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02/03/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos




Consideremos algumas mais evidentes:

Os evangelistas não registam uma única palavra que tenha dito!

Não achas surpreendente?









AMA, 2011.03.02


cont dos diálogos sobre S. José

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ




2011/03/02

“Que não me apegue a nada”
Pede ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, e à tua Mãe, que te façam conhecer-te e chorar por esse montão de coisas sujas que passaram por ti, deixando – ai! – tanto depósito... E ao mesmo tempo, sem quereres afastar-te dessa consideração, diz-lhe: – Dá-me, Jesus, um Amor como fogueira de purificação, onde a minha pobre carne, o meu pobre coração, a minha pobre alma, o meu pobre corpo se consumam, limpando-se de todas as misérias terrenas... E, já vazio de todo o meu eu, enche-o de Ti: que não me apegue a nada daqui de baixo; que sempre me sustente o Amor. (Forja, 41)

O Senhor ouve-nos para intervir, para Se meter na nossa vida, para nos livrar do mal e encher-nos de bem: eripiam eum et glorificabo eum, Eu o livrarei e o glorificarei, diz do homem. Portanto: esperança do Céu. E aqui temos, como doutras vezes, o começo desse movimento interior que é a vida espiritual. A esperança da glorificação acentua a nossa fé e estimula a nossa caridade. E, deste modo, as três virtudes teologais – virtudes divinas que nos assemelham ao nosso Pai, Deus – põem-se em movimento. (...)

Não é possível deixar-se ficar imóvel. É necessário avançar para a meta que S. Paulo apontava:  não sou eu quem vive; é Cristo que vive em mim. A ambição é alta e nobilíssima: a identificação com Cristo, a santidade. Mas não há outro caminho, se se deseja ser coerente com a vida divina que, pelo Baptismo, Deus fez nascer nas nossas almas. O avanço é o progresso na santidade; o retrocesso é negar-se ao desenvolvimento normal da vida cristã. Porque o fogo do amor de Deus precisa de ser alimentado, de aumentar todos os dias arreigando-se na alma; e o fogo mantém-se vivo queimando novas coisas. Por isso, se não aumenta, está a caminho de se extinguir. (Cristo que passa, 57–58). 

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

A saudade (Afonso Cabral)


Navegando pela minha cidade
Selma Lagerlof (1858-1940) – Nobel da Literatura – escreveu um belíssimo e pungente livro intitulado A Saudade de João, Imperador (de Portugal) onde conta como um pai que tinha encontrado o sentido da vida com o nascimento da sua filha, acabou por enlouquecer de saudade depois de ela ter saído de casa e acabado por se prostituir. Nunca aquele pai aceitou as poucas notícias da sua filha a quem tinha dado o nome de Clara Aurélia. Ele achou que quem lhe tinha iluminado a existência fria e desesperada vivida até então, só podia ter um nome brilhante como o sol.
A saudade pode enlouquecer. Na verdade, quando nos deixamos dominar pela tristeza acabamos por não podermos viver sem ela e com o seu exigente cortejo de consolações; que sempre aviltam e empobrecem a nobreza humana.
Vem isto a propósito de uma pequena rua da minha cidade que se chama Rua da Saudade. Nasce na Rua Júlio Dinis - outro escritor – e acaba no pequeno Largo da Paz. Esta rua não tem mais de cinquenta metros e absolutamente nenhum interesse, excepto o nome. É daquelas ruas que só valem pelo nome. E que nome! E que estranho desígnio toponímico que a fez morrer no Largo da Paz; outro grande nome só por si. Mas não há também tanta gente que só tem o nome? E que vive convencida que o nome é o que a define e não o contrário? Na pergunta feita por Julieta a Romeu: What’s in a name? that wich we call a rose by any other name would smell as sweet[1], temos uma bela resposta.
Mas o sentimento da saudade pode traduzir-se em suave alegria e muitas vezes mais não é do que uma recordação daquilo que foi bom ou belo. Pois ninguém tem saudades do mau ou do feio. E assim, a recordação de um amor; de uma amizade; ou de uma época da vida há-de ser sempre um suave e doce sentimento. Como uma sonata de Beethoven.
Talvez a permanente inquietação e necessidade de superação inerente à natureza humana, seja o reflexo de uma saudade cósmica, um genético sentimento de perda por aquilo que já tivemos quando fomos criados. Que já tivemos e que perdemos.
Gosto de pensar que Deus também tem saudades nossas, porque gostou muito do que criou e gostou muito de viver connosco, apesar de O termos crucificado. Porque o Amor não tolera defeitos ou diminuições no objecto amado, e havendo-os transforma-os, sublima-os e desculpa-os.
O pai da Clara Aurélia, louco de saudade, quando ouviu a palavra monstruosa que lhe disseram sobre a sua filha, disse cheio de amor e sublime dignidade em estilo apocalíptico: “Quando surgir neste ancoradouro a Imperatriz Clara Aurélia de Portugal, com a coroa sobre a cabeça e virdes sete reis a segurarem-lhe a cauda e sete leões domesticados a seus pés e setenta e sete marechais atrás dela, todos de espadas desembainhadas, veremos então se te atreves a falar como hoje, Pratsber”[2].
Deus não nos ameaçou com a Sua vinda. Deus amou-nos tanto, perdoou-nos tanto e tem tantas saudades nossas que – numa imensa alegria – nos disse: Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande poder e majestade. Quando começarem, pois, a suceder estas coisas, erguei-vos e levantai as vossas cabeças, porque está próxima a vossa libertação.[3]

Afonso Cabral

















[1] William Shakespear – Romeo and  Juliet
[2] Selma Lagerlof – A Saudade de João, Imperador – Editorial O SECULO – pág. 114
[3] Lc, 21, 28

São José: Pureza

Duc in altum





São José, meu Pai e Senhor, ajuda-me a manter-me puro e casto, a dobrar a minha pobre carne, a mandar no meu corpo com a cabeça e não com o coração.



