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16/03/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos




Nunca, podes estar certo, Deus nos pede alguma coisa superior às nossas forças.

E, também podes estar certo, que Ele sabe muitíssimo bem do que és capaz.








AMA, 2011.03.16

Teresa de Calcutá - Pensamentos 1




Qual é o dia mais belo?                               

Hoje

União abençoada!

Doutrina

Ouvi, ontem, numa conversa informal, que uma mulher de e um homem que vivem juntos irão ter a sua união ”abençoada” por um Sacerdote.

Fiquei de boca aberta e perguntei o que era isso de “união abençoada”.

Mais espantado fiquei quando me afirmaram que não se trata de algo inédito mas sim de uma prática corrente que um Sacerdote tem levado a cabo quando pessoas cristãs que vivem juntas mas que por qualquer razão não podem – ou não querem – celebrar o Sacramento do Matrimónio, lho solicitam.

Que o Sacerdote em causa esteja profundamente errado, não me espanta, dado ser quem é, mas convém que as pessoas que a ele recorrem para actos deste tipo fiquem sabendo que:

O Sacerdote quando pratica tal coisa não actua – absolutamente - em nome de Cristo nem da Igreja e que a dita “bênção” não dá acesso à frequência de Sacramentos como, por exemplo, a Eucaristia.

ama, 2011.03.16

Sacramento da Reconciliação exige reparação do dano


Tempo de Quaresma

Na sua mensagem de Quaresma o Bispo de Porto Iguazú, Dom Marcelo Raúl Martorell, explicou que embora a Igreja brinde o perdão através do Sacramento da Reconciliação, os penitentes devem ter em conta que é necessário reparar o dano ocasionado pelo pecado.
O Prelado explicou que o pecado pessoal pode converter-se em um "pecado social" quando este afecta a comunidade de fé e a sociedade.

"Na Igreja dos primeiros séculos havia uma consciência clara do aspecto social do pecado. As injustiças sociais, a exclusão social, a pobreza extrema, a escravidão das drogas, do sexo e do álcool, são hoje também causa da falta de santidade de nós como membros da Igreja", assinalou o Bispo.
Dom Martorell assinalou que "embora todo pecado seja pessoal, porque é um ato de liberdade de um homem em particular e não propriamente de um grupo ou comunidade, é ao mesmo tempo social".

O Bispo recordou os ensinamentos de João Paulo II em sua Encíclica "Reconciliatio et Paenitentia" na que explicou que "em virtude de uma solidariedade humana tão misteriosa e imperceptível como real e concreta, o pecado de cada um repercute em certa maneira em outros"

BUENOS AIRES, 15 Mar. 11 (ACI)

CRISE: BISPO DO PORTO DIZ QUE É PRECISO ATENDER À «GERAÇÃO À RASCA»

Observando

O bispo do Porto afirmou neste Domingo não ter ficado surpreendido com a dimensão das manifestações da auto denominada «Geração à Rasca», que levaram milhares de pessoas à rua em várias cidades do país.

D. Manuel Clemente refere que os protestos que este sábado juntaram várias gerações devem ser atendidos pela classe política.

“Não pode ser uma resposta política no sentido estrito, tem que ser uma resposta social", assinala, em declarações à Renascença.

Na sexta-feira, o prelado tinha afirmado que Portugal está a viver uma “situação gravíssima".

Hoje, o bispo de Beja, D. António Vitalino, alude aos “os jovens da geração à rasca, com dificuldade em se integrar no mercado de trabalho” na sua crónica semanal para a «Rádio Pax», enviada à Agência ECCLESIA.

Para este responsável, “um cristão autêntico é mais sensível ao sofrimento dos seus semelhantes”.

“Muito há a mudar neste mundo, para que seja mais justo e fraterno, mas a mudança tem de começar por cada um de nós e por cada comunidade crente”, defende.

Os organizadores do protesto deste sábado decidiram criar um novo espaço de debate na rede social Facebook, intitulado «Fórum das Gerações - 12/3 e o Futuro», que já conta com mais de 14 mil seguidores.

