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06/06/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos


Desta vez não compareceu ao encontro combinado!

Pois…eu bem te avisei: nunca dês as coisas como certas e que tudo acontecerá como tinhas previsto e desejado.

As coisas de Deus andam ao "passo" de Deus e não ao nosso.

ama , 2011.06.06

Decenário do Espírito Santo

O Espírito Santo Revelador

Não é possível acreditar em Jesus Cristo sem ter parte no Seu Espírito. É o Espírito Santo que revela aos homens quem é Jesus. Porque «ninguém é capaz de dizer: "Jesus é Senhor", a não ser pela acção do Espírito Santo. O Espírito penetra em todas as coisas até o que há de mais profundo em Deus. Ninguém conhece o que há em Deus senão o Espírito de Deus. Só Deus conhece inteiramente Deus. Nós cremos no Espírito Santo porque Ele é Deus. 

(Catecismo da Igreja Católica, nr. 152)

ama, 2011.06.06

Mundo Cão (Afonso Cabral)

Navegando pela minha cidade
Quem anda a pé pelas ruas da cidade precisa de ter muito cuidado. É um cuidado que nos obriga a andar como o escritor obssessivo-compulsivo interpretado por Jack Nicholson no filme MELHOR É IMPOSSÍVEL.[1]

Ou seja, tem de permanentemente ir a olhar para o chão, de forma a evitar – não as riscas no cimento ou da separação das placas dos passeios que o escritor não podia pisar – mas da porcaria que os cães lá deixam todos os dias com a mesma regularidade da do funcionamento dos seus intestinos.

É verdadeiramente um triste resultado da falta de civismo dos seus donos. Ou antes, falta de respeito pelos outros. Sendo que a falta de respeito pelos outros começa, talvez, por ser uma falta de respeito por si próprios.

Mas se fosse só isto … mas é muito mais do que isto. Este é apenas um dos impactos – de menor importância - da falência de um povo como tal.

Chamem-lhe o quiserem: falência; insolvência; decadência; desistência; degenerescência. O que quiserem. Seja qual deles for, será sempre o fim que se aproxima mais tarde ou mais cedo.

Um artigo do jornal Público de hoje informa: Seremos apenas seis milhões em 2100. O último relatório da ONU sobre estimativas da população mundial, divulgado esta semana, revela que Portugal terá em 2100 menos quatro milhões de habitantes … é uma redução de 36,8%.[2]

Leston Bandeira da Associação Portuguesa de Demografia ainda tem esperança e diz que com “políticas inteligentes” e políticos “capazes” será possível contrariar as previsões.

E onde estão umas e outros? Mas isto não é uma questão política nem de políticos.

Isto é uma questão civilizacional. E a nossa civilização está a desumanizar-se: porque não quer ter filhos; não quer ter pais; não quer ter família; não quer ter responsabilidades; não quer trabalhar; não quer sofrer; não quer lutar; não quer ser criatura; não quer existir realmente.

Mas quer ter tudo; quer ser feliz. Mais, quer ter direito ao amor, não sabendo que ele não é um direito, mas uma inscrição na coração do Homem.

E como o amor não é alcançável sem dar; sem se dar - para saciar essa imensa fome de afecto - que é a expressão sensível do amor - estão cá os cães de todos os feitios, tamanhos, raças e cores para satisfazer os mais variados gostos e carências afectivas. Afinal não é o homem o melhor amigo do cão?


Cães que, paulatinamente, vão transformando a cidade – quarteirão a quarteirão – num enorme e monstruoso canil cujos utentes ladram, e ladram durante o dia todo e que ao anoitecer uivam desesperadamente uns para os outros … ou uns com os outros.
Parafraseando, cumpre-se a sentença de Plauto: Homo homini canis.[3]
E assistimos sem questionar, a esta obscenidade que é a de – num país com mais de 20% da população a viver na pobreza ou no seu limiar – os hiper; super e mini mercados terem cada vez mais espaço para a venda de comida para cães (e gatos); e haver cada vez mais clínicas; hospitais e hotéis para cães.

Sinto-me sempre envergonhado quando passo por sacos de arroz e enlatados de carne para cão e me lembro de tanta e tanta gente que  se vende por um pouco de comida.

Quando se fala na perda de valores fala-se numa abstracção ou fala-se em actos concretos, atitudes e práticas de vida? Desde as mais simples e pouco importantes até às mais complexas e muito importantes. E a prática de um valor interage sempre com o outro porque só existe em função do outro; o homem só não existe.

Tive um cão que se chamava Cão – pois era isso que ele era – ao qual sempre só dei restos e foi muito mais feliz do que estes desgraçados engaiolados nas varandas desta cidade.

Neste ritmo de perda de valores - causa e efeito da perda demográfica - desapareceremos muito brevemente.

E Depois? Depois ficam os cães sozinhos a comerem-se uns aos outros.

O resto é silêncio.

Afonso Cabral


[1] AS GOOD AT IT GETS – 1997 - Oscar para melhor actor e melhor actriz (Helen Hunt)
[2] Público de 7 de Maio de 2011 – pág. 10
[3] Plauto (254-184 AC) -  Homo homini lupus  -  o homem é o lobo do homem.

