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17/04/2011

Sobre a família 24

O direito dos pais à educação dos filhos (I)
continuação 
Como o Concílio Vaticano II ensina, o poder público – ainda que seja por uma questão de justiça distributiva – deve oferecer os meios e as condições favoráveis para que os pais possam  «escolher com liberdade absoluta, de acordo com a sua própria consciência, as escolas para os seus filhos»[i]. Daí a importância daqueles que trabalham em ambientes políticos ou relacionados com a opinião pública procurem que tal direito fique salvaguardado e, na medida do possível, seja promovido.
O interesse dos pais pela educação dos filhos manifesta-se em mil detalhes. Independentemente da instituição em que os filhos estudem, é natural interessarem-se pelo ambiente existente e pelos conteúdos que se transmitem.

J.A. Araña e C.J. Errázuriz

© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet


[i] Concílio Vaticano II, decl. Gravissimum educationis, n. 6.

Boa Tarde!

Diálogos



Disseste bem...a parábola do Filho Pródigo é como que uma confirmação disto mesmo.

O filho atormentado pelo remorso que é recebido em festa pelo Pai extremoso é bem a nossa imagem quando nos damos conta das nossas misérias e voltamos ao “abrigo” da casa paterna.














ama, 2011.04.17

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“E, com esse convívio, gerar-se-á o Amor”

O único meio de conhecer Jesus: privar com Ele! N'Ele encontrarás sempre um Pai, um Amigo, um Conselheiro e um Colaborador para todas as actividades honestas da tua vida quotidiana... E, com esse convívio, gerar-se-á o Amor. (Sulco, 662)

Se procuras meditar, o Senhor não te negará a sua assistência. Fé e obras de fé! Obras, porque o Senhor – tu já reparaste nisso desde o princípio e eu já to fiz notar a seu tempo – cada dia é mais exigente. Isto já é contemplação e união; e assim há-de ser a vida de muitos cristãos, avançando cada um pela sua própria via espiritual – são infinitas – no meio dos afazeres deste mundo, mesmo sem se darem conta disso.
Uma oração e uma conduta que não nos afastam das nossas actividades correntes, que nos conduzem a Nosso Senhor no meio dos nossos nobres empenhos terrenos. Ao elevar a Deus todas essas ocupações, a criatura diviniza o mundo. Tenho falado tantas vezes do mito do rei Midas que convertia em ouro tudo aquilo em que tocava! Podemos converter em ouro de méritos sobrenaturais tudo o que tocamos, apesar dos nossos erros pessoais.
Assim actua o Nosso Deus. Quando aquele filho regressa, depois de ter gasto o seu dinheiro, vivendo mal, depois – sobretudo – de se ter esquecido do pai, o pai diz: depressa, trazei aqui o vestido mais rico e vesti-lho e colocai-lhe um anel no dedo; calçai-lhe as sandálias. Tomai um vitelo gordo, matai-o e comamos e celebremos um banquete. O Nosso Pai, Deus, quando recorremos a Ele com arrependimento, tira riqueza da nossa miséria e força da nossa debilidade. Que preparará para nós, se não O abandonarmos, se O procurarmos todos os dias, se Lhe dirigirmos palavras carinhosas confirmadas pelas nossas acções, se Lhe pedirmos tudo, confiados na Sua omnipotência e na Sua misericórdia? (Amigos de Deus, nn. 308–309).


http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Combater a “mentalidade anticonceptiva” é “essencial” para a cultura da vida. 3

Medicina e Apostolado

Continuação

Disse que “não sem razão, há um temor cada vez maior que a Igreja seja incapaz de manter nalgumas nações as suas obras educativas, de atenção à saúde e de caridade, porque a legislação civil requer que essas obras da Igreja cooperem com acções que são sempre e em qualquer lugar essencialmente más”.