RR/OC

INFORMAÇÕES MUITO BREVES   [De vez em quando] 16.03.2011

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

2011/03/16

“É preciso que sejas homem de vida interior”

É preciso que sejas "homem de Deus", homem de vida interior, homem de oração e de sacrifício. – O teu apostolado deve ser uma superabundância da tua vida "para dentro". (Caminho, 961)

Vida interior. Santidade nas tarefas usuais, santidade nas coisas pequenas, santidade no trabalho profissional, nas canseiras de todos os dias...; santidade para santificar os outros. Numa certa ocasião, um meu conhecido – nunca hei-de chegar a conhecê-lo bem – sonhava que ia a voar num avião a uma grande altura, mas não dentro da cabine; ia montado nas asas. Coitado do desgraçado: como sofria e se angustiava! Parecia que Nosso Senhor lhe dava a conhecer que assim andam pelas alturas – inseguras, inquietas – as almas apostólicas que não têm vida interior ou que a descuidam: com o perigo constante de caírem, sofrendo, incertas.

E penso, efectivamente, que correm um sério risco de se extraviarem os que se lançam à acção – ao activismo – prescindindo da oração, do sacrifício e dos meios indispensáveis para conseguir uma piedade sólida: a frequência dos Sacramentos, a meditação, o exame de consciência, a leitura espiritual, a convivência assídua com a Virgem Santíssima e com os Anjos da Guarda...[i] Tudo isto contribui, além disso, com uma eficácia insubstituível, para que o caminho do cristão seja tão agradável, porque da sua riqueza interior jorram a doçura e a felicidade de Deus como o mel do favo.

Na intimidade pessoal, na conduta externa, no convívio com os outros, no trabalho, cada um há-de procurar manter-se numa contínua presença de Deus, com uma conversa – um diálogo – que não se manifesta exteriormente. Melhor dito, não se exprime normalmente com ruído de palavras, mas há-de notar-se pelo empenho e pela diligência amorosa com que acabamos bem as tarefas, tanto as importantes como as insignificantes. Se não procedêssemos com essa constância, seríamos pouco coerentes com a nossa condição de filhos de Deus, pois teríamos desperdiçado os recursos que Nosso Senhor colocou providencialmente ao nosso alcance, para chegarmos ao estado de homem perfeito, à medida da idade perfeita segundo Cristo.
(Amigos de Deus, 18–19). 


© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet


[i] O sublinhado é nosso

Temas para a Quaresma - 8


Tempo de Quaresma

Continuação

Ao recordar alguns tópicos sobre a Confissão completa, ficará, evidentemente, muito por dizer mas também não se pretende de forma exaustiva expender sobre um tema que, de certo, todo o cristão conhece.

O mais importante de uma boa confissão é o espírito com que a mesma se faz porque se uma coisa é a declaração – que até pode ser muito bem-feita – das faltas cometidas e das eventuais circunstâncias agravantes que convém especificar e outra bastante diferente é o espírito, a moção interior, com que a mesma se faz.

ama, 2011.03.16

cont./

Amo-te Karina (Afonso Cabral)


Navegando pela minha cidade

PENSO MAS NÃO EXISTO


Este stencil grafitado numa parede da Rua Alferes Malheiro tem-me dado que pensar. E isto porque gosto muito de tudo que sejam grafittis, setencils, e outras formas de expressão cultural e artística eminentemente urbana e marginal. Suja? Sim, pode sujar. Estraga? Sim, pode estragar. Não gostam? Sim podem não gostar. Mas eu gosto. Gosto da anarquia e do politicamente incorrecto. Gosto desta marginalidade artística e cultural. Liberta das escolas e dos manuais; dos estilos e das fases. Dos críticos oficiais e dos artistas conhecidos e reconhecidos. Porque interfere connosco; interfere comigo; interfere com a cidade. São a marca dos gritos; são o som da revolta; são as cicatrizes do amor; são as feridas da angústia; são a cor do desespero; são as flores da esperança; são o barómetro da idade; são o pulsar da cidadania subterrânea; são a irreverência de quem está vivo. É ilegal? Quero lá saber! Há tantas leis ilegais! Há tantas leis iníquas! Há tantas leis absurdas! Há tantas leis que sujam. Há tantas leis que matam! Matam e sujam o coração e a alma, que valem muito mais do que uma parede branca ou uma montra entaipada.
Só tenho pena que agora já comece a ter algum reconhecimento e até já lhe chamam street art em inglês e tudo. A burguesia acaba sempre por se apoderar da liberdade mais tarde ou mais cedo. A burguesia não é citadina e por isso não gosta da cidade. O burguês é o provinciano, o parolo das berças que veio viver para a cidade. Não tem raízes porque elas ficaram lá na terra. Não tem cultura porque não tem profundidade. Não tem nem chama nem garra nem paixões porque está cheio de si e dos seus relativismos convencionais e intolerantes. A sua pronúncia é simplesmente eufemística.
Mas esta frase que me faz pensar: mais ou menos penso mas não existo é um imenso gozo a Descartes e ao existencialismo ateu e marxista de Sartre. É assim: o artista diplomado faz da arte o absoluto, o grafitter relativiza-a. E por me fazer pensar cada vez existo mais na minha essência absoluta. E relativiza-me face ao Absoluto.
Mas tudo isto vem a propósito de uma pequenina frase pintada a spray de cor preta no canto de uma imensa parede grafitada com mil e uma cores: que eram caras de andy warhol; cães azuis sem pernas; palhaços sem circo; galinhas e aparelhos futuristas num caos com ordem ou não o fosse como ao princípio. Porque o grafitter tem mais ética e mais código de conduta que muitos empresários ou banqueiros. Tem mais respeito pela arte do outro que muito curador de museu de pintura. E essa pequena frase feita de duas palavras fascinou-me pela evidência da fragilidade do aprendiz e pela força do seu sentimento. E porque o amor tem sempre um nome. E o nome do amor tem sempre de ser gritado. Gritado na parede como se fosse gravado em mármore ou riscado a canivete no tronco de uma árvore. Este graffiter apaixonado não sabe de mármore nem de árvores, só conhece um canto livre de uma parede de um armazém abandonado e gritou apaixonadamente: AMO-TE KARINA.