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Senhor, com o teu auxílio lutarei” 

O canto humilde e gozoso de Maria, no "Magnificat", recorda-nos a infinita generosidade de Nosso Senhor com os que se fazem como crianças, com os que se abaixam e sabem sinceramente que não são nada. (Forja, 608)

Não esqueçais que santo não é o que não cai, mas o que se levanta sempre, com humildade e com santa persistência. Se no livro dos Provérbios se comenta que o justo cai sete vezes ao dia, tu e eu – pobres criaturas – não nos devemos estranhar nem desalentar perante as misérias pessoais, perante os nossos tropeços, porque continuaremos em frente, se procurarmos a fortaleza n'Aquele que nos prometeu: Vinde a mim todos os que andais cansados e oprimidos, que eu vos aliviarei. Obrigado, Senhor, quia tu es, Deus, fortitudo mea, porque foste sempre Tu, e só Tu, meu Deus, a minha fortaleza, o meu refúgio, o meu apoio.

Se verdadeiramente desejas progredir na vida interior, sê humilde. Recorre constantemente, confiadamente, à ajuda do Senhor e de sua Mãe bendita, que é também a tua Mãe. Com serenidade, tranquilo, por muito que te doa a ferida ainda não sarada da tua última queda, abraça de novo a cruz e diz: Senhor, com o teu auxílio lutarei para não parar, responderei fielmente aos teus convites, sem temer as encostas íngremes, nem a aparente monotonia do trabalho habitual, nem os cardos e pedras do caminho. Sei que a tua misericórdia me assiste e que, no fim, acharei a felicidade eterna, a alegria e o amor pelos séculos sem fim. (Amigos de Deus, 131)


© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

João Paulo II e o Opus Dei

Entrevista com D. Javier Echevarría, prelado do Opus Dei, por ocasião da beatificação de João Paulo II.

- João Paulo II conhecia o Opus Dei há muito?

- Durante o Concílio Vaticano II apresentaram-lhe, na Aula Conciliar, D. Álvaro del Portillo, mas depois não houve mais contactos até que em 1971 o jovem Cardeal de Cracóvia, Karol Wojtyla, durante um sínodo de Bispos em Roma, assistiu a uma conferência do Cardeal Höffner organizada pelo CRIS, “Centro Romano d’Incontri Sacerdotali”, que tinham promovido alguns sacerdotes do Opus Dei. Mais tarde, em 1974, proferiu uma conferência nesse mesmo centro, na qual fez uma referência final a uma expressão de Mons. Escrivá de Balaguer, que este sacerdote considerava o caminho para reflectir na terra a paz de Cristo: “santificar o trabalho, santificar-se no trabalho e santificar com o trabalho”. 

Quatro anos mais tarde, o Cardeal Wojtyla veio a Villa Tevere, sede central do Opus Dei, almoçar com D. Álvaro. Ficou com muito carinho por D. Álvaro, sobretudo depois de ser eleito para ocupar a Cátedra de Pedro. As pessoas santas entendem-se muito bem.

michele dolz, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet, 2011/05/16
2011.06.03

João Paulo II e o Opus Dei

Entrevista com D. Javier Echevarría, prelado do Opus Dei, por ocasião da beatificação de João Paulo II.

- Poderia contar algum outro detalhe a respeito dos trabalhos finais para a erecção do Opus Dei em Prelatura pessoal?

- Já Paulo VI e João Paulo I tinham manifestado a sua intenção de concluir o iter jurídico da Obra, mas o Senhor chamou-os antes que pudessem enfrentar a questão. João Paulo II quis interesar-se desde muito cedo. Pôs o estudo nas mãos do Cardeal Sebastiano Baggio, Prefeito da Congregação para os Bispos, e foi nomeada uma comissão paritária composta por peritos em Direito Canónico da Santa Sé e do Opus Dei. O Papa seguiu com atenção todos os passos, conhecia muito bem os pormenores. Os detalhes técnico-canónicos são bem conhecidos. Gostaria aqui de salientar o interesse paterno que o Santo Padre pôs naquele processo, ao mesmo tempo que deixava aos canonistas inteira liberdade para estudar as questões. Foi também muito paternal – não só prudente – ao enfrentar as dificuldades provocadas pelas objecções de alguns Bispos, de resto compreensíveis ao tratar-se de uma figura canónica nova. Ele próprio procurou encarregar-se disso, dispondo que essas objecções fossem consideradas e resolvidas adequadamente. 

michele dolz, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet, 2011/05/16
2011.06.06

Teologia do Corpo e “Pureza Amadurecida” 3

Doutrina

Como Jesus, João Paulo II não estava interessado apenas no nosso comportamento externo, e ainda menos na nossa “subjectividade” mas muito mais na qualidade da nossa vida interior. 

Escreveu capítulos com palavras de Cristo, “Aquele que olhar com cupidez para uma mulher já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mt 5, 27-8). João Paulo II via a fonte do pecado como estando mais no “coração” que no corpo: nos nossos pensamentos, emoções e compromissos.

