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28/02/2011

Breve História da Humanidade 27

Observando
Continuação

Muito menos consigo ver como ela poderia tornar-se, como de facto se tornou, a casa dos homens. Se ela houvesse simplesmente aparecido e desaparecido, talvez pudesse ter sido lembrada ou explicada como o último salto do furor da ilusão, o mito extremo do último ânimo com que a mente bateu no céu e se quebrou. Mas aquela mente não se quebrou. É a única mente que permanece intacta no mundo fragmentado. Se fosse um erro, pareceria que esse erro mal teria durado um dia.
Se fosse um mero êxtase, pareceria que esse êxtase não poderia durar uma hora.

(G. K. Chesterton,  O Homem Eterno, Ed. Mundo Cristão, 1ª ed. colig. e adap. por ama)
Cont/

Diálogos apostólicos

Diálogos
E muitas mais te poderia lembrar mas, acho que não precisas.

Bastar-te-á ter esta disposição: isto, que agora me apetece fazer...vou fazê-lo mais tarde.

"Ganhas" duas vezes:

Mortificas-te e farás o que tens a fazer ou, melhor, agradas a Deus porque te mortificas e porque fazes a Sua Vontade e não a tua.

AMA, 2011.02.28

YOUCAT

Duc in altum


"Youcat", que é uma abreviação de "Youth Catechism"(catecismo para os jovens), apresenta-se em forma de perguntas e respostas cuja base é o Catecismo da Igreja Católica de 1992 e seu Compêndio de 2005. O catecismo para a JMJ conta com 300 páginas com uma linguagem ágil para os jovens, é dividida em quatro capítulos e será difundido em várias línguas, inclusive o português e o espanhol. Todo participante do encontro em Madrid receberá um exemplar no kit do peregrino. (Será publicado pela Paulos em ABRIL)
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PREFÁCIO DO PAPA BENTO XVI A «YOUCAT» SUBSÍDIOAO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICADESTINADO AOS JOVENS NA PERSPECTIVADA JMJ 2011 EM MADRID [16-21 DE AGOSTO2011]
YOUCAT, UM CATECISMO PARA JOVENS

Prólogo de Bento XVI

Queridos jovens amigos! Hoje aconselho-vos a leitura de um livro extraordinário.

É extraordinário pelo seu conteúdo mas também pelo modo em que se formou, que desejo explicar-vos brevemente, para que se possa compreender a sua particularidade. Youcat teve origem, por assim dizer, de outra obra que remonta aos anos 80. Era um período difícil para a Igreja e para a sociedade mundial, durante o qual surgiu a necessidade de novas orientações para encontrar o caminho rumo ao futuro. Após o Concílio Vaticano II (1962-1965) e no mudado clima cultural, muitas pessoas já não sabiam correctamente no que os cristãos deveriam acreditar exactamente, o que a Igreja ensinava, se ela podia ensinar algo tout court e como tudo isto podia adaptar-se ao novo clima cultural.

O Cristianismo como tal não está superado? Pode-se ainda hoje racionalmente ser crente? Estas são as questões que muitos cristãos se formulam até nos nossos dias. O Papa João Paulo II optou então por uma decisão audaz: deliberou que os bispos do mundo inteiro escrevessem um livro com o qual responder a estas perguntas.

Ele confiou-me a tarefa de coordenar o trabalho dos bispos e de vigiar a fim de que das suas contribuições nascesse um livro - quero dizer, um livro verdadeiro e não uma simples justaposição de uma multiplicidade de textos. Este livro devia ter o título tradicional de Catecismo da Igreja Católica e todavia ser algo absolutamente estimulante e novo; devia mostrar no que a Igreja Católica crê hoje e de que maneira se pode acreditar de modo racional. Assustei-me com esta tarefa e devo confessar que duvidei que algo semelhante pudesse ter bom êxito. Como podia acontecer que autores espalhados pelo mundo pudessem produzir um livro legível?

Como podiam homens que vivem em continentes diversos, e não só sob o ponto de vista geográfico, mas inclusive intelectual e cultural, produzir um texto dotado de uma unidade interna e compreensível em todos os continentes?

A isto acrescentava-se o facto de que os bispos deviam escrever não simplesmente como autores individuais, mas em representação dos seus irmãos e das suas Igrejas locais.

Devo confessar que até hoje me parece um milagre o facto de que este projecto no final se realizou. Encontrámo-nos três ou quatro vezes por ano por uma semana e debatemos apaixonadamente sobre cada parte do texto, na medida em que se desenvolvia.

