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06/05/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos



Perguntas-me se é necessário ser cristão para ser filho de Deus e ter a Virgem Santíssima como Mãe?

Repara: 


o Baptismo faz-nos cristãos, isto é, pertencentes à Igreja que Jesus fundou e de que é cabeça e um dos efeitos do Baptismo é exactamente recuperar a nossa condição de filhos de Deus.

Mas Deus quer a todos os homens como Seus filhos, uma vez que assim os criou.

ama , 2011.05.06

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“O Santo Rosário é arma poderosa”

O Santo Rosário é arma poderosa. Emprega-a com confiança e maravilhar-te-ás do resultado. (Caminho, 558)

Nas nossas relações com a nossa Mãe do Céu, existem também essas normas de piedade filial, que são modelo do nosso comportamento habitual com Ela. Muitos cristãos tornam seu o antigo costume do escapulário; ou adquirem o hábito de saudar (não são precisas palavras; o pensamento basta) as imagens de Maria que há em qualquer lar cristão ou que adornam as ruas de tantas cidades; ou dão vida a essa oração maravilhosa que é o Terço, em que a alma não se cansa de dizer sempre as mesmas coisas, como não se cansam os enamorados, e em que se aprende a reviver os momentos centrais da vida do Senhor; ou então habituam-se a dedicar à Senhora um dia da semana – precisamente este em que estamos reunidos: o sábado – oferecendo-lhe alguma pequena delicadeza e meditando mais especialmente na sua maternidade...

Há muitas outras devoções marianas que não é necessário recordar aqui neste momento. Nem todas têm de fazer parte da vida de cada cristão – crescer em vida sobrenatural é algo de muito diferente de ir amontoando devoções – mas devo afirmar ao mesmo tempo que não possui a plenitude da fé cristã quem não vive alguma delas, quem não manifesta de algum modo o seu amor a Maria.
(Cristo que passa, 142)


© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Teresa de Calcutá - Pensamentos 12




Qual é o pior sentimento?              


O rancor

O SENTIMENTALISMO

Observando

Na maneira de actuar, o seu exemplo era admirável. Dava-se bem com todos. Fazia-o de tal modo que, à primeira vista, parecia o mais fácil e natural deste mundo. Parecia ser muito feliz — notava-se no optimismo à prova de fogo — e era evidente que não procurava essa felicidade no estreito mundo do egoísmo. Todos — sem excepção — pareciam cair-lhe bem e ele, sem grande esforço, era estimado por quase toda a gente.

Um dia, um amigo perguntou-lhe como era possível que gostasse com tanta facilidade de todas as pessoas que tinha à sua volta. Isso não parecia muito “normal” nem era, nos dias que correm, uma atitude comum. Como era possível que ninguém o irritasse de vez em quando. Como era possível que não cedesse, alguma vez, ao espírito crítico — espírito que nos acompanha sempre: desde o momento em que tomamos consciência de quem somos até ao último dia da nossa vida.

A sua resposta deixou o amigo pensativo. «Como te deixas levar pelo simplório erro de pensar que eu sempre me sinto bem com toda a gente? Claro que não. No entanto, a estima pelos outros não é uma questão de sentimentos. A caridade genuína não se sente: põe-se em prática».

E então, como quem sabe aquilo que diz porque o vive, acrescentou com simplicidade: «Actuar é sempre a melhor forma de querer as pessoas como são. Se ajudamos os outros de verdade — sem interesses ocultos ou segundas intenções — acabamos de facto por gostar deles. Apercebemo-nos da grandeza do seu modo de ser que, em todo o ser humano, é sempre único e irrepetível».

Esta sábia resposta faz-nos chegar a uma natural conclusão: não é possível gostarmos de verdade dos outros se nos deixamos levar somente pelos sentimentos. Porque o vento dos sentimentos é muito instável: ora sopra para um lado, ora sopra para o outro, ora não sopra; ora é impetuoso, ora é ameno; ora é uma brisa, ora é uma tempestade.

É verdade que o amor autêntico possui, muitas vezes, manifestações sentimentais. Nunca gostaremos verdadeiramente de ninguém se cultivamos um modo de ser frio e distante — um modo de ser egoísta. São infelizes aquelas pessoas que parecem não ter coração. Mais tarde, descobrimos que possuem um coração raquítico que ficou assim por estar centrado somente neles próprios. O caminho do egoísmo pode apresentar-se, na aparência, como uma estrada ampla e confortável. Contudo, não nos enganemos nem nos deixemos ludibriar: o egoísmo termina sempre num beco sem saída.

No entanto, também é verdade que seria um erro funesto confundir o amor com o sentimento. A essa confusão, comum hoje em dia, chama-se sentimentalismo. O sentimentalismo é uma deformação do amor bastante perigosa. Leva uma pessoa a pôr o emocional por cima do racional; a pensar com o coração em vez de pensar com a cabeça.