O pecado vem do interior do homem para o exterior.
janet e. smith, [i] "Theology of the Body and 'Mature Purity'." National Catholic Register, 2011.03.09, (trad ama).


[i] janet e. smith lecciona a Cátedra “Father Michael J. McGivney of Life Ethics” no Seminário Maior do Sagrado Coração em Detroit.

Obediência

Conta, peso e medida
Neste último caso deve-se obedecer?



Também existem varias possibilidades:


Se o assunto é de pouca importância - é o normal – obedece-se e rapidamente: se perde o bem do acerto, mas ganha-se o bem da paz e do exercício da obediência.
Se o assunto é importante, tenta-se aclarar falando com a autoridade ou com os seus superiores. Sempre procurando o bem, não por orgulho.


    Ideasrapidas, trad ama

    2011.06.06

    Criação, Fé e Ciência

    Caminho e Luz
    A debilidade do relativismo 

    5. A dificuldade em encontrar a verdade


    As verdades não são conhecidas de imediato. Algumas delas levam tempo. Tardam em ser descobertas, o que significa que não conhecê-las queira dizer que não existam.
    Simplesmente ainda não se conhecem, e os peritos costumam estar divididos em crenças opostas e explicações alternativas.
    O que o autor assinala aqui é o risco de confundir a dificuldade em encontrar verdades com a impossibilidade de o fazer. Mais ainda, nessa dificuldade encontram-se discussões árduas que tampouco significam a não existência de uma verdade.

    eduardo garcía gaspar, conoZe, 2011.04.13, trad ama


    Perguntas e respostas sobre Jesus de Nazaré. 6

    Jesus de NazaréComo é possível que Jesus fosse recebido com aclamações em Jerusalém e ao fim de poucos dias fosse crucificado?

    “A cena da homenagem messiânica a Jesus teve lugar ao entrar na cidade, e (…) os seus protagonistas não foram os habitantes de Jerusalém, mas os que acompanhavam Jesus entrando com Ele na Cidade Santa (…) Algo se tinha ouvido falar do profeta que vinha de Nazaré, mas não parecia ter nenhuma relevância para Jerusalém, não era conhecido. A multidão que homenageava Jesus na periferia da cidade não é a mesma que pediria depois a sua crucifixão”



    55 Preguntas y respuestas sobre Jesús de Nazaret, extraídas del libro de Joseph Ratzinger-Benedicto XVI: “Jesús de Nazaret. Desde la Entrada en Jerusalén hasta la Resurrección”, Madrid 2011, Ediciones Encuentro. Pag. 126, marc argemí, trad. ama

    Sobre a família 74

    Matrimónio: Um com uma 8

    Mas acerca da dignidade humana? As pessoas homossexuais nunca poderão sentir que são completamente aceites e dignas de amor se não forem autorizadas a casar com o parceiro do mesmo sexo. 


    Os desejos sexuais não satisfeitos poderão constituir uma dolorosa cruz a transportar. Mas uma vida casta traz-nos uma verdadeira paz e alegria interiores, porque vivemos em harmonia com o modo como os corpos foram designados e estamos a tratar a pessoa que amamos como uma dádiva – amando-o ou amando-a pela si mesma, e não pelo prazer sexual que nos podem proporcionar.

    mary joseph, [i]  MercatorNet, 2011.03.09, trad ama





    [i] Mary Joseph is a project officer at the Life, Marriage and Family Centre of the Catholic Archdiocese of Sydney.

    Ser livre


    Reflectindo
    Ser livre


    Liberdade é poder, não de agir sem motivo, mas de determinar quais os motivos que nos devem decidir. Usar este poder é ser livre.

    (Cfr. A. Veloso, BROTÉRIA, Vol. LVII, Fasc. 5, 1953, pag. 396)

    Evangelho do dia e comentário








    Páscoa – VII Semana


    Evangelho: Jo 16, 29-33

    29 Os Seus discípulos disseram-Lhe: «Eis que agora falas claramente e não usas nenhuma parábola. 30 Agora conhecemos que sabes tudo e que não é necessário que alguém Te interrogue. Por isso cremos que saíste de Deus». 31 Jesus respondeu-lhes: «Credes agora?». 32 «Eis que vem a hora, e já chegou, em que sereis espalhados cada um para seu lado e em que Me deixareis só; mas Eu não estou só, porque o Pai está comigo. 33 Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em Mim. Haveis de ter aflições no mundo; mas tende confiança, Eu venci o mundo».

    Comentário:

    Jesus venceu o mundo e, Jesus é quem sigo. Estou com o vencedor, do lado vitorioso, que medo posso ter?

    Que receio pode condicionar-me?

    Tenho confiança absoluta que Ele me ajudará, também, a vencer o meu maior inimigo que sou eu próprio. A ambição, a cobardia, a vaidade, os desejos de protagonismo e evidência, tudo isto que me tolhe e condiciona é o inimigo principal que tenho de combater.

    Com a Tua ajuda, Senhor, conseguirei!

    (ama, meditação sobre Jo 16, 29-33, 2010.05.17)