Como primeira atitude definimos a estrutura do livro: devia ser simples, para que cada grupo de autores pudesse receber uma tarefa clara e não forçar as suas afirmações num sistema complicado. É a mesma estrutura deste livro; ela é tirada simplesmente de uma experiência catequética de um século: o que cremos / de que modo celebramos os mistérios cristãos / de que maneira temos a vida em Cristo / de que forma devemos rezar. Não quero explicar aqui o modo como debatemos sobre a grande quantidade de questões, até chegar a compor um livro verdadeiro. Numa obra deste género são muitos os pontos discutíveis: tudo o que os homens fazem é insuficiente e pode ser melhorado, e não obstante, trata-se de um grande livro, um sinal de unidade na diversidade. A partir das muitas vozes pôde-se formar um coro porque tínhamos a comum partitura da fé, que a Igreja nos transmitiu desde os apóstolos, através dos séculos até hoje.

Por que tudo isto?

Desde a redacção do CIC, tivemos que constatar que não só os continentes e as culturas das suas populações são diferentes, mas também no âmbito de cada sociedade existem diversos "continentes": o trabalhador tem uma mentalidade diferente do camponês; um físico de um filólogo; um empresário de um jornalista, um jovem de um idoso. Por este motivo, na linguagem e no pensamento, tivemos que nos colocar acima de todas estas diferenças e, por assim dizer, buscar um espaço comum entre os diferentes universos mentais; com isto tornamo-nos cada vez mais conscientes do modo como o texto exigia algumas "traduções" nos diversos mundos, para poder alcançar as pessoas com as suas mentalidades diferentes e várias problemáticas. Desde então, nas jornadas mundiais da juventude (Roma, Toronto, Colónia, Sydney) reuniram-se jovens de todo o mundo que querem acreditar, que estão em busca de Deus, que amam Cristo e desejam caminhos comuns. Neste contexto perguntámo-nos se não deveríamos traduzir o Catecismo da Igreja Católica na língua dos jovens e fazer penetrar as suas palavras no seu mundo. Naturalmente, também entre os jovens de hoje existem muitas diferenças; assim, sob a comprovada guia do arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, formou-se um Youcat para os jovens. Espero que muitos se deixem cativar por este livro.

Algumas pessoas dizem-me que o catecismo não interessa à juventude moderna; mas não acredito nesta afirmação e estou certo de que tenho razão. A juventude não é tão superficial como é acusada de o ser; os jovens querem saber deveras no que consiste a vida. Um romance policial é empolgante porque nos envolve no destino de outras pessoas, mas que poderia ser também o nosso; este livro é cativante porque nos fala do nosso próprio destino e portanto refere-se de perto a cada um de nós.

Por isso, exorto-vos: estudai o catecismo! Estes são os meus votos de coração.

Este subsídio ao catecismo não vos adula; não oferece fáceis soluções; exige uma nova vida da vossa parte; apresenta-vos a mensagem do Evangelho como a "pérola de grande valor" (Mt 13, 45) pela qual é preciso dar tudo. Portanto, peço-vos: estudai o catecismo com paixão e perseverança! Sacrificai o vosso tempo por ele! Estudai-o no silêncio do vosso quarto, lede-o em dois, se sois amigos, formai grupos e redes de estudo, trocai ideias na internet. Permanecei de qualquer modo em diálogo sobre a vossa fé!

Deveis conhecer aquilo em que credes; deveis conhecer a vossa fé com a mesma exactidão com a qual um perito de informática conhece o sistema operativo de um computador; deveis conhecê-la como um músico conhece a sua peça; sim, deveis ser muito mais profundamente radicados na fé do que a geração dos vossos pais, para poder resistir com força e decisão aos desafios e às tentações deste tempo. Tendes necessidade da ajuda divina, se a vossa fé não quiser esgotar-se como uma gota de orvalho ao sol, se não quiserdes ceder às tentações do consumismo, se não quiserdes que o vosso amor afogue na pornografia, se não quiserdes trair os débeis e as vítimas de abusos e violência.