Algumas vezes, os sentimentos posicionam-se contra o verdadeiro amor — e mentem com quantos dentes têm na boca: e têm muitos. O amor genuíno nunca mente; os sentimentos, sim, podem mentir. Nesse caso, amar de verdade significa não nos deixarmos conduzir por esses sentimentos desordenadas do nosso coração.

p.rodrigo lynce de faria, Maio 2011

João Paulo II - Evangelho da vida

“Como povo peregrino, povo da vida e pela vida, enquanto caminhamos confiantes para «um novo céu e uma nova terra», voltamos o olhar para Aquela que é para nós «sinal de esperança segura e consolação».

Ó Maria,
aurora do mundo novo,
Mãe dos viventes,
confiamo-Vos a causa da vida:
olhai, Mãe,
para o número sem fim
de crianças a quem é impedido nascer,
de pobres para quem se torna difícil viver,
de homens e mulheres
vítimas de violência desumana,
de idosos e doentes assassinados
pela indiferença
ou por uma presunta compaixão.
Fazei com que todos aqueles que crêem
no vosso Filho
saibam anunciar com desassombro e amor
aos homens do nosso tempo
o Evangelho da vida.
Alcançai-lhes a graça de o acolher
como um dom sempre novo,
a alegria de o celebrar com gratidão
em toda a sua existência,
e a coragem para o testemunhar
com laboriosa tenacidade,
para construírem,
juntamente com todos os homens
de boa vontade,
a civilização da verdade e do amor,
para louvor e glória de Deus Criador
e amante da vida.”

(Bem-aventurado joão paulo IIEvangelium Vitae, 105 c-d, in Infovitae 1457, 2011.05.05)

Sobre a família 43

Como acertar com a minha vida

Continuação

Um dia, já velho e cansado, sentindo próxima a morte, decide por fim fazer algo valioso: afrontar aquele perigo, enfrentar-se com aquele animal que tinha visto muitas vezes, cada vez que se aproximava do mar, a certa distância da costa.
Uma noite colheu um arpão, subiu a uma pequena barca e entrou mar a dentro. Passado pouco tempo aquele focinho horrível assomou junto da barca.

"Aqui me tens, agora é assunto dos dois", disse o nosso homem; e levantou o arpão para o lançar contra o Colombre.

Mas então sucedeu algo extraordinário. O peixe começou a falar, com, com voz suplicante:
"Ah, que longo caminho para te encontrar. Também eu estou destroçado pela fadiga. Quanto me fizeste nadar! E tu fugias e fugias… porque nunca entendeste nada".

"A que te referes?", perguntou o homem, surpreendido.

"Ah! que não te segui para te devorar. O único encargo que o rei do mar me deu foi entregar-te isto". E o grande peixe tirou a língua, estendendo ao ancião uma esfera fosforescente. Ele colheu-a entre as mãos e a olhou-a. Era uma pérola de desmesurado tamanho.

Imediatamente reconheceu que aquela era a famosa pérola do mar, que dá fortuna poder, amor e paz de espírito a quem a possua.

juan manuel roca, in FLUVIUM, trad ama

Evangelho do dia e comentário

Páscoa - II Semana


Evangelho: Jo 6, 1-15

1 Depois disto, passou Jesus ao outro lado do mar da Galileia, isto é, de Tiberíades. 2 Seguia-O uma grande multidão porque via os milagres que fazia em favor dos doentes. 3 Jesus subiu a um monte e sentou-Se ali com os Seus discípulos. 4 Ora a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. 5 Jesus, então, tendo levantado os olhos e visto que vinha ter com Ele uma grande multidão, disse a Filipe: «Onde compraremos pão para dar de comer a esta gente?». 6 Dizia isto para o experimentar, porque sabia o que havia de fazer. 7 Filipe respondeu-Lhe: «Duzentos denários de pão não bastam para que cada um receba um pequeno bocado». 8 Um de Seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-Lhe: 9 «Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes, mas que é isso para tanta gente?». 10 Jesus, porém, disse: «Mandai sentar essa gente». Havia naquele lugar muita relva. Sentaram-se, pois; os homens em número de cerca de cinco mil. 11 Tomou, então, Jesus os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre os que estavam sentados; e igualmente distribuiu os peixes, tanto quanto quiseram. 12 Estando saciados, disse aos Seus discípulos: «Recolhei os pedaços que sobraram para que nada se perca». 13 Eles os recolheram, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobraram aos que tinham comido. 14 Vendo então aqueles homens o milagre que Jesus fizera, diziam: «Este é verdadeiramente o profeta que deve vir ao mundo». 15 Jesus, sabendo que O viriam arrebatar para O fazerem rei, retirou-Se de novo, Ele só, para o monte.

Meditação:

Neste trecho do Evangelho é para mim difícil fugir à tentação da ''contabilidade'' dos poucos números referenciados.
Será uma tentação boa porque me leva a assombrar-me mais e mais com a magnificência do milagre

Mas, depois, penso: o que interessa os cinco mil homens saciados, ou os doze cestos que sobraram? Acaso se o número de pessoas fosse outro - o dobro... O triplo - não teriam, igualmente, ficado saciados?

E, na verdade, Jesus não podia ter feito com que sobrassem bocados suficientes para encher cem cestos?

Claro que sim e, por se aperceberem do verdadeiro e absoluto poder de Cristo, é que, entusiasmados, o queriam fazer Rei.

(ama, Comentário sobre Jo 6, 1-15, 2010.04.15)