropriadas surgirão no momento certo. Sabem já que se conduzirão com perfeita harmonia com a Vontade e instruções do Mestre.

Um ultimo adeus, um derradeira saudação à Mãe do senhor e aos que ficam com Ela e, cada um, com a bagagem mais simples e ligeira, parte pelo caminho que não mais deixará de ser percorrido.

Naquele instante, do Cenáculo, saem todos os caminhos, todas as estradas da terra que levam a todos os lugares, que conduzem a todos os homens. Desde então, não mais parou essa peregrinação, essas viagens de evangelização das gentes.

Divino Espírito Santo, poderoso Senhor que dás o discernimento, a confiança, a coragem, possa eu também, conhecer as Tuas instruções. Possa eu agir com clara rectidão em toda a minha vida. Possa eu ser digno da força e da coragem, da perseverança e determinação que incutes com a Tua Graça.
Derrama sobre mim as línguas de fogo até que me abrase de tal forma o entendimento que fique cego e surdo a tudo quanto não seja a Tua vontade desejos.

ama, 1988.02.19

TEXTOS DE S. JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Preocupação de apostolado”         

Se não mostrares – com a tua oração, com o teu sacrifício, com a tua acção – uma constante preocupação de apostolado, é sinal evidente de que te falta felicidade e de que tem de aumentar a tua fidelidade. Quem tem a felicidade, o bem, procura dá-lo aos outros.
(Forja, 914)
Quando calcares de verdade o teu próprio eu e viveres para os outros, só então serás instrumento apto nas mãos de Deus.
Ele chamou – chama – os seus discípulos, e manda-lhes: "Ut eatis!" – Ide buscar a todos. (Forja, 915)
"In modico fidelis!". Fiel no pouco... – O teu trabalho, meu filho, não é só salvar almas, mas santificá-las, dia a dia, dando a cada um dos instantes, mesmo aos aparentemente vulgares, vibração de eternidade. (Forja, 917)
Assim como a imensa maquinaria de dúzias de fábricas pára, fica sem força, quando a corrente eléctrica se interrompe, também o apostolado deixa de ser fecundo sem a oração e a mortificação que movem o Coração Sacratíssimo de Cristo. (Forja, 919)

http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979
© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Vinde Espírito Santo

Veni Sancte Spiritus

Veni Sancte Spiritus, também chamada de “Sequência de Pentecostes”, é a sequência prescrita para a Missa de Pentecostes na liturgia romana. É atribuída ao Papa Inocêncio III ou ao Arcebispo de Canterbury Estêvão Langton (Stephen Langton), que a teria composto por volta de 1200. Veni Sancte Spiritus é uma das quatro Sequências medievais que foram preservadas no Missal Romano publicado em 1570, fruto do Concílio de Trento (1545-63). É utilizada ainda hoje.

Veni, Sancte Spiritus
Vinde, Espírito Santo
et emitte caelitus
enviai dos céus
lucis tuae radium!
um raio de luz!
Veni, pater pauperum
Vinde, Pai dos pobres
veni, dator munerum
vinde, doador de dons
veni, lumen cordium.
vinde, luz dos corações.
Consolator optime
Consolo que acalma
dulcis hospes animae
doce hóspede da alma
dulce refrigerium.
doce alívio.
In labore requies
No labor descanso
in aestu temperies
na aflição remanso
in fletu solatium.
no calor aragem.
O lux beatissima
Enchei, luz beatíssima
reple cordis intima
chama que crepita
tuorum fidelium.
o íntimo de nós.
Sine tuo numine
Sem a tua luz
nihil est in homine
nada o homem pode
nihil est innoxium.
nenhum bem há nele.
Lava quod est sordidum
lava o que é sujo
riga quod est aridum
rega o que é árido
sana quod est saucium.
curai o doente.
Flecte quod est rigidum
Dobrai o que é duro
fove quod est frigidum
aquece o que é frio
rege quod est devium.
abre caminho nas trevas.
Da tuis fidelibus
Dá aos teus fiéis
in te confidentibus
que confiam em ti
sacrum septenarium.
teus sete dons.
Da virtutis meritum
dai em prêmio da virtude
da salutis exitum
uma santa morte
da perenne gaudium.
alegria eterna.
Amen, Alleluia.
Amém, aleluia.