Se vos dedicardes com paixão ao estudo do catecismo, gostaria de vos dar ainda um último conselho: sabei todos de que modo a comunidade dos fiéis recentemente foi ferida por ataques do mal, pela penetração do pecado no seu interior, aliás, no coração da Igreja. Não tomeis isto como pretexto para fugir da presença de Deus; vós próprios sois o corpo de Cristo, a Igreja! Levai o fogo intacto do vosso amor a esta Igreja todas as vezes que os homens obscurecerem o seu rosto. "Sede diligentes, sem fraqueza, fervorosos de espírito, dedicados ao serviço do Senhor" (Rm 12, 11).

Quando Israel se encontrava no ponto mais obscuro da sua história, Deus chamou em seu socorro não os grandes e as pessoas estimadas, mas um jovem de nome Jeremias; ele sentiu-se chamado a uma missão demasiado grande: "Ah! Senhor Javé, não sou um orador, porque sou ainda muito novo!" (Jr 1, 6). Mas Deus replicou: "Não digas: sou ainda muito novo - porquanto irás aonde Eu te enviar, e dirás o que Eu te mandar" (Jr 1, 7).

Abençoo-vos e rezo cada dia por todos vós.

BENTO PP. XVI

ORAÇÃO E MÚSICA

Westminster Abbey Choir - psalm 67



Medicina e Apostolado - Mulher…porque choras?

Medicina e Apostolado
Naquela noite estava de serviço de urgência num grande Hospital Central.
O meu trabalho decorria no 4º piso.
Numa altura em que o movimento de pacientes o permitiu, desci, com alguns colegas, para tomar um café.
O nosso destino era uma espelunca, que dava pelo nome de Bar, frequentada por todo o tipo de pessoas que possamos imaginar e que acorrem, pelos mais diversos motivos, ao Serviço de Urgência de um hospital.
Também o pessoal hospitalar mais corajoso lá ia, enfrentar as salmonelas…
Esse “bar “, para bem da saúde nacional, regressou ao nada (de onde nunca deveria ter sido arrancado) em virtude das obras de remodelação entretanto efectuadas, já que funcionava paredes meias com a Urgência Geral.

Isto tudo vem com o propósito de justificar a necessidade que tínhamos, os meus colegas e eu, de atravessar a “Urgência” e, assim, termos acesso ao famigerado “bar “.

Nessa travessia, entre macas com doentes, médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar, familiares dos utentes e curiosos… olhei casualmente para um canto discreto e…lá estava ela!
Uma mulher jovem, aparentando estar na casa dos 30 anos, só, em pé, encostada à parede fria, semblante triste e banhada em lágrimas…! A imagem viva da desolação (e, vim a saber depois, de uma profunda angústia).
Levado por um irreprimível sentimento de compaixão, fui ter com ela e perguntei-lhe qual o motivo das suas lágrimas.
Nesse momento pensei que, com uma palavra a um colega ou a um enfermeiro, pudesse resolver qualquer atraso na assistência ao seu caso e desfazer, talvez, uma sensação de abandono (justificada ou não).
O motivo da sua presença ali já se perdeu na minha memória, aliás não era relevante para a nossa história…

A causa das suas lágrimas, essa sim, era relevante e passo a contar:

Encontrava-se grávida, com cerca de duas ou três semanas de gestação, e as análises de rotina já realizadas tinham revelado rubéola em fase activa (?)
No laboratório, ao entregarem-lhe os resultados, alarmaram-na para o facto de aquele bebé correr o risco de nascer com graves alterações morfológicas e, sendo assim, o melhor a fazer seria recorrer ao aborto…!
Em casa, marido e familiares (um dos quais profissional de saúde) liam pela mesma cartilha.
O seu instinto de mãe dizia-lhe exactamente o contrário e a mera hipótese de provocar o aborto horrorizava-a!

De tudo o que lhe disse, durante a nossa conversa (já lá vão tantos anos…), só me lembro de lhe exprimir a minha solidariedade, afirmando-lhe que estava do seu lado, e que as hipóteses de malformações eram de 50%. Teríamos que nos agarrar aos outros 50% e esperar, com optimismo, que as coisas corressem bem.
Além disso as estatísticas valem o que valem e, na fase da gestação em que se encontrava – não havia certezas quanto ao tempo – aquele feto já poderia ter ultrapassado a fase crítica.
Assegurei-lhe que, a partir daquele momento, se assim o desejasse, teria todo aquele grande hospital ao seu dispor. Poderia tratar da parte burocrática e eu próprio me encarregaria da assistência pré-natal. Aceitou sem grandes hesitações.

Toda a gestação decorreu com normalidade, sem sinais directos ou indirectos de anomalias fetais.