Afonso Cabral

Doutrina - Ideal 7

Doutrina
Que ideais são de maior categoria?


Possuem os ideais maiores, os que dirigem os seus passos para bens superiores. Os melhores bens são os melhores ideais.

Os ideais egoístas que só satisfazem gostos ou caprichos empequenecem o coração e não merecem chamar-se ideais.
  • Entre as metas de amor a si mesmo e aos dos outros são melhores as que contribuem para os bens da alma (própria ou alheia).

Os ideais de maior categoria referem-se a Deus. Por exemplo, é uma dignidade gozosa contribuir ao serviço e glória do Criador.

Tema para breve reflexão - Escutar a Palavra

Reflectindo



Para descobrir a vontade concreta do Senhor sobre a nossa vida são sempre indispensáveis a escuta pronta e dócil da palavra de Deus e da Igreja, a oração filial e constante, a referência a uma sábia e amorosa direcção espiritual, a percepção na fé dos dons e talentos recebidos e, ao mesmo tempo, das diversas situações sociais e históricas em que se está imerso.


(joão paulo II, Exortação Apostólica Christifidelis laici, 1988.12.30, 58)

São José – Confiança

Duc in altum



«toma o Menino e Sua Mãe e vai com eles para o Egipto e permanece lá até que eu te diga»[1] 

José sabe muito bem que o Anjo transmite a Vontade de Deus.

Por isso esmo se apressa a cumprir com absoluta confiança.








ama, 2011.03.16


[1] Cfr Mt 2, 13

Evangelho do dia e comentário

Quaresma - I Semana

EvangelhoLc 11, 29-32

29 Concorrendo as multidões, começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado outro sinal, senão o sinal do profeta Jonas. 30 Porque, assim como Jonas foi sinal para os ninivitas, assim o Filho do Homem será um sinal para esta geração. 31 A rainha do meio-dia levantar-se-á no dia do juízo contra os homens desta geração, e condená-los-á, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está Quem é mais do que Salomão. 32 Os ninivitas levantar-se-ão no dia do juízo contra esta geração, e condená-la-ão, porque fizeram penitência com a pregação de Jonas; e aqui está Quem é mais do que Jonas!

Comentário:

Sinais...sinais! Nunca nos chegam os que temos, desejamos sempre mais e mais concludentes. E, o pior, é quem assim procede mesmo que lhe aparecesse, em pessoa, o próprio Jesus Cristo, não acreditaria!
Na verdade, os avisos que o Senhor faz são rigorosos e devem dar que pensar.
Assim a perversidade de alguns traz sempre consequências negativas a outros e, mais tarde ou mais cedo terão de prestar contas não só por se terem recusado a ver e a reconhecer a verdade mas também, e sobretudo, por terem impedido outros de acreditar.

(ama, comentário sobre Lc 11, 29-32, 2010.10.10)