O prelado pôs em relevo a relação entre “viver a verdade no que respeita à sexualidade humana e a vida humana” e a “prática da justiça”. “O ataque à vida inocente e indefesa dos não-nascidos, por exemplo, tem a sua origem numa visão errónea da sexualidade humana, que tenta eliminar, através de meios mecânicos ou químicos, a natureza essencialmente procriativa do acto conjugal”, explicou em particular.

patrick b. craine
SYDNEY, Australia, 28 de Março de 2011 (Notifam) trad ama

Cont/

Papa destaca exemplo dos santos para os católicos de hoje

Duc in altum
Bento XVI conclui ciclo de dois anos dedicado a catequeses sobre a santidade na audiência pública semanal

Bento XVI encerrou hoje (13 de Abril) no Vaticano um ciclo de dois anos de catequeses dedicadas a santos e santas da Igreja Católica, sublinhando que estas figuras “dizem que é possível percorrer a estrada da santidade”.

Na audiência pública desta semana, diante de milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, o Papa falou sobre a “santidade”, afirmando que esta “consiste em unir-se a Cristo e assumir as suas atitudes, pensamentos e formas de vida”.

“Por isso a santidade tem a sua raiz última no baptismo, pelo qual somos enxertados em Cristo e nos é comunicado o seu Espírito, a sua vida de Ressuscitado”, disse, em português.

Deus respeita sempre a nossa liberdade, pedindo que aceitemos este dom e vivamos as suas exigências; isto é, pede que nos deixemos transformar pela acção do Espírito Santo, conformando a nossa vontade com a dele”, prosseguiu.

Bento XVI declarou que todos os católicos são “chamados à santidade”, apesar dos seus “limites” e “fragilidade”, porque esta não é “fruto” dos seus esforços, mas iniciativa de Deus.

“A santidade é possível para todos, em qualquer idade e momento, porque cada um de nós recebe a sua parte do favor divino”, referiu.

Falando da caridade como “alma da santidade”, o Papa destacou que esta “produz frutos” graças à “escuta da Palavra de Deus, à participação frequente nos sacramentos, sobretudo na Eucaristia, à oração constante, à abnegação, ao serviço fraterno e à prática das virtudes”.

“A Igreja propõe-nos muitos Santos, que viveram plenamente a caridade, que souberam amar e seguir Cristo na sua vida quotidiana. Todos eles nos dizem que é possível percorrer a estrada da santidade”, precisou.

Bento XVI deixou uma saudação aos peregrinos do Brasil e os portugueses da paróquia de São Martinho do Bispo e da Escola da Lourinhã.

“Esta vossa peregrinação a Roma seja para todos um encontro com Jesus Cristo, que encha cada vez mais a vossa vida de amor de Deus e do próximo”, pediu.

As catequeses pronunciadas pelo Papa nos últimos dois anos, nestas audiências públicas, podem ser encontradas no site oficial do Vaticano.

 INFORMAÇÕES MUITO BREVES    [De vez em quando] 2011.04.13

Senhor! Sou um homem sem remédio?

Duc in altum
Eu reconheço a minha culpa, diz o salmista. Se eu a reconheço, digna-te tu perdoá-la. Não tenhamos de modo algum a presunção de que vivemos rectamente e sem pecado. O que testemunha a favor da nossa vida é o reconhecimento das nossas culpas.  Os homens sem remédio são aqueles que deixam de atender os seus próprios pecados para se fixarem nos dos outros. Não procuram o que há que corrigir, mas em quem podem morder. E, ao não poderem desculpar-se a si mesmos, estão sempre dispostos a acusar os outros.  Não é assim que nos ensina o salmo a orar e dar a Deus satisfação, já que diz: Pois eu reconheço a minha culpa, tenho sempre presente o meu pecado. O que ora assim não atende aos pecados alheios, mas examina-se a si mesmo, e não de maneira superficial, como quem apalpa, mas aprofundando no seu interior. Não se perdoa a si mesmo, e precisamente por isto pode atrever-se a pedir perdão. (Sant. Agustinho. Sermão 19,2)

A Quaresma vai chegando ao seu fim. Já com a Semana Santa tão próxima convém repassar alguns textos dos Padres da Igreja, para que com essa linguagem tão directa e viva, nos ajudem a aprofundar na conversão.