Um belo dia, de manhã cedo, ao chegar ao meu local de trabalho, a enfermeira de serviço veio dizer-me que uma determinada puérpera queria muito falar comigo.
Intrigado, lá fui: era ela, com o seu bebé ao lado! Uma menina, perfeitíssima, linda como os amores!

Não posso exprimir o que significou o cruzamento dos nossos olhares e a paz que senti ao ver que tinha valido a pena. Tenho a certeza absoluta que ela sentiu o mesmo.
Entre muitas das coisas que me disse lembro-me de uma pergunta:
“E se eu fosse mostrar a minha filha ao laboratório de análises que me falou em aborto?”…
Engoli em seco. Não devemos ser “mausinhos”. Mas acabei por lhe dizer que achava boa ideia, pelo menos como atitude pedagógica…

Passados alguns anos, à saída da Missa de uma das grandes Igrejas do Porto, veio ter comigo.

“Lembra-se de mim?“

Claro que me lembrava; nunca mais a esqueço.
A filha estava já a entrar na puberdade, fresca e linda!
Aquela mãe bem merece aquela filha (pela qual lutou heroicamente) e aquela filha bem merece aquela mãe!

DEO GRATIAS!

A. S. 

Mar eterno (Afonso Cabral)

Navegando pela minha cidade
Numa destas manhãs brancas de sol de Inverno fui até à Afurada. A melhor maneira de lá chegar é pelo rio. Vai-se até ao Cais do Ouro e espera-se pelo Flor do Gás. O Flor do Gás é um pequeno barco a motor que ganha a vida a fazer de ponte entre as margens do rio. Por dois euros (ida e volta) faz-se uma viagem de barco: lá está o apito a anunciar a partida no meio dos gritos angustiados das gaivotas; lá estão os cabos grossos que se desamarram das poitas; lá está o chape-chape das águas entre a amurada e o cais flutuante; lá estão as despedidas dos apaixonados; enfim, lá está tudo que levou Fernando Pessoa a escrever que todo o cais é uma saudade de pedra. E depois é a travessia entre marés e caíques e que é sempre uma grande viagem.

A Afurada já não é o que era. Agora já não tem pescadores que passem seis meses por ano nos mares gélidos da Terra Nova na frota bacalhoeira; já não tem muitas traineiras nem respectivas companhas para a pesca da sardinha; já não tem tuberculosos nem crianças com fome. Agora já tem um excelente cais e uma marina para iates e veleiros de luxo. Mas o povo e o mar são os mesmos de sempre: bravos e orgulhosos.

Nessa manhã de leste gélido, entre várias embarcações houve uma que me atraiu muito em especial: era uma grande traineira que se chamava MAR ETERNO. As duas letras do seu nome destacavam-se bem em branco sobre azul forte na frente da sua cabina: MAR ETERNO. E fiquei para ali parado e a pensar que em si mesmo, aquele era um nome dialéctico. Porque sendo o mar finito como podia ser infinito? Mas ao mesmo tempo não me parecia que houvesse contradição e achava-o perfeito. Quem assim o baptizara tinha de já ter visto muita tempestade e engolido muito sal; tinha de ser grande; tinha de ter vida interior. Foi Kierkegaard que disse: «quando falta a interioridade, o espírito cai na finitude. Por isso a interioridade é a eternidade ou a determinação do eterno no homem» e «o eterno é como as montanhas azuladas, a fronteira do temporal, mas o homem que vive com todas as forças no temporal nunca logra alcançar os seus confins»[1]. E foi a pensar na grandeza interior de quem assim baptizara uma traineira e a pintara de azul para que a estética revestisse a ética do MAR ETERNO que me voltei e vi um pequeno caíque assente em dois cavaletes no cais de betão virado de quilha para cima e que se chamava ADEUS ILUSÕES

Estava certo: com este nome só podia ser um pequeno barco de quilha para o ar, encalhado no betão e que nunca iria ao mar alto nem pescaria nada. 

Apesar de também ser pintado de azul.

