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16/02/2011

Breve História da Humanidade 15

Observando
Continuação

O máximo que qualquer mito primitivo jamais havia sugerido era que o Criador estava presente na Criação. Mas que o Criador estivesse presente em cenas que aconteceram logo depois dos festins de Horácio, que conversasse com colectores de impostos e oficiais do governo em detalhados momentos do dia a dia do Império Romano, que esses factos continuassem a ser firmemente declarados por toda aquela grande civilização por mais de mil anos – eis aí algo absolutamente diferente de qualquer outra coisa da natureza. É a maior e mais chocante declaração feita pelo homem desde que ele articulou sua primeira palavra em vez de latir como um cachorro. O seu carácter único pode ser usado como um argumento a seu favor ou contra ele. Seria fácil concentrar-se nisso e ver um caso de insanidade singular; mas essa opção reduz a religião comparada a nada mais que pó e absurdo.

(G. K. Chesterton,  O Homem Eterno, Ed. Mundo Cristão, 1ª ed. colig. e adap. por ama)
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Diálogos apostólicos






Aquele aforismo popular "de vagar se vai longe" aplica-se muito bem nas coisas do espírito.

Nem convém que seja de outro modo.

Com calma mas com constância, com tranquila teimosia.

Assim conseguirás!

AMA, 2011.02.16

Sir Anthony Hopkins: I couldn’t be an atheist

Observando

Sir Anthony Hopkins told the Catholic Herald this week that he “couldn’t live with” the certainty of being an atheist.
The actor, who was knighted in 1993, said: “Being an atheist must be like living in a closed cell with no windows”.
Sir Anthony said: “I’d hate to live like that, wouldn’t you? We see them, mind you, on television today, many brilliant people who are professional atheists who say they know for a fact that it’s insanity to have a God or to believe in religion. Well, OK, God bless them for feeling that way and I hope they’re happy.”
He added: “But I couldn’t live with that certainty, and I wonder about some of them: why are they protesting so much? How are they so sure of what is out there? And who am I to refute the beliefs of so many great philosophers and martyrs all the way down the years?”
Sir Anthony, who is most famous for playing the cannibal Hannibal Lecter in The Silence of the Lambs, stars as Fr Lucas in The Rite, based on the experiences of American exorcist Fr Gary Thomas.

Evangelho e comentário do dia












Tempo comum - VI Semana


Evangelho: Mc 8, 22-26

22 Chegaram a Betsaida. Trouxeram-Lhe um cego e suplicavam-Lhe que o tocasse. 23 Tomando o cego pela mão, conduziu-o para fora da aldeia, pôs-lhe saliva sobre os olhos e, impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: «Vês alguma coisa?». 24 Ele, levantando os olhos, disse: «Vejo os homens que me parecem árvores que andam». 25 Depois, Jesus impôs-lhe novamente as mãos sobre os olhos e ele começou a ver claramente. Ficou curado e distinguia tudo, nitidamente, de longe. 26 Então Jesus mandou-o para casa, dizendo: «Não entres na aldeia».

Meditação: 

E, eu, Senhor, vejo?

Também eu, por vezes, vejo imagens deformadas, pouco nítidas e pouco claras.
Fruto da minha pouca fé, das minhas faltas e omissões, a visão escurece-me o horizonte e esfuma a Tua imagem.

Impõe as Tuas mãos sobre os meus olhos para que não vejam outra coisa que as maravilhas da Tua criação, para que não tenham outro horizonte que a contemplação do teu rosto amoroso.

Vultum Tuum, Domine, requiram!

(ama, Meditação sobre Mc 8, 27-33, 2009.02.18)

Carta a alguém que sofre



Duc in altum

«Agora, alegro-me nos sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu Corpo, que é a Igreja.» [1]


Jesus Cristo, Senhor da vida, escolheu um caminho de sacrifício e de total entrega da Sua vida para nos salvar.

Poderia ter escolhido outro caminho?

Com certeza que sim, mas quis mostrar-nos que tudo o que constitui a vida do homem é caminho de salvação, se o homem quiser viver cada momento da sua vida em comunhão com Cristo.
É fácil vivermos com Cristo nos momentos bons, em que tudo está bem.
Difícil mesmo é viver em Cristo e com Cristo os momentos de dor, de sofrimento, que são tantas vezes para nós inexplicáveis.
São Paulo mostra-nos assim um modo de viver esses momentos, não só em Cristo, com Cristo e para Cristo, mas também, que ao vivermos assim esses sofrimentos, próprios da vida humana, também podemos “completar”, colaborar na obra salvífica de Jesus Cristo Nosso Senhor.
Mostra-nos que pela aceitação dos nossos sofrimentos, unidos a Jesus na Sua Cruz, também essa nossa entrega pode ser e é, intercessão firme, bondade e caridade para com os outros, e que na misericórdia de Deus se transforma em derramamento de graças sobre aqueles que mais precisam.