Senhor! Sou um homem sem remédio? Olho para os outros procurando o seu pecado? Estou preparado para os morder, desprezando corrigi-los com caridade e afecto? Sou dos que acusam os outros para ocultar as minhas culpas e impotências?

Quem pode pedir perdão a Deus realmente? Quem não se perdoa a si mesmo. Deus é o que perdoa e nos dá a Graça que nos converte. Nós, no máximo, podemos esquecer os nossos erros sem chegar a transformar-nos.  Reflectindo sobre este texto encontram-se muitas chaves do sacramento da reconciliação e porque é como é e não de outra forma.

Senhor perdoa os nossos pecados e sobretudo, perdoa que esqueçamos que o perdão, que converte, que transforma, só pode provir de Ti.
Amén

néstor mora núñez, Religionenlibertad, trad ama, 2011.04.13

Evangelho e comentário

 Domingo de RAMOS

Evangelho: Mt 27, 1-54

1 Ao romper da manhã, todos os príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo tiveram conselho contra Jesus, para O entregarem à morte. 2 Em seguida, manietado, levaram-n'O e entregaram-n'O ao governador Pôncio Pilatos. 3 Então Judas, o traidor, vendo que Jesus fora condenado, tocado pelo remorso, tornou a levar as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, 4 dizendo: «Pequei, entregando sangue inocente». Mas eles disseram: «Que nos importa? Isso é contigo!». 5 Então, tendo atirado as moedas de prata para o templo, retirou-se e foi-se enforcar. 6 Os príncipes dos sacerdotes, tomando as moedas de prata, disseram: «Não é lícito deitá-las na arca das esmolas, porque são preço de sangue». 7 E, tendo consultado entre si, compraram com elas o Campo do Oleiro para sepultura dos estrangeiros. 8 Por esta razão aquele campo foi chamado até ao dia de hoje “campo de sangue”. 9 Então se cumpriu o que foi anunciado pelo profeta Jeremias: “Tomaram as trinta moedas de prata, custo d'Aquele cujo preço foi avaliado pelos filhos de Israel, 10 e deram-nas pelo Campo do Oleiro, como o Senhor me ordenou”. 11 Jesus foi apresentado diante do governador, que O interrogou, dizendo: «És Tu o Rei dos Judeus?». Jesus respondeu-lhe: «Tu o dizes». 12 Mas, sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu. 13 Então Pilatos disse-Lhe: «Não ouves de quantas coisas Te acusam?». 14 E não lhe respondeu a palavra alguma, de modo que o governador ficou muito admirado. 15 O governador costumava, por ocasião da festa da Páscoa, soltar aquele preso que o povo quisesse.16 Naquela ocasião tinha ele um preso famoso, que se chamava Barrabás. 17 Estando eles reunidos, perguntou-lhes Pilatos: «Qual quereis vós que eu vos solte? Barrabás ou Jesus, que se chama Cristo?». 18 Porque sabia que O tinham entregado por inveja. 19 Enquanto ele estava sentado no tribunal, sua mulher mandou-lhe dizer: «Não te metas com esse justo, porque fui hoje muito atormentada em sonhos por causa d'Ele». 20 Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e que fizesse morrer Jesus. 21 O governador, tomando a palavra, disse-lhes: «Qual dos dois quereis que vos solte?». Eles responderam: «Barrabás!». 22 Pilatos disse-lhes: «Que farei então de Jesus, que se chama Cristo?». 23 Disseram todos: «Seja crucificado!». O governador disse-lhes: «Mas que mal fez Ele?». Eles, porém, gritavam mais alto: «Seja crucificado!». 24 Pilatos, vendo que nada conseguia, mas que cada vez o tumulto era maior, tomando água, lavou as mãos diante do povo, dizendo: «Eu sou inocente do sangue deste justo; a vós pertence toda a responsabilidade!». 