Afonso Cabral



[1] In O Conceito de Angústia, Editorial Presença



[1] In O Conceito de Angústia, Editorial Presença

Música e repouso

Maria João Pires - Schubert - Impromptus D899 No. 4 In A Flat Major



Pensamentos inspirados

À procura de Deus



Maria é nossa Mãe, não por sua vontade, não por nossa vontade, mas por graça e vontade de Seu Filho Jesus Cristo Nosso Senhor.




jma, 2011.02.28

Evangelho do dia e comentário

Tempo comum - VIII Semana


Mc 10, 17-27

17 Acautelai-vos dos homens, porque vos farão comparecer nos seus tribunais e vos açoitarão nas sinagogas. 18 Sereis levados por Minha causa à presença dos governadores e dos reis, para dar testemunho diante deles e diante dos gentios. 19 Quando vos entregarem, não cuideis como ou o que haveis de falar, porque naquela hora vos será inspirado o que haveis de dizer. 20 Porque não sereis vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é o que falará em vós. 21 O irmão entregará à morte o seu irmão e o pai o seu filho; os filhos se levantarão contra os pais e lhes darão a morte. 22 Vós, por causa do Meu nome, sereis odiados por todos; aquele, porém, que perseverar até ao fim será salvo.23 Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do Homem.24 «Não é o discípulo mais que o mestre, nem o servo mais que o senhor.25 Basta ao discípulo ser como o mestre e ao servo como o senhor. Se eles chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus familiares! 26 «Não os temais, pois, porque nada há encoberto que não se venha a descobrir, nem oculto que não venha a saber-se. 27 O que Eu vos digo às escuras, dizei-o às claras e o que é dito ao ouvido, pregai-o sobre os telhados.

Comentário:

De facto, para Deus, qual é o verdadeiro valor do homem?
A resposta parece simples: não há nada mais importante para Deus que a pessoa humana seja ela quem for.
Ele não faz acepção de pessoas, não olha a classes sociais, não tem interesse pelas capacidades ou instrução que possamos ter, a cor da nossa pele e, muito menos, os bens que possuímos.
Porque é assim? Porque da magnificente criação que engendrou foi apenas o homem que criou à Sua Imagem.
Por isso, de certa forma, Deus olha-nos sempre com a esperança de ver reflectida em nós a Sua própria Imagem.

 (AMA, comentário sobre, Mc 10, 17-27, 2011.01.25)

VULTOS DA IGREJA QUE EU CONHECI

Observando


D. António de Campos


Nascimento a 9 Abril de 1904 em Alcobaça
Ordenação Sacerdotal a 22 Agosto de 1926
Prior da Basílica da Estrela em Lisboa 
Sagrado Bispo a 28 Outubro de 1954 titular de Febiana
Faleceu a 9 de Agosto 1969
Padre conciliar do Concílio Vaticano II, Sessões I, II, II e IV

Tive o privilégio de conhecer e privar com esta eminente figura da Igreja Portuguesa enquanto Prior da Basílica da Estrela. 
Basílica da Estrela
Na altura eu pertencia ao Grupo de Escuteiros e cantava no coro da Basílica que, não era um coro qualquer. Teve como regente o Francisco d’Orey e era muito solicitado para vários concertos. A lembrança mais viva que tenho é a da Missa de Requiem de Mozart por ocasião das soleníssimas exéquias de SS Pio XII, celebradas na Basílica, com a assistência do Presidente da Republica, Prof. Salazar e todo o Governo, cabendo-me a responsabilidade dos solos de Barítono Alto.                     
O Senhor D. António tinha uma presença e um porte extraordinários e o dom da palavra. As Missas dominicais das Doze registavam uma multidão que mal cabia no vasto Templo que ouvia embevecida as suas homílias.

ama, 2011.02.29

Tema para breve reflexão - Magnanimidade - 11

Tema para breve reflexão


O magnânimo coloca-se ideais altos e não se aninha ante os obstáculos, nem as críticas, nem os desprezos, quando há que os suportar por uma causa elevada. De nenhuma forma se deixa intimidar pelos respeitos humanos nem por um ambiente adverso e tem em muito pouca conta as murmurações. Importa-lhe muito mais a verdade que as opiniões, com frequência falsas e parciais.

(R. Garrigou-Lagrange, Las tres edades de la vida interior, vol. I, p. 316. trad ama)




2011.02.28

Um olhar sobre a vida humana - O que reclama a dignidade do outro?


Doutrina

  
Resumamos:
  • A dignidade da alma exige um respeito à sua religião e práticas piedosas. E eleva a categoria do corpo.
  • A dignidade do corpo reclama uma entrega mutua e exclusiva, de modo a que um ser humano não ande de mão em mão, como um objecto. Isto descarta a poligamia,  o divórcio, o adultério, etc. Daqui nascem as propriedades essenciais do matrimónio.
2011.02.28