A tua entrega, a tua aceitação, o teu silêncio perante a tua própria dor, é assim, como São Paulo nos diz, «completar na tua carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu Corpo, que é a Igreja.»
Como podemos nós saber o que Deus está a fazer com o teu sofrimento, ou melhor, com a tua entrega, com a tua aceitação das tuas dores?
Aqui, ao pé de ti, ou longe em África, na Ásia, nas missões, quantas graças o Senhor está a derramar sobre tantos que tanto necessitam?
Com esta tua entrega, com esta tua aceitação, quantos que não rezavam, rezam agora com empenho dedicado, e o Espírito Santo vai actuando neles por força da sua entrega também em oração?
Quantos que não pensavam em Deus, o fazem agora, mesmo questionando, mesmo duvidando, mas não deixando de procurar a Verdade?
Quem procura, encontra:
«Digo-vos, pois: Pedi e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á; porque todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra, e ao que bate, abrir-se-á.» [2]
Deus na Sua infinita sabedoria “escolhe” uns quantos a quem “dá” forças que vão para além do nosso entendimento.
São aqueles que são feitos do “barro dos santos”.
E tu és assim, a fé inexpugnável, a entrega sem esperar recompensa, a aceitação porque para ti, é vontade de Deus, a dádiva da tua vida pelos outros.

Quer Ele que nós soframos?

Não, com certeza que não, pois Ele veio «para que tenham vida e a tenham em abundância.» [3]
Mas há uns que Ele escolheu para que «completassem na sua carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu Corpo, que é a Igreja», porque para esses o sofrimento reveste-se de entrega na aceitação da sua própria cruz e assim a sua alegria é completa, porque se transforma em bênção de Deus para os outros.
Deus tem-te ao Seu colo e enche-te de amor, do Seu amor.
Olha para ti com ternura, aquela mesma que Ele teve quando naquela Última Ceia disse aos Seus Apóstolos: «Tomai, comei: Isto é o meu corpo» [4]
E tu comungas do Corpo de Cristo, na Eucaristia e na Cruz.
Mas é tempo de vida, é tempo de viveres e lutares, como sempre lutaste pela vida que o Senhor te deu.

E ainda há tanto por fazer!

Ainda há tantos homens que não ouviram, que não conhecem a Palavra de Deus, que é o próprio Deus!

JMA





[1] Cl 1, 24
[2] Lc 11, 9-10
[3] Jo 10-10
[4] Mt 26,26


JMA


Conceito do homem


Duc in altum



Sabendo que Deus é Pai, o homem descobre-se, como filho e objecto das predilecções divinas. 

E é assim que na medida em que se eleva a ideia que se faz de Deus, se eleva também o conceito que do homem se deve fazer. 

Em primeiro lugar, por ser a esta luz que o homem descobre quanto vale, e, depois, porque, aprendendo que Deus é Pai, se descobre como filho, e se começa a compreender em que sentido Deus quer que nos consideremos irmãos.

(A. veloso, BROTÉRIA, Vol. LVI, Fasc. 4, 1953, pag. 287)

Fim último do homem



Tema para breve reflexão



Como fim último, o homem ou procura Deus ou procura-se a si próprio. Não existe meio-termo, porque só se pode propor como fim último algo absoluto.


(C. Cardona, Metafísica de la opción intelectual, 2ª ed. Rialp, Madrid, 1973, nr. 103, trad ama)



















2011.02.16

Pensamentos inspirados

À procura de Deus



Para Deus não há tempo.


Ele é o tempo!

jma, 2011.02.16 

Doutrina

«RERUM NOVARUM»

Finalmente, não faltam católicos que, possuidores de abundantes riquezas, convertidos de algum modo em companheiros voluntários dos trabalhadores, não olham a despesas para fundar e propagar sociedades, onde estas possam encontrar, a par com certa abastança para o presente, a promessa de honroso descanso para o futuro. Tanto zelo, tantos e tão engenhosos esforços têm já feito entre os povos um bem muito considerável, e demasiado conhecido para que seja necessário falar deles mais nitidamente. É a nossos olhos feliz prognóstico para o futuro, e esperamos destas corporações os mais benéficos frutos, conquanto que continuem a desenvolver-se e que a prudência presida à sua organização. Proteja o Estado estas sociedades fundadas segundo o direito; mas não se intrometa no seu governo interior e não toque nas molas íntimas que lhes dão vida; pois o movimento vital procede essencialmente dum princípio interno, e extingue-se facilmente sob a acção duma causa externa.

2011.02.16