(ama, meditação, 2002.07.18)

Tema para breve reflexão - Liberdade 1

Tema para breve reflexão





Liberdade é poder, não de agir sem motivo, mas de determinar quais os motivos que nos devem decidir. Usar este poder é ser livre.


(A. Veloso, BROTÉRIA, Vol. LVII, Fasc. 5, 1953, pag. 396)


2011.03.02

Evangelho do dia e comentário

Tempo comum - VIII Semana


Mc 10, 32-45

32 Iam em viagem para subir a Jerusalém; Jesus ia diante deles. E iam perturbados e seguiam-n'O com medo. Tomando novamente à parte os doze, começou a dizer-lhes o que tinha de Lhe acontecer: 33 «Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas; eles O condenarão à morte e O entregarão aos gentios; 34 e O escarnecerão, Lhe cuspirão, O açoitarão, e Lhe tirarão a vida. Mas ao terceiro dia ressuscitará». 35 Então aproximaram-se d'Ele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: «Mestre, queremos que nos concedas o que Te vamos pedir». 36 Ele disse-lhes: «Que quereis que vos conceda?». 37 Eles responderam: «Concede-nos que, na Tua glória, um de nós se sente à Tua direita e outro à Tua esquerda». 38 Mas Jesus disse-lhes: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu vou beber, ou ser baptizados no baptismo com que Eu vou ser baptizado?». 39 Eles disseram-Lhe: «Podemos». Jesus disse-lhes: «Efectivamente haveis de beber o cálice que Eu vou beber e haveis de ser baptizados com o baptismo com que Eu vou ser baptizado; 40 mas, quanto a estardes sentados à Minha direita ou à Minha esquerda, não pertence a Mim concedê-lo, mas é para aqueles para quem está preparado». 41 Ouvindo isto, os dez começaram a indignar-se com Tiago e João.42 Mas Jesus, chamando-os, disse-lhes: «Vós sabeis que aqueles que são reconhecidos como chefes das nações as dominam e que os seus príncipes têm poder sobre elas. 43 Porém, entre vós não deve ser assim, mas o que quiser ser o maior, será o vosso servo, 44 e o que entre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. 45 Porque também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida para redenção de todos».
Meditação:

Às vezes pode acontecer que estejamos ''fartos'' destas constantes considerações: servos, serviço, servir. Pode parecer-nos que Deus não nos reserva outro papel a desempenhar que estes.
Faltam, contudo, dois dados importantes, procedendo assim seremos felizes, actuando desta forma fazemos a Vontade de Deus.
Como nosso Criador e Senhor, manda-nos o que quer, e exige o que lhe agrada.
Como nosso Deus respeita que o façamos ou não.
Como nosso Pai não só nos ajuda, se lho pedir-mos, a fazê-lo, como ainda nos dá o prémio mais ambicionado: a felicidade eterna.

(ama, meditação sobre Mc 10, 32-45) 

Coração de Pai!


Observando






O coração enternecido de um Pai manifesta-se da melhor forma que sabe, neste caso, cantando.










Paul Simon canta para a sua filha:














If you leap awakeIn the mirror of a bad dream
And for a fraction of a second
You cant remember where you are
Just open your window 
And follow your memory upstream
To the meadow in the mountain
Where we counted every falling star

I believe the light that shines on you
Will shine on you forever
And though I cant guarantee 
Theres nothing scary hiding under your bed
I'm gonna stand guard
Like a postcard of a Golden Retriever
And never leave till I leave you 
With a sweet dream in your head

Im gonna watch you shine
Gonna watch you grow
Gonna paint a sign
So youll always know
As long as one and one is two
There could never be a father
Who loved his daughter more than I love you

Trust your intuition
Its just like going fishing
You cast your line
And hope you get a bite
But you dont need to waste your time
Worrying about the market place
Try to help the human race
Struggling to survive its harshest night

Im gonna watch you shine
Gonna watch you grow
Gonna paint a sign
So youll always know
As long as one and one is two
There could never be a father
Who loved his daughter more than I love you

Im gonna watch you shine
Gonna watch you grow
Gonna paint a sign
So youll always know
As long as one and one is two
There could never be a father
Who loved his daughter more than I love you
    

Tema para breve reflexão - Sofrimento 1

Reflectindo


Acredito que o sofrimento é uma componente importante da vida humana, e que sem ele nunca faríamos nada. Procuramos sempre fugir ao sofrimento. Fazemo-lo de milhões de manei­ras diferentes, mas isso nunca funciona plenamente. Assim cheguei à conclusão de que, se as circunstâncias o permitirem, devemos, pelo menos, tentar encontrar um caminho que per­mita ao ser humano suportar o sofrimento inevitável, que é o destino de qualquer existência humana. Quando alguém consegue, pelo menos, suportar o sofrimento, realizou já uma tarefa quase sobre-humana. Isso pode proporcionar-lhe um de­terminado grau de sorte ou satisfação.

(Carl G. Jung, Cartas I, Olten, 1972, Petrópolis, Vozes, 2003, p. 299.)

2011.03.02

Um olhar sobre a vida humana - Estas propriedades são só do matrimónio católico?


Doutrina



A Igreja católica cuida muito a dignidade dos seres humanos, mas a unidade e indissolubilidade do matrimónio são consequência da dignidade humana, independentemente da religião que se pratique.

2011.03.02