João Paulo II e o Opus Dei

Entrevista com D. Javier Echevarría, prelado do Opus Dei, por ocasião da beatificação de João Paulo II.

Num dos convites que recebemos do Papa para almoçar nos aposentos pontifícios, D. Álvaro falou da necessidade de fomentar as confissões, para facilitar às pessoas o reencontro com o Senhor, sensibilizando os sacerdotes e os leigos para que participassem neste apostolado. Para ilustrar o que dizia, relatou algumas histórias dos bons resultados que se tinham obtido pelo mundo com este modo de ajudar as almas. João Paulo II, com um sorriso de assentimento, comentou: “O Senhor faz-me lembrar os bons párocos zelosos dos meus tempos, que gastavam as suas vidas com esta maneira de atender as almas que amavam com todas as suas forças”. Outras vezes, em conversas semelhantes, o Papa dizia, referindo-se aos fiéis do Opus Dei, leigos e sacerdotes: “Vocês têm o carisma da Confissão”. Sei que o dizia também a outras pessoas, porque nos foi comentado, ao falar da Obra.

michele dolz, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet, 2011/05/16
2011.06.12

Teologia do Corpo e “Pureza Amadurecida”



Doutrina


oão Paulo II explica que os casais que praticam a abstinência requerida pelo planeamento familiar natural estão consideravelmente aptos a atingir a “Pureza Amadurecida” já que ordenam as suas vidas no aspecto sexual conforme as práticas apropriadas da sexualidade. 
Realmente, conheço muitos casais que praticam a sua fé Católica devotamente, que compreendem e vivem o sentido esponsal do corpo, e que, de facto, atingiram um elevado grau de “Pureza Amadurecida”. 

O seu amor pelos seus cônjuges, conduzi-os à disciplina dos movimentos dos seus “corações” e “pensamentos” de tal forma que já não experimentam nenhuma atracção séria por outrem que não o cônjuge. 

De facto, experimentam a “redenção do corpo” que Cristo prometeu aos que O seguirem.


Qualquer programa de castidade baseado na teologia do corpo proverá extensa instrução sobre o estado do homem antes da Queda, dos desafios que o homem caído enfrenta, e a esperança que temos na “Pureza Amadurecida” à luz da Redenção. 

Também é necessário estabelecer um programa de crescimento na virtude da temperança e no dom da reverência. 
A promessa que aqueles que adquirirem a “Pureza Amadurecida” serão como Deus e capazes de um amor verdadeiro para com o seu cônjuge deve dar uma maravilhosa motivação para viver o significado esponsal do corpo.

janet e. smith, [i] "Theology of the Body and 'Mature Purity'." National Catholic Register, 2011.03.09, (trad ama).


[i] janet e. smith lecciona a Cátedra “Father Michael J. McGivney of Life Ethics” no Seminário Maior do Sagrado Coração em Detroit.

Obediência

Conta, peso e medida
A OBEDIÊNCIA A DEUS

Por que é que a Vontade de Deus não coincide com os gostos humanos?



Por vezes nós, homens, desejamos o que nos convém, coincidindo então com a Vontade divina. Mas outras vezes não acertamos com o melhor porque os nossos dados e inteligência são limitados e porque temos uma inclinação ao mal, consequência do pecado original.



Ideasrapidas, trad ama

2011.06.12

Confidências de alguém

Confidências de Alguém
Nota de AMA: 
Estas “confidências” têm, obviamente, um autor, que não se revela; foram feitas em tempo indeterminado, por isso não se lhes atribui a data. O estilo discursivo revela, obviamente, que se tratam de meditações escritas ao correr da pena. A sua publicação deve-se a ter considerado que, nelas se encontram muitas situações e ocorrências que fazem parte do quotidiano que, qualquer um, pode viver.


Divino Espírito Santo: ilumina o meu entendimento.

Para que eu possa conhecer melhor as verdadeiras razões que movem a minha vida.
A minha íntima ligação a Cristo e à Sua Igreja.
A minha filiação ao Pai.
A minha vinculação a Ti.
Com esta claridade no meu espírito, não poderei fazer outra coisa que aprofundar a minha oração, a minha união à Trindade Santíssima e, assim, ser mais correcto, mais justo, mais casto, mais mortificado, mais santo.