25 Todo o povo respondeu: «O Seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos». 26 Então soltou-lhes Barrabás. Quanto a Jesus, depois de O ter mandado flagelar, entregou-O para ser crucificado. 27 Então os soldados do governador, conduzindo Jesus ao Pretório, juntaram em volta d'Ele toda a coorte. 28 Depois de O terem despido, lançaram sobre Ele um manto escarlate. 29 Em seguida, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-Lha na cabeça, e na mão direita uma cana. E, dobrando o joelho diante d'Ele, O escarneciam, dizendo: «Salve, ó rei dos Judeus!». 30 Cuspindo-Lhe, tomavam a cana e batiam-Lhe com ela na cabeça. 31 Depois que O escarneceram, tiraram-Lhe o manto, revestiram-n'O com os Seus vestidos e levaram-n'O para O crucificar. 32 Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, ao qual obrigaram a levar a cruz de Jesus. 33 Tendo chegado ao lugar chamado Gólgota, isto é, “lugar da Caveira”, 34 deram-Lhe a beber vinho misturado com fel. Tendo-o provado, não quis beber.35 Depois que O crucificaram, repartiram entre si os Seus vestidos, lançando sortes. 36 E, sentados, O guardavam. 37 Puseram por cima da Sua cabeça uma inscrição indicando a causa da Sua condenação: «Este é Jesus, o Rei dos Judeus». 38 Ao mesmo tempo foram crucificados com Ele dois ladrões: um à direita e outro à esquerda. 39 Os que passavam, movendo as suas cabeças, ultrajavam-n'O, 40 dizendo: «Ó Tu, que destróis o templo e o reedificas em três dias, salva-Te a Ti mesmo. Se és Filho de Deus, desce da cruz!». 41 Igualmente, também os príncipes dos sacerdotes com os escribas e os anciãos, insultando-O, diziam: 42 «Ele salvou outros e a Si mesmo não se pode salvar. Se é rei de Israel, desça agora da cruz e acreditaremos n'Ele. 43 Confiou em Deus: Se Deus O ama, que O livre agora; porque Ele disse: “Eu sou o Filho do Deus”». 44 Do mesmo modo O insultavam os ladrões que estavam crucificados com Ele. 45 Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra. 46 Perto da hora nona, exclamou Jesus com voz forte: «Eli, Eli, lemá sabachtani?», isto é: «Meu Deus, Meu Deus, porque Me abandonaste?». 47 Ao ouvir isto, alguns dos que ali estavam, diziam: «Ele chama por Elias». 48 Imediatamente, um deles, a correr, tomou uma esponja, ensopou-a em vinagre, pô-la sobre uma cana, e dava-Lhe de beber.49 Porém, os outros diziam: «Deixa; vejamos se Elias vem livrá-l'O». 50 Jesus, soltando de novo um alto grito, expirou. 51 E eis que o véu do templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo, a terra tremeu, as rochas fenderam-se, 52 as sepulturas abriram-se, e muitos corpos de santos, que tinham adormecido, ressuscitaram, 53 e saindo das sepulturas depois da ressurreição de Jesus, foram à cidade santa e apareceram a muitos. 54 O centurião e os que com ele estavam de guarda a Jesus, vendo o terramoto e as coisas que aconteciam, tiveram grande medo, e diziam: «Na verdade Este era Filho de Deus!».

Comentário:

O comentário que se pode fazer, que convém que se faça é apenas este:

Ler de vagar, com atenção, “metendo-nos" em cada cena aqui relatada, viver – por dentro – esta Paixão do Senhor, sem lamechices ou falsas lágrimas, mas com verdadeira compunção pela magnitude dos acontecimentos.

(ama, comentário sobre Mt 27, 1-54, 2011.03.11)