Divino Espírito Santo, fica comigo todos os instantes da minha vida, guiando os meus passos, iluminando a minha inteligência, dando-me força para fazer, sem demora, o que deve ser feito no momento devido.

A resposta mais adequada
A pergunta que for necessária
O comentário a propósito
A atenção merecida
A acção indispensável
A correcção que se impuser
A intervenção atempada.

Todas estas qualidades eu Te peço para poder cumprir os três principais objectivos da minha vida:

Santificação Pessoal
Santificação dos outros
Glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo.


Educação, Fé e Ciência

Caminho e Luz
A debilidade do relativismo


11. O relativismo socava a liberdade


Para o relativismo não existem valores absolutos. Quem crê que a liberdade humana é um direito universal, tem tanta razão como o que pensa que essa liberdade não existe.
O relativismo, portanto, vai contra as noções de dignidade humana, propriedade privada, liberdade, estado de direito e outras que servem de contrapeso ao despotismo.
Para o relativismo nenhum princípio é digno de ser defendido (excepto o de que tudo é relativo). Como consequência, sob uma mentalidade relativista, o totalitarismo é perfeitamente aceitável e nenhum princípio poderia opor-se-lhe.
Tal é o efeito da tese que defende, por exemplo, que a moralidade é um simples produto da classe social a que se pertence.
Escolas de pensamento como o marxismo, o fascismo e o nazismo justificam dessa formas acções dos seus governos às quais não põem limites. Igualmente, as formas de pensar que tornam flexíveis princípios que deviam ser absolutos, facilitam praticas que os violam, como no caso do aborto.
O relativismo cria uma impressão paradoxal. Quem o defende pretende estar sendo libertado da tirania dos absolutos, que considera como opressores de sua liberdade.
Sem esses absolutos, pensa-se, chegará a real e total liberdade. Daqui surgem os conceitos de tolerância, pluralismo, diversidade e que em última instância solicitam que se suspenda a emissão de juízos, pois nada é mal nem nada é falso.
O resultado dessa mentalidade é a perda de um eixo moral, cujo vazio é cheio pelas decisões de governo, as que forem, quando, então, essa liberdade que se julgava ter conquistado se perde.
Crendo que todo o juízo moral é uma imposição indevida na pessoa, perde-se a defesa moral da liberdade e o governante fica como árbitro do que é bom e certo.

eduardo garcía gaspar, conoZe, 2011.04.13, trad ama


Perguntas e respostas sobre Jesus de Nazaré. 12

Jesus de NazaréQuem eram exactamente os acusadores de Jesus? Os judeus?

“Nas respostas que os Evangelhos dão há diferenças sobre as quais temos de reflectir. Segundo João, são simplesmente ‘os judeus’. Mas esta expressão de João não indica de modo algum o povo de Israel como tal - como quiçá poderia pensar o leitor moderno -, e muito menos ainda comporta um tom ‘racista’ Afinal de contas, o próprio João pertencia ao povo israelita, como Jesus e todos os seus. A comunidade cristã primitiva era inteiramente formada por judeus. Esta expressão tem em João um significado bem preciso e rigorosamente delimitado: com ela designa a aristocracia do templo”



55 Preguntas y respuestas sobre Jesús de Nazaret, extraídas del libro de Joseph Ratzinger-Benedicto XVI: “Jesús de Nazaret. Desde la Entrada en Jerusalén hasta la Resurrección, Madrid 2011, Ediciones Encuentro. Pag. 126, marc argemí, trad. ama

Sobre a família 80

Matrimónio: Um com uma 14

Porque permitir que o casamento homossexual enfraqueça a instituição do casamento como um todo? Dois homens que se casam não me ameaçam, nem ao meu casamento. 4


De facto, a sociedade não tem o poder de mudar o que o casamento é. Ainda que a lei mude a definição, não poderá alterar a realidade. A união entre um homem e um homem ou uma mulher e outra mulher não pode ser casamento. Seria o mesmo que dizer que combinar brócolos com batatas assadas produz um gelado de baunilha!

mary joseph, [i]  MercatorNet, 2011.03.09, trad ama





[i] Mary Joseph is a project officer at the Life, Marriage and Family Centre of the Catholic Archdiocese of Sydney.